Ministro admite que parte do empréstimo de 1,2 mil milhões à TAP não será devolvido
O ministro das Infraestruturas admite que parte do empréstimo de 1,2 mil milhões de euros que o Estado cedeu à TAP este ano não será devolvido, transformando-se em capital.
Parte do empréstimo de 1,2 mil milhões de euros cedido pelo Estado à TAP este ano não será devolvido, sendo convertido em capital para manter a empresa à tona. Contudo, no limite, se for necessário, todo o empréstimo pode ser convertido e o Estado ficará com quase 100% da transportadora aérea caso os acionistas privados — os trabalhadores (5%) e Humberto Pedrosa (22,5%) — não consigam acompanhar o aumento de capital.
Este cenário foi admitido pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, em entrevista à Conversa Capital, da Antena 1 e do Jornal de Negócios. Para já, a ideia é que a TAP devolva parte do empréstimo de 1,2 mil milhões de euros — o que ficará determinado nas negociações com a Comissão Europeia do plano de reestruturação –, mas tudo dependerá da recuperação da empresa nos próximos anos. O ministro mostrou-se confiante de que o plano será aprovado em Bruxelas: “Não me passa pela cabeça outra coisa”, disse. A alternativa seria a liquidação da TAP.
Na mesma entrevista, Pedro Nuno Santos adiantou ainda que o Governo poderá aceitar cortes maiores nos vencimentos dos trabalhadores para impedir alguns despedimentos, como propôs o sindicato dos pilotos, mas recordou que a TAP precisa efetivamente de reduzir os postos de trabalho perante a quebra de procura. Em relação a levar o plano de reestruturação ao Parlamento, tema que mostrou as divergências que tem com o primeiro-ministro, o ministro mostrou-se convicto da sua aprovação: “Tenho muitas dúvidas, muitas mesmo, que algum partido, tanto à esquerda como no centro-direita, se pudesse apresentar perante o pais como tendo deixado cair a TAP“.
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