Défice comercial agrava-se em 2,4 mil milhões em 2019. Importações através de e-commerce sobem 23,5%
Numa altura em que o online ganha cada vez mais relevância, as importações de bens através do comércio eletrónico/vendas à distância cresceram 23,5%.
A balança comercial de bens de Portugal registou um défice de 20.074 milhões de euros em 2019, mais 2.485 milhões de euros que no ano anterior. As exportações aumentaram 3,5%, enquanto as importações cresceram 6%, em termos nominais, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.
Estes dados representam uma revisão em baixa do desequilíbrio da balança, já que em fevereiro o gabinete de estatísticas calculava que o défice comercial tinha aumentado em 2.842 milhões de euros em 2019. Já se excluirmos os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 4,4% e as importações 6,8%, com uma subida no défice de 2.155 milhões de euros.
Numa altura em que o online ganha cada vez mais relevância, as importações de bens através do comércio eletrónico/vendas à distância cresceram. O ano passado foi marcado por um aumento de 23,5% nestas compras, que totalizaram 348 milhões de euros. As importações nesta rubrica viram assim uma subida de 66 milhões de euros, face ao ano anterior.
Os bens de consumo foram a principal categoria económica importada através do comércio eletrónico, representando quase os dois terços em 2019. “Seguiram-se as máquinas e outros bens de capital, com um peso de 21,6% e os fornecimentos industriais com 8,0%”, nota o INE.
Quanto aos países com quem Portugal tem mais relações comerciais, o “pódio” manteve-se inalterado. “Os três principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal continuaram a ser Espanha, França e Alemanha”, nota o INE. O maior défice comercial também continuou a ser com Espanha, mas o maior excedente registou-se com os Estados Unidos, “enquanto no ano anterior tinha sido com o Reino Unido”.
Os produtos que o país mais importou foram máquinas e aparelhos, tal como no ano anterior, mas o principal grupo de produtos exportado passou a ser os veículos e outro material de transporte. Tanto as compras como vendas de material de transporte ao exterior aumentaram, 21,8% e 14,2%, respetivamente, atingindo em ambos o valor mais elevado do período 2010-2019.
“No valor total das exportações de material de transporte, 48,7% corresponderam a partes, peças separadas e acessórios, 34,7% aos automóveis para transporte de passageiros e 16,6% a outro material de transporte”, adianta o INE. Já nas importações, no ano passado, “houve um aumento muito significativo do peso da subcategoria outro material de transporte”, principalmente devido ao aumento nas importações de aviões. França passou a ser o principal fornecedor de material de transporte em 2019, maioritariamente por causa da subida nas importações de aviões.
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