Felpinter e Mundotêxtil apresentam proposta para comprar Coelima
Empresas entregaram no tribunal de Guimarães uma proposta para salvar a fábrica Coelima que está em processo de insolvência desde abril. Na corrida estão ainda as sociedades R.TL. e José Fontão & Cia.
A Felpinter e a Mundotêxtil, empresas localizadas em Santo Tirso e Vizela, que contam, respetivamente, com 31 e 45 anos de experiência no setor têxtil, entregaram esta terça-feira no tribunal de Guimarães uma proposta para comprar a fábrica Coelima que está em processo de insolvência desde abril com um passivo de 30 milhões de euros, sendo detido maioritariamente por 250 credores.
As duas empresas, ambas da área dos felpos, que se assumem como “dois dos principais produtores mundiais de atoalhados de felpo e outros artigos têxteis” juntam-se assim ao consórcio com sede em Guimarães, composto pelas sociedades R.TL., SA e José Fontão & Cia, Lda, que já formalizaram a intenção de adquirir a têxtil que conta com quase 100 anos de existência.
Nas duas propostas, a que o ECO teve acesso, a Felpinter e a Mundotêxtil dizem que “têm vindo a estabelecer negociações e contactos no sentido de apresentarem uma proposta de plano de insolvência que preveja uma solução de viabilização da Coelima e que assegure a existência e manutenção desta no mercado”.
De acordo com essa proposta, ambas as empresas querem “relançar a atividade da Coelima e dotar o estabelecimento de meios que lhe permitam alcançar o seu equilíbrio económico-financeiro e, dessa forma, atuar no mercado, contribuindo para a concretização de novos negócios e fortalecimento do tecido empresarial”.
O segundo consórcio, que está na corrida para adquirir a têxtil Coelima, compromete-se a adiantar até 220 mil euros para manter a têxtil em funcionamento durante o mês de junho, mais de 20 mil euros que o proposto pelo primeiro consórcio composto pelas sociedades R.TL. e José Fontão & Cia.
O património da Coelima, que emprega 250 trabalhadores, é no essencial composto por bens imobiliários, diversos equipamentos e participações sociais no capital social de outras empresas do Grupo Moretextile e bens incorpóreos, como marcas e logótipos.
Na lista de credores estão dois bancos públicos, a Caixa Geral de Depósitos e o Banco de Fomento, que representam 80% do total passivo da Coelima.
Constituída em 1922, a Coelima é uma das maiores produtoras de roupa de cama e integra o grupo MoreTextile, que em 2011 resultou da fusão com a JMA e a António Almeida & Filhos e cujo acionista principal é o Fundo de Recuperação gerido pela ECS Capital.
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