Depois da Dinamarca e Noruega, Áustria também deixa de usar vacina da AstraZeneca
A Áustria também vai deixar de administrar aos seus cidadãos a vacina da AstraZeneca, após decisões equivalentes tomadas pela Dinamarca e Noruega.
A Áustria deixará de usar a vacina da AstraZeneca devido a problemas de entrega e à relutância da população à vacina, após decisões semelhantes tomadas pela Noruega e da Dinamarca.
“Provavelmente, continuaremos a administrar as primeiras doses até o início de junho. A AstraZeneca será descontinuada”, disse o ministro da Saúde, Wolfgang Mückstein, num programa de televisão na noite de segunda-feira no canal privado Puls 24.
Para além dos persistentes atrasos nas entregas, que desencadearam a abertura pela Comissão Europeia de processos judiciais contra o laboratório sueco-britânico, o ministro destacou a relutância da população, devido aos raríssimos casos de coágulos sanguíneos que a vacina pode provocar.
A este respeito, o ministro, também médico, disse que se trata de uma “vacina segura e de elevada proteção”, de acordo com o parecer da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Organização Mundial (OMS), que consideram os seus benefícios superiores aos riscos.
A Áustria, onde um terço da população de 8,9 milhões já recebeu uma dose de vacina contra a Covid-19, já encomendou milhões de vacinas para 2022 e 2023 e depende principalmente da BioNtech/Pfizer e Moderna, que usam tecnologia de RNA mensageiro.
A Dinamarca decidiu em meados de abril abandonar a AstraZeneca, o primeiro país da Europa a desistir, seguida em maio pela Noruega.
A maioria dos países europeus que continuam a usar a vacina limitaram a sua administração com condicionantes relacionados à idade. Em Portugal, a administração da vacina da Astrazeneca é recomendada para as pessoas com mais de 60 anos.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.381.042 mortos no mundo, resultantes de mais de 162,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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