Portugueses divididos quanto à obrigação do uso de máscara na rua
Os portugueses estão profundamente divididos quanto à obrigatoriedade do uso de máscara na rua para travar a pandemia, mostra sondagem.
Os portugueses estão profundamente divididos quanto à obrigatoriedade do uso de máscara na rua para prevenir o contágio com o novo coronavírus, segundo um estudo da Eurosondagem em que 55% diz também que não votaria se houvesse referendo à eutanásia.
Na sondagem, para o Porto Canal e o semanário Sol, 48% dos inquiridos afirmam concordar com o uso de máscara, 45% discordam e 7% tem dúvidas ou não sabe/quer responder.
O uso de máscaras em espaços públicos é obrigatório desde 28 de outubro e o incumprimento é punido com multas que vão até aos 500 euros, segundo a lei aprovada no parlamento apenas com os votos contra da Iniciativa Liberal e as abstenções do BE, PCP, PEV e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.
A divisão que a sondagem mostra não teve tradução na votação na Assembleia da República no passado dia 23 de outubro, que registou mais de dois terços de deputados favoráveis, das bancadas do PS, PSD, CDS-PP e PAN.
Quanto a um eventual referendo à eutanásia, chumbado no parlamento em 23 de outubro com os votos contra do PS, BE, PCP, PAN, PEV e de nove deputados do PSD (entre os quais do líder Rui Rio), os entrevistados pela Eurosondagem mostraram maioritariamente não o pretender.
Colocados perante a questão de haver referendo à eutanásia, 55% dos inquiridos responderam que não iriam votar, contra 25%, enquanto 20% afirmaram ter dúvidas ou não saber/querer responder.
Sobre o Orçamento de Estado para 2021, que tem votação final marcada para o próximo dia 26, 58,5% querem que seja aprovado, 21% prefere o chumbo e 20,5% tem dúvidas ou não sabe/quis responder.
Relativamente às legislativas, o PS surge na frente com 38,3%, seguido pelo PSD (29,7%), BE (8,3%), CDU (5,8%), Chega (5%), CDS (2,7%), PAN (2,2%) e Iniciativa Liberal (1%).
O estudo da Eurosondagem foi realizado entre o segunda e quinta-feira através de 1.011 entrevistas telefónicas validadas para fixos e móveis e tem um erro máximo de 3,08% para um grau de probabilidade de 95%.
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