Sonae Indústria formaliza pedido para sair de bolsa

  • Lusa
  • 14 Julho 2021

Empresa requereu à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários a perda da qualidade de sociedade aberta.

A Sonae Indústria pediu a sua saída da bolsa de Lisboa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na sequência a deliberação tomada em assembleia-geral de acionistas no final de junho.

A “Sonae Indústria, SGPS, SA informa que, na sequência da deliberação tomada em assembleia-geral de acionistas, requereu, na presente data, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários a perda da qualidade de sociedade aberta“, pode ler-se no requerimento publicado esta tarde na CMVM.

A saída de bolsa da empresa foi aprovada em 28 de junho em assembleia-geral de acionistas.

A 3 de junho, a Sonae Indústria comunicou à CMVM que iria ser votada a perda de sociedade aberta em assembleia-geral, tendo em conta que, após a conclusão da oferta de subscrição de ações do capital da empresa, passaram a ser imputáveis à Efanor Investimentos mais de 90% do total do capital e direitos de voto.

Segundo o mesmo documento, a Efanor considera que, face à concentração do capital e à consequente redução do free float e liquidez, “não se justifica a manutenção do estatuto de sociedade aberta”.

A empresa notou ainda, na altura, que o Código de Valores Mobiliários (CVM) determina que, no caso da saída de bolsa deve ser indicado um acionista “que se obrigue a adquirir”, em três meses, as ações pertencentes às pessoas que não tenham dado ‘luz verde’ a esta decisão.

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Governo pode antecipar excecionalmente em 2021 mais verbas do PRR

Em situações excecionais e devidamente fundamentadas, o montante de antecipação de fundos pode ser superior ao programado para este ano. Exceção ainda não foi usada.

O Governo vai poder antecipar mais fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do que o que estava previsto para este ano. A ideia é garantir a flexibilidade necessária no processo de antecipação dos fundos europeus para garantir que os cerca de 14 mil milhões de euros em subsídios a fundo perdido são executados sem atrasos.

O Executivo mudou os procedimentos de antecipação de fundos europeus de inscrição orçamental e de assunção de encargos plurianuais. A publicação em Diário da República da primeira alteração a uma portaria de março onde permite que “em situações excecionais e devidamente fundamentadas, o montante de antecipação de fundos” pode ser “superior à programação financeira aprovada para o ano de 2021 pelos instrumentos financeiros europeus”.

Apesar de até agora ainda não ter sido feito qualquer pedido neste sentido, como avançou ao ECO fonte oficial da Agência de Desenvolvimento & Coesão, o objetivo é “garantir a flexibilidade necessária no processo de antecipação de fundos que permita a criação de condições para uma implementação tempestiva dos projetos previstos no PRR”, explicou a mesma fonte.

“Assim, em casos excecionais e de modo a garantir todas as condições que permitam pôr os projetos no terreno, pode vir a revelar-se necessário antecipar valores superiores aos previstos para o ano de 2021 em alguns investimentos, em função da sua dimensão ou ambição”, acrescentou a mesma fonte.

Portugal tem até 2026 para executar os cerca de 14 mil milhões de euros em subvenções e os 2,7 mil milhões em empréstimos. Mas estes montantes estão ligados a marcos e objetivos devidamente calendarizados e só perante o cumprimento de cada um deles serão desembolsadas as verbas do PRR. De acordo com a avaliação da Comissão Europeia foram definidas 341 metas para Portugal cumprir em torno de 32 reformas e 83 investimentos.

E todas as leis e reformas inscritas no PRR têm de estar concluídas e implementadas para que possa haver o pagamento de uma nova tranche — sendo que podem ser feitas até um máximo de duas por ano. Isto porque só com as reformas implementadas é que estas podem produzir os seus efeitos. No caso de Portugal, a Comissão estima que o impacto máximo do PRR no PIB – quase 2,5% — será alcançado em 2026.

E a única entidade que avalia se as metas estão ou não cumpridas é a própria Comissão Europeia, sendo que não há uma verba específica atribuída ao cumprimento de uma meta específica. A Comissão admite a possibilidade de fazer pagamentos parciais até que todas as metas definidas sejam cumpridas. E também admite conversar com os Estados-membros para fazer o acompanhamento das reformas, mas não se mostra muito disponível para negociar metas.

