Dívida direta do Estado diminui em setembro para 270,5 mil milhões

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

“Em 30 de setembro de 2021, o saldo da dívida direta do Estado cifrou-se em 270.498 milhões, diminuindo 0,88% face a agosto de 2021", de acordo com Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida.

A dívida direta do Estado diminuiu 0,88% em setembro face a agosto, para 270.498 milhões de euros, segundo números divulgados esta terça-feira pelo IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.

“Em 30 de setembro de 2021, o saldo da dívida direta do Estado cifrou-se em 270.498 milhões de euros, diminuindo 0,88% face a agosto de 2021. Esta variação ficou a dever-se, essencialmente, à redução do saldo de BT [Bilhetes do Tesouro], explicado pela amortização do BT 17SEP2021 no valor de 2.594 milhões”, lê-se no Boletim Mensal do IGCP, hoje divulgado.

“Por sua vez, o saldo de OT [Obrigações do Tesouro] manteve-se inalterado”, acrescenta.

De acordo com o IGCP, o saldo de Certificados Especiais de Dívida de Curto Prazo (CEDIC) aumentou em 35 milhões de euros e os saldos de Certificados de Aforro (CA) e Certificados do Tesouro (CT) registaram incrementos de 18 milhões e de 57 milhões de euros, respetivamente.

Quanto às contrapartidas das contas margem recebidas no âmbito de derivados financeiros, registaram um aumento de 14 milhões de euros.

“Adicionalmente, o stock de dívida aumentou em 68 milhões de euros, pelo efeito decorrente das flutuações cambiais da generalidade dos instrumentos de dívida denominados em moeda não euro avaliados ao câmbio do último dia de agosto”, refere a entidade dirigida por Cristina Casalinho.

O instituto refere ainda que, “incorporando o efeito cambial favorável da cobertura de derivados, correspondente ao valor nocional dos swaps de cobertura de capital, que ascendeu a 448 milhões de euros em setembro, o valor total da dívida após cobertura cambial situou-se em 270.050 milhões de euros, diminuindo em 0,9% face ao mês precedente”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mastercard lança cartão bancário para pessoas invisuais

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Outubro 2021

O Touch Card permite a pessoas invisuais ou com redução de acuidade visual identificarem se estão a usar um cartão de crédito, débito ou pré-pago, através de um "entalhe" na lateral do cartão.

Identificar o cartão no momento de pagar pode ser difícil para pessoas com problemas graves de visão. A Mastercard quer facilitar esse processo e lançou o Touch Card, um cartão bancário feito a pensar em invisuais e amblíopes (pessoas que sofrem de diminuição da acuidade visual). Através do toque, é possível saber se o cartão é de crédito, de débito ou pré-pago.

Para permitir essa distinção, a Mastercard introduziu um sistema de “entalhe” na lateral do cartão. Assim, os novos cartões de crédito Touch Card têm um entalhe redondo, os cartões de débito têm um entalhe amplo e quadrado e os cartões pré-pagos apresentam um entalhe triangular. Este padrão foi desenhado de forma a funcionar em terminais POS e ATMs, existindo também a possibilidade de ser implantado em escala.

Imagem ilustrativa dos três tipos de cartão da MastercardMastercard

Esta é uma “inovação simples, mas eficaz”, que faz parte da estratégia de inclusão da empresa norte-americana do setor de pagamentos. “O Touch Card proporcionará uma maior sensação de segurança, inclusão e independência para 2,2 mil milhões de pessoas invisuais, em todo o mundo“, sublinha em comunicado o chefe de marketing e comunicação, Raja Rajamannar.

O Touch Card foi desenvolvido em parceria com a IDEMIA, uma empresa de tecnologia de identificação que desenvolve cartas de condução móveis e cartões de pagamento biométricos, tendo sido depois avaliado e apoiado pela organização nacional de deficientes visuais do Reino Unido – Royal National Institute for the Blind (RNIB) e pelo VISIONS/Serviços para invisuais e e amblíopes nos Estados Unidos.

Para o diretor de serviços do RNIB, David Clarke, “é fundamental que o setor bancário responda a novas tendências e que a inovação traga progresso para todos, incluindo todos os que têm algum tipo de deficiência visual“.

