Governo quer reunir com a Galp por causa do fecho da refinaria de Matosinhos
Encerramento das operações de refinação em Matosinhos "levanta preocupações, sobretudo no que respeita ao destino dos trabalhadores afetos àquela unidade industrial", diz o Governo.
O Governo quer reunir com a Galp na sequência da decisão da petrolífera em concentrar toda a atividade de refinação em Sines e descontinuar a atividade em Matosinhos. O Ministério do Ambiente está preocupado com o futuro dos trabalhadores da refinaria de Leça da Palmeira.
“O Ministério do Ambiente e da Ação Climática manifesta desde já a disponibilidade para, em nome do Governo, reunir com a Galp e com as estruturas representativas dos trabalhadores, exigindo da empresa todo o empenho e sensibilidade social para procurar soluções para o futuro próximo”, refere um comunicado do ministério enviado às redações depois do anúncio feito pela Galp Energia ao mercado.
Sublinhando à partida que respeita a decisão da Galp e que “as medidas agora anunciadas inserem-se num processo de transformação nacional e internacional do setor energético”, com vista à “descarbonização”, o Executivo sublinha que “o encerramento das operações de refinação em Leça da Palmeira (Matosinhos), contudo, levanta preocupações, sobretudo no que respeita ao destino dos trabalhadores afetos àquela unidade industrial”, acrescenta o mesmo comunicado.
O encerramento das operações de refinação em Leça da Palmeira (Matosinhos), contudo, levanta preocupações, sobretudo no que respeita ao destino dos trabalhadores afetos àquela unidade industrial.
A Galp, no comunicado que enviou ao mercado, especifica que está “a desenvolver as soluções adequadas para a necessária redução da força laboral e a avaliar alternativas de utilização para o complexo.
O gabinete de Matos Fernandes recorda ainda que o Fundo para a Transição Justa mobiliza verbas destinadas precisamente a apoiar regiões da Europa onde existem empresas como a refinaria de Leça da Palmeira. “Pensado inicialmente para as zonas mineiras e para as centrais a carvão, este fundo é agora mais abrangente”, explica o comunicado, estendendo-se “a outros territórios com indústrias poluentes, neles incluindo o concelho de Matosinhos”.
“No âmbito do Plano para a Transição Justa, que se encontra em elaboração, o Governo decidiu, assim, propor a elegibilidade a estes apoios da região onde se encontra a refinaria de Leça da Palmeira. Com este Fundo, com uma verba estimada de 200 milhões de euros para Portugal, será possível proteger os trabalhadores afetados e financiar novos negócios que apoiarão a transição para uma economia neutra em carbono, como os associados à energia renovável, à eficiência energética e à economia circular”, acrescenta ainda o mesmo comunicado, sublinhando que o plano português estará concluído durante o primeiro semestre de 2021.
(Notícia atualizada com mais informações)
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