Bankinter com lucros de 1.250 milhões até setembro, Portugal contribui com 40 milhões
Resultado obtido entre janeiro e setembro é mais de cinco vezes superior ao obtido no ano passado, muito influenciado pela pandemia, e supera os níveis anteriores.
O espanhol Bankinter teve lucros de 1.250,6 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2021, incluindo uma mais-valia extraordinária de 895,7 milhões, com os balcões em Portugal a contribuírem com 40 milhões de euros. O resultado obtido entre janeiro e setembro é mais de cinco vezes superior ao obtido no ano passado, muito influenciados pela pandemia, e supera os níveis anteriores.
Em comunicado publicado esta quinta-feira pela Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) espanhola, o grupo bancário informa que, excluindo a mais-valia da transação não recorrente da ‘Línea Directa’, o banco obteve um benefício líquido 354,9 milhões. Este benefício pode ser comparado com o lucro de 220,1 milhões de euros no mesmo período de 2020 e 444 milhões de euros de 2019, embora este último inclua uma rubrica extraordinária de 57 milhões de euros proveniente da aquisição do EVO Banco.
A ‘Línea Directa’ era a filial de seguros do Bankinter que entrou na bolsa de valores de Madrid em 29 de abril último, com 82,6% do seu capital a ser distribuído pelos acionistas do grupo no segundo trimestre do ano.
Fazendo a análise da evolução dos principais rácios, a rendibilidade do capital próprio, ROE, excluindo a mais-valia da Línea Directa, foi de 9,4%, contra 7,1% no terceiro trimestre de 2020, período em que o Banco teve de enfrentar provisões extraordinárias mais elevadas devido à pandemia e à mudança para pior da situação macroeconómica.
No que diz respeito ao capital, o rácio CET1 ‘fully loaded’ do Bankinter é de 12,3%, em comparação com 11,97% há um ano, e muito superior aos 7,68% exigidos pelo BCE (Banco Central Europeu). O rácio de crédito malparado foi de 2,40%, 11 pontos base melhor do que um ano antes, depois do fim das moratórias hipotecárias, o que não teve qualquer impacto sobre este item. A cobertura do crédito malparado foi de 62,75%, também 110 pontos base mais elevada do que um ano antes.
A conta de resultados mostra um crescimento em todas as alíneas, tanto em comparação com o mesmo período de 2020 como mesmo em comparação com 2019. Segundo o Bankinter, isto reflete, em primeiro lugar, que o banco está a antecipar com sucesso o caminho da recuperação económica e, paralelamente, que tem a diversificação e o potencial para cumprir os seus exigentes objetivos de compensar com o negócio bancário, durante um período de aproximadamente três anos, a ausência dos lucros da Línea Directa.
O Bankinter destaca que a sua sucursal em Portugal “acelerou o seu crescimento” em todos os seus negócios e rúbricas do balanço, com o consequente bom desempenho das margens e lucros antes de impostos. O crescimento global da carteira de crédito foi de 5%, fechando o terceiro trimestre com uma carteira de 4.900 milhões de euros na banca comercial (+ 6%) e de 2.000 milhões de euros na banca de empresas (+ 5%). Os recursos dos clientes cresceram 19%, para 5.600 milhões de euros.
Este aumento da atividade comercial levou ao crescimento do rendimento líquido de juros (+4%) e, sobretudo, do rendimento bruto (+12%), graças ao bom desempenho dos rendimentos de honorários (+23%). O lucro antes das provisões foi de 51 milhões de euros, mais 21% do que no mesmo período de 2020. Depois de feitas as provisões correspondentes, o lucro antes de impostos do Bankinter Portugal ascendeu a 40 milhões de euros, um aumento de 24%.
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