Além do Touch Card, a Mastercard tem vindo a incorporar o seu som de marca nas caixas de pagamento, em todo o mundo, o que permite sinalizar para todos, mas sobretudo para as pessoas com deficiência visual, que a transação do cartão foi realizada com sucesso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Microsoft, BI4ALL e Nova IMS criam laboratório de business intelligence e analytics

As três entidades estabeleceram um protocolo com o objetivo de desenvolver atividades técnico-científicas, aplicadas a desafios do mundo real. O laboratório junta alunos, docentes e colaboradores.

A Microsoft e a BI4ALL, em parceria com a Nova Information Management School (Nova IMS) criaram o Laboratório de Business Intelligence & Analytics (BI&A), através de um protocolo que visa desenvolver atividades técnico-científicas, aplicadas a desafios do mundo real. O laboratório reúne docentes, alunos e colaboradores das três organizações.

“A aposta na educação e na aprendizagem é uma das nossas missões. Queremos disponibilizar as ferramentas necessárias para que os líderes de futuros negócios consigam implementar, desde já, estratégias e processos avançados de forma sustentada, reforçando a capacidade dos alunos da Nova IMS na criação de valor, ao mesmo tempo que nos coloca em contacto com talento emergente em áreas de conhecimento cada vez mais relevantes”, afirma Paula Panarra, diretora-geral da Microsoft Portugal, em comunicado.

Pessoas Awards 2020
Paula Panarra, diretora-geral Microsoft Portugal.Hugo Amaral/ECO

A criação do laboratório tem ainda como objetivo desenvolver mecanismos de comunicação e cooperação que tornem possível, e incentivem, a participação conjunta em projetos, eventos e estudos.

“O intercâmbio entre o meio universitário e as organizações é um instrumento fundamental para promover uma melhor harmonia entre a oferta e a procura de emprego. Acreditamos que esta parceria será uma mais-valia para a integração dos jovens no mercado de trabalho, além de uma troca de aprendizagens para todos os envolvidos”, comenta José Oliveira, CEO da BI4ALL.

Miguel de Castro Neto, subdiretor da Nova IMS, considera também que esta parceria abre novas possibilidades às três instituições, “com a Nova IMS a assumir um papel central na estratégia de investigação e desenvolvimento da Microsoft e BI4ALL, com algumas lógicas de remuneração para os melhores projetos, que motivam os alunos e os envolvem desde já com o tecido empresarial”.

A ideia passa por lançar desafios na área de business intelligence & analytics aos alunos, adaptados aos vários níveis de ensino (licenciatura, pós-graduação e mestrado), especificamente pensados para projetos de final de ano, conclusão de curso ou tese de mestrado, tendo depois intervenção na análise e classificação dos trabalhos dos alunos. Ao longo do processo, os alunos poderão contar com o apoio da Microsoft e BI4ALL nas dúvidas que possam ter, bem como na definição e desenvolvimento das ideias.

Para os melhores alunos, vai existir uma lógica de estágios remunerados, bem como um programa de formação orientado para a área de inteligência artificial, big data ou data analytics.

Além disso, a BI4ALL vai atribuir prémios aos melhores trabalhos: 2.000 euros para os três melhores projetos de licenciaturas e pós-graduações; 4.000 euros para as cinco melhores teses de mestrado, e ainda um pré-acordo para o desenvolvimento de uma ideia tendo em vista a construção de uma solução vendável para o mercado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deputados aprovam relatório sobre OE em reunião de 20 minutos

Numa altura em que tudo aponta para o chumbo do Orçamento do Estado, os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovam o relatório sobre o documento sem grandes demoras.

Ainda não foi um ensaio para o Orçamento do Estado. A reunião da Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças tinha marcada uma discussão e votação do relatório final sobre a proposta de Orçamento do Estado, que está em vias de chumbar sem ter a viabilização de PCP e Bloco de Esquerda, mas o documento técnico acabou por ser aprovado sem demoras.

A reunião que juntou os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças tinha três pontos na agenda e apenas demorou 20 minutos, mesmo numa altura em que o OE é um “tema quente” no Parlamento. O relatório sobre a proposta elaborada pelo Governo foi aprovado por unanimidade, na ausência do CDS, Chega e Iniciativa Liberal.

O relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental estima que as novas medidas permanentes que o Governo pretende implementar no próximo ano têm um impacto orçamental negativo de 622 milhões de euros (0,27% do PIB), abaixo dos 1.032 milhões de euros (0,5% do PIB) estimados pelo Ministério das Finanças. Apesar das divergências contabilísticas, este mantém-se como o valor mais elevado desde 2016, segundo os técnicos do Parlamento.

