Marcelo sobre recurso ao Constitucional: “Não há por aqui nenhuma crise”

Marcelo afastou o cenário de uma crise política por causa do recurso do Governo ao Tribunal Constitucional relativo à subida dos apoios sociais decidida pelo Parlamento e promulgada pelo Presidente.

Após um período de silêncio desde que promulgou os decretos do Parlamento acompanhado por uma longa explicação, Marcelo Rebelo de Sousa disse este sábado que “não há por aqui nenhuma crise” com o recurso do Governo ao Tribunal Constitucional para fiscalização sucessivas destas leis. Em declarações após uma visita ao lar Quinta Alegre da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Presidente da República disse que o Governo mudou o seu entendimento relativamente a esta matéria face ao passado, o que é “legítimo”.

Fui eleito para resolver problemas e evitar crises“, começou por dizer Marcelo quando começou a explicar a sua posição quanto ao tema da subida dos apoios sociais, referindo que tenta sempre “salvar leis” e admitindo que há legislação que estão “na margem política e jurídica”. Nesses casos, o Presidente confessa ser uma “decisão difícil”, mas que foi eleito para a tomar sozinho.

Relativamente aos decretos do Parlamento, o Presidente da República considerou que as medidas “no geral” têm “aspetos positivos”, mais do que negativos, e que encontrou entendimento na Constituição que permitiam salvá-los. Respeitando as opiniões contrárias, Marcelo disse que “o Presidente é mais do que professor de direito e mais do que comentador político”, argumentando que, além da norma-travão, a Constituição “também estabelece direitos de apoio social” e situações de crise.

O Presidente fez questão de recordar que no ano passado também teve em mãos casos semelhantes e que, nesse momento, antes e durante o Orçamento Suplementar, o entendimento do Governo foi de acomodar as vontades do Parlamento. Contudo, “o Governo entendeu desta vez não seguir a orientação do ano passado”, disse Marcelo, recordando que o Executivo “tinha aceitado como resultado da crise uma interpretação da Constituição atenta à crise vivida”.

Reconhecendo legitimidade ao primeiro-ministro para mudar de opinião (e até dando a entender que já sabia que o Executivo ia pedir a fiscalização sucessiva), Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que fez o que achou melhor “por consciência” e que é algo “sem novidade”. Quanto a crises, nem quer falar dessa possibilidade: “Crises já nos bastam duas… Acrescentar qualquer outra crise a estas crises é uma coisa que não faz sentido nenhum“.

Marcelo argumentou também que esta decisão de promulgar alterações potencialmente conflituantes com a Constituição se deveu a uma preparação do ambiente para as negociações do Orçamento do Estado e a sua aprovação. É uma “salvação preventiva”, classificou, avisando os agentes políticos de que “ninguém lucra com uma crise política” neste momento. “Nem Governo nem oposições”.

“Temos um Plano de Recuperação e Resiliência. Temos um país numa crise económica e social profunda. Temos à nossa frente anos decisivos. Os dois [próximos] orçamentos são fundamentais para o Governo chegar a 2023. Se não, não chega”, acrescentou. “O que estou a dizer, à distância de uns meses, é: atenção, vem aí um orçamento. Se me pergunta se eu também pensei nisso no momento em que decidi e vou decidir sobre determinados diplomas, também”.

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Foram vendidos mais de 10 mil testes rápidos em dois dias

  • ECO
  • 3 Abril 2021

A Well's, marca da Sonae, já vendeu mais de 10 mil testes rápidos em apenas dois dias. Contando com as farmácias e outras parafarmácias, o valor será ainda mais expressivo.

O interesse dos portugueses por testes rápidos já se refletiu na procura por este produto: nos primeiros dois dias em que estiveram disponíveis, foram vendidos mais de 10 mil autotestes em Portugal. Este é o número avançado pela Well’s, rede de parafarmácias da Sonae, ao Expresso, sendo que o valor real deverá ser bem superior dado que também se vende este produto nas farmácias e outras parafarmácias.

