Facebook muda nome para Meta
A mudança de nome da empresa de Mark Zuckerberg, anunciada na conferência Facebook Connect, surge numa altura em que a rede social enfrenta críticas após denúncias de más práticas.
O Facebook vai passar a chamar-se Meta. Mark Zuckerberg, o dono da gigante tecnológica, anunciou esta quinta-feira, durante a conferência “Connect”, que o ADN da empresa passa pela construção de tecnologia para ligar as pessoas, sendo o metaverso a “próxima fronteira”, da mesma maneira que eram as redes sociais no início do Facebook.
A mudança de nome reflete as ambições crescentes da empresa para além dos media sociais com o metaverso, um termo conhecido do mundo da ficção científica que o Facebook adotou para descrever a sua visão para trabalhar e brincar num mundo virtual. Para desenvolver as tecnologias necessárias para a construção do metaverso, a gigante tecnológica prevê gastar cerca de 10 mil milhões de dólares em 2022.
“Hoje somos vistos como uma empresa de media social, mas no nosso ADN somos uma empresa que constrói tecnologia para ligar as pessoas, e o metaverso é a próxima fronteira, tal como as redes sociais eram quando começámos”, disse Mark Zuckerberg, citado pela CNBC. “A nossa marca está tão fortemente ligada a um produto que não pode representar tudo o que estamos a fazer hoje e muito menos o futuro”, acrescentou.
Em julho deste ano, o Facebook anunciou a formação de uma equipa para trabalhar no metaverso. Dois meses depois, nomeou Andrew “Boz” Bosworth, o atual chefe do departamento de hardware, para o papel de diretor de tecnologia a partir de 2022. Esta segunda-feira, com o anúncio dos resultados do terceiro trimestre de 2021, revelou que iria dividir o departamento de hardware, o Facebook Reality Labs, no seu próprio segmento de reporting, a começar no último trimestre deste ano.
O fundador do Facebook acredita que o metaverso será “o sucessor da Internet móvel” e prevê que vários elementos dessa tecnologia se tornem convencionais num prazo de cinco a dez anos. “Esperamos investir muitos milhares de milhões de dólares durante anos antes de o metaverso atingir a escala”, afirmou Mark Zuckerberg.
A mudança de marca surge após uma denúncia de uma ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, que divulgou vários relatórios internos da empresa que demonstravam más práticas da rede social.
(Notícia atualizada às 20 horas)
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