Catarina Martins quer que Rio seja “consequente” e aprove comissão de inquérito ao Novo Banco
Coordenadora do Bloco congratulou-se com apoio do líder do PSD às propostas bloquistas para uma auditoria pública e comissão de inquérito ao Novo Banco. "Que seja consequente no Parlamento", disse.
A coordenadora do Bloco de Esquerda congratulou-se com o apoio manifestado pelo presidente do PSD em relação a propostas bloquistas para a realização de uma auditoria pública e de uma comissão de inquérito ao Novo Banco. “O que esperamos é que depois seja consequente no Parlamento e que haja as votações necessárias para efetivar estas exigências de transparência e de bom uso dos dinheiros públicos”, sublinhou Catarina Martins, lançando o repto a Rui Rio.
Catarina Martins, que falava à margem de uma visita à Universidade do Minho, em Braga, comentava as declarações proferidas pelo líder social-democrata nesta segunda-feira em entrevista ao Polígrafo, na Sic. “A questão do Novo Banco é tão grave que evidentemente temos de fazer uma comissão de inquérito. Eu li o pedido redigido pelo Bloco, está certo, estou de acordo, voto a favor“, disse Rui Rio.
“Ainda bem que o PSD compreende que foi um erro o que se fez até aqui no BES e no Novo Banco. Teria sido mais importante há mais tempo”, afirmou a coordenadora bloquista esta terça-feira, que espera que os outros partidos na Assembleia da República também aprovem as suas propostas.
“Esperamos que todos os partidos no Parlamento percebam a absoluta necessidade de perceber o que se está a passar no Novo Banco e de travar o que tem sido a lesão do erário pública por uma gestão que é no mínimo duvidosa”, sublinhou Catarina Martins.
"O que esperamos é que depois [Rui Rio] seja consequente no Parlamento e que haja as votações necessárias para efetivar estas exigências de transparência e de bom uso dos dinheiros públicos.”
Sobre a constituição de uma “comissão pública” para realizar uma auditoria à instituição, Catarina Martins reiterou que há capacidade e competência em algumas instituições públicas para levar a cabo uma análise independente que as grandes consultoras internacionais não estão em posição de o fazer.
“Achamos que há três instituições que têm capacidade para o fazer: o Banco de Portugal e a Inspeção-Geral das Finanças (…) e julgamos que é importante esgotar o Tribunal de Contas e a sua capacidade e fazer assim uma comissão pública para essa auditoria ao Novo Banco, para juntarmos as competências legais mas também às competências de investigação necessárias para a auditoria produzir resultados”, explicou.
O Tribunal de Contas já confirmou ao ECO que, se for solicitado pelo Parlamento, poderá fazer uma auditoria ao Novo Banco, tal como a líder do Bloco de Esquerda o sugeriu e o presidente do PSD apoia também.
(Notícia atualizada às 12h22)
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