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Garantias aos créditos em moratória são “melhor que nada”, mas empresas pedem apoio “mais agressivo”

Sem poder prolongar as moratórias bancárias, o Governo anunciou, em alternativa, que vai avançar com garantias sobre uma parte desses créditos. Empresários pedem apoios "mais agressivos".

O Estado vai dar garantias públicas sobre 25% do crédito sob moratória das empresas que integrem os setores mais castigados pela pandemia e firmem acordos com os seus respetivos bancos no sentido da reestruturação das dívidas. As empresas ouvidas pelo ECO consideram que a medida é positiva e “melhor do que nada“, mas pedem que o Governo seja “mais agressivo” nos apoios.

De acordo com o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, o Governo estima que “grande parte das empresas” não terá dificuldades em ultrapassar o fim das moratórias bancárias, mas admite que há setores que têm sido mais prejudicados pela crise pandémica e nos quais a retoma está a ser mais lenta.

Para esses, está já pensada uma nova medida de apoio: o Estado vai garantir 25% do crédito sob moratória das empresas que integrem esses setores e firmem até setembro com os respetivos bancos acordos de reestruturação das dívidas, “assegurando mais alguma carência e beneficiando de uma extensão de prazo no final do empréstimo“, explicou o responsável pela pasta da Economia, esta terça-feira.

O objetivo é libertar liquidez para facilitar a recuperação das atividades económicas através do alívio das obrigações em questão. As destinatárias desta medida são as empresas não financeiras, viáveis e que, independentemente da sua dimensão, cumpram os seguintes critérios: ter operações estabelecidas em Portugal; Ter, pelo menos, uma operação de crédito em moratória; Ter a atividade principal nos setores mais afetados — “toda a fileira do turismo“, uma parte do comércio não alimentar, cultura e entretenimento e de “alguns segmentos da indústria transformadora“, detalhou Siza Vieira –; Ter tido, à data do financiamento, a situação financeira regularizada; Registar quebras da receita operacional iguais ou superiores a 15% no ano de 2020, face a 2019, sem terem retomado ainda os níveis de 2019.

Este apoio foi preparado também porque o Executivo assegura que não tem a “faculdade de pura e simplesmente prorrogar as moratórias“, nem consideraria tal prolongamento adequado. Já em conversa com o ECO, Ricardo Tavares, da Associação Portuguesa de Bares, Discotecas e Animadores, diz considerar que essa prorrogação das moratórias, pelo menos, até à primavera do próximo ano seria essencial, já que só nessa altura os estabelecimentos deverão começar a faturar. “Os empresários nem têm o verão para trabalhar. Não sei como vamos fazer com os pagamentos” dos créditos, sublinha.

Especificamente sobre a solução anunciada pelo Governo, Ricardo Tavares salienta que parece estar em causa “um presente envenenado“, já que a maioria dos empresários do setor que representa já teve de fazer restruturações dos créditos e isso “nunca é vantajoso”. O setor dos bares e das discotecas tem sido um dos mais castigados pela pandemia, uma vez que se mantém encerrado por imposição do Executivo para conter a propagação do vírus.

Outro setor que está a ser muito afetado pela crise pandémica é o turismo. A Tomaz do Douro, por exemplo, registou quebras acima de 75%. Ao ECO, Célia Lima, diretora de marketing da empresa de cruzeiros no Douro, diz que a garantia pública anunciada por Siza Vieira vem ajudar, mas não “resolve os problemas todos”. “Sabemos que mais à frente vamos ter que pagar. Isto não é a fundo perdido, mas é sempre uma ajuda”.

Também a Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal (AHRESP) dá nota positiva à medida anunciada pelo Governo, frisando vem ao encontro das suas solicitações, mas defende que “a carência de capital adicional e a extensão do prazo do empréstimo devem ser concedidas de forma automática, sem que haja lugar a negociações e eventuais rejeições por parte dos bancos”.

