Confinamento e restrições fazem queixas sobre seguros caírem 6% no 1.º semestre

  • Lusa
  • 23 Agosto 2021

No primeiro semestre do ano decresceram as reclamações à ASF relativas ao seguro automóvel e houve um acréscimo das reclamações relacionadas com incêndio e multiriscos.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) registou no primeiro semestre 4.029 reclamações, uma queda homóloga de 6% explicada pelo “impacto do confinamento e das restrições à atividade”.

Numa nota divulgada esta segunda feira, a ASF adianta que registou nos primeiros seis meses de 2021, “a entrada de 4.029 reclamações, menos 6% em comparação com o período homólogo, diminuição que terá como explicação o impacto do confinamento e das restrições à atividade no contexto da pandemia covid-19”.

No seu Relatório de Gestão de Reclamações referente ao primeiro semestre deste ano, a ASF concluiu que a apresentação de reclamações “através do Livro de Reclamações Eletrónico (LRE) passou a representar quase metade das reclamações recebidas (46%)”.

Além disso, “neste semestre, a ASF concluiu 3.549 processos de reclamação”, disse o organismo.

Analisando por segmento de negócio, a ASF destacou que “85% dos processos de reclamação concluídos respeitam aos ramos Não Vida e 13% ao conjunto do ramo Vida e dos fundos de pensões”.

O regulador chamou a atenção para “o seguro automóvel (35%) e o seguro de incêndio e outros danos (30%)”, sendo que “no entanto, no primeiro semestre de 2021, assinala-se um decréscimo das reclamações relativas ao seguro automóvel (de 2.064 em 2020 para 1.240) e um acréscimo das reclamações relacionadas com o seguro de incêndio e outros danos (958 para 1.061)”, lê-se na mesma nota.

“Quanto ao tema e natureza do reclamante, mantém-se a tendência dos anos anteriores, com a matéria ‘Sinistro’ a destacar-se, com 49% dos processos encerrados, seguida pelos temas relacionados com o ‘Conteúdo/Vigência do Contrato’ (29%)”, indicou a ASF.

De acordo ainda com a ASF, “78% das reclamações encerradas foram apresentadas pelo cliente do operador e 17% por terceiros, lesados ou beneficiários de contratos de seguro”.

De acordo com o regulador “relativamente ao desfecho dos processos concluídos, este foi favorável ao reclamante em 37% dos casos”, acrescentando que “mais de 90% dos casos em que o desfecho foi desfavorável ao reclamante encontraram justificação legal ou contratual (2.023 em 2.233)”.

De acordo com o regulador, “o estudo aos processos de reclamação concluídos, em particular no que diz respeito ao desfecho favorável ou desfavorável da resposta e à existência de justificação legal ou contratual associada à posição dos operadores, evidencia que apenas 5,9% das reclamações estão relacionadas com situações que não foram ultrapassadas em sede da gestão de reclamações da ASF”.

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Petróleo recupera e sobe 5%

Preocupações com a procura de combustíveis, devido à ameaça da variante Delta, motivam variações nos preços do petróleo.

Após uma sequência de sete sessões de perdas, os preços do petróleo começaram a recuperar esta segunda-feira, ao avançar 5%. Variações deverão continuar esta semana, numa altura em que se levantam preocupações quanto à procura pelos combustíveis, devido ao aumento de casos de Covid-19 provocado pela variante Delta.

O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para a Europa, valoriza 5,45%, para 68,28 dólares por barril, depois de ter atingido mínimos de maio nesta sessão. Já o crude WTI, negociado em Nova Iorque, avança 5,5%, para 65,56 dólares.

A semana passada acabou por ser a pior perda semanal registada pelos benchmarks em mais de nove meses. As quedas atingiram os 8% e 9%, respetivamente, com os investidores a prepararem-se para uma descida na procura devido ao agravamento da pandemia.

“Esperamos ver mais ajustes esta semana, mas o sentimento do mercado provavelmente permanecerá em baixo, com preocupações crescentes sobre a procura de combustível mais lenta em todo o mundo”, disse Kazuhiko Saito, analista-chefe da Fujitomi Securities, citado pela Reuters.

A impulsionar a subida do petróleo encontra-se também a desvalorização do dólar, ao tornar o petróleo mais barato para os detentores de outras moedas.

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Grécia vacinará em setembro com terceira dose os mais vulneráveis

  • Lusa
  • 23 Agosto 2021

Será dada prioridade para receber a terceira dose a pessoas imunocomprometidas, como doentes que tenham recebido tratamento para o cancro ou feito o transplante de um órgão.

A Grécia vai começar a partir de setembro a administrar a terceira dose da vacina contra a covid-19 à população mais vulnerável, para combater a propagação da variante Delta, anunciou esta segunda-feira a presidente do Comité Nacional de Vacinação, Maria Theodoridu.

