Vacina da AstraZeneca chega a Portugal no dia 9 de fevereiro

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2021

“Chegarão cerca de 113 mil doses, salvo erro, no dia 9 de fevereiro”, avançou o coordenador da taskeforce responsável pelo plano de vacinação.

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca chega a Portugal na segunda semana de fevereiro, revelou este sábado o coordenador da taskforce responsável pelo plano de vacinação, Francisco Ramos.

“Chegarão cerca de 113 mil doses, salvo erro, no dia 9 de fevereiro”, adiantou à SIC Notícias o coordenador da taskforce sobre a mais recente vacina a ser autorizada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) para a sua introdução no mercado e administração a todas as pessoas com mais de 18 anos, decisão tomada na sexta-feira.

Paralelamente, Francisco Ramos referiu que está prevista a chegada este domingo de mais 10.800 doses da Moderna e cerca de 80 mil da vacina da Pfizer/BioNTech segunda-feira, manifestando ainda a expectativa da autorização da vacina da Janssen pela EMA no mês de março, contribuindo para o reforço do ritmo de vacinação no país durante o segundo trimestre.

Questionado sobre a polémica em torno de alguns episódios de vacinação de pessoas que não estariam entre os grupos prioritários desta primeira fase, como terá ocorrido na delegação do Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e na Segurança Social de Setúbal, o responsável pelo processo de vacinação contra a Covid-19 considerou-a “lamentável”, mas demarcou a taskforce desses casos.

Não procuro ter conhecimento dessas situações. Não me parece que seja competência nem preocupação da taskforce andar à procura de quem faz batota. Outras entidades terão de atuar”, sublinhou, acrescentando: “O que foi feito esta semana foi solicitar à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde que promovesse auditorias no sentido de averiguar sobre o cumprimento das regras e desses critérios”.

Sem deixar de salientar que a vacinação nos lares de idosos está perto da sua conclusão, estimando “cerca de 30.000 pessoas” ainda por vacinar nestes estabelecimentos, devido à existência de surtos, Francisco Ramos vincou também que foi pedida ajuda a outras entidades para chegar também a lares ilegais.

“Há apenas alguns lares ilegais em que ainda não foi possível estabelecer o contacto. Ainda ontem, sexta-feira, foi pedida a colaboração da Segurança Social e da Proteção Civil para as unidades de saúde conseguirem chegar a esses lares e estabelecerem contactos com os seus responsáveis”, observou.

Portugal registou este sábado 293 mortes relacionadas com a Covid-19 e 12.435 casos de infecção por SARS-CoV-2, atingindo, assim, as 5000 mortes só no mês de janeiro, segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

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Reino Unido vai pedir adesão ao acordo de comércio livre transpacífico

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2021

Em causa está o tratado de comércio livre que reúne 11 países da zona do Pacífico, incluindo Austrália, Canadá, Chile, Japão, México e Vietname.

O Reino Unido vai pedir a adesão ao acordo de comércio livre transpacífico, a parceria transpacífica global e progressista (CPTPP), anunciou no sábado em comunicado o Ministério do Comércio Internacional britânico.

A ministra do Comércio Internacional, Liz Truss, vai solicitar oficialmente, na segunda-feira, a adesão do Reino Unido a esta tratado de comércio livre que reúne 11 países da zona do Pacífico, incluindo Austrália, Canadá, Chile, Japão, México e Vietname. As negociações entre Londres e os parceiros do CPTPP deverão iniciar-se ainda em 2021, precisou o Ministério.

Um ano após a saída de Londres da União Europeia, o Governo está a forjar “novas parcerias que vão fornecer enormes vantagens económicas ao povo do Reino Unido”, reagiu o primeiro-ministro britânico, Boris Jonhson.

“O pedido para sermos o primeiro novo país a juntar-se ao CPTPP prova a nossa ambição de promover negócios nas melhores condições com os nossos amigos e parceiros em todo o mundo e de sermos um fervoroso apoiante do comércio livre mundial”, acrescentou.

A adesão ao tratado oficial fornecerá “enormes ocasiões”, assegurou, por sua vez, Liz Truss, “e significará direitos alfandegários mais baixos para os construtores de automóveis e os produtores de whisky e um melhor acesso para os excelentes fornecedores de serviços [britânicos], fomentando empregos de qualidade e uma maior prosperidade para as pessoas aqui”.