Empresários dizem que 25% é pouco

Noutra área da atividade, César Araújo, presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC), também salienta que “por muito pouco que seja, já é uma boa medida face à crise que estamos a viver“. O responsável defende que as garantias deveriam cobrir 50% e não apenas 25% dos créditos sob moratória e considera que “o Estado deveria ser mais agressivo, no bom sentido da palavra, nos apoios que está a dar às empresas mais afetadas pela pandemia”.

O presidente da ANIVEC salienta ainda que a indústria do têxtil e do vestuário “tem sofrido bastante com a pandemia” e que “deve ser incluída nos setores mais afetados”. Para o líder da associação, estas medidas de apoio à reestruturação das empresas “não podem ter uma conotação negativa junto do Banco de Portugal sob pena de, num futuro próximo, esse impacto poder vir a prejudicar as empresas que obtiveram os apoios”.

Na mesma linha, Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), defende que as garantias públicas deveriam cobrir “no mínimo 50%” do crédito sob moratória, “para partilharmos esforço e risco”. “25% é pouco atendendo à [fraca] apetência para o risco por parte da banca”, salienta o responsável, referindo que essa percentagem mais distendida traria também “melhores condições para as empresas”.

Ainda assim, “os 25% são melhores do que não ter garantia pública“, atira Luís Miguel Ribeiro, que, tudo somado, considera que as medidas anunciadas pelo Governo “são razoáveis“, atendendo à falta de abertura por parte das instituições europeias para o prolongamento das moratórias. O responsável da AEP deixa, contudo, um alerta: “É preciso saber em que condições os bancos vão estar disponíveis para fazer essas reestruturações [das dívidas]. Penso que as medidas são interessantes, mas o que fará a diferença são as condições como as empresas vão aceder a elas.

Também Paulo Gonçalves, diretor de comunicação da Associação Portuguesa da Indústria do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Sucedâneos (APICCAPS), frisa: “A medida é globalmente positiva, mas temos alguma expectativa em relação à sua concretização, até porque faltam pormenores técnicos que serão decisivos para uma avaliação mais definitiva“. O responsável considera que a solução adotada pelo Governo é “muito oportuna”, antecipando que a recuperação plena do setor do calçado só irá acontecer em 2023.

No setor dos eventos, Jorge Ferreira, diretor executivo da BestEvents — que organiza feiras nacionais e internacionais dedicadas aos casamentos — também considera que a medida anunciada por Siza Vieira é positiva. “Acaba por ser sempre uma ajuda principalmente nesta fase de indecisão: as empresas estão a contar fazer um casamento amanhã e, entretanto, surge uma medida nova que obriga o setor a cancelar tudo”.

O responsável acrescenta que “todos os apoios do Governo são sempre bem-vindos” e salienta que não é possível pedir “mundos e fundos”. Ou seja, “É melhor esse apoio que nenhum“, diz Jorge Ferreira. E Elmar Derkitsch, diretor-geral do Lisbon Marriott Hotel, também dá nota positiva às garantias anunciadas pelo Governo, ressalvando que não é o responsável direto pela gestão das moratórias.

Esta terça-feira, o ministro da Economia explicou, também, que a alocação da dotação das garantias pelos bancos será feita em função do peso relativo de crédito em moratória nos setores mais afetados, sendo que as garantias reais que existam vão manter-se, assim como, “em princípio”, a taxa de juro atualmente em vigor nos empréstimos em moratória.

O Governo estima que os setores mais afetados pela pandemia tenham em moratória cerca de oito mil milhões de euros de crédito e que cerca de dois terços desse stock precisarão do apoio em causa. Ou seja, o Estado deverá dar garantias até 1,32 mil milhões de euros, considerando os 25%.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta quarta-feira, vão ser divulgados os resultados relativos ao IPO da Greenvolt, enquanto que o IGCP vai ao mercado captar até mil milhões de euros. BCE vai discutir prós e contras do euro digital.

Esta quarta-feira serão conhecidos os resultados relativos à Oferta Pública inicial (IPO) da Greenvolt, enquanto que o IGCP vai ao mercado captar até mil milhões de euros. Ainda no plano económico, o ministro da Economia vai ser ouvido na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no Parlamento. BCE discute prós e contras sobre a criação de um euro digital.

