BPI deu 108 mil moratórias. Crédito Covid supera 700 milhões

Banco liderado por João Oliveira e Costa fala em "disponibilidade" para apoiar empresas e famílias na crise. Já deu mais de 108 mil moratórias e contratou 704 milhões através das linhas Covid.

O BPI concedeu mais de 108 mil moratórias no crédito, no valor de 6,1 mil milhões de euros, tendo ainda contratado 704 milhões de euros através das linhas Covid disponibilizadas pelo Governo.

João Oliveira e Costa, CEO do banco detido pelo CaixaBank, destaca a “disponibilidade” do BPI (e do setor financeiro) para apoiar famílias e empresas neste período de crise provocada pela pandemia. “É justo reconhecer o papel que os bancários e os bancos têm tido nesta pandemia, assegurando a manutenção dos serviços sem disrupções e com novas facilidades, evitando preocupações adicionais aos portugueses em tempos muito desafiantes”, destacou o responsável.

No que diz respeito às moratórias de crédito, que permitem uma suspensão temporária do pagamento das prestações dos empréstimos, o BPI tem 108,6 mil contratos abrangidos por estes regimes, correspondendo a 6,127 mil milhões de euros (24% do total do crédito do banco).

Deste montante, 2,7 mil milhões dizem respeito ao crédito à habitação, enquanto outros 3,02 mil milhões correspondem ao valor de moratórias concedidas a empresas. Há ainda moratórias no montante de 388 milhões de euros no crédito pessoal e financiamento automóvel.

O BPI adianta ainda que recebeu quase oito mil candidaturas de empresas para acederem às linhas de crédito Covid-19, tendo já sido contratados ou aprovados pelas sociedades de garantia mútua cerca de 704 milhões de euros.

O banco registou lucros consolidados de 85,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma queda de 66% face ao mesmo período do ano passado, depois de ter registado imparidades de 100 milhões de euros por causa da pandemia.

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Trump dança ao som de YMCA para apelar ao voto

  • ECO e Lusa
  • 3 Novembro 2020

Os Estados Unidos escolhem hoje o próximo presidente, esperando-se uma das mais baixas taxas de abstenção na história das eleições presidenciais norte-americanas.

Donald Trump fez uma campanha cheia de comícios em que reuniu multidões. E em muitos deles, o presidente que é candidato a presidente, não resistiu a alguns passinhos de dança. Esses momentos foram agora agregados num vídeo ao som da popular canção “YMCA” do grupo Village People.

O presidente dos Estados Unidos, que já encerrou a sua campanha eleitoral para as eleições que decorrem esta terça-feira, colocou o vídeo na sua rede social de eleição, o Twitter, acompanhado da mensagem: “VOTE! VOTE! VOTE!”.

As danças de Trump nos vários comícios em que participou tornaram-se virais nas redes sociais nas últimas semanas, muitas vezes acompanhado ao som de “YMCA”, mas alguns membros dos Village People já pediram ao Presidente dos Estados Unidos para não usar esta música nos seus atos políticos.

Victor Willis, um dos membros do grupo Village People, não só criticou o uso de “YMCA”, mas também se irritou com a coreografia.

Os Estados Unidos escolhem esta terça-feira, 3 de novembro, o próximo presidente, esperando-se uma das mais baixas taxas de abstenção na história das eleições presidenciais norte-americanas.

As sondagens mais recentes dão uma confortável vitória a Joe Biden, com cerca de 10 pontos de vantagem no voto popular nacional, mas na análise aos resultados dos Estados considerados essenciais para determinar uma vitória (como é o caso da Pensilvânia, Florida, Wisconsin, Michigan e Texas) as diferenças de intenção de voto são mais próximas (em alguns casos caem na margem de erro) pelo que o desfecho é ainda imprevisível.

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Sonae Capital vende imóvel de hotel no Algarve por 20,7 milhões

A empresa vendeu o ativo imobiliário, no qual opera a unidade hoteleira Aqualuz - Suite Hotel Apartamentos, ao fundo Imofomento, do BPI.

