Material hospitalar e máscaras comunitárias deram “o melhor ano de sempre” à AMF Shoes
Mesmo em cenário de crise, existem empresas que cresceram em tempos de pandemia. A AMF é um exemplo. Apostou em socas hospitalares e máscaras comunitárias e alcançou o "melhor ano de sempre".
Várias empresas portuguesas reinventaram-se em tempos de pandemia e algumas até cresceram. Este é o caso da empresa de calçado AMF Safety Shoes que apostou nas socas e nas máscaras sociais e fechou o ano de 2020 com um crescimento de 15%. Para o presidente da empresa de calçado, Albano Fernandes, “2020 foi o melhor ano de sempre da AMF”.
Numa primeira fase da pandemia, a ALoft, empresa que pertence ao grupo AMF Shoes, começou a oferecer socas aos hospitais e centros de saúde. O presidente da empresa explica que perceberam que este produto podia transformar-se num negócio para os mercados internacionais. “Criámos uma nova linha desses produtos e abrimos um novo nicho de mercado, numa primeira fase em private label”, conta Albano Fernandes.
O grupo viu neste segmento uma grande oportunidade de negócio e está a apostar numa marca própria — que não se destinará apenas ao contexto hospitalar, mas também à jardinagem, lazer, alimentação, entre outros.
Para além da aposta nas socas, a AMF, logo no início da pandemia, transformou as linhas de produção, adquiriu máquinas e começou a produzir máscaras comunitárias certificadas pelo Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário (Citeve). Albano Fernandes garante que “foram a primeira empresa a ter as máscaras certificadas a nível nacional com uma proteção superior a 95%”.
Atualmente, a AMF, ainda continua a apostar nas máscaras, mas de uma forma diferente. Desde junho contrataram confeções para produzir as máscaras que chegam a toda a Europa. A aposta neste dois produtos — socas e máscaras sociais certificadas — representaram 8% do volume de negócios da AMF, o ano passado. “De alguma forma, a aposta nestes dos produtos colmatou um mês de paragem durante o qual não faturámos e conseguimos manter o nosso objetivo que era de crescimento”, explica o responsável.
A reinvenção e a resiliência das empresas portuguesas foram as principais lições que o presidente da AMF Shoes retirou destes tempos de pandemia. “Foi através desta reinvenção que conseguimos manter contacto com os clientes e fornecedores”, explica.
Mesmo com um crescimento de 15%, o CEO, que emprega 148 colaboradores, confessa que sentiu algumas dificuldades inerentes à pandemia, como a falta de matérias-primas oriundas do mercado asiático. Albano Fernandes adianta que o momento mais difícil que a empresa enfrentou foi entre 15 de maio a 15 de junho, quando tiveram de encerrar a produção por falta de matérias-primas — as gáspeas — o que fez com que o abastecimento das linhas de produção ficasse comprometido.
Mesmo com Portugal a enfrentar um segundo confinamento, o presidente da AMF Safety Shoes, realça com orgulho que a empresa já vai com um crescimento de 12% neste primeiro trimestre do ano.
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