Regiões de Portugal continental com Rt inferior a 1 e Açores com 1,20

  • Lusa
  • 19 Março 2021

Todas as regiões de Portugal continental apresentam um índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 abaixo de 1, com exceção dos Açores, que regista 1,20.

Todas as regiões de Portugal continental apresentam um índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 abaixo de 1, com exceção dos Açores, que regista 1,20, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo o relatório sobre a curva epidémica da infeção pelo novo coronavírus, no período entre 10 e 14 de março, ainda antes do início da atual fase de desconfinamento, o valor médio do Rt – o número de casos secundários de covid-19 resultantes de uma pessoa infetada – foi de 0,86 no país.

Este valor de 0,86 é superior ao Rt médio divulgado nos anteriores cinco relatórios semanais: 0,73 a 12 de fevereiro, 0,66 a 19 de fevereiro, 0,68 a 26 de fevereiro, 0,71 a 05 de março e 0,80 a 12 de março.

De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira, desde 10 de fevereiro que se verifica a estabilização do Rt com um “ligeiro aumento” de 0,61 para os 0,89 registados a 14 de março, o que sugere que se está perante um “desacelerar da tendência de decrescimento da incidência” do vírus SARS-CoV-2.

Por regiões, no período entre 10 e 14 de março, o Norte apresentou um Rt de 0,85, o Centro de 0,86, Lisboa e Vale do Tejo de 0,81, o Alentejo de 0,82, o Algarve de 0,84 e os Açores de 1,20.

À semelhança do último relatório, o INSA não disponibilizou os dados sobre a Região Autónoma da Madeira, devido à “introdução de um elevado número de notificações em atraso na base de dados do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE), o que impede uma interpretação correta dos resultados”.

De acordo com o instituto, assim que esta situação estiver ultrapassada, o INSA retomará o cálculo do Rt para a Madeira, admitindo que o índice de transmissibilidade nacional “poderá estar inflacionado” por esta razão.

De acordo com o INSA, Portugal apresenta ainda uma taxa de notificação acumulada de 14 dias entre os 60 e os 119,9 casos por 100 mil habitantes, com todas as regiões do país abaixo dos 120.

Estes indicadores – o índice de transmissibilidade do vírus e a taxa de incidência de novos casos de covid-19 – são os dois critérios definidos pelo Governo para a avaliação contínua que está a ser feita do processo de desconfinamento que se iniciou segunda-feira.

Na apresentação do plano de desconfinamento, o primeiro-ministro, António Costa, avisou que as medidas da reabertura serão revistas sempre que Portugal ultrapassar os 120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias ou sempre que o Rt ultrapasse o 1.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.692.313 mortos no mundo, resultantes de mais de 121,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 16.754 pessoas dos 816.623 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Justiça dos EUA investiga Visa por alegadas práticas anticoncorrenciais nos cartões de débito

A Visa estará sob investigação judicial nos EUA por suspeitas de práticas que limitam a possibilidade de os comerciantes realizarem as transações com cartões em redes de pagamentos mais acessíveis.

O Departamento de Justiça dos EUA estará a investigar a Visa por alegadas práticas anticoncorrenciais no mercado dos cartões de débito. A notícia foi avançada pelo The Wall Street Journal, que cita fontes não identificadas.

De acordo com o jornal, os procuradores suspeitam que a Visa esteja a recorrer a práticas ilegais para impedir que os comerciantes nos EUA realizem as transações em redes de pagamentos mais baratas. A investigação abrange pagamentos com cartões na internet, mas também em lojas físicas, salienta a publicação.

Os consumidores não pagam comissões quando realizam uma transação com cartão bancário num terminal de pagamentos. Mas elas existem e são, geralmente, cobradas pelas empresas de pagamentos, como a Visa, aos próprios comerciantes.

O ECO contactou a Visa no sentido de obter um comentário e encontra-se a aguardar resposta. Contactada pelo The Wall Street Journal, fonte oficial da empresa não quis fazer comentários.