Estamos com grande adesão e procura por parte dos portugueses“, diz fonte da empresa ao semanário, traçando como objetivo “ter testes sempre disponíveis em todas as lojas” para os consumidores portugueses. Tanto a Wells, como o Pingo Doce e a Auchan, vendem os testes rápidos de antigénio fabricados pela SD Biosensor e comercializados em Portugal pela Roche.

No caso da marca de saúde e bem-estar, detida pela Sonae, os testes começaram a ser vendidos esta quinta-feira à unidade por 6,99 euros, ou em embalagens de 25 testes a partir da próxima semana por 125 euros (5 euros a unidade). Já o grupo Jerónimo Martins vai vender caixas 25 testes com um preço de 6,79 euros cada teste, sendo que a comercialização arrancou na quarta-feira nas lojas Pingo Doce da região de Lisboa e será alargada às restantes lojas do país a partir de sexta-feira. Por sua vez, o grupo Auchan começará a vender na próxima semana à unidade por 6,99 euros e caixas de 25 com um preço de 6,79 euros por teste.

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Planos e Seguros de Saúde lideraram reclamações no Portal da Queixa em março

  • ECO Seguros
  • 3 Abril 2021

Em março deste ano, a marca Liberty Seguros liderou o índice de Satisfação dos consumidores no setor de seguros, seguida da Zurich e da Açoreana Seguros, indicam dados da rede social.

Em março, o Portal da Queixa contabilizou 526 reclamações no setor da Saúde. A categoria mais reclamada foi a dos Planos e Seguros de Saúde, seguindo-se o SNS (Serviço Nacional de Saúde) e a registar-se também crescimento de queixas relacionadas com a vacinação.

Completado um ano de pandemia, os responsáveis pela rede social de consumidores fizeram um balanço das reclamações dirigidas à área da saúde, setor que está na linha-da-frente do combate à doença (Covid-19). Desde o início de março de 2020 até ao final de fevereiro de 2021, foram registadas na plataforma 7.563 reclamações dirigidas ao setor da saúde, um aumento de 73% face a igual período do ano anterior (1 de março de 2019 até 29 de fevereiro de 2020), quando foram registadas 4.370 queixas.

A análise ao mês indica que a plataforma recebeu 526 reclamações até ao dia 30 de março, uma ligeira subida comparativamente com o período homólogo (março de 2020), onde se verificaram 508 queixas.

Segundo contabilizou o portal, as categorias alvo do maior número de reclamações foram: Plano e Seguros de Saúde (124 queixas), Serviço Nacional de Saúde (106), Hospitais e Centros de Saúde (97), Grupos Privados de Saúde (60) e Farmácias (55).

De acordo com os resultados do mesmo levantamento, entre os três principais motivos de reclamação reportados pelos consumidores no Portal da Queixa, em março, apontam-se a impossibilidade de ser atendido por um médico (37%), a dificuldade no atendimento telefónico (34%) e a vacinação (8%), sendo que, este último, resulta do facto de a campanha de vacinação estar a decorrer e está relacionado com as dúvidas e dificuldades dos utentes sobre a mesma.

Ainda, quanto ao ranking de Marcas de seguros, relativo a março, a Liberty Seguros liderou o índice de Satisfação do Portal da Queixa, com classificação de 74.3 (42 avaliações de consumidores), seguida da Zurich, com 70 pontos de Satisfação (35 avaliações) e da Açoreana Seguros, com 68.3 (23 avaliações).

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📹 Quem está abrangido pelo IRS automático? Perguntou ao Google, nós respondemos

O número de contribuintes abrangidos pelo IRS automático é maior este ano, já que, pela primeira vez, alguns trabalhadores independentes também estão incluídos. Quem continua de fora?

