“Com bacalhau ou com peru, queremos manter o Natal.” Costa pede que se evitem “aglomerações”
O primeiro-ministro reiterou a necessidade de garantir que os portugueses podem celebrar o Natal com o mínimo de restrições possível. Mas, para tal, é preciso evitar "aglomerações" de pessoas.
O primeiro-ministro está determinado em garantir que os portugueses podem ter “um Natal tão parecido com o Natal” tradicional. Mesmo perante a ameaça da Covid-19.
“Com bacalhau ou com peru, com consoada, com missa do galo ou sem missa do galo, cada um escolherá. Mas queremos manter o Natal”, afirmou António Costa esta quarta-feira, em declarações transmitidas pela RTP3.
Para tal, contudo, o chefe do Governo avisou que os portugueses devem evitar “as aglomerações”, de forma a achatar a curva da pandemia e garantir que é possível aliviar as regras na reta final do mês de dezembro.
"Com bacalhau ou com peru, com consoada, com missa do galo ou sem missa do galo, cada um escolherá. Mas queremos manter o Natal.”
“Nós queremos ter Natal. E queremos ter um Natal tão parecido com o Natal que as nossas tradições nos foram ensinando a ter”, disse António Costa.
De seguida, explicou: “Faz parte das nossas tradições que o Natal seja também um momento em que damos, de forma mais simbólica ou de forma mais material.”
Todos os anos, a época natalícia é um período de forte atividade para o comércio. António Costa não escondeu que esse fator também pesa na decisão do Governo: “É um momento de compras. As famílias oferecem, os amigos oferecem, partilham”, indicou.
“É muito importante que, para que tudo corra bem neste Natal, evitemos as aglomerações”, apontou António Costa.
Costa solidário com o comércio
Na mesma ocasião, o chefe do Governo mostrou “solidariedade” para com os comerciantes. Para António Costa, o comércio “tem sido dos setores mais afetados por esta crise”.
“Procurámos evitar que ao comércio fossem aplicadas restrições mais agravadas”, disse, referindo-se às novas regras de controlo da pandemia que entraram em vigor esta quarta-feira. No entanto, reconheceu que “o comércio sofre indiretamente de o conjunto de outras regras”.
“Quando se torna obrigatório o teletrabalho há menos pessoas a circularem na rua, o que é fundamental para controlar a pandemia, mas tem o outro reverso da medalha: são menos pessoas a dirigirem-se espontaneamente para irem às lojas e procederem a qualquer compra. Quando limitamos o horário de funcionamento, estamos a diminuir a hipótese de o comércio poder vender”, afirmou.
Dito isto, António Costa partiu para a retórica: “Há alternativa? Pode haver alternativas marginais. Mas, quanto ao essencial, não há alternativa. Porque aquilo que podemos ter por certo e seguro é que uma pessoa não se contagia nem contagia ninguém, duas pessoas já se podem contagiar ou estarem a ser contagiadas”, rematou.
Resumindo, para o primeiro-ministro, é crítico que o país consiga “controlar os ajuntamentos, garantir o afastamento e cumprir as regras de segurança e proteção individual”.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h23)
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