“Não acredito que vá conseguir impedir a insolvência de todas as empresas”, admite Costa
O primeiro-ministro admite que "é impossível" salvar todas as empresas uma vez que o país enfrenta "a maior crise económica que alguma vez se viveu". Empresas estão "ligadas ao ventilador".
Em entrevista à Antena 1, António Costa admite que o novo pacote de apoios às empresas aprovado em Conselho de Ministros não vai salvar todas as empresas. Para o primeiro-ministro será preciso uma normalização da procura, a qual só acontecerá com o controlo da pandemia. Para já, as empresas ficam “ligadas ao ventilador”.
“Não acredito que vá conseguir impedir a insolvência de todas as empresas”, admitiu Costa, argumentando que tal “é impossível” uma vez que o país atravessa a “maior crise económica que alguma vez se viveu“. O que o Governo está a tentar fazer é manter as empresas que eram viáveis antes da pandemia “ligadas ao ventilador” até que a economia volte ao normal.
O primeiro-ministro respondia assim a questões sobre o efeito que o novo pacote de ajudas aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros que prevê 1.550 milhões de euros para as empresas, dos quais 910 milhões de euros poderão ser disponibilizados a fundo perdido.
Costa argumentou que as principais “queixas” das empresas não são relativas aos apoios do Estado, mas à “quebra brutal da procura” dos consumidores. “Se as pessoas estão em casa não estão na rua a consumir”, referiu, assinalando que o Governo está a tentar manter as atividades económicas abertas mas com a adaptação necessária à realidade da pandemia.
O primeiro-ministro revelou ainda que conta ter o Banco de Fomento “em funcionamento plano no início do próximo ano”. Neste momento, o Banco de Fomento já existe, mas está a funcionar a meio gás. Costa explicou ainda que a “generalidade dos fundos [europeus para a recuperação] será gerido pelo Estado”, sendo que a expectativa é que se possa “começar a injetar o dinheiro já em 2021”.
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