A CPTPP foi anunciada em finais de 2018 para suprimir as barreiras comerciais entre os 11 países que integram a parceria e representam cerca de 500 milhões de consumidores na região Ásia-Pacífico. Um dos objetivos consiste também em contrariar a crescente influência económica da China.

Esta parceria transpacífica global e progressista (CPTPP) constitui a nova versão do pacto de comércio livre transpacífico (TPP), abandonado pelo ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

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Biden avança com proposta para duplicar o salário mínimo nos Estados Unidos

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2021

O setor da restauração, que tem sido muito prejudicado pela pandemia de coronavírus, não vê com bons olhos esta proposta e já avisou que haverá perdas de emprego.

A proposta ambiciosa do novo presidente norte-americano Joe Biden de duplicar o salário mínimo para tirar milhões de norte-americanos da pobreza já está na mesa dos legisladores, segundo a agência France Presse (AFP).

Esta medida pode revelar-se uma revolução social para os mais pobres dos Estados Unidos, adianta a agência de notícias francesa. “Mesmo antes da pandemia, o salário mínimo federal de 7,25 dólares [cerca de seis euros] por hora era economicamente e moralmente indefensável”, afirmou o democrata do Estado da Virgínia Bobby Scott, na apresentação do projeto de lei.

Embora muito popular entre a população – mesmo nas fileiras dos apoiantes republicanos – e apoiada há mais de uma década pelos sindicatos, a iniciativa esbarrou na oposição dos republicanos pressionada por lobbies de empresas que recusam custos adicionais.

“Este não é um ideal radical”, defende Bernie Sanders, um antigo candidato presidencial progressista que qualificou os 7,25 dólares por hora de “salário de fome”. “No país mais rico do mundo, quando se trabalha 40 horas por semana, não se deve viver na pobreza“, defende o senador do Vermont, que vai apresentar a proposta e espera convencer os céticos.

A crise económica causada pela pandemia afeta principalmente as pequenas empresas, especialmente o setor da restauração, que não vê com bons olhos esta proposta incluída no gigantesco plano de resgate de 1.900 mil milhões de euros (cerca de 1,6 mil milhões de euros).

O vice-presidente da Federação Nacional de Restaurantes, Sean Kennedy, saudou a proposta, até porque entende a obrigação de pagar esse salário mínimo integralmente, independentemente das gorjetas impostas aos clientes. Isso permite que os patrões paguem aos empregados apenas dois ou três dólares quando essas famosas “gorjetas” preenchem a lacuna com os 7,25 dólares, refere a AFP.

Contudo, esta medida “terá custos insuperáveis” para muitos estabelecimentos que não terão outra escolha a não ser dispensar funcionários ou fechar definitivamente as portas, prevê Kennedy.

Para a nova secretária do Tesouro, Janet Yellen, “o aumento do salário mínimo vai tirar dezenas de milhões de americanos da pobreza, ao mesmo tempo que cria oportunidades para inúmeras pequenas empresas em todo o país”. Tudo depende de como será implementado, argumentou Janet Yellen, observando que um aumento gradual – 15 dólares até 2025 – daria “tempo suficiente para se adaptarem”.

Mas o Governo Biden destaca o círculo virtuoso: pagar aos que têm salários mais baixos geraria milhões de dólares em gastos adicionais do consumidor em bens e serviços prestados por pequenas empresas.

Em 2019, 1,6 milhões de trabalhadores foram pagos com um salário igual ou inferior ao mínimo federal, ou seja, 1,9% de todos os trabalhadores pagos à hora, de acordo com o Gabinete de Estatísticas.

Uma taxa horária de 15 dólares até 2025 aumentaria os salários de 27,3 milhões de pessoas e retiraria 1,3 milhões de famílias da pobreza, estimou o Gabinete de Orçamento do Congresso. Mas estima também estima que possa resultar na perda de 1,3 milhões de postos de trabalho.

Para Gregory Daco, economista-chefe da Oxford Economics, além do impacto potencial, a proposta ilustra a mudança social que Joe Biden queria. “Isto confirma o desejo de uma administração de se concentrar mais nas desigualdades sociais e raciais que levaram a altas tensões no ano passado“, defende Gregory Daco.

A proposta será difícil de aprovar, mesmo que os democratas dominem ambas as câmaras. Bernie Sanders já mencionou o uso de um dispositivo para aprovar a lei por maioria simples.

