Restrições podem ser relaxadas “lentamente” à medida que a vacinação avançar, diz ECDC
Medidas como distanciamento físico e uso de máscaras poderão ser relaxadas para pessoas já vacinadas, diz o ECDC. Mas há que ter em conta o acesso à vacinação, alertam.
As medidas para travar o contágio por Covid-19 como o distanciamento social e o uso de máscaras poderão “lentamente” começar a ser levantadas, à medida que a vacinação vai avançando nos países, sinalizou o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), esta quarta-feira.
“À medida que a vacinação avança, é encorajador ter recomendações baseadas em evidências de que a imunização pode lentamente permitir o relaxamento de intervenções não farmacêuticas, como o uso de máscaras e distanciamento físico”, apontou Andrea Ammon, diretora do ECDC, numa comunicação publicada na página do centro.
À luz dos dados disponíveis, o ECDC desenvolveu “cenários em que os Estados-membros podem considerar a renúncia ou o relaxamento das medidas em reuniões entre dois indivíduos, agregados familiares ou bolhas sociais”. Por um lado, quando indivíduos totalmente vacinados se encontram, “medidas como distanciamento físico e uso de máscaras faciais podem ser relaxados, inclusive para adultos mais velhos”.
Por outro, quando adultos jovens e de meia-idade totalmente vacinados encontram pessoas não vacinadas, essas medidas de distanciamento e máscaras “podem ser relaxados, desde que ninguém presente tenha um fator de risco para doença grave”, diz o ECDC.
Estas recomendações têm em conta que “o risco de desenvolver doença Covid-19 grave para um indivíduo totalmente vacinado é muito baixo em adultos jovens e de meia-idade, sem fatores de risco para Covid-19 grave, e baixo em adultos mais velhos ou pessoas com fatores de risco subjacentes”, de acordo com o documento.
Para além disso, “o risco de desenvolver doença Covid-19 grave para um indivíduo não vacinado que esteve em contacto com uma pessoa totalmente vacinada exposta à infeção por SARS-CoV-2 é muito baixo a baixo em adultos jovens e de meia-idade, sem fatores de risco para casos graves de Covid-19 e moderado em idosos ou pessoas com fatores de risco subjacentes (evidências limitadas disponíveis até o momento)”.
“Requisitos para teste e quarentena de viajantes (se implementados) e testes regulares nos locais de trabalho podem ser dispensados ou modificados para indivíduos totalmente vacinados, desde que não haja ou haja um nível muito baixo de circulação de variantes” que escapam à imunidade na comunidade do país de origem, no caso de viajantes, acrescentam ainda.
Ainda assim, as medidas “devem ser mantidas em espaços públicos e em grandes aglomerados, independentemente da situação vacinal dos indivíduos”.
A diretora da instituição ressalvou que, “embora o relaxamento das medidas de proteção deva ser feito gradualmente e com base em avaliações cuidadosas dos riscos envolvidos”, o ECDC está “confiante de que o aumento da cobertura de vacinação terá um impacto positivo e direto no retorno à vida normal”.
O centro europeu alerta ainda que “países que consideram medidas mais relaxadas para pessoas totalmente vacinadas devem levar em consideração o potencial de acesso desigual à vacina em toda a população”.
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