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Lucro do Haitong Bank cai 80% para 1,6 milhões em 2020

  • ECO
  • 19 Março 2021

Pandemia afetou negócio do banco de investimento Haitong. Lucros caíram quase 80% no ano passado para 1,6 milhões de euros.

O lucro do Haitong Bank caiu quase 80% para 1,6 milhões de euros no ano passado, com o resultado a ser penalizado pela pandemia. O banco de investimento disse, ainda assim, ter alcançado o objetivo de atingir o break-even.

O produto bancário caiu 25% para 82 milhões de euros, com o Haitong a dar conta de uma “forte recuperação” do negócio na segunda metade do ano passado à boleia da China, depois do impacto da pandemia no primeiro semestre.

“As condições adversas fizeram-se refletir na atividade do Haitong Bank em 2020, especialmente no primeiro semestre do ano, em que os confinamentos iniciais tiveram um impacto significativo tanto no nosso negócio relacionado com a Ásia como nas operações domésticas na Europa e na América Latina”, referiram o CEO, Wu Min, e o chairman, Lin Yong, em comunicado conjunto.

“Ainda assim, no segundo semestre, com a adaptação a um novo ambiente de negócios e de trabalho, o Banco conseguiu alcançar uma recuperação recorde, mais do que duplicando o produto bancário do primeiro semestre. Esta recuperação foi impulsionada pelo negócio relacionado com a China, juntamente com outras atividades de crédito, e também pela recuperação dos mercados de capitais”, acrescentaram os dois responsáveis do banco ex-BESI.

O banco registou um resultado operacional de 24 milhões de euros, “beneficiando do estrito controlo dos custos operacionais que registaram uma descida de 20% para 58 milhões de euros”.

O Haitong Bank fechou 2020 com ativos no valor de 2.801 milhões de euros, mais 200 milhões face a 2019. O passivo total também cresceu cerca de 210 milhões de euros para 2.203 milhões, de acordo com o banco.

O banco diz que pretende continuar “a otimizar os fatores de negócio com a expansão do balanço tanto do lado do ativo, através da geração de novo crédito e investimento, como do lado do passivo, através da otimização da estrutura de financiamento”.

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Douro Azul investiu 14 milhões de euros no navio-hotel São Gabriel

  • Lusa
  • 19 Março 2021

A embarcação sustentável foi construída “na íntegra em Portugal, pelos estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo" e tem capacidade para 100 passageiros e 37 tripulantes.

A Douro Azul investiu 14 milhões de euros no navio-hotel São Gabriel, uma embarcação sustentável, destinada ao mercado americano, com capacidade para 100 passageiros e 37 tripulantes, de acordo com um comunicado esta sexta-feita divulgado.

O São Gabriel “já está atracado no cais de Vila Nova de Gaia e pronto para iniciar a temporada de cruzeiros fluviais no Douro, logo que as autoridades sanitárias portuguesas levantem a interdição à navegação de turismo, em portos nacionais”, adiantou a Douro Azul, na mesma nota.

De acordo com o grupo, a embarcação foi construída “na íntegra em Portugal, pelos estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo” e “dirige-se exclusivamente ao mercado americano, tendo capacidade para 100 passageiros e 37 tripulantes”.

Citado na mesma nota, o presidente da Douro Azul, Mário Ferreira, disse que, “após um ano de fraca atividade no Douro e que impossibilitou a estreia do São Gabriel em 2020”, o navio-hotel já está em Gaia, “juntamente com outros 12 navios da Douro Azul, para começar a operar, exclusivamente com turistas americanos, trazendo turismo qualificado para a região do Douro que tanto anseia pela retoma da atividade”.

“Temos as nossas equipas prontas, os nossos navios preparados, e milhares de clientes, nacionais e estrangeiros, ansiosos por voltar a navegar no nosso Douro, com todo conforto e com o reforço das condições de segurança a nível sanitário, cumprindo todas as determinações das autoridades portuguesas”, referiu.

