Abandono escolar atingiu mínimo histórico em 2020. Costa elogia “evolução notável”
O abandono escolar em Portugal atingiu no ano passado o valor mais baixo de sempre, tendo descido de 10,6% em 2019 para 8,9% e ultrapassado a meta europeia, divulga o INE.
O abandono escolar atingiu no ano passado o valor mais baixo de sempre, tendo descido de 10,6% em 2019 para 8,9% e ultrapassado a meta europeia, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O primeiro-ministro elogiou a “evolução notável” feita nas últimas décadas.
Com o valor de 8,9% atingido no ano passado, Portugal conseguiu ultrapassar a meta europeia, que definia uma taxa de Abandono Precoce de Educação e Formação de até 10% até 2020.
Em Portugal continental, o valor foi ainda mais baixo, situando-se nos 8,4%.
Em comunicado, o Ministério da Educação, que cita os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE, recorda que já em 2019 o país tinha “evoluído muito favoravelmente”, de 11,8% para 10,6%, então um mínimo histórico.
“Os resultados mostram uma evolução constante, firme e extraordinariamente notável do país, naquele que é considerado pela Comissão Europeia como um dos principais indicadores da performance dos sistemas educativos”, escreve a tutela.
Também António Costa, na rede social Twitter, elogiou o feito. “É uma evolução notável que se deve a décadas de trabalho das escolas, dos professores e das famílias”, escreveu, enaltecendo a aposta feita pelo Governo na qualificação e formação.
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O gabinete do Ministério da Educação refere ainda que quando este indicador começou a ser apurado, há duas décadas, Portugal registava valores próximos dos 50%, que ultrapassavam em cerca de 30% a média europeia.
Se a tendência de redução se mantiver, a par da estagnação à escala europeia, a tutela estima que Portugal consiga registar, este ano, um valor de abandono escolar precoce mais baixo do que a média da União Europeia.
“Estes resultados são ainda mais marcantes considerando que coincidiram com um aumento muito considerável do emprego jovem, nos últimos anos, já que poderia constituir um estímulo para o não prosseguimento de estudos desta franja da população, e com a situação pandémica vivida neste último ano”, acrescenta o comunicado.
Para o Ministério da Educação, o desafio de reduzir o abandono escolar precoce torna-se ainda mais importante no atual contexto de pandemia de Covid-19, justificando assim a possibilidade de as crianças e jovens em risco poderem ter aulas presenciais durante o regime de ensino a distância, que foi retomado na segunda-feira.
No mesmo comunicado, o Ministério da Educação saúda as comunidades educativas pelos resultados positivos, destacando a necessidade de continuar no mesmo caminho, através do aprofundamento das iniciativas têm contribuído para o combate ao abandono.
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