PIB da Zona Euro cai, mas menos. Espanha dá maior trambolhão
Enquanto o PIB da UE passa de uma contração de 8,3% para 7,4%, a Zona Euro registará uma contração inferior aos 8,7% estimados por Bruxelas nas previsões de julho.
A Comissão Europeia vê uma contração menos expressiva na economia europeia do que nas últimas previsões, divulgadas em julho. Aponta para uma quebra de 7,4% do PIB da União Europeia, sendo a expectativa para a Zona Euro de que a contração seja de 7,8%, uma “ligeira melhoria” que não se repercutiu em todos os países da região. Espanha será a economia mais castigada pela crise pandémica, tendo visto as projeções agravadas nestas previsões de Outono.
Enquanto o PIB da UE passa de uma contração de 8,3% para 7,4%, a Zona Euro registará uma contração inferior aos 8,7% estimados por Bruxelas na última previsão. Estes números não têm em conta, contudo, os dados do PIB do terceiro trimestre, sendo a data de fecho destas previsões o dia 22 de outubro, altura em que muitos países ainda não tinham anunciado medidas para a segunda vaga da pandemia.
“Comparativamente com as previsões do Verão, as estimativas para a UE a Zona Euro são ligeiramente melhores para 2020“, diz a CE, que procura com estes dados dar alguma visibilidade sobre o impacto da pandemia nas economias europeias. “O impacto económico da pandemia tem sido diferente entre os países europeus, e o mesmo é verdade para as perspetivas de recuperação”, nota.
Se para a maioria dos países, tal como Portugal, estas novas previsões da CE são mais positivas, há exceções. Espanha, o principal parceiro comercial de Portugal, viu as estimativas de Bruxelas serem agravadas, apontando agora para uma contração de 12,4%, pior que os 10,9% da anterior estimativa. O país vizinho passa assim a ser aquele que maior impacto sentirá com a pandemia, superando Itália que deverá cair 9,9% (contra 11,2% em julho).
França, que deveria ver o PIB encolher 10,6%, vai registar uma contração de 9,4%, enquanto o maior “motor” da economia europeia, a Alemanha deverá, segundo as previsões de Outono, apresentar uma quebra de 5,6%, aquém da de 6,3% da anterior previsão. Entre os países menos castigados, nota para a Lituânia, com uma contração de 2,2%, e a Irlanda que deverá cair apenas 2,3%.
Crescimento em 2021, mas mais moderado
Ao mesmo tempo que melhor as perspetivas para 2020, antecipando um impacto menos expressivo da pandemia no PIB dos países europeus, a CE aponta para uma recuperação menos acentuada no próximo ano. E diz que a riqueza gerada tanto na Zona Euro como na Europa “não deverá recuperar para os níveis pré-pandemia em 2022”.
Enquanto a UE deverá agora crescer 4,1%, contra os 5,8% estimados anteriormente, o PIB da Zona Euro deverá apresentar um crescimento de 4,2% no próximo ano, com França a liderar a retoma. A economia do país comandado por Emmanuel Macron deverá acelerar 5,8% em 2021, ficando Portugal e Espanha logo atrás, com uma previsão de crescimento de 5,4% para ambos os países.
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