Esta terceira dose de reforço será dada só com vacinas utilizando a tecnologia do RNA mensageiro (mRNA), como as da Pfizer e da Moderna – mesmo que as pessoas tenham anteriormente sido vacinadas com as da AstraZeneca e da Johnson & Johnson – e será administrada a pessoas que tenham recebido a segunda dose pelo menos um mês antes.

Será dada prioridade para receber a terceira dose a pessoas imunocomprometidas, como doentes que tenham recebido tratamento para o cancro ou feito o transplante de um órgão ou pessoas com o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV).

Theodoridu pediu que esta decisão não distraia do principal objetivo, que é vacinar toda a população, e recordou que as vacinas de duas doses têm uma eficácia de 92% e que, embora os vacinados possam ser infetados e contrair a variante Delta da covid-19, mais infeciosa, têm 65% menos de hipóteses de transmitir a doença a outros.

As pessoas com direito à terceira dose da vacina poderão pedir o agendamento a partir da próxima semana. Esta segunda-feira, a Grécia registou um aumento do número de mortos, de doentes em cuidados intensivos e de hospitalizados, enquanto o número de novos casos se manteve elevado, com 2.628 registados nas últimas 24 horas.

Morreram 34 pessoas e 319 doentes deram entrada nas unidades de cuidados intensivos. Desde o início da pandemia, a Grécia registou 561.812 casos e 13.422 mortes por covid-19. Até domingo, tinham-se realizado no país 11.154.395 vacinações entre a população maior de 12 anos. Cerca de 59% dos cidadãos receberam uma dose da vacina, ao passo que 56% já têm a vacinação completa.

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Ford Trucks vai abrir concessionário em Braga. Admite chegar a Viana do Castelo

Os camiões da Ford voltaram às estradas portuguesas, estando a conquistar terreno. O grupo norte-americano prepara-se para abrir o sétimo concessionário em território nacional, em Braga.

A Ford Trucks Portugal chegou ao mercado nacional em outubro de 2019. Desde então, tem mantido o pé no acelerador. O grupo norte-americano, que foi a primeira marca de pesados a entrar em território nacional nas duas últimas décadas, vai abrir brevemente em Braga o sétimo concessionário em Portugal. E Viana do Castelo poderá ser o próximo destino.

“Com estes sete concessionários estaremos a cobrir aqueles que consideramos ser os hubs mais críticos do país. Para o futuro poderemos estar a considerar Viana do Castelo”, revela ao ECO Sinan Kayhan, managing director Ford Trucks para a Península Ibérica.

Nem a Covid-19 travou o crescimento da marca que viu os seus objetivos a ser alcançados e inclusive algumas metas a serem antecipadas, como a abertura do concessionário de Braga que só estava prevista para 2022.

Ford Trucks faturou 21 milhões no mercado nacional

O ano passado, a Ford Trucks Portugal vendeu 141 unidades e alcançou um volume de negócios de 21 milhões de euros. O modelo mais vendido foi o F-MAX Tractors.

Sinan Kayhan conta, em entrevista ao ECO, que Portugal é um “mercado muito importante e indicativo para a Ford Trucks” e que estão “muito satisfeitos” com o desempenho alcançado. “Apesar da pandemia, continuamos a aumentar a nossa quota de mercado e atingimos uma quota superior a 5% num período de tempo muito curto. Por isso, estamos muito confiantes com o nosso futuro em Portugal”, adianta o managing director Ford Trucks para a Península Ibérica.

A marca é representada a nível nacional pela OneShop que tem como líder o piloto de todo o terreno Bruno Oliveira. Para dar asas ao negócio e arrancar a operação em Portugal, a OneShop investiu no final de 2019, quatro milhões de euros e posteriormente mais dois milhões de euros para desenvolver a rede de concessionários de pós-venda da Ford Trucks em Portugal. A rede da Ford Trucks já tem pontos de assistência em Vilar do Pinheiro, Albergaria-a-Velha, Viseu, Meirinhas e Loulé.

Grupo norte-americano quer alargar oferta aos camiões elétricos

Os veículos elétricos são o futuro e a Ford Trucks quer competir neste mercado, à semelhança de outras marcas como a Renault. O managing director da Ford Trucks para a Península Ibérica acredita “firmemente que os camiões elétricos farão parte da gama de oferta das marcas, mais cedo do que o esperado”. Com esta certeza, a marca norte americana quer alargar a sua oferta a camiões elétricos.

“Com certeza, a Ford Trucks também irá oferecer, em breve, os camiões elétricos no mercado. O nosso investimento na fábrica de baterias trará vantagens sobre a concorrência“, conclui Sinan Kayhan.