A embarcação representa “uma nova evolução na frota da Douro Azul, com melhorias ao nível do conforto dos passageiros e da tripulação, com a introdução de tecnologia de última geração de forma a tornar o navio mais sustentável e amigo do ambiente, reduzindo, assim, os consumos de energia e de combustível”, disse a empresa na mesma nota. O navio-hotel é o 13.º da frota da Douro Azul, detalhou a empresa.

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Multipessoal vai ajudar Dress for Success a integrar mulheres no mercado de trabalho

Serão divulgadas as oportunidades de trabalho da Multipessoal nos canais digitais da Dress for Success Lisboa, bem como partilhados os currículos das mulheres na DFS com a empresa de recursos humanos.

Com o objetivo de contribuir para a integração do talento feminino no mercado de trabalho, a Multipessoal decidiu aliar-se à Dress for Success (DFS) Lisboa, uma organização internacional cuja missão é empoderar as mulheres através da independência financeira, conseguida graças a uma rede de apoio à sua vida profissional.

Esta parceria nasce, assim, para “facilitar o contacto entre as profissionais que procuram uma oportunidade de emprego e os candidatos e colaboradores da Multipessoal interessados nos serviços prestados pela Dress for Success Lisboa”, refere a empresa de recursos humanos em comunicado.

A iniciativa insere-se na campanha da Multipessoal “Futuro a Responsável” e arranca já este mês. Serão divulgadas as oportunidades de trabalho da Multipessoal nos canais digitais da Dress for Success Lisboa, bem como partilhados os currículos das profissionais inscritas na DFS com a empresa de recursos humanos. Além disso, as organizações esperam, também, realizar eventos conjuntos.

“Acreditamos que a Multipessoal representará um reforço positivo no programa LabEmprego, que visa orientar e capacitar pessoas para um trajeto profissional de sucesso. Uma parceria desta índole, entre duas organizações com objetivos que se cruzam, não só é oportuna, como benéfica para ambos. Em conjunto, iremos dar uma resposta mais ampla na integração dos portugueses no mercado de trabalho”, diz Filipa Gonçalves, vice-presidente da Dress For Success Lisboa.

A campanha “Futuro Responsável” tem como principal objetivo contribuir para a reativação do emprego em Portugal. A avaliação gratuita de currículos é outro dos projetos desenvolvidos pela Multipessoal neste âmbito.

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Europeia Startup Nations Alliance vai ter sede em Lisboa

Beato servirá de base à Startup Nations Alliance, que pretende contribuir para criar condições de excelência para o desenvolvimento de startups e scaleups, da Europa para o mundo.

A sede da Startup Nations Alliance, entidade europeia criada esta sexta-feira e que decorre da assinatura do Startup Nations Standard, vai ser em Portugal. Lisboa foi a cidade escolhida para sediar a entidade criada e apresentada no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia.

A task-force vai ter sede no Beato, em Lisboa, e vai dedicar-se à implementação das boas práticas do Standard, assim como reportar sobre os progressos feitos pelos países signatários no cumprimento das recomendações.

António Costa acredita que a aliança vai ajudar a reforçar a “marca europeia” em matéria de empreendedorismo, disse esta manhã o primeiro ministro sobre o trabalho desenvolvido pelos representantes nacionais envolvidos no projeto.

Na prática, do Startup Nations Standard fazem parte um conjunto de recomendações específicas de políticas públicas que fomentem o empreendedorismo, a nível europeu, e que permitam construir um ecossistema de startups mais competitivo a nível global. Portugal é um dos países com mais iniciativas entre os “pré-requisitos”, uma lista de oito pontos essenciais nas respetivas políticas públicas. Os signatários deste acordo acreditam que as startups e as scaleups europeias podem ser chave na recuperação económica, com impacto tanto na economia como na sociedade dos países da União Europeia.

Cerca de 36% das startups a nível mundial estão sediadas na Europa, mas o continente serve de base para apenas 14% dos unicórnios a nível mundial (empresas avaliadas em pelo menos mil milhões de dólares), segundo dados da consultora McKinsey.

