Draghi dá confiança às bolsas europeias. Energia impulsiona PSI-20
Os mercados aplaudiram o regresso do ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, para liderar um acordo de emergência em Itália.
As bolsas europeias tiveram um dia de ganhos, com a solução de emergência encontrada para o impasse governativo em Itália a animar os investidores. Em Portugal, o índice PSI-20 não foi exceção e ganhou 0,36% para 4.819,40 pontos, com sete das 18 cotadas no verde. Os pesos-pesados da energia lideraram, enquanto o BCP contrariou.
A EDP Renováveis ganhou 2,64% para 23,30 euros, enquanto a EDP subiu 0,19% para 5,21 euros. A Galp Energia avançou 0,99% para 8,336 euros. Também a Jerónimo Martins ajudou o índice, com uma valorização de 0,72% para 13,36 euros. Em sentido contrário, a Nos e o BCP estiveram entre as maiores perdas, com desvalorizações de 1,43% e 0,77%, respetivamente.
Lisboa fechou assim em linha com as restantes praças europeias. O índice Stoxx 600 subiu 0,27%, o alemão DAX avançou 0,66% e o espanhol IBEX 35 somou 0,90%. A estrela foi mesmo o italiano FTSE MIB, que ganhou 2,09%, após o anúncio de que Mario Draghi vai formar um Governo de emergência em Itália, para tentar acalmar a crise política no país e possibilitar a aplicação de medidas para lidar com a pandemia.
Fonte: Reuters
Os mercados aplaudiram o regresso do ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) — que ficou conhecido como salvador do euro durante a crise financeira –, cuja nomeação foi oficializada esta manhã pelo presidente Sergio Mattarella. Após um encontro entre os dois, um porta-voz da presidência anunciou que Draghi aceitou o convite que fica condicionado à viabilização pelos partidos políticos.
“O nome de Draghi foi apontado várias vezes como o melhor candidato para liderar um governo de unidade nacional, tanto por Renzi no lado centro-esquerdo quanto por Berlusconi no centro-direita”, diz Paolo Pizzoli, economista sénior para Itália e Grécia do ING. “O perfil e histórico à frente do BCE fazem com que seja o melhor candidato para lidar com a complexa gestão do NextGen da UE. O pragmatismo e abordagem não ideológica poderiam ajudá-lo a encontrar o equilíbrio necessário dentro da maioria parlamentar”.
O presidente de Itália Sergio Mattarella convocou Draghi para uma reunião esta quarta-feira no palácio Quirinale para o convidar a formar um governo de emergência, depois de as negociações dos partidos para formar um novo governo terem falhado. Giuseppe Conte demitiu-se do cargo de primeiro-ministro de Itália na semana passada, depois de o partido de Matteo Renzi, Italia Viva, ter abandonado o acordo de coligação que tinha com o Governo, juntamente com o Movimento 5 Estrelas.
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