No entanto, é ainda incerto se o Governo vai mesmo poder avançar com as medidas previstas no Orçamento do Estado para 2022. Isto porque, segundo as intenções de voto que foram já anunciadas, o documento irá chumbar. Ainda assim, o Governo mostrou disponibilidade para continuar a negociar, pelo que até quarta-feira, data da votação na generalidade do OE, ainda poderá mudar algum voto e garantir a viabilização do OE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Segurança Social reforça atendimento por videoconferência para 67 balcões

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

Este canal passou a contar com uma rede de 67 balcões espalhados por todos os distritos do país. Com este reforço, a Segurança Social aumenta a capacidade para 15 mil atendimentos por mês.

A Segurança Social anunciou esta terça-feira ter reforçado, desde o início desta semana, o atendimento por videoconferência para 67 balcões em todos os distritos do país, aumentando a capacidade para 15 mil atendimentos por mês.

“O Instituto da Segurança Social [ISS] expandiu de forma massiva o seu canal de vídeo atendimento. Desde o início desta semana, e após uma experiência-piloto iniciada em janeiro e que funcionou em nove balcões de atendimento de quatro distritos, este canal passou a contar com uma rede de 67 balcões espalhados por todos os distritos do país, com capacidade para fazer mais de 15 mil atendimentos por mês”, lê-se num comunicado divulgado esta terça-feira.

Este canal de atendimento é uma alternativa ao atendimento presencial e permite aos cidadãos e empresas “serem atendidos na data e hora previamente agendadas, sem terem de fazer deslocações e sem terem de permanecer em filas de espera”.

Segundo o ISS, esta iniciativa “surgiu da necessidade de aumentar a capacidade de resposta e reduzir o tempo para marcação nos serviços de atendimento com maiores tempos de espera, canalizando para o vídeo atendimento os cidadãos e empresas que pretendessem realizar um atendimento presencial, mas que se encontravam em locais onde essas marcações eram mais demoradas”.

Durante as experiências-piloto, a Segurança Social diz terem sido realizados “mais de 7.200 atendimentos através de videoconferência, o que permitiu reduzir em 11 dias o tempo de espera nos locais de maior procura por atendimento presencial”.

“A maioria dos atendimentos – precisa – foi realizada nos dois a três dias seguintes ao pedido de marcação”.

Tendo em conta a “avaliação positiva desta nova modalidade e a integração de novas funcionalidades”, o ISS decidiu passar a disponibilizar esta nova forma de atendimento “de forma mais abrangente e para a generalidade dos serviços realizados em qualquer balcão presencial, com a exceção de pagamentos”.

A marcação do vídeo atendimento pode ser feita através do portal de marcações SIGA em https://siga.marcacaodeatendimento.pt/ ou através da Linha Segurança Social (210 545 400 ou 300 502 502, nos dias úteis, das 09:00 às 18:00).

Ao fazer a marcação para vídeo atendimento, o utilizador recebe no seu ‘email’ uma mensagem com as instruções, o ‘link’ de acesso à videoconferência, o código de validação para inserir e o ‘link’ para cancelamento, se não puder comparecer.

Para aceder ao vídeo atendimento nas melhores condições, o ISS recomenda o uso de um computador ou portátil, com câmara frontal, altifalante e microfone.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Na Web Summit, as viagens de tuk tuk têm como destino um emprego na Mollie

O unicórnio holandês vai realizar entrevistas de trabalho a bordo de um tuk tuk durante o maior evento de tecnologia e empreendedorismo de Portugal. O objetivo é recrutar 12 pessoas.

No dia 2 de novembro, durante a Web Summit, as entrevistas de trabalho para a Mollie serão feitas a bordo de um tuk tuk, por Saloua Essalhi, vice-presidente de produto, e Diogo Antunes, senior engineering manager. Ao todo, serão selecionados 12 candidatos para reforçarem o novo centro de desenvolvimento da empresa, em Lisboa.

“Apesar de ser uma das mais valiosas fintech na Europa, a Mollie ainda está a construir a sua imagem em Portugal e em especial junto do talento tecnológico, pelo que esta iniciativa vem complementar o trabalho que já temos vindo a desenvolver. Consideramos que o Web Summit é uma ótima oportunidade não só por reunir num só local todos os players de inovação, como por permitir-nos pôr estes candidatos em contacto com algumas das caras mais importantes da empresa numa fase muito inicial do processo”, explica Marco dos Santos, CTO da Mollie, citado em comunicado.

