Confinamento impõe “redução expressiva da atividade económica”
Janeiro e fevereiro verificaram uma "redução expressiva da atividade económica" devido ao impacto da pandemia, segundo revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O confinamento levou a uma “redução expressiva da atividade económica” em Portugal no arranque do ano, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Em Portugal, a informação disponível para janeiro e fevereiro, num contexto de novas medidas restritivas de resposta à pandemia, revela uma redução expressiva da atividade económica“, refere o gabinete de estatísticas na Síntese de Conjuntura Económica publicada esta quarta-feira.
O INE suporta-se em vários indicadores “rápidos” sobre o andamento da economia para suportar a sua análise, como os levantamentos e pagamentos de serviços e compras na rede Multibanco, que recuaram 25,7% em fevereiro após terem caído 18,7% em janeiro, ou as vendas de automóveis, que afundaram 30% em janeiro e 59% em fevereiro.
Para travar a subida galopante de número de infeções após o Natal, o Governo impôs um novo confinamento a partir da segunda quinzena de janeiro, fechando todos os serviços não essenciais. Só a partir de 15 de março é que se deu início a um desconfinamento gradual da economia com a abertura das creches e escolas do 1.º ciclo e o regresso das vendas ao postigo.
As medidas reduziram drasticamente os casos diários, mas também tiveram um impacto duro na economia, ainda assim, longe do que se verificou no primeiro confinamento há um ano.
“O indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, registou um acentuado agravamento em janeiro, intensificando o perfil descendente observado desde outubro”, nota o INE.
O INE apresenta os primeiros dados sobre a evolução do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre do ano a 30 de abril com a publicação das estimativas rápidas das contas nacionais.
Ainda de acordo com o INE, a confiança dos consumidores caiu em fevereiro, depois de dois meses de recuperação –– ainda que a subida em janeiro já tenha sido menos intensa face a dezembro.
“Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, já disponível para fevereiro, intensificou em fevereiro a redução observada no mês anterior, recuando para um nível próximo do verificado em julho de 2020“.
Os setores do Comércio e Serviços registaram as quedas mais acentuadas nos indicadores de confiança, por força das medidas de restrição impostas pelo Governo e que obrigam ao encerramento da atividade não essencial. Em sentido oposto, o indicador de confiança da Indústria Transformadora aumentou no último mês.
Na Zona Euro, o indicador de sentimento económico aumentou, “em resultado da recuperação dos níveis de confiança na indústria, nos serviços e, em menor grau, dos consumidores e na construção”, aponta o INE
(Notícia em atualizada às 11h42)
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