O IRS automático está disponível para mais contribuintes, este ano. Pela primeira vez, alguns trabalhadores independentes terão acesso a esta forma simplificada de entregar a Modelo 3. Mas ainda há contribuintes que continuam excluídos. Quem fica de fora?

http://videos.sapo.pt/VEdgZNb6cImkuSLtLuM4

As declarações de IRS devem ser entregues entre 1 de abril e 30 de junho. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais já indicou que, este ano, os reembolsos deverão chegar de modo mais célere aos contribuintes.

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Todos os navios que estavam em espera no Canal do Suez já fizeram travessia

  • Lusa
  • 3 Abril 2021

O Ever Given, que tem bandeira do Panamá e é operado pela empresa Evergreen Marine Corporation, corresponde a quatro campos de futebol.

Todos os navios que estavam em espera no Canal do Suez, na sequência do bloqueio criado pelo encalhe do porta-contentores Ever Given, já fizeram a travessia, de acordo com a autoridade do canal.

O presidente da SCA [Autoridade do Canal do Suez], Ossama Rabie, anunciou hoje [este sábado] que todos os navios que esperavam no canal desde o encalhe do porta-contentores Ever Given tinham cruzado” o istmo de Suez, de acordo com um comunicado da autoridade.

O Ever Given, que tem bandeira do Panamá e é operado pela empresa Evergreen Marine Corporation, corresponde a quatro campos de futebol. Foi colocado novamente a flutuar na segunda-feira, após ter ficado imobilizado durante quase uma semana.

O porta-contentores foi rebocado para o Grand Lac Amer, no meio do Canal do Suez, e o tráfego foi retomado naquela mesma noite entre o Mediterrâneo e o Mar Vermelho.

Este incidente, inédito pela sua escala, interrompeu completamente o tráfego nesta rota marítima que liga a Ásia à Europa, e que representa mais de 10% do comércio internacional. Segundo a SCA, ficaram presos no congestionamento 422 navios, carregados com 26 milhões de toneladas de carga.

Em 2020, quase 19 mil navios usaram o canal, o que dá uma média de 51,5 navios por dia, acrescentou a autoridade.

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Há mais 7 mortes e 280 infetados com Covid-19 em Portugal

Desde o início da pandemia o país soma 823.142 casos e 16.875 óbitos por Covid-19. Há já 779.973 pessoas que recuperaram da doença, mais 318 que na sexta-feira.

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste sábado dá conta de mais 280 infetados com SARS-CoV-2 e sete mortes com a doença. Desde o início da pandemia o país soma 823.142 casos e 16.875 óbitos por Covid-19.

Segundo a DGS, já 779.973 pessoas recuperaram da doença, mais 318 que na sexta-feira. Atualmente, há 26.294 casos ativos, menos 45 que no dia anterior.

O número de internados continua a diminuir, estando agora 512 pessoas hospitalizadas (menos uma do que na sexta-feira). Nos cuidados intensivos o número de doentes baixou (-5) para um total de 126.

Boletim epidemiológico de 3 de abril de 2021

Quase todas as mortes registadas nas últimas 24 horas ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (seis). A outra morte foi registada no Norte enquanto as restantes regiões não registaram qualquer fatalidade.

Quanto aos novos casos, é também Lisboa que regista o maior número (95). Segue-se o Norte (73), Algarve (48), Centro (19), Alentejo (18), Madeira (17) e Açores (10).

O boletim deste sábado indica ainda que estão menos 30 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde depois de terem contacto com algum caso positivo. No total, estão 16.091 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizada às 14h10 com mais informação)

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Espanha mantém fronteira com Portugal fechada até pelo menos 16 de abril

  • Lusa
  • 3 Abril 2021

António Costa já tinha dito que a fronteira ibérica continuaria fechada "com aquelas exceções que são conhecidas e têm vindo a ser praticadas", sem avançar datas para a reabertura.