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China erradica pobreza extrema nas vésperas do centenário do Partido Comunista

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2021

Com o aproximar do seu centésimo aniversário, em julho de 2021, o Partido Comunista Chinês está a trabalhar em garantir prosperidade para todos.

No interior da região de Guangxi, sudoeste da China, blocos de apartamentos, autoestradas, fábricas ou cooperativas agrícolas erguem-se onde outrora o isolamento e êxodo dos mais jovens ditavam a pobreza extrema de milhões de camponeses.

“Agora, tenho uma fábrica perto de minha casa”, diz Wang Xiaoyuan, operária fabril, de 32 anos, residente na prefeitura de Fangchenggang, no extremo sul da província.

O emprego na fábrica de têxteis, onde o som acompassado das máquinas atesta a monotonia do trabalho de tecelagem, paga o equivalente a 380 euros por mês, mas Wang, que passou a maior parte da juventude a cerca de 2.000 quilómetros de casa, está “satisfeita”. “Depois do trabalho, posso voltar a casa e cuidar dos meus filhos“, descreve à agência Lusa.

Longe do espetacular desenvolvimento económico que se formou no litoral da China, com mega metrópoles e uma classe média composta por mais de 500 milhões de pessoas, o interior do país asiático permaneceu sobretudo pobre.

Porém, com o aproximar do seu centésimo aniversário, em julho de 2021, o Partido Comunista Chinês (PCC) acorreu a cumprir com um dos principais desígnios da sua fundação: garantir prosperidade para todos, num país historicamente de grandes desigualdades sociais.

Residentes rurais idosos receberam doações em dinheiro e o Governo lançou esquemas para fomentar a criação de emprego para quem dependia da agricultura de subsistência, incluindo através da formação de cooperativas agrícolas ou da abertura de fábricas.

“Certamente não falharemos, apenas o sucesso é possível”, assegura Zhang Zhenguo, vice-secretário do PCC em Fangchenggang, à Lusa. “Os funcionários do Partido Comunista têm de concluir a política delineada pelo Comité Central”, aponta.

Na vila de Xingren, no norte de Guangxi, bancos agrícolas detidos pelo Estado concederam às famílias locais empréstimos isentos de juros, até ao equivalente a sete mil euros, para impulsionar a abertura de negócios.

“Uma das medidas consiste em disponibilizar empréstimos a famílias pobres, para que desenvolvam as suas indústrias”, explica à Lusa Li Xiang, secretário local do PCC e um de milhares de quadros do Partido enviados para áreas remotas do país. “Algumas [famílias] investem na criação de porcos, gado ou bicho-da-seda, ou no cultivo da amora silvestre”, descreve.

Ao fim da tarde, no inverno ameno de Guangxi, as ruas dos bairros, recentemente construídos entre as formações cársticas típicas da região, enchem-se de crianças. Os mais velhos jogam cartas nos espaços comuns.

Segundo dados oficiais, Pequim gastou o equivalente a mais de 77 mil milhões de euros, entre 2016 e 2020, para eliminar a pobreza extrema. Críticos dizem que os programas de redução da pobreza na China dependem fortemente de financiamento público, levantando questões sobre a sua sustentabilidade a longo prazo.

Mas Liu Yuanju, investigador no Instituto de Direito e Finanças de Xangai, argumenta que a campanha adotou uma “abordagem orientada para o mercado”, recorrendo ao comércio eletrónico para escoar a produção das áreas rurais. “Os empréstimos servem para apoiar a produção, não são apenas uma oferta, mas antes um incentivo ao desenvolvimento das indústrias e empresas locais“, diz à Lusa. “Através das plataformas de comércio eletrónico é possível conectar a produção de áreas remotas com os consumidores das grandes cidades de forma muito eficiente”, sintetiza.

O país asiático continua a registar grandes desigualdades sociais, que foram agravadas pela pandemia da Covid-19. Em 2020, o consumo na China caiu 5%, mas as compras de produtos de luxo subiram quase 50%, face ao ano anterior.

A China tem também mais bilionários do que os Estados Unidos e a Índia juntos. No entanto, cerca de 600 milhões de pessoas ganham o equivalente a 120 euros ou menos, segundo dados do Governo chinês.

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Senhorios que não passam recibos têm até hoje para entregar declaração anual de rendas

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2021

Os senhorios que não emitem recibos de renda por via eletrónica têm de passar uma declaração anual até ao último dia de janeiro do ano seguinte. Prazo termina este domingo.

