DGS diz que será uma “boa notícia” caso se confirme eficácia da vacina da Pfizer
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, classificou de "boa notícia" a indicação dada pela Pfizer de que a sua vacina contra a Covid-19 tem uma eficácia superior a 90%.
A Direção-Geral da Saúde reagiu esta segunda-feira ao anúncio da farmacêutica Pfizer de que a vacina que está a desenvolver mostrou ter uma eficácia superior a 90% nos testes já realizados. Na conferência de imprensa desta segunda-feira, Graça Freitas classificou como sendo “uma boa notícia” para a luta contra a pandemia de Covid-19.
“Se as notícias forem de facto essas”, ressalvou Graça Freitas, isto é, “se se vier a verificar que a sua efetividade (eficácia na vida real) for da ordem dos 90%, tenho a dizer que será das melhores vacinas que teremos“. Segundo a diretora-geral da Saúde, “nem todas” as vacinas que são usadas atualmente têm uma eficácia desse nível. “É uma boa notícia”, classificou.
Graça Freitas esclareceu também que “Portugal está nos mecanismos para a aquisição dessa vacina” através do processo de compra liderado pela Comissão Europeia, em nome dos Estados-membros.
Esta segunda-feira a farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou que a sua vacina experimental registou uma eficácia superior a 90% na prevenção da Covid-19 nos participantes do estudo que não tinham sido infetados anteriormente com o vírus. Não se registaram efeitos secundários ou problemas de segurança da vacina, até ao momento, de acordo com a empresa.
Esta foi a primeira análise de eficácia “interina”, segundo o comunicado da empresa, e incluiu a avaliação de 94 casos confirmados nos participantes dos ensaios clínicos. A Pfizer tenciona agora pedir autorização de emergência à Food and Drug Administration (FDA) para o uso da vacina na terceira semana de novembro. Entretanto continuarão os ensaios clínicos para a análise final dos 164 casos confirmados para ter mais dados.
Na mesma conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde explicou que há uma nova definição de caso — associada aos sintomas de febre, tosse, a falta de ar, de olfato e de paladar — e deixou um conselho para os portugueses que queiram viajar, após ter sido questionada sobre o tema pelos jornalistas. “Verifique quais são os concelhos em que pode avançar sem infringir nenhuma lei“, aconselhou, referindo que “cada pessoa terá que ver o seu percurso” e perceber que rota pode ou não seguir.
Além disso, Graça Freitas avisou que “as pessoas não deviam tomar a iniciativa de elas próprias pedirem testes“, devendo esperar pela indicação do médico. “Não é de todo aconselhável fazer testes sejam eles quais forem sem prescrição médica”, disse a diretora-geral da DGS, pedindo disciplina aos portugueses nesta questão.
(Notícia atualizada às 16h08 com mais informação)
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