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Haitong passa de prejuízo a lucro de 2,3 milhões no primeiro semestre

  • Lusa
  • 23 Agosto 2021

O Haitong Bank teve lucros de 2,3 milhões no primeiro semestre deste ano, o que compara com prejuízos de 11,7 milhões de euros no mesmo semestre de 2020.

O Haitong Bank teve lucros de 2,3 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que compara com prejuízos de 11,7 milhões de euros no mesmo semestre de 2020, divulgou esta segunda-feira o banco.

No relatório do primeiro semestre enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco informa ainda que o produto bancário cresceu 81% para 44 milhões no primeiro semestre.

Já os custos operacionais reduziram-se 7,5% para 29 milhões de euros no primeiro semestre de 2021.

O Haitong Bank vinca que os custos estão 26% abaixo dos custos antes da crise pandémica e acrescenta ainda que esta redução permitiu alcançar um resultado operacional de 15 milhões de euros (que compara com prejuízos de sete milhões de euros nos primeiros seis meses de 2020).

Em imparidades e provisões foram constituídos 9,0 milhões de euros, acima dos 4,0 milhões de euros do primeiro semestre do ano passado.

O crédito (bruto) era em junho de 577 milhões de euros, 72% mais do que os 335 milhões de euros do mesmo mês de 2020.

Já na qualidade dos ativos, o rácio de crédito malparado (NPL – non performing loans) ficou em 4,5% no primeiro semestre, acima dos 1,9% de dezembro de 2020. No relatório do primeiro semestre indica que a deterioração do crédito “resulta do aumento do crédito não produtivo na subsidiária do Brasil”.

Em junho, o Haitong Bank tinha 368 trabalhadores, mais seis do que em dezembro passado.

O Banco Espírito Santo Investimento (BESI) foi vendido em 2015 ao grupo chinês Haitong por 379 milhões de euros, dando origem ao Haitong Bank, que tem atualmente como presidente ) Lin Yong e como presidente executivo Wu Min. O banco tem operações em Portugal (193 trabalhadores), Brasil (80 trabalhadores), Polónia (51), Reino Unido (6) e Espanha (38), trabalhando áreas como financiamento estruturado, mercados de capitais, soluções de cobertura para empresas, assessoria em fusões e aquisições, trabalhando especialmente a relação com o mercado chinês.

O Haitong Bank faz parte do Haitong Securities, um dos maiores bancos de investimento e gestor de ativos da China. O Grupo Haitong está presente em 14 países na Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul.

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Procura por escritórios recua mais de 30% até junho, mas rendas não baixam

Pandemia está a colocar em pausa decisões de mudança ou expansão de escritório das empresas. Regresso às sedes é feito ao ritmo da situação sanitária do país. Modelos híbridos ganham expressão.

Com a pandemia a ditar o teletrabalho obrigatório em quase uma centena de concelhos no País, a procura de escritórios recuou mais de 30% até junho. Já as rendas prime não dão sinal de descida, numa altura em que muitas empresas preparam o regresso ao escritório em modelo híbrido. A procura deve acelerar na segunda metade do ano.

O ano até nem começou mal para o mercado de escritórios, com estimativas de crescimento para o primeiro trimestre. A pandemia trocou as voltas ao setor. A JLL estima uma quebra homóloga de 34% em Lisboa e de 66% no Porto até junho. “Os resultados em março foram animadores, mas isso explica-se pelo facto de oito das 14 operações concretizadas nesse mês terem sido operações de grande dimensão (com mais de 1.000 m2)”, diz Mariana Rosa, head of leasing markets advisory da JLL Portugal.

A Savills aponta quebras da mesma ordem de grandeza. “As perspetivas até março tinham sido mais positivas, mas no segundo trimestre o número de infetados aumentou e as empresas adotaram novamente uma postura cautelosa, revelando uma influência direta do ritmo da pandemia”, aponta Ana Redondo. A offices associate director da Savills mostra-se otimista para a segunda metade do ano. “Empresas e colaboradores estão ávidos de regressar aos seus espaços de trabalho e, nos últimos dois meses, os valores já conseguiram ultrapassar, ainda que de forma ligeira, os registados no ano 2020, deixando antever o início de uma trajetória de recuperação gradual.”

Um modelo de trabalho híbrido está já a ser considerado por algumas empresas e que surjam escritórios satélite, localizados em zonas periféricas, próximos de zonas residenciais, conectados com o escritório sede. O objetivo será proporcionar qualidade de vida aos colaboradores (poupança de tempo e custos) e proteção ambiental.

Ana Redondo

Office associate director da Savills

O mesmo acredita Mariana Rosa. “Temos expectativa que o mercado vai recuperar, pois sentimos que existe efetivamente procura e necessidade de espaço pelas empresas. Prova disso é que se continuam a realizar operações de pré-arrendamento”, diz. “A própria pandemia está a entrar numa nova fase, com as campanhas de vacinação em todo o mundo já muito avançadas, o que poderá reanimar bastante a procura internacional por escritórios em Lisboa e no Porto”, acrescenta.

