Maioria das empresas que estiveram em lay-off está a aguentar trabalhadores
Das mais de 128 mil empresas que já passaram pelo lay-off simplificado ou pelo apoio à retoma progressiva, 88 avançaram com despedimentos coletivos, explica Ministério do Trabalho.
A esmagadora maioria das empresas que receberam apoios extraordinários à manutenção do emprego está a conseguir preservar os postos de trabalho. Menos de 0,1% desses empregadores avançaram com despedimentos coletivos, segundo indicou o Ministério do Trabalho ao Expresso (acesso pago), esta terça-feira.
Desde março de 2020, mais de 128 mil empresas, abrangendo mais de um milhões de trabalhadores, beneficiaram dos apoios extraordinários, como o lay-off simplificado e o apoio à retoma progressiva, que permitem reduzir os horários de trabalho ao mesmo tempo que garantem uma ajuda da Segurança Social para o pagamento dos salários. Em contrapartida, esses empregadores ficaram impedidos de avançar com despedimentos coletivos ou por extinção de posto de trabalho durante o período de concessão do subsídio e nos 60 dias seguintes, já que estas ajudas foram desenhadas para mitigar o impacto da pandemia no emprego e evitar uma escalada do desemprego.
Os dados agora comunicados ao Expresso pelo Ministério do Trabalho mostram que a esmagadora dessas empresas tem “segurado” os empregos e somente uma pequena minoria tem avançado com despedimentos coletivos, findo esse “período de nojo”. “Um total de 88 empresas que beneficiaram de lay-off ou de apoio à retoma iniciaram processos de despedimento coletivo, que abrangeram um total de 708 trabalhadores”, indicou fonte do gabinete de Ana Mendes Godinho, detalhado que esse número corresponde a “0,07% das empresas e dos trabalhadores” cobertos até agora pelos referidos regimes extraordinários. O Ministério do Trabalho explica ainda que, das 88 empresas, 39% são pequenas, 34% médias e 26% são micro.
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