A Sonae Capital vendeu ao fundo Imofomento, do BPI, o imóvel onde está atualmente o Aqualuz – Suite Hotel Apartamentos, em Lagos. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa refere que esta transação vai ser fechada por 20,65 milhões de euros.

“A Sonae Capital informa que, através da sua participada Bloco Q (…), chegou a acordo com o Fundo de Investimento Imobiliário Aberto Imofomento, relativamente aos termos e condições para proceder à alienação, pelo valor de 20,650 milhões de euros, do ativo imobiliário no qual opera a unidade hoteleira Aqualuz – Suite Hotel Apartamentos”, refere o documento publicado esta segunda-feira na CMVM.

Esta operação, que deverá ficar fechada “previsivelmente durante o ano de 2020” insere-se na estratégia de “venda de ativos não core” da empresa, “cuja finalidade é potenciar o crescimento do seu portefólio e manter uma estrutura de capital adequada à tipologia de negócios e ativos detidos”.

Em termos de impacto estimado nos capitais próprios do Grupo Sonae Capital, a venda deste ativo deverá representar cerca de 1,9 milhões de euros negativos, refere o mesmo comunicado.

Em fevereiro do ano passado, a Sonae Capital anunciou que ia assumir a exploração do Aqualuz Suite Hotel Lagos, depois de ter comprado a Aqualuz — Turismo e Lazer, no Algarve. Num comunicado enviado na altura à CMVM, a empresa referiu que este negócio ia “enriquecer o atual portefólio com mais uma operação no segmento Sol e Praia (a juntar às operações no Troia Resort), de contributo positivo ao nível do EBITDA”.

O Aqualuz Suite Hotel Lagos é uma unidade de quatro estrelas e conta com 30 estúdios, uma dezena de suítes standard, 129 suítes T1 e quatro suítes familiares, na sua maioria com vista piscina e amplas varandas. Dispõe ainda de quatro piscinas, um spa com serviços de massagens, restaurante, bar e cabeleireiro.

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WhatsApp testa mensagens que se autodestroem em sete dias

É o utilizador que decide se ativa a funcionalidade, ainda em testes, que faz com que as mensagens desapareçam após uma semana.

Quanto tempo quer as suas mensagens disponíveis? O WhatsApp está a testar uma funcionalidade que permite enviar mensagens que se autodestroem passados sete dias. Quem ativar esta opção, disponível também para grupos, verá as mensagens que enviou desaparecer após uma semana, mas também aquelas que recebeu.

Nas mensagens individuais, cada utilizador escolhe se ativa a opção ou não, mas num grupo é o administrador que decide se as mensagens se vão autodestruir, de acordo com o Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês). A plataforma de mensagens tem já uma área no site dedicada a explicar esta funcionalidade, que está a ser testada por um pequeno grupo de utilizadores.

Com esta ferramenta, se um utilizador não abrir o WhatsApp no ​​período de sete dias, a mensagem vai desaparecer. No entanto, ainda poderá ser lida nas notificações até que a app seja aberta. Quanto à cópia de segurança, se esta for criada antes de uma mensagem desaparecer, será incluída no backup. Contudo, as mensagens que se autodestroem serão apagadas quando um utilizador restaurar a partir de uma cópia de segurança.

quando responde a uma mensagem que irá desaparecer, o texto citado mantém-se disponível passados sete dias. O mesmo acontece se a mensagem for reencaminhada para um chat sem a opção ativada, não vai ser apagada da conversa para onde foi reencaminhada. Quanto às imagens e vídeos, estes também se vão autodestruir se a opção estiver ativada. No entanto, se tiver sido feito o download, desaparecem da app mas continuam guardados no telemóvel.

O WhatsApp deixa o alerta para apenas usar esta funcionalidade com pessoas em quem confia, já que é possível reencaminhar ou fazer uma captura de ecrã de uma mensagem, copiar e guardar o conteúdo ou tirar uma foto de uma mensagem com uma câmara ou outro dispositivo antes de esta desaparecer.