Os senhorios dispensados de passar recibos eletrónicos aos inquilinos têm até este domingo para entregar à administração fiscal a declaração anual de rendas, podendo ainda fazê-lo através do Portal das Finanças.

Desde 2015 que os senhorios estão obrigados a emitir os recibos de renda por via eletrónica, mas há situações em que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) permite que o volume de rendas recebidas durante o ano seja comunicado através de uma declaração anual (conhecida por Modelo 44), tendo esta obrigação de ser cumprida até ao final do mês de janeiro do ano seguinte a que respeitas os rendimentos em causa.

De acordo com a legislação em vigor, aquela dispensa aplica-se aos senhorios com idade igual ou superior a 65 anos a 31 de dezembro de 2020, que não estejam obrigados a ter caixa postal eletrónica ou ainda que tenham recibo rendas de valor inferior a 2 Indexantes de apoios Sociais (877,62 euros).

A entrega da declaração anual de rendas pode ser feita por via eletrónica, através do Portal das Finanças, ou em papel, numa repartição, sendo que quem opte por esta segunda via terá de proceder ao agendamento prévio do atendimento.

Da declaração devem constar as rendas, bem como rendimentos recebidos a título de caução ou de adiantamento.

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BE quer salários a 100% para pais que fiquem em casa com filhos mais pequenos

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2021

Bloco de Esquerda quer que apoio à família garanta não dois terços dos salários aos pais, mas 100% dessas remunerações e que abranja também quem está em teletrabalho.

O Bloco de Esquerda (BE) vai propor, no Parlamento, o apoio a 100% dos salários de quem fica em casa com os filhos mais pequenos, mesmo que estejam em teletrabalho, durante a crise pandémica, foi anunciado este sábado.

A proposta saiu da reunião da Mesa Nacional do BE, reunida este sábado, por videoconferência, para fazer uma análise dos resultados das eleições presidenciais de 24 de janeiro, em que Marisa Matias, a candidata apoiada pelos bloquistas, “ficou aquém” dos resultados que esperava.

Na conferência de imprensa, a coordenadora do BE, Catarina Martins, anunciou que o partido vai propor a apreciação parlamentar do último decreto com medidas para conter a crise social e económica causada pela pandemia de modo a mudar a lei no Parlamento e reforçar o apoio às populações.

E num momento em que se admite o prolongamento do ensino à distância, e o encerramento das escolas, “não é possível pedir às famílias que fiquem em casa quando isso sujeita um adulto ao corte de um terço do seu salário”, disse Catarina Martins. “É urgente reforçar o apoio aos pais e às mães de crianças até aos 12 anos, que tem que ser a 100%”, insistiu a líder bloquista.

“Esse passo já foi dado no lay-off“, mas, “numa crise prolongada” como a que se prevê, é preciso que “os pais que ficam em casa com os seus filhos tenham o apoio a 100%”.

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Marcas passam cheques para vender elétricos. E até dão carregamentos

Vendas de carros elétricos estão a resistir à pandemia. Mais modelos, com mais autonomia e mais baratos ajudam a explicar o aumento das vendas. E as marcas apostam em "borlas" para manter a tendência.

Os automóveis elétricos estão a conquistar as estradas portuguesas. São ainda poucos, mas têm vindo a ganhar quota no mercado nacional, reflexo não só da crescente oferta de modelos pelas mais variadas marcas, mas também dos incentivos à adoção desta nova forma de mobilidade. Aos “cheques” do Estado para comprar estes veículos, que ainda não estão disponíveis este ano, juntam-se os das fabricantes. E as “borlas” chegam até ao pagamento da conta da luz.

Num ano em que a indústria automóvel sofreu de forma expressiva com a pandemia, o mercado dos elétricos continuou a crescer. Enquanto a venda de ligeiros de passageiros como um todo apresentou uma quebra de 33,9% face ao ano anterior, a comercialização de ligeiros de passageiros 100% elétricos subiu 13,8%. Chegaram às estradas nacionais mais 7.830 veículos que, em vez de gasolina ou gasóleo, usam apenas eletricidade para se moverem.

É uma tendência que vem de trás, explicada em parte pela crescente oferta destes veículos totalmente elétricos, bem como pelo surgimento no mercado de modelos com maior autonomia. É cada vez mais comum um automóvel elétrico, mesmo dos mais pequenos, oferecer até 300 quilómetros com apenas uma carga.

