Perdas por imparidade na banca portuguesa aumentam 66% no terceiro trimestre de 2020
As perdas por imparidade na banca passaram de 1.242 milhões de euros em setembro de 2019 para 2.059 milhões de euros no mesmo período de 2020.
As perdas por imparidade na banca nacional aumentaram 65,8% na comparação entre janeiro e setembro de 2019 e o mesmo período de 2020, num montante correspondente a 817 milhões de euros, segundo a Associação Portuguesa de Bancos (APB).
De acordo com a síntese de indicadores do setor bancário da APB relativa ao terceiro trimestre de 2020, as perdas por imparidade na banca passaram de 1.242 milhões de euros em setembro de 2019 para 2.059 milhões de euros no mesmo período de 2020.
Já as imparidades medidas em percentagem do produto bancário, aumentaram 13,1 pontos percentuais entre o final de setembro de 2019 e o mesmo período de 2020.
De acordo com a síntese da APB, as imparidades em percentagem do produto bancário situavam-se nos 16,8% no final de setembro de 2019, tendo aumentado para 29,9% no mesmo período de 2020.
Em termos de lucros, baixaram 65,4%, de 1.697 milhões de euros no final do terceiro trimestre de 2019 para 588 milhões de euros no mesmo período de 2020.
Noutros indicadores da atividade bancária, a margem financeira (diferença entre os juros recebidos nos créditos e pagos nos depósitos) caiu 4,6% quando comparados os períodos até setembro de 2019 e até setembro de 2020, de 4.838 milhões de euros para 4.614 milhões de euros.
A receita com comissões também caiu (5,9%) de 2.206 milhões de euros para 2.076 milhões de euros entre os primeiros nove meses de 2019 e os primeiros nove meses de 2020, com o produto bancário a cair 6.9%, de 7.383 para 6.877 milhões de euros, no mesmo período.
Os custos operacionais também diminuíram, mas 5,2%, passando de 4.215 milhões de euros no final do terceiro trimestre de 2019 para 3.996 no mesmo período de 2020.
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