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Lucros do BPI caem 66%. Banco põe de lado 100 milhões por causa da pandemia

Imparidades de 100 milhões de euros levaram o BPI registar lucros de 85,5 milhões de euros até setembro, uma queda de 66% face ao mesmo período do ano passado.

O BPI registou lucros consolidados de 85,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma queda de 66% face ao mesmo período do ano passado, depois de ter registado imparidades de 100 milhões de euros por causa da pandemia.

O banco liderado por João Oliveira e Costa adianta que a atividade em Portugal teve um lucro de 47,4 milhões de euros entre janeiro e setembro, menos 69% em termos homólogos. No terceiro trimestre o lucro líquido em Portugal ascendeu a 41 milhões de euros (-38%), que levam o CEO a falar em “retoma muito positiva dos resultados com uma recuperação significativa no trimestre, apesar de se manter um contexto adverso“.

Em relação ao desempenho comercial, a margem financeira “manteve-se resiliente com uma subida de 1,4% para 330.8 milhões de euros, suportada pelo crescimento da carteira de crédito”, diz o banco. As comissões líquidas diminuem 7,8% em termos homólogos para 177,5 milhões, “reflexo ainda do abrandamento da atividade económica, e incluindo o impacto das medidas de apoio aos clientes implementadas pelo Banco, e reflexo da evolução dos mercados de capitais”.

Tudo somado, o produto bancário comercial em Portugal registou uma descida de -2,3% para 524,2 milhões.

"Os dados do terceiro trimestre refletem já uma retoma muito positiva dos resultados líquidos, com uma recuperação significativa no trimestre, apesar de se manter um contexto adverso.”

João Oliveira e Costa

CEO do BPI

Do lado do balanço, a carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 861 milhões de euros em relação a dezembro 2019 (+3,5% desde o início do ano) para 25,24 mil milhões, “crescendo de forma transversal nos segmentos de crédito a particulares e a empresas”. No que diz respeito às empresas, à boleia das linhas Covid, o BPI observou um aumento de 4,3% para 9,9 mil milhões de euros.

Também os depósitos cresceram de forma expressiva, aumentando 9,9% em 2020, correspondendo a um aumento de 2,27 mil milhões de euros. João Oliveira e Costa fala “em confiança no banco” por parte dos clientes e também prudência e cautela em tempos de pandemia. Os recursos totais de clientes ascendem a 35,9 mil milhões de euros.

O banco destaca ainda a melhoria da qualidade dos ativos, registando, designadamente, o “melhor rácio NPE do setor financeiro em Portugal”. O rácio de exposição a ativos não produtivos desceu 0.6 p.p. desde início do ano para 1,9%. O rácio de Non Performing Loans (NPL) diminuiu de 3,1% em 2019 para 2,3%.

Em termos de rácios de capital, o BPI diz que cumpre “por margem significativa os rácios mínimos exigidos pelo Banco Central Europeu”: rácio CET1 de 13,9%, rácio Tier 1 de 15,4% e rácio de capital total de 17,1%

(Notícia atualizada às 11h20)

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França admite recolher obrigatório na região de Paris

Mesmo com todo o país em confinamento parcial, a pandemia não parece estar a abrandar. Emmanuel Macron está agora a ponderar decretar recolher obrigatório em Paris e ao redor da capital.

Depois de ter colocado todo o território francês em confinamento pela segunda vez, Emmanuel Macron poderá agora impor um recolher obrigatório em Paris e na zona à volta da capital. De acordo com a Reuters (conteúdo em inglês), esta poderá ser mais uma tentativa para evitar a propagação do coronavírus em França.

Esta terça-feira, o porta-voz do Governo francês, Gabriel Attal, disse que seria imposto um recolher obrigatório noturno em Paris às 21 horas e, possivelmente, na região de Ile-de-France (ao redor da capital), para lidar com o aumento exponencial do número de infetados. Contudo, esta terça-feira de manhã, esta informação acabou por ser desmentida pelo próprio Governo e pelas autoridades policiais.