Veja os oito pontos essenciais, aqui.

 

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Fim da exceções regulatórias para a banca pressiona Wall Street

A Fed anunciou esta sexta-feira o fim de uma isenção que irá obrigar os bancos a reforçarem os buffers de capital para absorver eventuais perdas.

As principais praças norte-americanas negoceiam esta sexta-feira em baixa, prolongando o sentimento negativo da última sessão. A banca está sob especial pressão depois de a Reserva Federal dos EUA ter anunciado que as regras de alavancagem do setor financeiro irão regressar em abril.

Para aliviar o stress nos mercados financeiros provocado pela pandemia de Covid-19 e para incentivar a banca a conceder crédito a famílias e empresas foi decretada uma suspensão das regras de alavancagem, excluindo temporariamente dívida pública dos EUA e depósitos do banco central. Esta medida vai chegar ao fim a 31 de março, mas o banco central irá rever os rácios.

A decisão anunciada esta sexta-feira significa que os bancos terão que reforçar os buffers de capital para absorver eventuais perdas relacionadas com esses ativos. Em reação, os títulos caem em Wall Street. O JPMorgan Chase perde 3,3%, o Bank of America desvaloriza 2,6% e o Wells Fargo cede 2%, por exemplo.

A generalidade das ações norte-americanas seguem em baixa. O Dow Jones recua 0,01% para 32.858,36 pontos, enquanto o S&P 500 cai 0,64% para 3.913,14 pontos e o Nasdaq — que abriu no verde, mas acabou por inverter nas primeiras negociações — perde 0,41% para 13.119,901 pontos. Por outro lado, a yield das Treasuries a dez anos agravam para 1,75%.

O valor do petróleo cai há seis dias seguidos. O aumento de infeções está a obrigar a novos confinamentos na Europa. Juntamente com os atrasos na vacinação, há receios de que a retoma da economia também seja adiada. O barril de Brent cai na última sessão 1,3% para 62,45 dólares. Em Nova Iorque, o crude WTI seguiu o mesmo caminho, tombando 1,2% para 59,29 dólares.

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Webtalk: “Da decisão de exportar à entrada num mercado”

  • ECO
  • 19 Março 2021

Pedro Magalhães, da CCIP, Jacinto Reis, da Jacinto, Lda, e Pedro Serpa Oliveira, da ADEGAMÃE partilham a experiência de explorar novos mercados em tempos de pandemia.

Como é que se ajuda uma empresa a exportar em tempos de pandemia? Mais empresas recorreram à Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa para as apoiar na entrada em novos mercados? Apesar do confinamento houve adesão às missões presenciais organizadas pela CCIP? E para as empresas, como é participar neste tipo de missões?

Estas foram algumas dos temas abordados durante a webtalk “Da decisão de exportar à entrada num mercado”, promovida pela CCIP em parceria com o ECO, e onde participaram Pedro Magalhães, diretor de comércio internacional da CCIP, Jacinto Reis, diretor geral da Jacinto, Lda, e Pedro Serpa Oliveira, diretor de exportação da ADEGAMÃE. A moderação foi de Mónica Silvares, editora do ECO.

Se não teve oportunidade de assistir em direto à webtalk, acompanhe aqui:

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Pandemia agrava inclusão nas empresas. Empregabilidade de pessoas com deficiência caiu 350%

"Mais do que chegar ao objetivo da rentabilidade financeira, temos uma responsabilidade social e corporativa em demonstrar o que é, efetivamente, a inclusão”, diz o CEO da Kelly Services.

A situação laboral das pessoas com deficiência tem vindo a agravar-se com a pandemia da Covid-19. Houve um acréscimo de 10% no número de desempregados com deficiência inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), um agravamento de 11% no desemprego de longa duração e, mais acentuada, uma quebra de 350% no que toca ao número de colocações.