Mesmo com a pandemia a levar as empresas a colocar em pausa os planos de regresso ao escritório ou até a decisão de mudar para novas instalações ou de expandir as atuais, Ana Redondo argumenta que “o regresso gradual dos trabalhadores aos espaços de escritórios, vital para a partilha de experiências e de conhecimento, irá conduzir a uma necessária remodelação dos mesmos, com maior ênfase no bem-estar e segurança dos trabalhadores.”

Acreditamos que um modelo de trabalho híbrido está já a ser considerado por algumas empresas e que surjam escritórios satélite, localizados em zonas periféricas, próximos de zonas residenciais, conectados com o escritório sede. O objetivo será proporcionar qualidade de vida aos colaboradores (poupança de tempo e custos) e proteção ambiental. Estima-se que 54% dos novos espaços de escritórios projetados para 2021 estejam já pré-arrendados”, aponta a office associate director da Savills.

Rendas prime estáveis

A CBRE também aponta para perspetivas “mais animadoras para o segundo semestre”. Depois de terem sido colocados 55.000 m2 em Lisboa até junho (-34%), a imobiliária estima que o “ano termine com uma ocupação bruta entre 120.000 e 130.000 m2.”

Já as rendas prime não dão sinal de mexer. “Apesar do abrandamento da atividade, é de destacar que a taxa de disponibilidade continua em níveis muito baixos, o que se tem refletido na manutenção das condições contratuais por parte dos proprietários, nomeadamente, o valor das rendas prime, que permaneceram estáveis em todas as zonas (25€/m2/mês no CBD1), antecipando até uma subida no corredor Oeste”, refere a CBRE.

Ana Redondo aponta esta estabilidade no valor das rendas a um mercado de escritórios resiliente. “Até ao final do ano, os valores de renda deverão permanecer estáveis, com a renda prime situada nos 25€/m2/mês”, aponta a responsável da Savills. E não há sinais que este status quo se altere. Pelo contrário. “Os efeitos positivos do processo de vacinação tendem a aliviar a pressão sobre os valores das rendas, pelo que tenderão a manter-se”, continua. “Os projetos em construção também ficarão imunes à pressão sobre os preços, devido à escassez de edifícios modernos e de qualidade no atual stock do mercado de escritórios em Lisboa aliada a uma procura cada vez mais internacional e concentrada em setores de atividade (ex: TMT’s & Utilities) que exigem inovação e modernidade nos seus espaços de escritórios.”

Apesar da estabilidade das rendas prime – a atingir os 25€/m2/mês no prime CBD e a variar entre os 20€/m2/mês e os 16€/m2/mês nas restantes zonas – Mariana Rosa admite que, neste momento, já “existe um esforço maior por parte dos proprietários em dar incentivos aos seus ocupantes (carências, comparticipação no fit out…) para atrair mais inquilinos para os seus edifícios”.

O que procuram as empresas?

Boas localizações, com várias opções de acesso, áreas amplas com espaços interiores flexíveis e fáceis de mudar fazem parte da lista de requisitos das empresas na procura de escritórios. “Os edifícios devem também incorporar uma política de sustentabilidade, se possível ter uma certificação e ambicionar uma pegada ecológica mínima”, descreve a head of leasing markets advisory da JLL Portugal.

A “maioria” da procura tem sido para áreas entre os 300 m2 e os 800 m2, diz, por seu turno, Ana Redondo. “Os escritórios não irão necessariamente reduzir a sua área, mas a distribuição terá de ser diferente e continuarão a ter um papel fundamental no reforço dos valores e cultura da empresa. A área dos postos de trabalho convencionais será convertida em espaços de maior estímulo à criatividade e à cooperação em grupo, onde os contatos informais serão valorizados”, considera.

Os escritórios deixaram de ser espaços de conveniência para serem espaços de experiência. Nisto, é de esperar que haja menos densidade ocupacional, mas se antigamente considerávamos o rácio de um colaborador por cada 10 m2, agora este rácio é de uma pessoa por cada 12-15 m2 , pois os espaços tem que incorporar zonas colaborativas e sociais.

Mariana Rosa

Head of leasing markets advisory da JLL Portugal

“No mercado já existe a preocupação de criar edifícios inclusivos, isto é, diversos nas formas de acessibilidade para as pessoas e veículos (bicicletas, motas, carros). Por inclusão entendem-se ainda edifícios com um programa de zonas comuns que promovam o bem-estar, a diversidade e integração através de amenities como sala de amamentação, balneários, salas para consultas médicas e primeiros socorros, salas de wellbeing (para massagens), WC neutras, zonas de playground, sala zen, sala polivalente para prática desportiva, etc.”, descreve Mariana Rosa.