“Esta decisão não foi decidida, de todo, nesta fase”, disseram fontes do Governo francês à BFM TV, explicando que o que está a ser pensado é, sim, um “horário noturno para o encerramento de lojas autorizadas a funcionar” em Paris. “Essa medida será coordenada com a autarquia de Paris, mas não foi decidida nesta fase”, continuaram as mesmas fontes, acrescentando que “uma decisão será tomada nos próximos dias”.

Esta segunda-feira, França registou um novo recorde no número diário de infeções — 52.518 –, com o número de pessoas internadas a aumentar em mais de 1.000 pela quarta vez em oito dias. Mesmo com o confinamento do país, a pandemia não dá sinais de abrandamento. Até ao momento já faleceram 37.435 pessoas em território francês, 416 das quais na segunda-feira.

O ministro da Saúde francês, Olivier Veran, disse à rádio RTL que, a cada 30 segundos, um parisiense fica infetado com a doença, enquanto a cada 15 minuto se interna um parisiense no hospital.

(Notícia atualizada às 11h47 com reação do Governo francês a esclarecer que ainda nada foi decidido)

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ARSEG lança prémio para trabalho académico sobre seguros em Angola

  • ECO Seguros
  • 3 Novembro 2020

O supervisor de seguros angolano quer destacar trabalhos de investigação científica e trabalhos académicos de fim de curso de licenciatura.

A ARSEG – A Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros – lançou o Prémio Fernando Aguiar que consiste num concurso anual para destacar trabalhos de investigação científica e trabalhos académicos de fim de curso de licenciatura, no âmbito do setor de seguros, resseguros, fundos de pensões e mediação de seguros em Angola.

Com entrega de trabalhos concorrentes estabelecida até 20 de novembro, o prémio é uma homenagem a Fernando Jorge Júlio de Aguiar, primeiro diretor- geral do órgão de regulação e supervisão de seguros, o extinto Instituto de Supervisão de Seguros, o prémio tem um valor pecuniário de 1,5 milhões de kwanzas (cerca de 2 mil euros) e atribui ao vencedor um estágio profissional remunerado na ARSEG. Na sua 1ª edição o tema proposto aos concorrentes é Economia.

Os trabalhos devem ser redigidos em Português e sido defendidos em qualquer instituição de ensino superior de Angola, que também são as responsáveis pela inscrição dos trabalhos junto do Supervisor.

A avaliação dos trabalhos será realizada por um Júri presidido por Jesus Teixeira – Assessor do Conselho de Administração da ARSEG, António de Alcochete – Director Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação, Henda da Silva – Presidente da Associação Angolana de Actuários, José Araújo – Secretário Executivo da Associação das Seguradoras Angolanas, José Fazenda – Vice-Reitor da Universidade Independente de Angola e Redento Maia – Decano da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto.

A ARSEG é tutelado pelo Ministério das Finanças de Angola, compete a regulação, supervisão, fiscalização e o acompanhamento da atividade seguradora, resseguradora, de fundo de pensões e de mediação de seguros e resseguros em Angola.

O prémio pode ser verificado aqui.

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“Para os europeus é muito difícil pensar que existem pessoas que apoiam o Trump”, diz Dana Redford

Empresário norte-americano diz que "povo norte-americano é mais conservador que o povo europeu" e que percebe que para os europeus seja muito difícil pensar que existem pessoas que apoiam o Trump.

No dia das eleições presenciais dos EUA, a maioria das sondagens dá vantagem a Joe Biden. Dana Redford acredita na vitória de Biden, mas diz que até ao último minuto tudo pode mudar. “É uma pergunta difícil, mesmo com as sondagens a apontar para a vitória de Biden. As pessoas evitam viver com essa certeza até porque nas ultimas eleições as sondagens apontavam para a vitória da Hillary Clinton e isso não aconteceu”.