Outro fator que explica o apetite por estes automóveis tem sido o surgimento de modelos um pouco mais baratos, em torno dos 20 mil a 30 mil euros, a que se juntam os “cheques” do Estado. O Fundo Ambiental tem atribuído incentivos à compra destes veículos — concedeu 700 apoios de 3.000 euros a particulares e 668 a empresas –, preparando-se este ano para fazer o mesmo.

Exemplo de um apoio à compra de elétricos da marca Nissan.

O valor dos “cheques” do Estado será o mesmo este ano, mas ainda não estão abertas as candidaturas. Enquanto não há esse apoio, há muitos outros, mas criados pelas próprias marcas. Um dos mais apelativos é o da Nissan que, diz a marca, “triplica o incentivo do Governo”. Ou seja, em vez dos 3.000 euros, os consumidores obtêm um desconto três vezes mais expressivo.

No site da Nissan é apresentada uma redução de “até 10.000 euros” no valor do modelo Leaf, que, assim, fica disponível por valores a partir dos 26.830 euros. É um “PVP promocional para particulares em Portugal Continental incluindo incentivo do Governo, envolvendo financiamento RCI Banque”, refere a marca, que oferece também uma Wallbox [carregador] de 74 KW para instalar na casa do cliente.

É a oferta mais “choruda”, mas há outras que prometem descontos até aos 6.000 euros. É o caso da Opel. A fabricante alemã oferece um “desconto de 6.000 euros, válido para o modelo Corsa-e (desconto apresentado inclui 3.000 euros de incentivo do Estado à compra de veículos de baixas emissões)”, a que se soma o programa Opel EcoTrade, que “implica a entrega para abate de um veículo”.

Exemplo de apoio à compra da marca Honda.

Nestes “incentivos”, nota também para o da Honda, que se prepara para lançar no mercado nacional o primeiro modelo 100% elétrico, o Honda e. “Agora com incentivo até 4.750 euros”, lê-se no site da fabricante nipónica. Este novo modelo está disponível por valores a partir dos 36.000 euros.

No caso da Hyundai, “o seu carro vale até mais 4.000 euros na compra de um elétrico” da marca, indica a empresa, enquanto a Peugeot apresenta descontos diferenciados consoante os modelos. Chegam aos 3.500 euros nos casos do e-208 e e-2008, baixando para 3.000 ou 2.500 euros no caso de modelos híbridos da marca. A Jeep, por seu lado, apresenta descontos até 6.000 euros para os seus modelos híbridos, valor que implica a entrega de uma retoma.

Até há quem pague a conta da luz

Tudo o que sejam apoios que possam reduzir a fatura pesada da compra de um automóvel — nomeadamente de um elétrico, tendencialmente mais caro — acaba por atrair mais condutores. Daí este esforço das várias marcas, muitas vezes apoiando-se no incentivo oferecido pelo Governo através do Fundo Ambiental. Mas há outras formas ajudar a aliviar os encargos.

Algumas marcas põem em cima da mesa ofertas que tornam mais em conta a utilização do carro elétrico em si. É o que acontece, por exemplo, com a Renault ou a Kia, de acordo com uma pesquisa realizada pelo ECO.

“A GalpElectric e a Renault juntaram-se na criação de vantagens exclusivas para si no cartão GalpElectric”, uma parceria que oferece “descontos bonificados sobre o seu termo de energia”, diz a marca. E esses descontos vão desde 10% sobre a energia até ao “Plano Casa + Mobilidade elétrica”, que lhe permite ter acesso a “20% de desconto na eletricidade sobre o período noturno (vazio) para carregar o seu carro em casa”.

A Kia oferece aos clientes o cartão GOElectric que tem “vantagens exclusivas e o acesso a mais de 1.000 postos de carregamento espalhados pelo país”. Na compra de modelos Kia híbridos plug-in e 100% elétricos, a marca dá seis meses de eletricidade, sendo esta oferta limitada a energia equivalente a 2.500 quilómetros.

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Um Gran Coupé em ponto “pequeno”

Depois do 8, 6 e do 4, também o 2 recebeu um Gran Coupé. Um modelo com rasgos de desportivo capaz de fazer as delícias de quem procura um automóvel que lhe oferece aquele prazer de condução.

Os SUV são as estrelas nas vendas no mercado nacional. Há muitos (cada vez mais), de todos os tamanhos e feitios. As carrinhas perderam, por isso mesmo, o fôlego de outrora. E as berlinas? Têm o seu espaço, mas a moda é a dos coupé. E a BMW está atenta. Prova disso é que a família Gran Coupé da marca da Baviera não pára de crescer.

