Regresso aos escritórios deverá acontecer “a partir de setembro”. Uber quer voltar “em segurança”
O desconfinamento não está no horizonte, mas a Uber já tem uma data estimada de regresso ao escritório. Mesmo que o Governo dê "luz verde" antes disso, a tecnológica prevê voltar no final do verão.
Quando é que podemos voltar a … É a nova rubrica diária do ECO, numa altura em que se assinala um ano desde que foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 em Portugal. Com o confinamento, muitas atividades fecharam portas e a nossa vida mudou. Com a descoberta e distribuição das vacinas, muitos países e algumas atividades já começam a planear o desconfinamento. Em Portugal, quando é podemos voltar ao nosso local do trabalho e às escolas? Quando é que poderemos voltar aos festivais de música e viajar sem restrições? E ao cinema, aos museus e a uma discoteca? Quando é que poderemos voltar a ver futebol nos estádios e ir ao ginásio? Nesta série de artigos fomos falar com responsáveis de cada um desses setores.
Com os escritórios fechados e a maioria dos colaboradores a trabalhar a partir de casa, as empresas já preparam aquele que será o seu plano de regresso aos escritórios. Na Uber, voltar a abrir as portas do local de trabalho está previsto para setembro, mesmo no caso de o Governo dar “luz verde” ao regresso antes disso.
“A partir de setembro deste ano, os colaboradores podem voltar a trabalhar no escritório”, começa por dizer Manuel Pina, diretor-geral da Uber Portugal, à Pessoas/ECO.
A decisão de prolongar o teletrabalho e esperar pelo final do verão para voltar aos escritórios prende-se, sobretudo, com igualar as condições dos colaboradores, independentemente do país onde trabalhem. “Procuramos voltar de forma justa e igual para todos os colaboradores, seja qual for o país em que estiverem. No ano passado, o prazo que tínhamos anunciado era junho de 2021 e, naturalmente, este ano acabámos por estendê-lo até setembro”, diz, salientando que estas medidas são anunciadas para a empresa inteira, em todos os países onde a Uber opera, e validadas localmente, garantindo que é, de facto, permitido o regresso naquele país.
"No ano passado, o prazo que tínhamos anunciado era junho de 2021 e, naturalmente, este ano acabámos por estendê-lo até setembro.”
No que toca a um possível redesenho do espaço de trabalho, Manuel Pina diz que as principais adaptações estão a ser feitas ao nível da segurança, tornando possível a colaboração e atividade conjunta, nomeadamente através da sinalização, distanciamento e materiais necessários. “Os nossos escritórios já eram pontos de encontro para fomentar a criatividade e a colaboração. Queremos mantê-lo porque acreditamos que é muito importante, mas, sobretudo, fazê-lo em segurança”, refere.
Em setembro, algumas das equipas poderão regressar em “espelho”, mas tudo dependerá das recomendações do Governo e do nível de risco nessa altura. “Vamos estar constantemente a medir aquilo que são as práticas e recomendações das organizações de saúde pública e do Governo e, também, aquilo que nós consideramos importante dar aos colaboradores, do ponto de vista de flexibilidade e segurança”, afirma o diretor-geral da Uber Portugal.
Já num cenário pós-pandemia, Manuel Pina assume que “é possível que haja mais algumas políticas de flexibilidade”, apesar de o tema estar ainda a ser discutido na empresa. “Estamos, neste momento, a olhar para aquelas que serão as melhores práticas na indústria e perceber de que forma podemos adaptar-nos. De uma maneira geral, e não falando especificamente da Uber, é possível que esta tendência de home office comece nas empresas. No entanto, eu diria que é importante que as empresas continuem sempre a dar a opção às pessoas que querem trabalhar no escritório, porque não têm as condições necessárias em casa, de fazê-lo. E, no caso da Uber, essa vai ser sempre uma prioridade”, afirma.
Uma empresa, dois negócios: um depende de sair de casa, outro de estar em casa
O setor dos transportes foi um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19 e, como tal, a Uber também sentiu uma diminuição no que toca a viagens, pelo menos de pessoas. “Nós temos dois negócios em Portugal. Um depende de as pessoas saírem de casa e deslocarem-se, o negócio das viagens, e esse, naturalmente, sofreu muito. O outro depende de as pessoas estarem em casa e fazerem pedidos de refeições e, agora, também de livros e até de outros artigos”, afirma.
“Começámos por ser uma empresa que movia pessoas, mas, cada vez mais, somos uma empresa que, além de pessoas, move também coisas. A juntar a todos os serviços da Uber Eats, também na aplicação das viagens Uber já existem hoje em dia serviços que permitem enviar coisas pessoais, seja um livro que querem emprestar a um amigo ou um bolo caseiro, para a casa de outras pessoas. E isso fazemo-lo aproveitando toda a base de motoristas e parceiros que continuam a trabalhar e que, naturalmente, foram impactados por menos pessoas a viajarem”, refere Manuel Pina.
"Começámos por ser uma empresa que movia pessoas, mas, cada vez mais, somos uma empresa que, além de pessoas, move também coisas. ”
A Uber Connect surgiu precisamente durante a pandemia mundial, em que as pessoas estão socialmente mais distantes, para dar respostas às novas necessidades dos clientes. Este serviço permite, de forma mais fácil e segura, enviar itens do ponto A para o ponto B.
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