Dana Redford é norte-americano, presidente da Policy Experimentation & Evaluation Platform (PEEP) e vive entre Portugal e os EUA há 18 anos. Em entrevista ao ECO mostra-se mais inclinado para o democrata Joe Biden, mas destaca que o mais importante é voltar a estabelecer as relações internacionais, independentemente do candidato eleito para a Casa Branca.

“Seja o Trump ou o Biden, eu quero que os EUA sejam mais abertos às alianças e que valorizem mais as relações com Portugal e com a Europa; e eu vejo o Biden mais aberto nesse sentido”, explica Dana Redford.

Ao contrário de Trump que quer desvincular-se das relações comercias e que disse que UE é “tão má como a China” nas relações comerciais com os EUA, Biden garante que vai restaurar as relações externas cortadas pelo atual presidente dos EUA e reverter as políticas de Trump contra a imigração. Para Dana Redford voltar a estabelecer as relações internacionais será um bom ponto de partida. “Para o bem da economia norte-americana temos que olhar mais para as relações internacionais e aí o Biden talvez seja uma influência mais estabilizadora no mercado”, destaca o consultor do departamento de comércio dos Estados Unidos da América, Comissão Europeia, OCDE e das Nações Unidas.

Na ótica de Dana Redford, “a medida de sucesso para o Trump é a bolsa de valores” e alerta que “quando os políticos são mais influenciados pelo dinheiro do que pelos cidadãos, a democracia sofre”.

Seja o Trump ou o Biden, eu quero que os EUA sejam mais abertos às alianças e que valorizem mais as relações com Portugal e com a Europa; e eu vejo o Biden mais aberto nesse sentido.

Dana Redford

Presidente da Policy Experimentation & Evaluation Platform

Numa altura em que os EUA estão entre os países com mais infetados por Covid-19, com quase mil casos diários, a forma como o Donald Trump está a encarar a situação pandémica não está a agradar à população. Para Dana Redford, a “abordagem que o Trump está a ter com a pandemia é incorreta”. Destaca ainda que “Trump sabia que da gravidade da pandemia mas não teve confiança no povo norte-americano”.

Face a todas as políticas mais “extremistas”, as medidas de Trump não são bem encaradas pela maioria dos europeus. O presidente da Policy Experimentation & Evaluation Platform percebe que “para muitos europeus é muito difícil pensar que existem pessoas que apoiam o Trump”, e explica que “o povo norte-americano é mais conservador que o povo europeu”.

Dana Redford acredita que as eleições presidenciais desta terça-feira “podem marcar a história e o percurso dos EUA nos próximos anos”.

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Militares das Forças Armadas vão fazer inquéritos epidemiológicos à Covid-19

Os militares das Forças Armadas vão começar a fazer inquéritos epidemiológicos à população, de forma a acompanhar as cadeias de transmissão e ajudarem a detetar surtos.

Os militares das Forças Armadas vão ser destacados para realizarem inquéritos epidemiológicos à população, de forma a acompanhar as cadeias de transmissão e ajudarem a detetar surtos da Covid-19, aliviando a pressão existente sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta medida já tinha sido confirmada pelo Presidente da República e o despacho que a regula foi publicado esta terça-feira em Diário da República.

Por forma a responder aos desafios impostos pela propagação do vírus Covid-19, os ramos das Forças Armadas contribuirão com os recursos humanos e materiais que se revelem necessários a apoiar as entidades competentes, no âmbito desta emergência de saúde pública”, lê-se no despacho assinado pelo ministro da Defesa Nacional, publicado em Diário da República.

Esta intenção já tinha sido referida pelo primeiro-ministro, António Costa, à saída da audiência desta segunda-feira com o Presidente da República, para discutir um eventual novo estado de emergência. Ao final da noite, também Marcelo Rebelo de Sousa confirmou, em entrevista à RTP1, que seria importante “ampliar os rastreios” e “as Forças Armadas, os funcionários públicos e até os privados podem fazer pesquisas e contactos com aqueles que estiveram próximos dos infetados, sob supervisão da Saúde”.

