Navigator lança empréstimo obrigacionista de 100 milhões de euros com critérios ESG
O BPI e o CaixaBank foram os assessores na estruturação deste empréstimo obrigacionista ESG, de acordo com critérios ambientais, sociais e de governnace.
A The Navigator Company anunciou esta quinta-feira que vai emitir, já no próximo dia 5 de agosto, um empréstimo obrigacionista no valor de 100 milhões de euros com maturidade de cinco anos. A operação tem vencimento em 2023 e prevê com o reembolso antecipado de financiamento no mesmo montante.
“Esta operação contribuirá para a extensão da vida média da dívida do grupo, bem como para a redução do custo de financiamento da empresa, além de ter condições ajustadas ao cumprimento de compromissos de sustentabilidade”, disse a empresa em comunicado, informando que o BPI e o CaixaBank foram os assessores na estruturação deste empréstimo obrigacionista ESG (de acordo com critérios ambientais, sociais e de governnace).
A The Navigator Company foi a primeira empresa a lançar, em 2019, uma linha de Papel Comercial “verde” em Portugal, cujas condições de financiamento estavam também vinculadas a critérios ESG, certificado pela agência meio ambiental Sustainalytics.
Reforça a Navigator que a nova operação está indexada a dois indicadores ESG que fazem parte da Agenda de Sustentabilidade da empresa e estão alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas: ODS 13 – Ação Climática e ODS 15 – Proteger a Vida Terrestre.
“O primeiro indicador define metas de redução de emissões de CO2 e enquadra-se no Roteiro para a Neutralidade Carbónica, no qual a companhia assume o compromisso de ser neutra em carbono nos seus complexos industriais até ao ano 2035″, refere o mesmo comunicado. Nessa data, a empresa espera uma redução de 86% das suas emissões de CO2. Este objetivo implica um investimento total de 154 milhões de euros.
Outras metas passam por: reduzir as emissões de CO2 fóssil através da substituição de tecnologias; reduzir o consumo específico de energia até 2025; atingir os 100% de produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis e, por fim, realizar o offset das emissões não passíveis de eliminar.
Para atingir estes objetivos, a Navigator apostou já, entre outros projetos e iniciativas, na construção de uma nova caldeira de biomassa no complexo industrial da Figueira da Foz, num investimento de 55 milhões de euros.
Já o segundo indicador ESG pelo qual se rege o empréstimo obrigacionista define metas para o aumento da percentagem de madeira certificada adquirida no mercado nacional.
Para isso, a empresa “tem investido num conjunto de programas, a título individual ou em parceria com outras organizações, que visam contribuir para ultrapassar barreiras sentidas pelo setor florestal no que diz respeito à certificação da madeira, promover a melhoria da gestão florestal dos espaços florestais de terceiros e, dessa forma, contribuir para a sua certificação e disponibilização no mercado de madeira através dessa garantia de origem”.
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