Estes números fazem com que, neste momento, a principal fonte de rendimentos da maioria (65,7%) das pessoas com deficiência sejam as prestações sociais. Apenas 17% tem o trabalho como a maior fonte de rendimento. Estes números, do IEFP e do Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), foram revelados durante o webinar “A deficiência no trabalho”, promovido pela Kelly Services, e que gerou o debate em torno da Lei 4/2019, que há dois anos estabeleceu um regime obrigatório de quotas de contratação de pessoa com deficiência para médias e grandes empresas.

“Mais do que chegar ao objetivo da rentabilidade financeira, nós, empresas, temos uma responsabilidade social e corporativa em demonstrar o que é, efetivamente, a inclusão”, considera Pedro Lacerda, CEO da Kelly Services, citado em comunicado. Para o gestor, as empresas devem “assumir a sua missão de sustentabilidade laboral” para “tornar a nossa sociedade mais integradora e produtiva”.

Apesar de a lei, que estabelece que as médias e grandes empresas têm entre cinco a quatro anos para o cumprimento das quotas, estar, ainda, longe de ser cumprida, tanto empresas como associações e candidatos estão de acordo que a obrigatoriedade de quotas de trabalhadores com limitações físicas ou motoras nas empresas veio ajudar a criar maior atenção à volta do emprego inclusivo. “As empresas estão hoje mais alerta e prontas para agir em conjunto para a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade”, diz Maria João Figueiredo, coordenadora da Associação Salvador. A empregabilidade inclusiva “é uma realidade que se espera natural daqui a uns anos”, acrescenta.

No entanto, na opinião da responsável, a falta de eficácia na empregabilidade inclusiva é de responsabilidade partilhada, uma vez que “não existem muitas oportunidades” para as pessoas com deficiência, mas estas também sentem “falta de confiança”. “As prestações sociais do Estado, apesar de baixas, são seguras. Isso faz com que muitas destas pessoas acabem por criar dependência destes apoios. O receio de fecho de portas, cessação do posto de trabalho ou despedimento é tão grande que estas pessoas acabam por se refugiar nesses apoios”, diz, lamentando que o Estado não tenha soluções muito eficazes para a integração destas pessoas.

A HR & business transformation consultant da Interim Management, Paula Cruz de Sá salienta ainda que o processo de recrutamento não deve ser “estigmatizado”. “O Estado garante subsídios e apoios para a maior parte dos ajustes que são necessários fazer ao posto de trabalho para a pessoa com deficiência”, como as rampas de acesso, os teclados para pessoas cegas ou outras adaptações.

Como estruturar processos de recrutamento inclusivos?

Segundo a Kelly Services, estruturar processos de verdadeira inclusão passa por três pilares fundamentais. Em primeiro lugar, a comunicação. Estar informado é crucial. “Os departamentos de recursos humanos das empresas devem estar informados dos apoios garantidos pelo Estado que facilitam a empregabilidade inclusiva. Ao nível da comunicação interna, tanto a liderança como as restantes equipas devem estar ocorrentes dos processos de recrutamento em curso”, lê-se em comunicado.

Em segundo lugar, o recrutamento, uma vez que as empresas devem procurar uma relação de acordo ou ajuste entre as competência dos candidatos em análise e as necessidades da empresa. “Para tornar esse processo mais fácil, a criação de contactos privilegiados e regionais, com associações ou instituições locais, facilita a divulgação e encontro de oportunidades”, aconselha a empresa do setor do recrutamento e trabalho temporário.

Finalmente, e não menos importante, a integração. O onboarding do novo trabalhador deve ser feita com formação que inclua equipamentos adaptados e condições adequadas para o bem-estar e performance esperadas. “A sua inclusão nas equipas deve realizar-se através de ações de team building, uma vez que esse processo é crítico para o sucesso de ambas as partes.

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Testagem em massa em Lisboa arranca em 31 de março em dez freguesias

  • Lusa
  • 19 Março 2021

A Câmara de Lisboa inicia em 31 de março um plano de testagem em massa gratuito, destinado aos residentes das freguesias do concelho com mais de 120 casos de covid-19 por 100 mil habitantes.