A escassez de rastreadores face ao número crescente de infetados pela Covid-19 tem sido uma preocupação do Governo. Neste contexto, o Chefe de Estado indicou que o objetivo é que o número de pessoas a fazer rastreios à população chegue aos “tais milhares que são necessários”. Outra das opções passa mesmo por convocar médicos e enfermeiros militares na reserva, até agora voluntários, apontou. Além disso, fontes militares confirmaram ao Público (acesso pago) que decorrerão nos próximos dias reuniões com o Ministério da Saúde para definir os moldes desta nova colaboração.

Segundo o despacho publicado, caberá ao Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas “a competência para, reunir e ativar” os meios necessários das Forças Armadas para ajudar no combate à Covid-19, sendo esta coordenada em articulação com “as autoridades de proteção civil”, “forças e serviços de segurança e demais entidades competentes nesta emergência”, através do diretor da Saúde Militar para questões relacionadas com os “recursos humanos e materiais”, bem como do “Comando Conjunto para as Operações Militares (CCOM) no Continente, do Comando Operacional dos Açores (COA) no Açores e do Comando Operacional da Madeira (COM) na Madeira”, revela o despacho.

Esta medida tem efeitos retroativos à passada quarta-feira, data da assinatura do despacho, e vai vigorar enquanto “se mantiverem as atuais situações de alerta, de contingência ou de calamidade” face à crise de saúde pública. Esta não é a primeira vez que as Forças Armadas ajudam no combate à Covid-19. Durante a primeira vaga, vários elementos foram destacados para ajudar no acolhimento de idosos em lares e na desinfeção de escolas.

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Rendimento dos filhos deixa de contar para o Complemento Solidário de Idosos do 2.º e 3.º escalões esta quarta-feira

A lei que facilita o acesso ao complemento solidário de idosos foi publicada em Diário da República. Os que estiverem no 2.º e 3.º escalão já não são impactados pelos rendimentos dos filhos.

O decreto-lei do Governo que altera o regime relativo ao complemento solidário para idosos, aprovado em Conselho de Ministros há um mês, foi publicado esta terça-feira em Diário da República, produzindo efeitos já a partir desta quarta-feira. A alteração prevê que os idosos que estejam no segundo e no terceiro escalão também não sejam impactados pelos rendimentos dos filhos.

Esta era uma mudança que estava prevista no Orçamento do Estado para 2020 (OE 2021) e que foi agora concretizada pelo Governo. Até ao momento, apenas no primeiro escalão não era necessário revelar os rendimentos dos filhos. Agora essa isenção é alargada ao segundo e terceiro escalão do complemento solidário para idosos. Os rendimentos eram usados na avaliação de recursos do requerente.

O decreto esclarece que “o valor de referência do complemento é fixado, e objeto de atualização periódica, por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da solidariedade e segurança social, tendo em conta a evolução dos preços, o crescimento económico e a distribuição da riqueza”. O valor de referência é decidido pelo Governo até ao dia 29 de dezembro.

“O presente decreto-lei prevê igualmente a possibilidade, já antecipada no preâmbulo do Decreto-Lei n.º 252/2007, de 5 de julho, de criação de um mecanismo que, no que concerne aos benefícios adicionais de saúde para os beneficiários do CSI, obvie ao pagamento inicial do custo dos medicamentos não comparticipados pelo Estado“, refere também o sumário do decreto-lei publicado em Diário da República.

Haverá uma portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, da segurança social e da saúde que criara os “procedimentos alternativos desmaterializados, ajustados à condição socioeconómica dos beneficiários do complemento solidário para idosos, que obviem ao pagamento inicial do custo com a aquisição de medicamentos”.

Recorde-se que o complemento solidário para idosos “tem como objetivo combater a pobreza dos idosos com rendimentos mais baixos, obedecendo a sua atribuição e manutenção a critérios de apuramento dos recursos dos requerentes e dos titulares da prestação”.