Espanha vai manter até pelo menos até 16 de abril os controlos na fronteira com Portugal por causa da situação epidemiológica da covid-19 em ambos os países, segundo uma decisão publicada este sábado no boletim oficial do Estado espanhol.

A situação epidemiológica em Espanha e Portugal aconselha à manutenção de medidas preventivas de restrição de mobilidade no interior do território e, correspondentemente, após consultas com as autoridades portuguesas, decidiu-se manter os controlos na fronteira interior terrestre entre ambos os países para além da Semana Santa“, lê-se na ordem do Ministério do Interior espanhol.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro português, António Costa, já tinha dito que a fronteira ibérica continuaria fechada “com aquelas exceções que são conhecidas e têm vindo a ser praticadas”, sem avançar datas para a reabertura.

A fronteira com Espanha está fechada desde 31 de janeiro e só podem passar nos pontos autorizados os transportes internacionais de mercadorias, trabalhadores transfronteiriços e sazonais documentados, veículos de emergência e socorro e serviço de urgência.

No diploma do Ministério do Interior espanhol considera-se que o prolongamento do fecho da fronteira é “uma medida proporcional à gravidade da situação e é congruente com as medidas adotadas no interior do território espanhol”.

Em Espanha existem várias restrições à mobilidade da população que vigoram até 09 de abril para evitar deslocações durante a Semana Santa. Portugal está pela 14.ª vez desde março de 2020 em estado de emergência justificado com a pandemia da covid-19, decretado de 01 a 15 de abril.

A pandemia provocou, pelo menos, 2.829.089 mortos no mundo, resultantes de mais de 129,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 16.868 pessoas dos 822.862 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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APED diz que decretar teletrabalho até ao final do ano é “excessivo” e intrusivo para as empresas

  • ECO
  • 3 Abril 2021

O diretor-geral da APED critica o Governo por ter decretado já teletrabalho até ao final do ano nos concelhos de maior risco. É "excessivo" e é "meterem-se demais na vida das empresas", diz.

O diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) considera que a decisão de prolongar o teletrabalho até ao final do ano nos concelhos mais afetados pela pandemia é “excessiva”. Para Gonçalo Lobo Xavier essa decisão do Governo é uma intrusão na vida das empresas e é uma medida com “perigos” que não pode ser aplicada a todas as empresas.

Temos dificuldade em entender certas medidas“, admite em entrevista ao Dinheiro Vivo este sábado, afirmando que “as empresas precisam de ter alguma orientação e gerir expectativas”. “É preciso desconfinar e que as empresas retomem ritmos de trabalho sem pôr em causa a saúde pública“, defende, assinalando que o teletrabalho foi uma “ferramenta muito interessante no seu momento” e que não põe em causa a sua utilização.

Contudo, “anunciar já que o teletrabalho se vai manter regra até ao final do ano parece-nos excessivo”. Mais: é “meterem-se demais na vida das empresas”. Para Gonçalo Lobo Xavier esta é uma “solução interessante mas também tem perigos e não é para todas as áreas de negócio”. Desde logo, “o teletrabalho faz perder algo do encontro entre colaboradores, do networking, põe em causa alguma produtividade e não pode ser solução por decreto e muito extensa“. Além disso, tem um impacto “tremendo” no consumo dado que os trabalhadores ficam em casa.

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Reino Unido com 30 casos de coágulos e 7 mortos em 18,1 milhões de vacinados com vacina da AstraZeneca

  • Lusa
  • 3 Abril 2021

O órgão regulador da saúde destacou que os riscos associados a esses coágulos são "muito pequenos" e que a população deve continuar a aceitar a vacina quando ela lhes é oferecida.

Sete pessoas morreram no Reino Unido de coágulos sanguíneos após receberem a vacina anti-covid-19 da AstraZeneca, mas as autoridades de saúde britânicas reforçam que os riscos são “muito pequenos” e aconselham a população a vacinar-se.