Há oportunidades disponíveis nas áreas de engenharia, produto, design de produto e talento. Os interessados deverão registar-se através deste link.

O CEO da Mollie, Shane Happach, estará presente na MoneyConf, o espaço dedicado ao futuro do setor bancário e financeiro, como orador no painel “Will there ever be an Amazon of payments?”, que terá lugar, no dia 4 de novembro, às 15h15.

Aqui poderá encontrar mais informação sobre as vagas para o novo e segundo centro de desenvolvimento tecnológico da Mollie, que abriu portas no início de outubro, em Lisboa, e já conta com uma equipa de oito pessoas de cinco nacionalidades. O objetivo é alcançar as 20 pessoas até ao fim de 2021 e os 100 colaboradores em 2023.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Espanha pede a Bruxelas para sair do sistema europeu de preços da eletricidade. Quer renováveis a ditarem custo da luz

Governo espanhol propôs à UE um mecanismo que reflita na tarifa da luz o preço mais barato das renováveis. Na prática, quer liberdade para fixar os seus próprios preços da eletricidade.

O Governo espanhol propôs à União Europeia (UE) um mecanismo que reflita na tarifa da luz o preço mais barato das renováveis, avançou o El País. Este parece ser é o contra-ataque de Madrid após o Conselho Europeu que teve lugar na semana passada, para fazer face ao impacto da escalada do gás natural nos mercados.

No fundo, o que Espanha quer é que Bruxelas lhe dê liberdade para fixar os seus próprios preços da eletricidade fora do sistema europeu, de acordo com um documento de posição a que o El País teve acesso.

“Em situações excecionais, os Estados-membros devem ser autorizados a adaptar a formação do preço da eletricidade às suas situações específicas”, afirma o texto, que propõe uma nova ferramenta para “desvincular” o efeito do elevado valor do gás no preço final da eletricidade, de forma “extraordinária” com o mecanismo de preços em vigor na UE.

O objetivo é que a Espanha (e os países que queiram aderir à proposta) possam beneficiar do custo mais baixo das renováveis na conta final. Portugal podia ser um dos países beneficiários.

O tema foi também abordado pelo primeiro-ministro português, António Costa, nas conclusões do Conselho Europeu, que convidou a estudar vários assuntos, desde a “validade do atual processo de formação do preço, pagando a todos pelo preço mais elevado que é pago a cada fornecedor, se deve manter ou se chegou a altura de altera esta regra, para que o custo das energias renováveis não seja penalizado pelo sobrecusto que hoje têm os combustíveis fósseis”, até “compra conjunta de conjunta de combustíveis”.

“O preço da eletricidade estaria diretamente vinculado ao mix de produção nacional, protegendo os consumidores de volatilidades excessivas e permitindo que participem dos benefícios de um mix de geração mais barato”, pode ler-se no documento que ganha agora força por parte de Espanha.

O pedido espanhol aparece agora num documento informal distribuído horas antes de os Ministros da Energia europeus realizarem uma reunião extraordinária em Luxemburgo para estudar medidas para enfrentar uma crise energética que ameaça a incipiente recuperação após a crise causada pela Covid-19.

Com esta proposta, Madrid quer romper com o atual mecanismo marginalista de tarifação, em vigor em toda a UE, em que a energia mais cara que entra no sistema fixa o preço de todas as outras fontes. Tal como acontece no Mibel, por exemplo.

Este sistema tem resultado nos últimos meses numa escalada de preços da eletricidade provocados pelo preço do gás, mesmo que em vários países, incluindo a Portugal e Espanha, a produção renováveis ​​permita que energia mais barata seja oferecida ao consumidor.

Pelo contrário, uma carta assinada por nove países, liderados pela Alemanha, Áustria, Holanda, Irlanda e Finlândia, opõem-se às ideias reformistas que Espanha tem vindo a reivindicar nos últimos meses. “Não podemos apoiar nenhuma medida que entre em conflito com o mercado interno do gás e da eletricidade, como uma reforma ad hoc do mercado grossista de eletricidade”, diz a carta na qual se reúnem um bom número de países do centro e do norte da Europa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundadora da Didimo está entre as 21 empreendedoras mais inspiradoras da Europa

O "EU Prize for Women Innovators 2021" celebra as conquistas de empreendedoras que gerem empresas inovadoras.