O CSI destina-se a idosos com mais de 66 anos e cinco meses. Em causa está um apoio financeiro em dinheiro, pago mensalmente aos beneficiários de baixos recursos, residentes em Portugal. De notar que o montante do Complemento Solidário de Idosos é fixado consoante a diferença entre os rendimentos anuais do idoso e o valor de referência do complemento (5.258,63, em 2019), com um máximo mensal de 438,21 euros.

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Aposta recorde de um milhão de libras na vitória de Biden

  • ECO
  • 3 Novembro 2020

As eleições norte-americanas estão a ser consideradas um dos maiores eventos de sempre para as apostas. Só um participante apostou um milhão de libras na vitória do candidato democrata, Joe Biden.

As eleições norte-americanas de 2020 serão um dos maiores eventos de sempre da indústria das apostas, com um jogador a apostar um milhão de libras na vitória do candidato democrata, Joe Biden, revela o The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Em declarações ao jornal britânico, Matthew Shaddick, líder da empresa Ladbrokes Coral Group que detém apostas políticas, estima que haja mil milhões de libras de apostas em todo o mundo relativas ao resultado destas eleições, marcadas para esta terça-feira. Também a Betfair confirma a tendência, tendo registado 271 milhões de apostas até agora. A maioria destas apostas deverá ser fora dos Estado Unidos, já que as apostas no país são ilegais.

Segundo revelou a empresa de apostas online, só um dos apostadores apostou um milhão de libras em Biden, na maior aposta política de todos os tempos. Se o ex-vice-presidente ganhar a eleição, este jogador irá ganhar 1,54 milhões de libras.

As chances de Donald Trump ser reeleito aumentaram ligeiramente no final desta semana, Ainda assim, as probabilidades continuam a favorecer Biden (65%), mas Trump (35%) recuperou ligeiramente ao longo do fim de semana.

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Comissão Europeia quer multar plataformas digitais que tolerem conteúdos ilegais

  • ECO
  • 3 Novembro 2020

A Comissão Europeia prevê sanções milionárias para empresas que espalhem mensagens que incentivem o ódio, anúncios de produtos falsos ou campanhas de desinformação.

A Comissão Europeia está a concluir uma proposta de lei para apresentar aos Estados-membros e ao Parlamento Europeu onde estabelece uma vigilância supranacional das principais plataformas digitais, com o intuito de punir a presença de conteúdos ilegais nessas páginas, mesmo que a origem do material seja de terceiras pessoas ou de uma empresa independente, escreve o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

O objetivo é multar quem apresente conteúdos ilegais — como a incitação ao ódio, a oferta de produtos falsos, campanhas de desinformação, entre outros — na sua plataforma ainda que a origem seja de pessoas terceiras ou outras empresas. “Vamos ser extremamente estritos”, disse o comissário europeia do mercado interno, o francês Thierry Breton, num encontro com o El País e outros jornais europeus, em antecipação da apresentação do pacote legislativo que deverá acontecer nas próximas semanas. A ordem de grandeza das coimas não é avançada, contudo, o jornal espanhol fala em multas “milionárias”.

Este plano inclui ainda um padrão de serviços digitais, batizado de Digital Services Act ou DSA, que vai forçar as grandes plataformas digitais a responderem de forma imediata a reclamações ou denuncias sobre o conteúdo que divulgam e removê-los assim que for exigido pelas autoridades competentes.

A Comissão Europeia tinha até agora um código voluntário, assinado por plataformas como Facebook, YouTube ou Twitter. Mas, face à passividade e lentidão em certos casos, decidiu impor novos requisitos e obrigações por lei. A impunidade está com os dias contados, segundo Bruxelas. “Estamos determinados e vamos conseguir. Neste momento, existem plataformas sistémicas e temos que organizar melhor quais são seus impactos na nossa economia, na nossa sociedade, na nossa democracia e no nosso Estado de Direito”, alertou o comissário europeu.

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