Há muito que nos habituámos a ver o Série 4 Gran Coupé nas estradas, ou mesmo o Série 6, e menos o topo de gama, o Série 8 Gran Coupé. Agora, a BMW resolveu aplicar a fórmula de sucesso mas em formato mais reduzido. Nasceu assim o Série 2 Gran Coupé. A partir do Série 1, “nasce” uma carroçaria mais longa, mais achatada, que culmina numa traseira onde sobressaem os enormes, embora esguios, farolins. E aquele lip na mala, que cria a ilusão de um aileron.

O resultado deste desenho é bastante atrativo. Estamos perante um automóvel para o dia a dia, mas pensado naqueles que não querem “desaparecer” no meio do trânsito. O 2 Gran Coupé faz questão de se mostrar, sendo capaz de roubar alguns olhares menos indiscretos. Alguns porque não conheciam, outros porque o queriam (ou querem) ter.

Espírito desportivo

O look é tudo neste Coupé de pequenas dimensões. E com o Pack M, o BMW ganha ainda mais argumentos. Um pára-choques dianteiro com enormes entradas de ar, que lhe conferem um ar mais agressivo, difusores proeminentes no traseiro, com as jantes específicas desta versão a merecerem o maior destaque. Este lado mais racing não acaba no exterior, sendo percetível assim que acedemos ao interior através das portas sem moldura para os vidros.

Os bancos dianteiros envolvem os ocupantes, quase que os encaixando dentro do 2. As quase backets da frente contrastam com o assento mais tradicional da traseira onde há espaço para três adultos, mas aqueles que têm alguns centímetros a mais podem sentir algum aperto ou mesmo dar algumas cabeçadas. Mas, pelo menos, podem levar muita bagagem nos 430 litros da mala.

Todo o 2 está montado a pensar em quem assume os comandos, a começar pela qualidade do próprio volante de três raios, passando pela posição de condução e toda a tecnologia ao seu redor. Desde o ecrã com toda a informação para a condução até ao ecrã de grandes dimensões embutido no tabliê, o mesmo que se encontra no Série 1. O sistema de infoentretenimento é completo e fácil de usar, sem serem necessárias grandes leituras do manual de instruções.

Prazer de condução

Melhor que ficar a apreciar é mesmo conduzir este Gran Coupé versão “mini”. Há versões muito potentes, com motores sobrealimentados a gasolina, mas os diesel ainda têm uma palavra a dizer. E neste 2, o 220d mostra-se um grande aliado. Com 190 cv e 400 Nm de binário, não falta “alma” debaixo do capot para puxar (sim, a tração é dianteira) pela carroçaria, cabendo a gestão desta potência a uma caixa de velocidades automática de oito velocidades.

A sensibilidade deste bloco ao pé direito aumenta quando se opta pelo modo de condução Sport. Sente-se que todo o conjunto fica pronto para atacar a estrada. E com a excelente afinação da suspensão, é grande o prazer de condução que se pode retirar deste Coupé. Então se em vez de retas pela frente estiver uma daquelas estradas serpentearas de montanha, melhor ainda. É firme quanto baste, sem comprometer o conforto dos ocupantes.

Sem exageros, o 2.0 mostra-se muitas vezes o grande aliado da poupança de combustível, atingindo valores um pouco superiores quando se procura um pouco de mais emoção ao volante. Ainda assim, uma média em torno dos 7l/100 km não assusta, ao contrário do valor que é preciso pagar para o poder estacionar na garagem. Carregado de extras, a fatura chega (como na unidade ensaiada) aos 58 mil euros. É elevada, perigosamente próxima de outros modelos de gamas superiores da marca da Baviera.

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Consumidores chineses ajudam Jaguar Land Rover a recuperar do impacto da pandemia

  • ECO
  • 30 Janeiro 2021

A Jaguar Land Rover viu as vendas na China aumentarem, no último trimestre de 2020, ajudando a mitigar o impacto da pandemia nos negócios.

Os três últimos meses de 2020 foram sinónimo de recuperação para a Jaguar Land Rover, com o crescimento das vendas de automóveis no mercado chinês a mitigar o impacto do confinamento geral no Reino Unido e a penalização milionária imposta à empresa por não ter cumprido as metas de emissões de dióxido de carbono.