A Câmara de Lisboa inicia em 31 de março um plano de testagem em massa gratuito, destinado aos residentes das freguesias do concelho com mais de 120 casos de covid-19 por 100 mil habitantes, foi anunciado esta sexta-feira.

Em conferência de imprensa nos Paços do Concelho, o presidente da autarquia, Fernando Medina, adiantou que as dez freguesias inicialmente abrangidas pelo plano municipal de testagem são Ajuda, Alvalade, Arroios, Estrela, Marvila, Olivais, São Vicente, Santa Clara, Santa Maria Maior e Santo António.

Os residentes maiores de 16 anos nestes territórios, que registam mais de 120 casos de infeção por 100 mil habitantes, poderão agendar telefonicamente um teste rápido antigénio numa das mais de 100 farmácias do concelho que já aderiu ao plano de testagem, informou o autarca.

Cada munícipe poderá fazer dois testes por mês, referiu o presidente da Câmara, acrescentando que o quadro das freguesias abrangidas será atualizado quinzenalmente, de acordo com a evolução do número de infetados com o novo coronavírus, e vai estar disponível nos sites e redes sociais do município e da Associação Nacional de Farmácias.

O objetivo é “monitorizar o desconfinamento gradual, montando um sistema de testagem em massa para acautelar a transmissão do vírus na comunidade e diminuição de contágios”, sublinhou Fernando Medina.

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Portugal regista 11 óbitos por Covid-19 e 568 novos casos

Desde o início da pandemia o país soma 816.623 casos e 16.754 óbitos por Covid-19.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 568 novas infeções de SARS-CoV-2 e 11 mortos com a doença nas últimas 24 horas, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado esta sexta-feira. Desde o início da pandemia o país soma 816.623 casos e 16.754 óbitos por Covid-19.

Esta sexta-feira o número de recuperados subiu para 766.170, mais 1.571 que no dia anterior. Os casos continuam a diminuir, sendo agora 33.699, menos 1.014 que na quinta-feira. A maioria dos casos ativos encontra-se a recuperar em casa.

O número de internados continua a decrescer. Nos hospitais estão 789 pessoas internadas (menos 39 que no dia anterior), das quais 182 em unidades de cuidados intensivos (menos cinco).

Boletim de 19 de março

Entre as 11 mortes desta sexta-feira, Lisboa e Vale do Tejo e o Centro registaram quatro cada. As restantes deram-se no Norte (duas) e na Madeira (uma).

Quanto aos casos, Lisboa e Vale do Tejo é a região com maior número de novas infeções (223). Seguem-se o Norte (146), Centro (104), Madeira (40), Açores (13), Algarve e Alentejo (ambas com 21 novos casos).

O boletim epidemiológico dá, por fim, conta de menos 353 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 14.915 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizada às 14h16)

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Governo anuncia verbas para mudanças estruturais do SNS

  • Lusa
  • 19 Março 2021

Um dos objetivos é que em todas as USF exista tratamento de saúde mental e exista cadeira de dentista.

O Governo vai alocar parte importante do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) à concretização de mudanças estruturais do Serviço Nacional de Saúde, que este ano vai dispor de 12.100 milhões de euros, anunciou esta sexta-feira o primeiro-ministro.

Vamos utilizar uma parte muito importante do PRR para reforçar ainda mais o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirmou António Costa, especificando que a verba servirá “não para responder aquilo que são as faltas do dia a dia, mas para fazer as mudanças estruturais que ajudam a reforçar o SNS na sua base”.

Na Nazaré, onde hoje inaugurou o novo Centro de Saúde, António Costa explicou que as mudanças estruturais incidirão sobre as Unidades de Saúde Familiar (USF), as unidades de cuidados integrados, a rede de cuidados paliativos e a rede de cuidados de saúde mental.

“No PRR, um dos objetivos que temos é que em todas as USF exista tratamento de saúde mental e exista cadeira de dentista”, afirmou o primeiro-ministro durante o discurso em que sublinhou que o SNS, este ano, irá “dispor, no total, de 12.100 milhões de euros”, de investimento.

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