J&J diz que se justifica segunda dose da vacina da Janssen oito meses após a primeira
Estudo da Johnson & Johnson conclui que segunda dose da vacina contra a Covid-19 produz forte resposta imunitária, justificando-se reforço oito meses após a primeira inoculação.
Uma dose de reforço da vacina da Janssen gera uma forte resposta imunitária contra a Covid-19, justificando-se a segunda dose desta vacina passados oito meses da toma da primeira. A conclusão foi anunciada pela Johnson & Johnson esta quarta-feira.
Desde que arrancou a vacinação contra a Covid-19, a vacina da Janssen destacou-se das demais pelo regime de dose única, que contrasta com as duas doses das vacinas da Pfizer, Moderna e AstraZeneca. Porém, numa altura em que algumas destas empresas têm defendido a terceira dose das respetivas vacinas, o grupo que controla a Janssen defende agora a toma da segunda.
Num comunicado, a farmacêutica cita dados que indicam que a vacina da Janssen “gera respostas imunitárias fortes e robustas que são duradouras e persistentes durante oito meses”. No entanto, em antecipação a uma eventual decisão das autoridades de saúde, a empresa conduziu ensaios clínicos de fase 1 e 2 em indivíduos vacinados e os resultados preliminares mostram que uma segunda dose prolongou a proteção desses cidadãos.
Segundo a Johnson & Johnson, existe evidência científica de que a dose de reforço aumenta significativamente o número de anticorpos contra a proteína “espinho” do coronavírus num volume nove vezes superior ao nível de anticorpos produzido 28 dias após a primeira dose. Estes aumentos foram observados em indivíduos com idades entre 18 e 55 anos e em pessoas com mais de 65 anos que receberam uma segunda dose mais reduzida.
J&J discute 2.ª dose com autoridades de saúde
O grupo norte-americano já está a discutir com as autoridades de saúde internacionais a possibilidade de ser administrada uma segunda dose da vacina da Janssen. As conversações estão a ser tidas com a Food and Drug Administration (FDA) e o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) nos EUA e também com a Agência Europeia do Medicamento (AEM), revela a empresa.
“Vamos discutir com as autoridades públicas de saúde uma potencial estratégia para a vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, reforçando-a oito ou mais meses depois da vacinação primária de dose única”, afirmou Mathai Mammen, responsável máximo de investigação e desenvolvimento da farmacêutica, citado na mesma nota.
Segundo a Johnson & Johnson, estes ensaios clínicos foram financiados com dinheiro público dos EUA, através do Departamento da Saúde e Serviços Humanos. A vacina da Janssen contra a Covid-19 é uma vacina de “vetor viral” e administração intramuscular e faz parte do plano nacional de vacinação contra a pandemia.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h28)
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