De acordo com o The Guardian (acesso live, conteúdo em inglês), a fabricante automóvel registou receitas de seis mil milhões de libras (quase 6,8 mil milhões de euros), mais 121 milhões de libras (136 milhões de euros) do que nos primeiros nove meses do ano. Ainda assim, esse valor é mais baixo do que aquele registado no período homólogo, o que reflete o impacto da crise pandémica no negócio da empresa em causa.

Apesar da Covid-19, a fabricante viu aumentar em cerca de um quinto as vendas na China, no último trimestre de 2020, em comparação tanto com o trimestre anterior como com o período homólogo de 2019. No total, a Jaguar Land Rover vendeu 128 mil carros, nos últimos três meses de 2020, menos 9% do que no mesmo trimestre de 2019, o que se explica sobretudo com as restrições impostas em mercados chave, como o Reino Unido.

De notar que a Jaguar Land Rover perdeu a posição de maior fabricante automóvel do Reino Unido, no ano passado, face à redução da sua produção resultante do encerramento das fábricas imposto em resposta à pandemia e da quebra das vendas. A japonesa Nissan assumiu, então, esse lugar.

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Demitiu-se responsável pela delegação Norte do INEM depois de polémica com vacinas

  • Lusa e ECO
  • 30 Janeiro 2021

A delegação regional do Norte do INEM terá incluído os proprietários e funcionários de uma pastelaria do Porto no grupo de profissionais que foi vacinado na primeira fase.

O responsável pela delegação do Norte do INEM apresentou a demissão depois de ter sido noticiado que o instituto tinha vacinado contra a Covid-19 funcionários de uma pastelaria no Porto, confirmou à Lusa fonte do instituto.

Segundo noticiou este sábado o Correio da Manhã, a delegação regional do Norte do INEM incluiu os proprietários e funcionários de uma pastelaria do Porto no grupo de profissionais que foi vacinado na primeira fase do plano de vacinação.

Entretanto, o responsável em causa já reagiu à notícia, defendendo que “era imoral descartar vacinas”, daí a decisão de vacinar também os trabalhadores da referida pastelaria, segundo adianta o Correio da Manhã. Isto porque havia 11 vacinas preparadas e 60 operacionais do INEM recusaram recebê-las.

A decisão de as direcionar para os trabalhadores mencionados foi justificada “proximidade, disponibilidade e por termos um controlo na vacinação“. “Como médico que sou tomei uma decisão e não me arrependo do que fiz”, sublinhou o diretor do INEM do Porto.

(Notícia em atualização às 17h20)

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GameStop valorizou 1.500% este ano. E agora?

Há quem veja o fenómeno como uma reação normal ao poder que as pessoas ganharam na internet, mas multiplicam-se os avisos sobre os riscos da elevada volatilidade do mercado.

O fenómeno dos pequenos investidores do Reddits vs Wall Street ganhou esta semana uma dimensão inimaginável pondo sob holofotes o percurso da GameStop. Após uma ação concertada no fórum do Reddit, Wall Street Bets, a retalhista de jogos de vídeos norte-americana acumula uma valorização de 1.500% este ano e ainda não se vê o fim do rally. Nesta subida a pique, a questão que se coloca é: quando vai chegar o gameover?

“Isto foi estratégico e muito bem pensado. Quem o pensou, fê-lo muito bem”, diz Steven Santos, responsável da plataforma de mercados e corretagem do BiG – Banco de Investimento Global. Explica que as empresas foram escolhidas a dedo — apesar de a GameStop ter sido a que ganhou mais destaque, houve outras como a AMC, a Nokia ou a BlackBerry — pelos preços baixos, mas também por estarem muito expostas ao shortselling.

Quem tem posições curtas pede ações “emprestadas” para vender e, quando os títulos desvalorizam, compra mais barato para ganhar a diferença. Neste caso, como valorizaram, os shortsellers tiveram de assumir perdas e fechar posições. Para o fazerem também têm de comprar ações, o que ainda ajuda mais nas subidas, que continuaram a ser alimentadas pelos investidores de retalho que se iam incentivando nos grupos do Reddit e recorriam essencialmente a plataformas sem comissões como a Robinhood.

"Isto foi estratégico e muito bem pensado. Quem o pensou, fê-lo muito bem. Este fenómeno vai continuar para já, mas é difícil perceber quem são estas pessoas e se não é um esquema.”

