Nos cheques para os elétricos, primeiros a esgotar foram os das bicicletas convencionais
Foram poucos os "cheques" para a procura por apoios para comprar bicicletas "normais", que esgotaram. A liderar os pedidos estão as bicicletas elétricas, seguidos dos carros para particulares.
O Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões está disponível há cerca de um mês, mas ao contrário do que tem acontecido nos últimos anos ainda não se esgotaram os “cheques” para ajudar à compra de carros elétricos. Também continuam disponíveis muitos apoios para motas ou bicicletas elétricas. O primeiro a esgotar foi o apoio para as bicicletas “normais”.
Ficou disponível nos primeiros dias de março, a meio do confinamento por causa da pandemia do novo coronavírus. Por isso, não está a haver, este ano, uma corrida desenfreada a estes apoios. Há muitas candidaturas nas várias tipologias que o Fundo Ambiental se propõe apoiar para ajudar na transição energética, mas apenas na das bicicletas convencionais os pedidos superam os “cheques” disponibilizados.
Foram mantidos os mesmos 500 “cheques” do ano passado, sendo que os dados do Fundo Ambiental apontam já para um total de 519 candidaturas. Ou seja, assumindo que todas são válidas — destas todas, há 444 “por validar” –, já não há mais apoios para distribuir. Recorde-se que esta ajuda está limitada “a um incentivo por candidato”, seja particular ou empresa.
Este ano a comparticipação para as bicicletas ditas “normais” foi revista em alta. Se em 2020 o apoio correspondia a apenas 10% do valor da compra, este ano passa para 20% do montante pago pelo consumidor, mantendo-se o máximo de 100 euros — num “bolo” total de 50 mil euros.
O apoio mais generoso terá, certamente, contribuído para acelerar a procura por estes “cheques”, mas também não será alheio o facto de a compra de bicicletas pelos portugueses ter disparado neste contexto de pandemia, com cada vez mais pessoas a utilizarem-nas tanto para lazer como para desporto, mas também como alternativa aos transportes públicos.
Muitos pedidos para bicicletas elétricas
Apesar de terem “esgotado”, os apoios para as bicicletas convencionais nem estão a ser os mais concorridos. O “pódio” das candidaturas cabe às bicicletas elétricas, que contabilizam 682 pedidos de apoios que correspondem a 50% do valor de compra, com um máximo de 350 euros.
As bicicletas elétricas inserem-se na mesma categoria dos ciclomotores e motociclos, sendo o teto máximo de 1.857 “cheques” ou 650 mil euros. Do total de apoios nesta tipologia restam 1.150, já que há mais nove pedidos para ciclomotores e 17 para motas.
Sobram quase 500 “cheques” para os carros
Menos apoios disponíveis têm os carros ligeiros de passageiros 100% elétricos, este ano disponibilizados apenas para particulares ou pessoas singulares com atividade. Há quase 500 de um total inicial de 700 “cheques” no valor de 3.000 euros que podem ser utilizados para descontar na compra de veículos com valor inferior a 62.500 euros já com IVA.
No caso dos carros ligeiros de mercadorias, o apetite é mais fraco. Os dados do Fundo Ambiental dão conta do registo de 57 candidaturas para um total de 150 apoios disponibilizados este ano. Há, contudo, ainda 134 apoios por atribuir, isto porque nesta tipologia registam-se várias candidaturas que foram já excluídas por não cumprirem os requisitos. O apoio, neste caso, duplicou face a 2020: é de 6.000 euros.
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