Saída da Hungria da UE poderá ser avaliada no final da década, diz ministro das Finanças húngaro

Numa altura de tensões, o ministro das Finanças húngaro admite que a presença na União Europeia pode ser repensada quando o país se tornar um contribuinte líquido do bloco.

A Hungria poderá reavaliar a posição enquanto membro da União Europeia (UE), quando se tornar um contribuinte líquido significativo para o orçamento do bloco comunitário, no final da década. Os comentários, que apontam para uma ponderação da presença do país na UE, foram feitos pelo ministro das Finanças húngaro, Mihaly Varga.

Questionado sobre como votaria se existisse agora um referendo sobre a adesão do país à União Europeia, o ministro húngaro revelou que “estaria entre aqueles que votariam sim”, numa entrevista ao site ATV.hu, citada pela Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês).

No entanto, “no final da década, quando, de acordo com nossos cálculos, nos tornaremos contribuidores líquidos da UE, a questão pode ser lançada numa nova perspetiva, especialmente se os ataques de Bruxelas sobre os valores se mantiverem”, admite Mihaly Varga. A tensão tem crescido entre o país e as instituições europeias, nomeadamente sobre assuntos relativos a direitos humanos.

A Hungria encontra-se entre os países que mais recebem fundos da UE per capita, desde que integrou o bloco em 2004, e o primeiro-ministro Viktor Órban tem dito repetidamente que não tem intenções de tirar a Hungria da UE. Ainda assim, a pressão sobre o governo em Budapeste tem aumentado, com a UE a considerar cortar fundos por acusações de que o país está a comprometer os valores democráticos.

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