Os escritórios deixaram de ser espaços de conveniência para serem espaços de experiência. Nisto, é de esperar que haja menos densidade ocupacional, mas se antigamente considerávamos o rácio de um colaborador por cada 10 m2, agora este rácio é de uma pessoa por cada 12-15 m2, pois os espaços têm que incorporar zonas colaborativas e sociais”, concretiza a responsável da JLL Portugal.

Regressar para que escritório?

Na hora de remodelar, o foco tem sido em criar espaços preparados para um modelo de trabalho mais colaborativo. É o caso da Nestlé. A decisão de investir 11 milhões de euros na remodelação da sede em Linda-a-Velha foi tomada ainda nem o mundo sonhava com a Covid-19, mas mais de um ano depois o ‘ninho’ ainda aguarda o regresso dos cerca de mil colaboradores da multinacional que têm na sede a sua base de trabalho. O regresso será faseado e em modelo híbrido.

Escritórios da Nestlé em Carnaxide - 15JUN21

“O edifício tem capacidade para aproximadamente mil pessoas, mas não temos mil secretárias – temos uma desk sharing à volta dos 30% – o que significa que se vier toda a gente no mesmo dia não vamos conseguir sentar todos. A ideia é precisamente esta: não vir todos os dias”, diz Maria do Rosário Vilhena. “Na Nestlé já estávamos muito focados no conceito de flexibilidade, as pessoas podem trabalhar a qualquer hora, a partir de qualquer lugar, desde que entreguem”, diz a diretora de recursos humanos. “Quisemos que o escritório fosse reposicionado nesse sentido, não para um espaço onde tenho a obrigação de ir todos os dias, mas onde vou porque a experiência é agradável e, sobretudo, porque potencia esta nova forma de estar e trabalhar.”

Na PHC Software – que investiu 12 milhões de euros, em parceria com o Tagus Park, na nova sede – o regresso ao escritório será num modelo híbrido. “É um modelo simples e altamente personalizado, em que existem dois dias de presença obrigatória no escritório para trabalho coletivo e criativo, sendo os restantes três dias flexíveis e personalizáveis e definidos à medida de cada função”, diz Ricardo Parreira, CEO da PHC Software.

“Os colaboradores têm direito a dois períodos full remote de 30 dias, podendo trabalhar nesse período a partir de qualquer lugar se assim o entenderem.” A decisão surge depois de ouvidos os colaboradores: “mais de nove em cada dez pessoas escolheu um modelo com presença no escritório”, revela o gestor. “O importante é que esse modelo não seja rígido ao ponto de estragar a experiência e foi isso que tivemos em conta: um modelo com a flexibilidade necessária para se adaptar a cada pessoa, cada equipa e cada função de forma a atingir o melhor desempenho e felicidade.”

O escritório está a deixar de ser apenas um local para executar tarefas e exercer o presentismo, para se transformar num fórum para a partilha de ideias e criatividade.

Duarte Aires

CEO da Vector Mais

“O escritório passará a ser um clube, um local onde os colaboradores têm orgulho de pertencer e onde desenvolvem as ideias mais brilhantes”, acredita Duarte Aires, CEO da Vector Mais. E dá como exemplo desta “nova filosofia” o projeto que a empresa, que desenvolve projetos de desenho e construção de espaços interiores, criou para a farmacêutica Novo Nordisk, na Quinta da Fonte. “Criámos um escritório em regime de hot desking, dividido em três zonas principais: uma informal, que promove os encontros casuais e a criatividade; uma de colaboração, onde uma equipa se pode reunir para desenvolver um projeto, e uma de foco, quando alguém pretende trabalhar e não ser interrompido. Tudo isto complementado por várias áreas lounge, phone booths, plantas e uma cafetaria repleta de luz natural”, descreve.

“O escritório está a deixar de ser apenas um local para executar tarefas e exercer o presentismo, para se transformar num fórum para a partilha de ideias e criatividade”, diz. Nem vão encolher. Serão sim, diferentes. “Sem lugares dedicados a cada trabalhador e com mais áreas de colaboração”, opção que “em muitos projetos, representa mais de 40% da área de ocupação total do escritório”, refere.

“Esta nova configuração vai permitir às empresas contratar mais pessoas sem terem a necessidade imediata de aumentar a área do escritório, porque as equipas vão estar num modelo de rotatividade natural, juntando-se nos momentos verdadeiramente essenciais.”

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Mais de 16 mil pessoas infetadas com Covid apesar de terem vacinação completa

  • Lusa
  • 23 Agosto 2021

Entre janeiro e 08 de agosto, mais de 16.600 pessoas com a vacinação completa contra a Covid-19 foram infetadas pelo vírus SARS-CoV-2, o que representa 0,3% do total de vacinados, diz a DGS.