Apuramento dos resultados do IPO da Greenvolt

Esta quarta-feira serão conhecidos os resultados relativos à Oferta Pública inicial (IPO) da Greenvolt. Até à passada sexta-feira, a empresa liderada por Manso Neto já tinha garantido ordens de mais de 150 milhões de euros junto de investidores institucionais. Na terça-feira, a Greenvolt revelou que vai alienar pouco mais de 30 milhões de títulos por 4,25 euros, cada, o valor mais baixo do intervalo que tinha definido, que chegava aos 5 euros.

Siza Vieira é ouvido no Parlamento

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, vai ser ouvido na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no Parlamento. Nesta audição regimental, o ministro poderá dar mais pistas sobre os novos apoios à economia para fomentar a recuperação económica. Esta terça-feira, Siza Vieira apontou que o Estado vai estar disponível para dar garantias até 25% do crédito sob moratória das empresas dos setores mais castigados pela Covid-19.

IGCP vai ao mercado captar até mil milhões de euros

O IGCP vai realizar esta quarta-feira dois leilões de Obrigações do Tesouro com um montante indicativo global entre 750 milhões de euros e 1.000 milhões de euros, que atingem a maturidade em outubro de 2030 e em abril de 2037.

BCE discute prós e contras de um euro digital

O Banco Central Europeu realiza esta quarta-feira uma reunião, em Frankfurt, na Alemanha, para discutir os prós e contras da criação de um euro digital como meio de pagamento. Em fevereiro, Fabio Panetta, membro do conselho executivo do regulador europeu, admitiu que o euro digital pode vir a tornar-se numa realidade dentro de “quatro ou cinco anos” e com um limite em torno de 3.000 euros por pessoa. Já em abril, o BCE revelou que decidirá até meados de 2021 se lançará um estudo formal sobre um euro digital.

Eurostat divulga dados sobre a produção industrial

O Eurostat divulga os dados relativos à produção industrial na União Europeia referentes a maio de 2021. Em abril, a produção industrial aumentou 39,3% na Zona Euro e 38,7% na União Europeia face ao mês homólogo. Trata-se, portanto, de uma aceleração face a março e a maior subida dos últimos seis meses, segundo os últimos dados divulgados pelo gabinete de estatísticas europeu.

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Portugal continental com 476 surtos ativos de Covid-19

  • Lusa
  • 14 Julho 2021

Estes "dados contrastam drasticamente com o máximo de surtos ativos registado em fevereiro de 2021, quando chegaram a existir em Portugal continental 921 surtos ativos”, diz a DGS.

Portugal registava, na segunda-feira, 476 surtos ativos no continente, dos quais 18 em lares de idosos e dois em instituições de saúde, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) avançados à Lusa.

De acordo com a a DGS, “estes dados contrastam drasticamente com o máximo de surtos ativos registado em fevereiro de 2021, quando chegaram a existir em Portugal continental 921 surtos ativos”.

A maioria dos surtos ativos registou-se na Região de Lisboa e Vele do Tejo, com 350, enquanto a Região Norte tinha 46, o Algarve 31, o Alentejo 24 e a região Centro 25.

Segundo os dados da DGS, 84 surtos ativos diziam respeito a estabelecimentos de educação e ensino dos setores público e privado, que englobam escolas, ensino superior, creches e demais equipamentos sociais.

Um surto ativo é constituído por dois ou mais casos confirmados com ligação epidemiológica entre si no tempo e no espaço, explica a DGS, adiantando que “só depois de terem decorrido 28 dias após a data do diagnóstico do último caso confirmado (dois períodos de incubação sem novos casos) é que o surto é dado como encerrado”.

Portugal registou esta terça-feira, 13 de julho, nove mortos atribuídos à Covid-19 e 2.650 novos casos de infeção, mais 868 do que na segunda-feira, segundo o boletim epidemiológico da DGS.

A maioria das infeções voltou a ser registada na região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.141 novos casos, o que representa 43% do total do país, que ultrapassou hoje os 912.406 casos acumulados.

Mais 13 pessoas estão internadas em enfermaria, num total de 742, e há menos dois doentes em unidades de cuidados intensivos, que acolhem agora 161 pessoas.

