Isabel dos Santos nega lavagem de dinheiro através de bancos nos EUA
Alegação faz parte das conclusões do caso FinCEN Files conhecidos este domingo. Empresária angolana rejeita que não só as transferências como que tenha sido sequer cliente de bancos norte-americanos.
Isabel dos Santos nega ter tido qualquer envolvimento com transferências suspeitas através de bancos norte-americanos. A empresária e o marido Sindica Dokolo estarão entre os clientes confidenciais que foram reportados às autoridades americanas no âmbito dos FinCEN Files, mas a angolana alega que as notícias fazem parte de uma arma de vingança e de acerto de contas.
Mais de 2.100 relatórios sobre atividades suspeitas enviados entre 1999 e 2017 por vários bancos às autoridades americanas estão na origem da mais recente fuga de informação à escala mundial, os FinCEN Files. Os documentos, a que um consórcio de jornais de investigação (incluindo o Expresso) teve acesso, revelam detalhes sobre transferências bancárias de mais de dois biliões de dólares em que foram levantadas suspeitas sobre eventuais esquemas de lavagem de dinheiro ou outros crimes.
“A Engª. Isabel dos Santos ou as suas empresas nunca foram clientes de nenhum banco norte-americano. É completamente falso e difamatório que um banco norte-americano ajudou a Engª. Isabel dos Santos em transferências associadas à sua família e ao Estado angolano“, diz a comunicação da empresária, numa declaração por escrito.
Em causa estão transferências através do JPMorgan, que, na qualidade de banco correspondente do banco BFA/BPI, realiza pedidos de compliance regulares, solicitando informações sobre várias transações e de vários clientes do banco, o que é absolutamente normal, de acordo com Isabel dos Santos.
Além disso, alega que em 2013 os pedidos de informação adicionais que suportavam estas transações foram solicitados pelos bancos e pelo supervisor e foram devidamente prestados. “Foi, ademais, verificado que não existia nenhuma situação anómala nem nenhuma irregularidade e que se tratavam de pagamentos efetuados no âmbito de atividades comerciais ordinárias e correntes”.
“Este esquema de lançar notícias e suspeitas para destruir a Engª. Isabel dos Santos e as suas empresas foi transformado numa arma de vingança e de acerto de contas”, acrescenta “A Engª. Isabel dos Santos e o seu marido, Dr. Sindika Dokolo, não fazem parte de qualquer esquema ilegal e/ou ilegítimo de circulação de fundos no sistema bancário internacional ou norte-americano”.
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