Num comunicado enviado à agência France-Presse, a Agência Reguladora de Medicamentos e Cuidados de Saúde do Reino Unido (MHRA) diz que sete pessoas morreram de coágulos sanguíneos, num total de 30 casos identificados até agora. Na sexta-feira, a MHRA anunciara ter identificado 30 casos de coágulos sanguíneos raros entre os 18,1 milhões de pessoas vacinadas com esse preparado até o final de março.

O órgão regulador da saúde destacou que os riscos associados a esses coágulos são “muito pequenos” e que a população deve continuar a aceitar a vacina quando ela lhes é oferecida pelos serviços de saúde. Dos 30 incidentes, 22 correspondem a tromboses venosas cerebrais (TVC) e os restantes oito estão relacionados com plaquetas baixas.

Segundo a MHRA, sete destas pessoas vacinadas morreram e estão a decorrer investigações para apurar a relação das mortes com a vacina da AstraZeneca. A diretora da MHRA, June Raine, diz no comunicado que nenhum caso semelhante foi sinalizado para a vacina da Pfizer/BioNTech.

“As vantagens da vacina da AstraZeneca para prevenir a infeção com covid-19 e as suas complicações continuam a ser largamente superiores aos riscos e o público deve continuar a receber a vacina”, disse ainda Raine. Além da vacina da Astrazeneca, o Reino Unido está a usar também o preparado da Pfizer. Até ao momento, mais de 30 milhões de pessoas já receberam pelo menos a primeira das duas doses de uma dessas vacinas.

O aparecimento de casos de coágulos sanguíneos e mortes de pessoas inoculadas com este fármaco levou a maioria dos países europeus, incluindo Portugal, a suspender por uns dias a administração desta vacina, situação ultrapassada após a garantia da EMA de que é “segura e eficaz”. Ainda assim, alguns países, como a Noruega, mantêm a suspensão e outros, como a Alemanha, limitam a vacinação com esta vacina a maiores de 60 anos.

Em Portugal, estima-se que a primeira fase de vacinação esteja concluída a 11 de abril, altura em que mais de um milhão de portugueses estarão vacinados. Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria e Janssen (grupo Johnson & Johnson, que estará em distribuição em abril).

A pandemia de covid-19 provocou já mais de 2.829 mil mortos no mundo, resultantes de mais de 129,5 milhões de casos de infeção, segundo o último balanço da agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 16.868 pessoas dos 822.862 casos de infeção confirmados. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Costa ganha popularidade apesar da terceira vaga da pandemia

  • ECO
  • 3 Abril 2021

O primeiro-ministro reforçou a sua popularidade junto dos portugueses nos últimos três meses, apesar da terceira vaga da pandemia e o segundo confinamento.

O barómetro da Aximage para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF divulgado este sábado mostra um reforço da popularidade do primeiro-ministro junto dos portugueses, apesar da terceira vaga da pandemia no início deste ano e o segundo confinamento. Em três meses, António Costa alargou a vantagem face ao líder da oposição, Rui Rio, que estagnou.

Costa consegue reforçar a sua posição na adesão dos eleitores à sua personalidade assim como às políticas do seu Governo, na avaliação enquanto líder partidário e na confiança que lhe depositam para ser primeiro-ministro. Neste último parâmetro, o incumbente tem um vantagem de 36 pontos face a Rio. Este reforço acontece num período particularmente desafiante para o Governo com um segundo confinamento que, anteriormente, tinha dito que o país não aguentaria.

O líder do PSD não conseguiu aproveitar este período mais complicado do Governo, estagnando na popularidade que tem junto dos portugueses. Rui Rio consegue melhores números no Norte e na Área Metropolitana do Porto, como seria de esperar pelo seu passado enquanto presidente da câmara municipal do Porto, entre os homens e nas camadas mais velhas da população.