Segundo os dados avançados à Lusa, a maior parte dos doentes internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) tem entre 50 e 59 anos (43), seguidos dos 40 aos 49 anos (39), dos 60 aos 69 anos (31).

Vinte dos doentes internados em UCI têm entre 30 e 39 anos, 18 têm entre 70 e 79 anos, nove têm idades entre os 20 e os 29 anos e três têm mais de 80 anos.

Quantos aos doentes internados em enfermaria, os dados precisam que 104 têm mais de 80 anos, 100 têm idades entre os 40 e os 49 anos, 93 entre 70 e 79 anos, 86 estão na faixa dos 30 aos 39 anos e 79 têm entre 60 e 69 anos.

Há ainda 68 doentes que têm entre 50 e 59 anos e 26 estão na faixa etária dos 20 aos 29 anos, referem os dados da DGS, segundo os quais há quatro crianças com idades até aos nove anos internados em enfermaria, bem como seis jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

A pandemia de Covid-19 já matou em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, 17.173 pessoas e foram registados 912.406 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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Banca aplaude solução para o fim das moratórias. Cria “condições para transição suave”

Governo vai dar garantias aos créditos em moratória das empresas mais afetadas pela pandemia. Banca ainda vai avaliar condições de aplicação prática da medida, mas diz que vai "no bom sentido".

O Governo já tem uma solução para o fim das moratórias. Parte desse plano passa por conceder garantias até 25% do crédito em moratória das empresas dos setores mais afetados pela pandemia. Ou seja, quer partilhar o risco de eventuais reestruturações de dívidas de empresas com a banca, que diz que a medida “vai no bom sentido”. Cria as “condições para uma transição suave” no período pós-moratórias, afirma a Associação Portuguesa de Bancos em declarações ao ECO.

“Na generalidade, trata-se de uma medida de apoio às empresas que, sendo viáveis, pertencem a setores de atividade que foram bastante afetados pela pandemia, criando condições para uma transição suave que lhes permita ter mais tempo para recuperar a sua liquidez”, sublinha a associação liderada por Vítor Bento, que substituiu Faria de Oliveira no final de maio.

“Esta tem sido, aliás, a posição que a APB tem vindo a defender, pelo que consideramos que é uma medida que vai no bom sentido, de apoio e estímulo à recuperação económica”, acrescenta a organização que representa o setor bancário.

De acordo com Pedro Siza Vieira, poderão estar em causa apoios públicos na ordem dos 1,32 mil milhões de euros, destinados a ajudar empresas de “toda a fileira do turismo”, de uma parte do comércio não alimentar, da cultura e entretenimento e de “alguns segmentos da indústria transformadora”.

A medida poderá beneficiar mais de 24 mil empresas dos setores considerados sensíveis, que têm créditos suspensos pelas moratórias num total de 8,5 mil milhões de euros, segundo os últimos dados do Banco de Portugal.

"Na generalidade, trata-se de uma medida de apoio às empresas que, sendo viáveis, pertencem a setores de atividade que foram bastante afetados pela pandemia, criando condições para uma transição suave que lhes permita ter mais tempo para recuperar a sua liquidez.”

Associação Portuguesa de Bancos

Apesar de antecipar dificuldades para algumas empresas, o ministro da Economia considera que a grande maioria não vai ter problemas em superar o fim das moratórias públicas, cujo regime termina em setembro.

Para acederem à medida anunciada esta terça-feira, as empresas terão de apresentar quebras da sua receita operacional de, pelo menos, 15% e não poderão ainda ter retomado o nível de faturação de 2019, detalhou, por um lado, Siza Vieira. Por outro, o Estado só concederá as garantias mediante um acordo individual entre empresa e banco quanto a uma reestruturação do crédito que permita “mais alguma carência” ou “uma extensão de prazo no final do empréstimo”.

Banca analisa condições de aplicação

Sem entrar em grandes detalhes quanto à solução apresentada pelo Governo, a APB diz que “os bancos irão agora analisar os pormenores da medida e avaliar as condições da sua aplicação prática”.

