Groundforce já recebeu 1,5 milhões em apoio à normalização
Empresa de handling recorreu ao incentivo do IEFP no início do mês e a primeira tranche já foi transferida. A gestão ainda não garantiu, no entanto, aos trabalhadores que os salários serão pagos.
A Groundforce já recebeu 1,5 milhões de euros em apoio público do incentivo extraordinário à normalização. O dinheiro — que é metade do total que a empresa de handling vai receber — foi pago no início desta semana e poderá ser usado para pagar os salários no início da próxima semana dado que ainda não foi encontrada uma solução para as dificuldades financeiras.
A empresa de handling anunciou, no mês passado, aos trabalhadores que iria deixar de recorrer ao apoio à retoma progressiva por esta implicar reduções de tempo de trabalho numa altura de recuperação da atividade. Assim, os funcionários da Groundforce voltaram, este mês, a cumprir 100% dos horários.
Em alternativa, a empresa pediu o incentivo extraordinário à normalização, que foi relançado pelo Governo através do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Este apoio pode ser pedido por empregadores de natureza privada que tenham beneficiado, no primeiro trimestre de 2021, do lay-off simplificado ou do apoio à retoma, desde que tenham, entretanto, saído desses regimes.
São pagos dois salários mínimos (1.330 euros) por trabalhador que tenham estado, pelo menos, 30 dias em lay-off simplificado ou no apoio à retoma em 2021. Foi o caso da generalidade dos trabalhadores da Groundforce, pelo que o apoio ronda os três milhões de euros, dos quais metade já foram pagos, sabe o ECO.
O montante é entregue em duas tranches ao longo de seis meses e acompanhado de um desconto de 50% nas contribuições sociais dos patrões relativas a esses trabalhadores, como a TSU, durante dois meses, o que dará um apoio adicional. O apoio chega numa altura de sufoco para a empresa que continua a debater-se com o impacto da pandemia no setor, apesar de a atividade da aviação ter iniciado o caminho da retoma em abril.
Depois de ter pago, em maio, os salários em duas partes (85% na data prevista e o resto mais tarde), está novamente a chegar a altura de fazer pagamentos. Os sindicatos já pediram à gestão que dessem garantias de que há dinheiro para fazer as transferências no início da próxima semana, mas ainda não houve resposta. Contactada pelo ECO, a empresa também não fez comentários.
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