“É preciso continuar esforço conjunto entre as empresas e o Estado” para superar a crise, diz Siza Vieira
Siza Vieira salienta que a economia portuguesa cresceu "a um ritmo extraordinário" no 3.º trimestre, mas deixa o apelo: "É preciso continuar este esforço conjunto entre as empresas e o Estado".
O ministro de Estado, da Economia e Transição Digital admite que a economia portuguesa sofreu “um enorme choque no segundo trimestre deste ano” dado o impacto da pandemia, mas lembra que o PIB cresceu “a um ritmo absolutamente extraordinário” no trimestre segundo. Ainda assim, Pedro Siza Vieira avisa que é “preciso continuar este esforço conjunto entre as empresas e o Estado para manter a resiliência da economia”.
O encerramento de “um conjunto muito significativo de atividades” em meados de março provocou um “enorme choque” e uma “contração brutal” na economia portuguesa, apontou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, na sessão de encerramento da Conferência Anual “Exportações & Investimento” da AICEP, transmitida via digital. Segundo o governante,”mesmo aquelas atividades que não foram encerradas por ordem administrativa” viram-se bastante afetadas pelas “circunstâncias de outros países”, o que justificou que o PIB português caísse a pique nesse período.
Não obstante, Pedro Siza Vieira salientou que a economia portuguesa voltou a crescer “a um ritmo absolutamente extraordinário” no terceiro trimestre do ano, uma recuperação na ordem dos 13%. “Melhor exemplo de resiliência não há”, sinalizou. Esta recuperação deveu-se sobretudo às exportações de bens, bem como o fato de as empresas terem conseguido “atingir uma recuperação da produção uma colocação de produtos no exterior” que levaram a que o país voltasse a ter em setembro e outubro “níveis de exportação muito próximos nos meses homólogos de 2019”, elencou o ministro, dado como exemplo os crescimentos “muito significativos” no setor automóvel e das máquinas e equipamentos industriais.
Ao mesmo tempo, Siza Viera lembra que em novembro, “o emprego voltou a crescer” e que a “taxa de desemprego voltou a cair”, demonstrando que a economia portuguesa “está a conseguir” dar volta. “No terceiro trimestre, não tivemos apenas o quarto crescimento mais significativo da União Europeia, tivemos também uma a taxa de desemprego abaixo da UE“, sublinhou.
Para o ministro da Economia, os dados económicos são , por isso, positivos, mas deixa o aviso: “É preciso continuar este esforço conjunto entre as empresas e o Estado para manter a resiliência da economia, para permitir à economia voltar a crescer, para podermos olhar para este ano 2020 como um espécie de um parênteses para o que vínhamos fazer, neste setor mais aberto ao mundo”.
Por fim, o governante quis também elogiar a resposta conjunta da União Europeia no combate à pandemia, referindo que “desta vez” os Estados-membros não ficaram “entregues a si próprios”. “Desta vez e numa manifestação de determinação e unidade — que para um europeísta como eu sou me deixa particularmente reconfortado — a UE soube muito rapidamente tomar um conjunto ode decisões absolutamente inéditas e numa escala que demonstra uma vontade de assegurar que a recuperação da economia europeia”, conclui, referindo-se ao Plano de recuperação europeu, no valor de 750 mil milhões euros.
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