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Luís Portela: “Infelizmente, ainda não tivemos um Mariano Gago no lado da economia”

  • ECO
  • 3 Abril 2021

O fundador da Bial vai deixar a empresa para se focar na fundação que criou e lamenta que em Portugal não tenha existido alguém como Mariano Gago, ex-ministro da Educação, no lado da economia.

Luís Portela vai deixar o conselho de administração da Bial a 20 de abril, passando a gerir a fundação que criou para apoiar a investigação científica. Em entrevista ao Público este sábado, o médico e gestor revela que já foi convidado para fazer parte do Governo na área da Saúde e da Economia e que falta no país “um Governo que assuma que é importante seguir uma estratégia desenvolvimentista”.

“Tinha a expectativa que o nosso Ministério da Economia tivesse assumido uma postura mais forte em relação ao país em geral e nomeadamente à área da saúde que tem um potencial muito grande”, diz Luís Portela, referindo que a crítica é geral aos vários Governos das últimas três décadas. A crítica feita às políticas públicas é de que não conseguiu “transferir a investigação e a inovação em produtos e serviços que sejam inovadores e sejam competitivos à escala global”.

É aqui que entra a “estratégia desenvolvimentista” que diz ser necessária, “criando condições para que entre as empresas e as universidades finalmente as coisas funcionem”. Tal não aconteceu pela falta de espaço político e não por não haver pessoas capazes para o fazer, explicar, referindo os nomes de Augusto Mateus e Álvaro Barreto. “Infelizmente, nós ainda não tivemos um Mariano Gago no lado da economia“, assinala.

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Estruturas da Cultura saúdam correções nos apoios mas consideram-nas insuficientes

  • Lusa
  • 3 Abril 2021

Na reunião realizada com a ministra da Cultura, “ficou também expresso o compromisso de que estas medidas têm efeitos retroativos, infelizmente apenas para quem concorreu ao apoio em em março".

Um grupo de estruturas representativas dos profissionais da Cultura saudou esta sexta-feira as “correções” na atribuição do apoio social extraordinário anunciadas na quarta-feira pela ministra Graça Fonseca, mas adverte que “não são suficientes”.

Num comunicado intitulado “O que falta alterar no regulamento dos apoios à Cultura”, a Ação Cooperativista, a Associação Portuguesa de Realizadores (APR), a Performart – Associação para as Artes Performativas em Portugal, a Plateia – Associação de Profissionais das Artes Cénicas e a Rede – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea salientam o reconhecimento, por parte da ministra da Cultura, Graça Fonseca, “de dois erros nas regras de acesso ao apoio extraordinário que iriam ser imediatamente reparados”.

Trata-se da “consideração para apoio de profissionais que estejam exclusivamente a recibos verdes à data do pedido, e não a 01 de janeiro de 2020 como anteriormente referido, independentemente de já terem tido algum contrato de trabalho”, e de serem elegíveis “profissionais que tenham registo nas Finanças em qualquer altura do ano de 2020, alterando a regra inicial de registo a 01 de janeiro de 2020”.

Na reunião realizada na quarta-feira com a ministra da Cultura, “ficou também expresso o compromisso de que estas medidas têm efeitos retroativos, infelizmente apenas para quem concorreu ao apoio em março”, salientam.

Para as estruturas que hoje se pronunciam, ficou igualmente esclarecido que “a situação de dívida à Segurança Social e o facto de a pessoa trabalhadora ter ou não auferido rendimentos, quer com o [Código de Atividade Económica] CAE/CIRS principal quer secundário, não foram critérios de exclusão”, podendo os que se viram excluídos apresentar reclamação.

“Saudamos estas correções, mas não são suficientes para repor o caráter de ‘universal’ à medida e tornar possível o cumprimento cabal da afirmação ‘não fica ninguém de fora’”, salienta o comunicado. As estruturas apontam alguns exemplos de critérios “introduzidos na redação do regulamento do apoio extraordinário que criam injustiça e exclusão, e precisam ser corrigidos”.