Steven Santos

Responsável da plataforma de mercados e corretagem do BiG - Banco de Investimento Global

O plot está montado com os vários protagonistas e o final feliz seria os investidores perceberem que afinal a empresa tem um ótimo potencial para recuperar da pandemia, crescer o negócio e ganhar quota de mercado na indústria dos jogos. Ao género do que acontece com a Tesla, a confiança no longo prazo justificaria essas valorizações. Em paralelo, há a possibilidade mais realista de o Reddit se esquecer desta ação — já está de olho noutros investimentos — e os títulos começarem a corrigir. Até porque, se os protagonistas da história são conhecidos, as figuras secundárias não tanto.

Este fenómeno vai continuar para já, mas é difícil perceber quem são estas pessoas e se não é um esquema. Os fóruns para fazer manipulação de mercado são muito antigos nos Estados Unidos. Há sempre um lado duvidoso. Não se sabe quais são as reais motivações e se é mesmo a vertente justiceira”, considera Santos.

Pedro Barata, gestor de portefólio da GNB Gestão de Ativos, vê a questão de forma mais alargada do que simplesmente em relação à Gamestop, mas sim sobre a forma como muitas pessoas estão, nos últimos dias, a investir na bolsa em ações como a Gamestop, a AMC e outras. “As pessoas (a grande maioria delas, pelo menos) estão a comprar ações como se estivessem a jogar num casino. A minha principal mensagem é no sentido de alertar para os perigos que se correm investindo desta forma”, alerta.

"As pessoas (a grande maioria delas, pelo menos) estão a comprar ações como se estivessem a jogar num casino. A minha principal mensagem é no sentido de alertar para os perigos que se correm investindo desta forma.”

Pedro Barata

Gestor de portefólio da GNB Gestão de Ativos

Há quem veja o fenómeno como uma reação normal ao poder que as pessoas ganharam na internet, associado ao facto de terem mais tempo e mais poupanças disponíveis na pandemia. Para quem entrou no início da onda, o segredo será agora escolher entre o momento certo para sair ou manter a confiança e uma posição de longo prazo.

Mas multiplicam-se os avisos sobre os riscos e o próprio regulador norte-americano, a Securities and Exchange Commission (SEC) garantiu estar “ativamente a monitorizar” o caso. Da mesma forma, também a administração de Joe Biden disse estar a “acompanhar” a evolução. Numa sessão no Twitter, os moderadores do Wall Street Bets garantiram ainda ter recebido qualquer contacto.

“Ninguém enriquece com manipulação”, disse o economista Nouriel Roubini que ficou conhecido por prever a crise financeira, numa conferência esta quinta-feira no Porto. “Não tenho qualquer simpatia pelos hedge funds, mas ninguém faz dinheiro com especulação. Há muitos jovens que acham que é possível ficar rico muito rápido e também não tenho simpatia para com eles, que não representam a classe trabalhadora”, afirmou. “Parece manipulação e vai acabar em lágrimas”.

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Pandemia ocupa 91% da capacidade dos hospitais da região Centro

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2021

"As taxas de ocupação em enfermaria e unidade de Cuidados Intensivos Covid são de 91%" nos hospitais públicos da área de influência da ARS Centro.

Os hospitais públicos da região Centro têm uma taxa de ocupação por Covid-19 de 91%, tanto em enfermaria como em unidade de cuidados intensivos, adiantou este sábado à agência Lusa fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro.

“As taxas de ocupação em enfermaria e UCI [unidade de Cuidados Intensivos] Covid são de 91%”, nos hospitais públicos da área de influência da ARS Centro, revela um comunicado de imprensa.

A mesma nota adianta que, até às 24:00 de sexta-feira, estavam “internados com Covid-19 1.404 pessoas, sendo 1.268 em enfermaria e 136 em unidade de cuidados intensivos e, destes, 106 ventilados”.

Na região que abrange hospitais públicos dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, a ARS Centro contabilizou “31 óbitos em meio hospitalar”.

“Abriram 19 camas Covid na região, 14 em enfermaria Covid no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e cinco em UCI na Unidade Local de Saúde da Guarda”, continua a nota de imprensa. Nas estruturas de apoio de retaguarda e “no setor social/privado encontram-se internados 83 doentes Covid e 106 não Covid”, até às zero horas deste sábado.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.206.873 mortos resultantes de mais de 102 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 12.179 pessoas dos 711.081 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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