Guerra de spreads aperta. BPI e Crédito Agrícola baixam margem para 1,1%
São já seis os bancos que este ano reviram em baixa a margem mínima que se dispõem a cobrar para disponibilizar crédito à habitação. BPI e Crédito Agrícola foram os últimos.
A “guerra” nos spreads do crédito da casa está a “aquecer”. Desta vez, o protagonismo cabe ao BPI e ao Crédito Agrícola. As duas instituições financeiras reviram em baixam os respetivos spreads, exigindo agora uma margem mínima de 1,1% para disponibilizarem crédito para a compra de casa.
As novas margens mínimas são publicitadas pelos dois bancos nos respetivos preçários atualizados no início deste mês de outubro. O BPI e o Crédito Agrícola publicitavam até agora um spread mínimo de 1,2%, valor que ambos reduzem agora para 1,1%.
Os dois bancos são assim os mais recentes exemplos do intensificar da disputa no setor pela conquista de clientes para as respetivas soluções de financiamento para a aquisição de habitação. Para além da descida dos spreads, um dos focos tem sido também o reforço das campanhas de incentivo à transferências de créditos com origem na concorrência.
Os spreads mínimos em dez bancos
Fonte: Preçários dos bancos
Com essa descida dos respetivos spreads, o BPI e o Crédito Agrícola aproximam-se um pouco mais da oferta mais competitiva da concorrência. O passo mais marcante desse movimento de alívio de spreads foi dado ainda no início de setembro, tendo o Bankinter sido o protagonista. O banco espanhol quebrou em baixa a barreira psicológica dos 1%, ao fixar a margem mínima que exige para disponibilizar empréstimos para a compra de casa nos 0,95%.
No saldo da disputa pelo crédito à habitação, entre as dez instituições financeiras mais representativas neste segmento, são já seis as que este ano procederam a reduções de spreads. A primeiro foi o BCP que em março desceu o seu spread mínimo para 1%, acontecendo o mesmo com o Santander mas em meados deste ano. Já em setembro seguiu-se o Bankinter que fixou o seu valor mínimo em 0,95% e o Banco Montepio que passou a disponibilizar spreads a partir de 1,1%.
Tendo em conta o universo dos dez bancos — CGD, BCP, Santander, BPI, Novo Banco, Banco Montepio, Crédito Agrícola, Bankinter, Eurobic e Banco CTT — o leque dos spreads mínimos disponíveis no mercado nacional cabe num intervalo muito curto. Vai do mínimo de 0,95% até 1,25% valor este exigido pelo Novo Banco que se mantém com a proposta menos competitiva. Muito próximo desse valor está a CGD, que publicita um spread mínimo de 1,23%.
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