Fundo soberano da Noruega exclui empresas por falta de transparência fiscal
O maior fundo soberano do mundo decidiu pela primeira vez desinvestir em empresas por causa da falta de transparência fiscal.
O fundo soberano da Noruega, avaliado em 1,3 biliões de dólares, pela primeira vez desinvestiu em empresas por causa das suas políticas fiscais. A informação foi avançada esta segunda-feira pelo CEO do fundo, o maior do mundo, à Reuters, tendo prometido que este critério será utilizado mais no futuro. Em causa está o planeamento fiscal agressivo de algumas empresas que permite pagar menos impostos.
O CEO do fundo norueguês, Nicolai Tangen, disse que o fundo desinvestiu de sete empresas em 2020 devido a “planeamento fiscal agressivo e por casos em que as empresas não deram a informação de onde, e como, pagam os impostos”. Tangen, que está no cargo desde setembro, não disse o nome das cotadas, referindo apenas que foram empresas pequenas.
O fundo norueguês, que detém 1,5% de todas as cotadas do mundo (num total de cerca de 9.200 empresas), tem dado alguns passos para que os seus investimentos estejam em linha com os objetivos de desenvolvimento sustentável. Recentemente também foi noticiado que o fundo soberano da Noruega vendeu as últimas participações que tinha em cotadas das energias não renováveis (petróleo e gás). Recorde-se que este fundo foi criado para investir os lucros que o país tinha com a indústria petrolífera.
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