Mais de 16.600 pessoas com a vacinação completa contra a Covid-19 foram infetadas pelo vírus SARS-CoV-2 desde janeiro, o que representa 0,3% do total de vacinados, anunciou esta segunda-feira a Direção-Geral da Saúde.

“Entre janeiro e 08 de agosto de 2021, foram identificados 16.671 casos de infeção em 5.467.487 pessoas com esquema vacinal completo contra a Covid-19 há mais de 14 dias”, o que significa que “apenas 0,3% das pessoas vacinadas contraíram o vírus SARS-CoV-2”, indicam os dados da DGS.

Segundo o departamento de Graça Freitas, entre os casos de infeção, registaram-se 115 em pessoas internadas com diagnóstico principal por Covid-19, a maioria com mais de 80 anos, e 50 com diagnóstico secundário.

“No mesmo período foram registados 168 óbitos em pessoas com esquema vacinal completo. Destes, 81% (134) tinham mais de 80 anos”, refere a DGS, ao salientar que, “independentemente da realização de mais estudos, a proteção oferecida pela vacina parece reduzir três vezes o risco de morte na população mais idosa”.

Os mesmos dados referem ainda que a “pequena proporção de pessoas não vacinadas” com idades mais avançadas é responsável por 40% dos óbitos, o que “reforça a proteção conferida pelas vacinas contra a doença grave e morte”.

Esta monitorização é efetuada pela DGS, pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), pela Administração Central do Sistema de Saúde e pela task force que coordena a vacinação contra a Covid-19.

Segundo os dados do ministério da saúde, até sábado, foram administradas cerca de 13,5 milhões de vacinas em Portugal, quase de 7,9 milhões referentes a primeiras doses e cerca de 5,6 milhões de segundas tomas.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.645 pessoas e foram contabilizados 1.020.546 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

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Dez distritos do continente em alerta na terça-feira devido ao risco de incêndio

  • Lusa
  • 23 Agosto 2021

Distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Guarda, Santarém, Vila Real e Viseu vão estar em situação de alerta na terça-feira, devido ao aumento do risco de incêndios,

Dez distritos do continente vão estar em situação de alerta na terça-feira, devido às previsões meteorológicas que apontam para um aumento do risco de incêndios, determinou esta segunda-feira o Governo.

Num comunicado divulgado pelo Ministério da Administração Interna afirma-se que a Declaração da Situação de Alerta, durante as 24 horas de terça-feira, abrange os distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Guarda, Santarém, Vila Real e Viseu.

A declaração do Governo surge na sequência de a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil ter determinado o estado de Alerta Especial de Nível Laranja (o segundo mais grave) para os distritos referidos.

“Esta Declaração decorre da necessidade de adotar medidas preventivas e especiais de reação face ao risco de incêndio” previsto pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) “em muitos dos concelhos do continente nos próximos dias”, diz-se no comunicado.

A Declaração de Situação de Alerta é determinada pelos ministérios da Defesa, Administração Interna, Ambiente e Agricultura.

No âmbito da situação de alerta, relembra o Governo no comunicado, são implementadas medidas excecionais como a proibição do acesso, circulação e permanência no interior de espaços florestais previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

A mesma proibição aplica-se a caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem.

É também proibido fazer queimadas e queimas de sobrantes, fazer trabalhos em espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, e usar em espaços rurais ferramentas como motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.

É ainda totalmente proibido usar “fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão”, diz-se no comunicado, no qual se acrescenta que estão suspensas autorizações que tenham sido emitidas nos distritos declarados pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil como em maior risco de incêndio.

No comunicado o Governo lembra também que as proibições não se aplicam a trabalhos como os relacionados com animais e agricultura, desde que essenciais e não em zonas de floresta, tirar cortiça (manualmente) ou mel (sem métodos de fumigação por material incandescente), ou construção civil não adiável.

A declaração da situação de alerta implica, por exemplo, a elevação do grau de prontidão e resposta operacional da GNR e PSP, com reforço dos meios para operações de vigilância e outras, podendo ser interrompidas férias e folgas.

Implica também o aumento do grau de prontidão e mobilização de equipas de emergência médica, saúde pública e apoio psicossocial, ou a mobilização em permanência das equipas de Sapadores Florestais, do Corpo Nacional de Agentes Florestais e dos Vigilantes da Natureza.

Aumentam também as ações de patrulhamento e fiscalização aérea, e os trabalhadores que sejam ao mesmo tempo bombeiros voluntários podem ser dispensados do serviço ou ter faltas justificadas.

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Em vez de deslizar, Instagram vai ter sticker para ligações nas histórias

A funcionalidade que permitia colocar um link nas histórias do Instagram não era acessível a todos os utilizadores. Agora, estará disponível como um sticker.