A líder da startup portuguesa Didimo, Veronica Orvalho, está entre as 21 empreendedoras mais inovadoras da Europa, segundo o Conselho Europeu de Inovação. As 21 finalistas destacaram-se entre as mais de 260 candidatas, sendo que as vencedoras do “EU Prize for Women Innovators” serão conhecidas a 24 e 25 de novembro. É a única representante de Portugal entre as finalistas.

“Fazer parte desta lista é, mais do que tudo, uma motivação para continuar a crescer enquanto profissional e para inspirar outros a lutar por avanços que ajudem as pessoas. É uma honra partilhar isto com mais mulheres do setor tecnológico e penso que as jovens que sonhem em trabalhar nesta área vão olhar para estes exemplos como um impulso”, afirma Veronica Orvalho, citada em comunicado.

“O futuro do trabalho é digital e é importante partilhar os melhores exemplos do que fazemos para inspirar as novas gerações a seguirem-nos e a ambicionarem fazer mais e melhor com as novas tecnologias. Acredito que a educação de um jovem só fica completa com a complementaridade entre a vertente académica e a experiência profissional, e fico feliz por existirem iniciativas que demonstrem a importância de ir mais além e de inovar em tudo o que fazemos”, acrescenta a fundadora da startup que desenvolve avatars 3D que se assemelham a humanos em apenas 90 segundos.

De raízes argentinas, Veronica Orvalho — nomeada para o “EU Prize for Women Innovators” — dedica-se ao estudo das “ciências das caras” há mais de 18 anos, tendo participado no desenvolvimento de videojogos, como o “The Simpsons Ride”.

O futuro do trabalho é digital e é importante partilhar os melhores exemplos do que fazemos para inspirar as novas gerações a seguirem-nos e a ambicionarem fazer mais e melhor com as novas tecnologias.

Veronica Orvalho

Fundadora da Didimo

A empreendedora e também professora na Universidade do Porto está atenta às oportunidades que o mundo digital traz, não tem dúvidas de que o conhecimento deve ser partilhado e que a educação é a maior arma para combater a pobreza. É por esse motivo que desenvolve a tecnologia, acreditando que os “didimos”, os humanos digitais, poderão contribuir para uma aproximação de culturas e conhecimentos e um maior desenvolvimento humano no mundo virtual.

Veronica Orvalho, 44 anos, é licenciada em engenharia de software pela Universidade de Belgrado, mestre em desenvolvimento de videojogos pela Universitat Pompeu Fabra e completou ainda o doutoramento em ciências da computação na Universidade da Catalunha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloco acusa Governo de “querer eleições antecipadas”, uma “tremenda irresponsabilidade”

Catarina Martins lamenta que "não haja vontade" política para "construir uma solução" para o Orçamento do Estado para 2022 e acusa o Governo de "irresponsabilidade" por "querer eleições antecipadas".

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) lamenta que “não haja vontade” política para “construir uma solução” para o Orçamento do Estado (OE) para 2022 e acusou o Governo de “tremenda irresponsabilidade” por “querer eleições antecipadas”.

A líder dos bloquistas reiterou que o BE demonstrou “disponibilidade” para negociar o OE para 2022, tendo chegado a apresentar “nove propostas básicas”, muitas das quais que o Partido Socialistas (PS) já tinha apresentado “em tempos”, pelo que lamenta que o Executivo tenha recusado chegar a um acordo.

O Governo disse que não a cada uma das propostas que o BE apresentou. Não consigo compreender qual é a estratégia do Governo a não ser querer eleições antecipadas, e eu acho isso de uma tremenda, de uma tremenda, irresponsabilidade”, disse a líder do BE em declarações transmitidas pelas televisões.

Nesse contexto, Catarina Martins lamentou que “não haja vontade” política “para construir uma solução” para viabilizar o OE para o próximo ano. “O BE fez um enorme trabalho de aproximação, abandonámos propostas que são nossas desde sempre em nome de podermos ter um entendimento”, sublinhou, reiterando que, na sua visão, a falta de entendimento não se deveu a “falta de vontade” dos bloquistas.

