Costa espera passaporte sanitário até ao verão para garantir “retoma tranquila” do turismo
Primeiro-ministro explica que o documento deverá ser comunitário (e não só nacional). Esperar que dê maior tranquilidade à atividade turística no verão.
O Governo espera que o passaporte sanitário europeu esteja em vigor já este verão e que impulsione a retoma da atividade turística. O primeiro-ministro António Costa explicou, em declarações esta sexta-feira após uma Cimeira Europeia de dois dias que decorreu de forma totalmente virtual, que o documento deverá ser igual para toda a União Europeia, enquanto com países terceiros continuará a ser feita uma avaliação de risco para permitir viagens.
“O ideal é que este certificado verde não seja nacional, mas universal a toda a comunidade europeia“, explicou Costa, sublinhando que o “desejo que temos é que no verão” esse documento exista. Sendo uma medida conjunta, deverá ser objeto de reconhecimento mútuo, tal como aconteceu com a obrigatoriedade de apresentação de testes à Covid-19 entre viagens internacionais.
São os testes que “garantem que qualquer um possa entrar em Portugal sem se sujeitar a quarentena” ou que um português possa entrar noutro país, lembrou, dizendo que esse passaporte verde poderá vir a ser uma alternativa. “Somos defensores de uma medida à escala europeia, é com esse objetivo que enquanto presidência estamos a trabalhar em conjunto com a Comissão Europeia”, avançou Costa.
Esse passaporte sanitário poderá vir a incluir três possibilidades: vacinação, imunidade contra a Covid ou teste negativo. António Costa considera que, quando estiver em vigor, o passaporte verde “facilitará muito a liberdade de circulação, o mercado interno e que o turismo possa ter uma retoma mais tranquila do que tem tido”.
No primeiro dia da reunião do Conselho Europeu, a chanceler alemã Angela Merkel anunciou que todos os países da UE concordaram com o desenvolvimento de um sistema que permita compatibilizar os diversos passaportes de vacinação que estão a ser elaborados pelos 27 Estados-membros. A Comissão Europeia tem agora três meses para definir as condições técnicas.
Ainda sobre as vacinas, o primeiro-ministro acrescentou que — no âmbito das linhas de crédito de apoio à reconversão industrial para a produção de materiais de combate à Covid-19 — será “rapidamente” instalada em Portugal uma unidade fabril com capacidade de produção de vacinas.
(Notícia atualizada às 12h30)
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