O gesto para abrir uma ligação nas histórias do Instagram vai mudar. A partir de 30 de agosto, os utilizadores da plataforma detida pelo Facebook não vão ter de deslizar para cima no ecrã para aceder a um link, mas sim clicar num sticker.

A mudança começou a ser testada num grupo pequeno de utilizadores em junho e irá avançar no final deste mês, segundo a 9to5Mac (acesso livre, conteúdo em inglês), publicação digital de notícias especializada em Apple.

Alguns utilizadores já começaram a receber a mensagem que indica que os links por “swipe up“, ou seja, o movimento de deslizar para cima, vão desaparecer. “Para adicionar um link à story, utiliza o novo sticker“, indica o Instagram na mensagem.

De recordar que a ferramenta de colocar uma ligação emswipe up” não era acessível a todos, sendo limitada aos utilizadores com mais de 10 mil seguidores ou verificados. Agora, a funcionalidade (em sticker) deverá passar a estar disponível para todos. Com a mudança, vai também passar a ser possível responder a uma história com uma ligação, algo que estava indisponível, segundo indicava o The Verge, em junho.

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Tripulante da Ryanair denuncia surto Covid-19 na base do Porto, empresa confirma casos

  • Lusa
  • 23 Agosto 2021

“Há um pequeno número tripulação de cabina baseada no Porto que está atualmente fora da escala após o teste positivo à covid-19”, confirma a empresa.

Um tripulante da companhia aérea Ryanair, em isolamento profilático à covid-19, denunciou esta segunda-feira que há um foco da doença na base do Porto, lamentando que a empresa não obrigue a testar tripulantes antes de cada voo.

“Neste momento tenho conhecimento de sete casos confirmados de covid-19 na base do Porto da Ryanair. Poderão estar muitos mais tripulantes, mas como a Ryanair não exige a realização de testes antes de cada voo não há forma de saber e de controlar a doença”, denuncia o tripulante da Ryanair, que pede anonimato por medo de represálias.

Segundo o tripulante de cabine, alguns dos casos de colegas com covid-19 foram descobertos porque as pessoas “foram forçadas” a fazer o teste.

Tenho conhecimento de várias situações de falsas informações prestadas às autoridades por parte dos trabalhadores, não por parte da Ryanair. Tanto quanto sei, ninguém se identifica como trabalhador da Ryanair, nem que são hospedeiros a trabalhar a bordo das aeronaves”, disse.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da Ryanair confirmou que “há um pequeno número tripulação de cabina baseada no Porto que está atualmente fora da escala após o teste positivo à covid-19”.

“A Ryanair cooperou totalmente com a autoridade de saúde local e qualquer tripulação considerada com contacto próximo de casos confirmados foi imediatamente removida da lista das escalas em total conformidade com as diretrizes da autoridade de saúde local”, acrescenta a Ryanair, numa resposta por escrito.

O tripulante denunciante conta que está a cumprir o isolamento até 31 de agosto, porque esteve em contacto com uma assistente de bordo que testou positivo em meados de agosto e com quem trabalhou.

“Só no dia em que trabalhámos juntos contactámos com 689 passageiros”, recorda o hospedeiro preocupado com as pessoas que viajaram na companhia aérea.

O tripulante revela ainda que fez a denúncia, por via telefónica, à PSP no dia 21 de agosto, sábado passado, pelas 20:49.

“Fiz uma denúncia de quebra de isolamento” contra tripulantes que contactaram com a tal colega que testou positivo e que quebraram o isolamento, saindo do apartamento no domingo passado, dia 22, para ir passear durante mais de quatro horas, quando deveriam estar isolados.

A “PSP não se deslocou ao apartamento”, lamenta o denunciante.

O tripulante apela à empresa Ryanair para que exija testes aos seus trabalhadores antes de cada voo para prevenir casos de tripulantes que tenham estado em contacto com colegas positivos à covid-19.

A Lusa tentou saber se a Ryanair exige testes aos tripulantes antes de cada voo, mas não foi possível saber até ao momento.

Fonte oficial da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) indicou à Lusa que “consultado o Departamento de Saúde Pública, informa que não tem conhecimento da informação em apreço”, sobre o alegado foco de doença covid-19 na base do Porto da Ryanair com sete casos confirmados.

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Pfizer e BioNTech disparam em Wall Street após aprovação final da vacina contra a Covid nos EUA

A vacina da BioNTech/Pfizer já tem aprovação final da Food and Drug Administration (FDA). As empresas valorizam na bolsa de Nova Iorque.