Contactado pelo ECO, o BPI disse que se trata de “uma medida positiva e razoável”, e o Novo Banco acredita que “será certamente um importante contributo às restruturações necessárias, quer ao nível do reforço das garantias, quer ao alongamento cauteloso dos prazos”.

“Será fundamental que o reforço da garantia e as restantes medidas permitam evitar a reclassificação do crédito. É fundamental que a moratória sirva a recuperação empresarial e não para arrastar situações tóxicas”, apontou o CEO António Ramalho.

Há muito que bancos e empresas esperavam por novidades do Governo quanto às medidas de apoio para o fim das moratórias bancárias, que foram criadas em março do ano passado para ajudar a ultrapassar as restrições económicas e financeiras provocadas pelos confinamentos.

As medidas anunciadas esta terça-feira pelo Governo abrangem apenas créditos de empresas, deixando os particulares de fora. No final de maio, os bancos tinham cerca de 38,5 mil milhões de euros de créditos em moratória, entre famílias e empresas.

Siza Vieira anunciou ainda a criação de um Fundo de Capitalização de Empresas, com uma dotação inicial de 1,3 mil milhões de euros, podendo o capital ser reforçado em mais mil milhões. Este fundo visa assegurar a capitalização das empresas mais prejudicadas pela pandemia e outras empresas com potencial de crescimento.

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Benfica confirma acordo entre “rei dos frangos” e investidor americano

  • ECO
  • 14 Julho 2021

Agora é oficial o que se sabia na sequência da operação "Cartão Vermelho". O investidor americano pode comprar 25% da SAD do Benfica até 15 de setembro.

Agora é oficial, depois das exigências da CMVM. O empresário José António dos Santos, arguido na operação “Cartão Vermelho”, tem “dois acordos para a venda” de 25% do capital da Benfica SAD ao investidor americano John Textor, dependente do pagamento até ao próximo dia 15 de setembro. A informação foi revelada em comunicado da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Benfica à CMVM, um facto relevante que terá também consequências no calendário da emissão de obrigações do Benfica, porque as adendas ao prospeto da operação conferem mais tempo aos investidores para revogarem ordens de compra daqueles títulos.

A SAD do Benfica informa que recebeu um comunicado do empresário esta terça-feira com informações detalhadas sobre o reforço da participação na SAD do Benfica no mercado e dos acordos para a compra de outras participações, condicionadas à venda dos referidos 25% ao investidor americano. Como o ECO revelou, o empresário incorre em contra-ordenações graves por não ter comunicado ao mercado as participações diretas e indiretas que lhe são imputadas, seja porque já as comprou ou por força de contratos-promessa que lhe dá direito de exercício de compra.

Neste comunicado, além da confirmação do negócio com o investidor americano, pelo qual já recebeu um milhão de euros, José António dos Santos confirma que tem ações da SAD do Benfica diretamente (13,67 %) e indiretamente, através do grupo Valouro SGPS (1,9565%), da sociedade Avibom (0,7485%) e das Rações Valouro (0,002%). Mas não só. Tem acordos de compra das participações de José Guilherme e da sociedade Quinta de Jugais (no total de cerca de 5%).

Curiosamente, numa nota no final do comunicado, a SAD do Benfica faz uma ‘errata’ ao comunicado que recebeu de José António dos Santos. “São imputáveis direitos de voto inerentes a ações representativas de 3,7257% do capital social da Benfica SAD e não cerca de 3,65%, conforme indicado no comunicado do Sr. José António dos Santos”. No total, ao “rei dos frangos” são imputáveis um total de “23,1061% do capital social da Benfica SAD”.

A informação revelada ao mercado tem consequências nos prazos da emissão de 35 milhões de obrigações da SAD do Benfica. Os investidores que já deram ordens de compra de obrigações teriam até ao dia 16, sexta-feira, para revogarem esses investimentos, mas como há nova informação que terá de ser aditada ao prospeto da operação, o prazo para a revogação de ordens de compra vai também alargar-se, no mínimo em mais um dia se a adenda surgir já esta quarta-feira. Nestes termos, a operação de emissão de obrigações termina a 23 de julho, caso não haja novas adendas ao prospeto depois do dia 20.

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