Além disso, a bloquista acusou ainda o Governo de ter votado “as leis estruturais quase todas ao lado da direita” e depois vir “negociar orçamento à esquerda que não cumpre“. Um dos exemplos dados por Catarina Martins foi o estatuto dos cuidadores informais, que “não sai do papel”. “Queremos soluções para que a política seja a sério e não um jogo”, apontou a líder do BE.

Os partidos com assento parlamentar votam na quarta-feira a proposta do Orçamento de Estado para 2022 (OE2022) na generalidade. O documento está na iminência de ser chumbado, dado que o documento deverá contar apenas com os votos a favor do PS, abstenção do PAN e das deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira e votos contra do PSD, CDS, PCP, PEV e Bloco de Esquerda. A confirmar-se, o Presidente da República já avisou que vai dissolver de imediato Assembleia da República e convocar eleições antecipadas.

(Notícia em atualizada pela última vez às 11h44)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Exportações caíram 10% e importações afundaram quase 15% em 2020, o ano da pandemia

Pandemia diminui as exportações de bens em mais de 10% e as importações em quase 15% em 2020, de acordo com os dados finais do INE.

As exportações portuguesas de bens caíram 10,3%, para um total de 53,8 mil milhões de euros, enquanto as importações recuaram 14,8%, para um total de 68,1 mil milhões de euros, mostram os dados finais do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao ano de 2020, fortemente marcado pela chegada da pandemia. O maior défice comercial manteve-se com Espanha e o maior excedente registou-se com a França.

No ano passado, as exportações de bens diminuíram 10,3% face a 2019, atingindo 53.757 milhões de euros. Por sua vez, as importações encolheram 14,8%, para 68.146 milhões de euros, refere o INE. Foram evoluções contrárias às observadas em 2019 (+3,5% nas exportações e +6% nas importações), que são “resultado da pandemia”, que arrancou no país no início de março.

Durante 2020, o domínio dos países Intra-UE nas transações de bens de Portugal com o exterior aumentou para 71,4% nas exportações (+0,7 pontos percentuais face a 2019) e 74,7% nas importações (+0,9 pontos percentuais). Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações decresceram 8,9% e as importações diminuíram 12,3% (+4,4% e +6,8%, respetivamente em 2019).

Evolução da taxa de variação anual das exportações e importações, 2011-2020.Fonte: INE

Ainda no mesmo período, a balança comercial de bens registou uma diminuição do défice de 5.686 milhões de euros, atingindo um saldo negativo de 14.388 milhões de euros, refere o INE. Esta evolução favorável, contrariando o observado nos quatro anos anteriores, deveu-se sobretudo ao comércio Intra-UE, que registou um decréscimo do défice de 4.105 milhões de euros, enquanto no comércio Extra-UE o défice diminuiu 1.581 milhões de euros.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, o saldo comercial totalizou -10.936 milhões de euros no ano passado, representando um decréscimo do défice em 3.699 milhões de euros relativamente a 2019.

Espanha, França e Alemanha continuaram a ser os principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal, concentrando conjuntamente mais de metade das exportações, referem os dados do INE. Espanha manteve-se como principal parceiro (peso de 25,4% nas exportações e 32,4%), mas o défice comercial das transações com o país vizinho diminuiu 1.142 milhões de euros.

Em simultâneo, as transações com Espanha, Alemanha e China continuaram a apresentar os principais saldos deficitários. O maior excedente verificou-se nas trocas com a França, que registaram o maior aumento do saldo na globalidade dos países parceiros (+2.319 milhões de euros). Os segundo e terceiro maiores excedentes ocorreram nas transações com os Estados Unidos e o Reino Unido.

No que diz respeito aos bens transacionados, as máquinas e aparelhos continuaram a ser o segundo grupo mais exportado e o principal grupo de produtos nas importações, mantendo-se os veículos e outro material de transporte como principal grupo exportado e segundo nas importações. O maior défice comercial continuou a registar-se nas máquinas e aparelhos, enquanto o maior excedente foi nas transações de minerais e minérios.

Importações de produtos relacionados com a Covid dispararam 17%

Analisando os produtos relacionados com a pandemia (excluindo as vacinas), verifica-se que, em 2020, as importações destes produtos no seu conjunto aumentaram 17% (+725 milhões de euros) para um total de 4.977 milhões de euros, refere o INE.

O grupo dos “Equipamentos de proteção” observou o maior aumento das importações (+402 milhões de euros, correspondente a +63,8%), sobretudo devido à importação de máscaras provenientes da China. Seguiu-se o acréscimo das importações de “Produtos químicos/Testes” (+12,2%, +293 milhões de euros), sobretudo devido a medicamentos incluindo os usados no tratamento da Covid e a reagentes de diagnóstico.