As autoridades de saúde norte-americanas já deram a aprovação final à vacina desenvolvida pelo consórcio BioNTech e Pfizer contra a Covid-19. A decisão levou a uma valorização nas ações das empresas a negociar em Wall Street. Enquanto a Pfizer regista subidas de quase 3%, a BioNTech dispara 10%.

Esta vacina, que tem a designação comercial Comirnaty, já tem sido administrada nos últimos meses a cidadãos em todo o mundo, nomeadamente na União Europeia, sendo que foi primeira vacina a ser aprovada pelo regulador europeu.

Já a reguladora dos EUA, a Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês), anunciou esta segunda-feira que tinha dado assim uma “luz verde” incondicional à vacina da Pfizer, desde que administrada sob as condições definidas, nomeadamente a política de duas doses espaçadas por algumas semanas.

Neste contexto, as ações da farmacêutica norte-americana Pfizer somam 2,89% para os 50,13 dólares, na bolsa de Nova Iorque. Isto depois de a cotada já ter registado uma valorização de 44,47% num ano, segundo os cálculos do El Confidencial (acesso livre, conteúdo em espanhol).

a alemã BioNTech avança 10,54% para os 385,42 dólares. A valorização das ações da empresa de biotecnologia foi de cerca de 570%, sendo que, em agosto de 2020, os títulos valiam 57,50 dólares.

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Nenhuma farmacêutica pediu autorização para dose de reforço da vacina contra a Covid, diz EMA

  • Lusa
  • 23 Agosto 2021

Regulador europeu garante que "nenhuma farmacêutica solicitou à Agência Europeia do Medicamento autorização para uma dose de reforço das vacinas contra a Covid-19".

Nenhuma farmacêutica solicitou à Agência Europeia do Medicamento (EMA) autorização para uma dose de reforço das vacinas contra a Covid-19, afirmou esta segunda-feira o regulador europeu, que ainda não decidiu “se e quando” será necessária esta dose suplementar.

“Nesta fase, ainda não foi determinado se e quando será necessária uma dose de reforço para as vacinas Covid-19”, adiantou a EMA à Lusa, ao avançar que está a analisar “dados emergentes” que permitam fazer recomendações aos países da União Europeia (UE) sobre os respetivos planos de vacinação.

“Além disso, são esperados nas próximas semanas mais dados das empresas que comercializam as vacinas e a EMA estará a rever as informações do produto com base nisso. No entanto, nenhuma empresa apresentou ainda um pedido à EMA para autorizar uma dose de reforço”, assegurou a mesma fonte.

Depois de adiantar que a agência está “ciente de que vários Estados-membros da UE estão a considerar a administração de doses de reforço a certas populações”, o regulador europeu reiterou que as “decisões sobre como as vacinas devem ser administradas continuam a ser prerrogativas dos órgãos de especialistas que orientam a campanha de vacinação” em cada país.

Para esta análise de âmbito nacional, entram fatores como a propagação do vírus SARS-CoV-2, incluindo as variantes de preocupação, a disponibilidade de vacinas e capacidade do sistema de saúde do país, adiantou a EMA.

“Caso sejam necessárias doses de reforço, a EMA e o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) já estão a trabalhar em conjunto e com grupos consultivos técnicos de imunização, que são especialistas nacionais que aconselham sobre programas de vacinação”, referiu ainda a agência.

De acordo com a EMA, os dados de eficácia do “mundo real” registados na Europa e noutras partes do mundo são de “particular interesse” para complementar os dados de ensaios clínicos que analisam a necessidade de eventuais doses de reforço da vacina.

De acordo com a mesma fonte, a EMA está ainda a trabalhar em coordenação com as farmacêuticas produtoras de vacinas, o que “deve garantir que as etapas regulatórias para permitir a possibilidade de usar uma dose de reforço possam ser realizadas o mais rápido possível, caso seja necessário”.

Na sexta-feira, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Viera da Silva, remeteu para a Direção-Geral da Saúde uma decisão sobre uma terceira dose das vacinas contra a Covid-19 e ressalvou que é necessário esperar pela posição da autoridade europeia.

A ministra assinalou que “nem sequer a Autoridade Europeia do Medicamento tem uma posição sobre essa matéria”.

“Aguardemos essa posição da entidade europeia e depois da Direção-Geral da Saúde para sabermos também em que termos é que ela se pode realizar“, afirmou a primeira-ministra em exercício na ocasião.

Em Portugal, todas as vacinas contra a Covid-19 são de duas doses, com exceção da Janssen, que é de toma única, e que está recomendada para ser administrada em homens a partir dos 18 anos e em mulheres com idade igual ou superior a 50 anos.

Israel começou já começou a administrar a terceira dose da vacina contra a covid-19 em determinadas faixas etárias, e os Estados Unidos e a França já anunciaram que pretendem avançar com esse reforço em setembro.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.645 pessoas e foram contabilizados 1.020.546 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

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