Referem, em concreto, “o alargamento temporal da data de registo nas Finanças, tornando elegível qualquer pessoa que tenha tido, em algum momento, a partir janeiro de 2019 e até à data presente, atividade aberta nas finanças”.

Acrescentam a “inclusão de critérios para que profissionais da Cultura sem CAE/CIRS principal específicos deste setor tenham formas alternativas de comprovar a sua atividade no setor cultural”, bem como a “admissão, como elegíveis para apoio, de profissionais com contratos de trabalho de baixo valor e não superior a um IAS [Indexante de Apoios Sociais]”.

Por outro lado, defendem a necessidade de garantir que profissionais antes considerados não elegíveis ao apoio social extraordinário, “face às anteriores regras e que por isso não concorreram, também o possam fazer para todos os meses de apoio, inclusive para março”.

Pedem igualmente a “extensão do período dos apoios, para além do prolongamento já previsto e para que as dívidas à Segurança Social não venham a constituir um entrave no acesso a qualquer tipo de apoio”, sublinhando o compromisso assumido por Graça Fonseca de que estas não constituiriam fator de exclusão.

As estruturas deixaram também um alerta para a necessidade de uma comunicação clara sobre as regras de acesso”, afirma a nota, salientando o “dano irreparável da confiança e transparência no diálogo” que representa “a alteração das regras depois de comunicados publicamente os critérios e o funcionamento dos programas”.

É feito ainda um apelo para o esclarecimento urgente relativamente ao Programa “Garantir Cultura” e para que “as correções propostas ou alteradas estejam garantidas nessa linha de apoio às entidades artísticas e coletivas de natureza não comercial”.

O apoio social extraordinário a artistas, autores, técnicos e outros profissionais da Cultura, no valor de 438,81 euros, correspondente a um Indexante dos Apoios Sociais foi inicialmente anunciado como único, mas, entretanto, estendido para três meses.

Na quarta-feira, o Governo comunicou a estruturas representativas de trabalhadores da Cultura a alteração de alguns dos critérios da atribuição do apoio social extraordinário aos trabalhadores do setor, com efeitos retroativos, abrangendo casos que ficaram excluídos em março.

As alterações resultaram da “análise dos casos individuais reportados”, com o objetivo de “fazer com que este apoio extraordinário abranja o maior número possível de profissionais”, segundo o gabinete da ministra da Cultura, Graça Fonseca.

Um grupo de estruturas representativas dos trabalhadores da Cultura pediu, na segunda-feira, com caráter de urgência, uma reunião com a tutela depois de, no fim de semana, vários requerentes do apoio social extraordinário aos artistas, autores, técnicos e outros profissionais da Cultura terem recebido ‘emails’ a informarem-nos de que tinham sido excluídos do mesmo.

No final da reunião, o dirigente sindical Rui Galveias, do Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (Cena-STE), em nome das associações de profissionais que nela participaram, disse à Lusa que as estruturas levaram “um conjunto de reivindicações, que foram recusadas”, como, por exemplo, “que as pessoas tivessem direito aos apoios mesmo que o CAE ou CIRS de Cultura estivesse como atividade secundária”.

O dirigente sindical lembrou que “estas pessoas não estão nesta situação porque querem, o problema é a realidade que vai contra elas, as pessoas não estão na situação de trabalho independente porque querem, estão porque foram levadas a isso”.

Na reunião, além do Cena-STE, estiveram também presentes representantes da Associação Portuguesa de Empresários e Artistas de Circo (APEAC), da Associação Portuguesa de Técnicos de Audiovisual, Cinema e Publicidade (APTA), da Associação Portuguesa de Realizadores (APR), da associação Plateia Profissionais das Artes Cénicas, da Associação para as Artes Performativas em Portugal (Performart), da Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea (Rede), da Ação Cooperativista, do Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STArq) e a da Associação de Artistas Visuais em Portugal (AAVP).

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