Importações de produtos relacionados com a Covid, 2019-2020.INE

As importações de “Aparelhos/Instrumentos médicos” registaram um aumento de 2,4% (+29 milhões de euros) face a 2019, sendo que, neste grupo, o INE destaca o acréscimo nas importações de Aparelhos de ozonoterapia, de oxigenoterapia, de aerossolterapia, aparelhos respiratórios de reanimação e outros aparelhos de terapia respiratória provenientes sobretudo da China.

Analisando o período acumulado de janeiro a agosto de 2021, observa-se que as importações de produtos relacionados com a pandemia diminuíram 2,9% (-97 milhões de euros) face ao mesmo período do ano passado. Esta evolução resultou da diminuição das importações de “Equipamentos de proteção” (-24,5%, -178 milhões de euros), com destaque nas importações de máscaras da China.

(Notícia atualizada às 11h49 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Após verbas esgotadas, AHRESP pede “reforço significativo” do programa Adaptar Turismo

Após duas dotações de verbas esgotadas em dois dias, a associação que representa a restauração e a hotelaria pede um "reforço significativo" do programa Adaptar Turismo.

As candidaturas ao programa Adaptar Turismo arrancaram na semana passada, a 21 de outubro. No dia seguinte, a dotação orçamental tinha sido atingida. Após um reforço desta dotação em cinco milhões de euros, bastou novamente mais um dia para as verbas acabarem. Agora, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) pede ao Governo um “reforço significativo” deste programa, alertando para os “múltiplos empresários” que “não conseguiram submeter a sua candidatura”.

A 21 de outubro, as micro, pequenas e médias empresas do setor do turismo puderam candidatar-se aos apoios a fundo perdido – até um máximo de 20 mil euros – que o Adaptar Turismo disponibilizou para o setor, numa dotação total de cinco milhões de euros. Contudo, no dia seguinte essa dotação tinha sido esgotada, levando o Governo a reforçar em mais cinco milhões de euros o programa.

Mas, mais uma vez, em poucas horas essa verba foi esgotada e as candidaturas encerradas, refere a AHRESP num comunicado divulgado esta terça-feira, notando a “elevada procura” por parte das empresas do setor e uma “manifesta insuficiência dos fundos alocados a este programa”.

“Devido a várias dificuldades no acesso à plataforma nos meros dois dias em que o programa esteve aberto, múltiplos empresários não conseguiram submeter a sua candidatura”, diz a associação, sublinhando que, por isso, é “absolutamente essencial que a dotação do programa seja rapidamente reforçada de forma significativa”, de forma a responder às necessidades do setor.

A AHRESP afirma que “a elevada procura pelo programa Adaptar Turismo demonstra a resiliência e determinação da atividade turística, bem como a propensão para o investimento, numa tentativa de melhorar a competitividade das empresas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moderna disponibiliza até 110 milhões de doses de vacinas da Covid a África

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

A Moderna deverá entregar as primeiras 15 milhões de doses até ao final deste ano, 35 milhões no primeiro trimestre de 2022 e até 60 milhões no segundo trimestre ao preço mais baixo que pratica.

A Moderna vai disponibilizar aos países africanos até 110 milhões de doses da sua vacina contra a Covid-19 ao preço mais baixo, anunciou esta terça-feira a farmacêutica.

A empresa diz que está preparada para entregar as primeiras 15 milhões de doses até ao final deste ano, com 35 milhões no primeiro trimestre de 2022 e até 60 milhões no segundo trimestre “ao preço mais baixo” que a Moderna pratica.

A empresa refere que este é “o primeiro passo” na sua parceria a longo prazo com a União Africana.

África, com 1,3 mil milhões de pessoas, continua a ser a região menos vacinada do mundo contra a Covid-19, com pouco mais de 5% totalmente vacinados.

A Moderna acrescenta que este acordo é separado do compromisso que tem com o projeto global Covax para fornecer até 500 milhões de doses desde final deste ano até 2022. A Covax é uma iniciativa que visa fornecer doses a países de rendimento baixo e médio.

África regista quase 217 mil mortes devido à Covid-19 e 8,46 milhões de infetados com o novo coronavírus.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.945.746 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,56 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.