Concorrência defende “particular vigilância” aos “cartéis de crise” que tentam manter preços altos

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

A Autoridade da Concorrência defende "manter uma particular vigilância" relativamente aos “cartéis de crise” que " concordam em reduzir a capacidade e mantêm os preços elevados”.

A presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) alertou esta quarta-feira para a necessidade de uma “particular vigilância” em relação aos “cartéis de crise”, em que as empresas afetadas por uma retração económica se articulam para manter os preços altos.

“No contexto atual, a aplicação da lei da concorrência na luta contra os cartéis é mais importante do que nunca”, afirmou Margarida Matos Rosa, explicando que o reforço global da despesa pública em curso para fomentar a recuperação económica, a adaptação a novos padrões digitais e ambientais e a revisão dos modelos de negócio pelas empresas podem potenciar “comportamentos de colusão”.

“Todos estes fatores contribuem para que estejamos atualmente num contexto que pode induzir comportamentos de colusão. Por isso, temos de manter uma particular vigilância em relação aos chamados cartéis de crise, que são aqueles em que as empresas afetadas por uma crise concordam em reduzir a capacidade e mantêm os preços elevados”, acrescentou.

Margarida Matos Rosa falava na abertura do Cartel Workshop da ICN (International Competition Network, Rede Internacional de Concorrência), um fórum de discussão entre autoridades da concorrência e peritos não-governamentais que, este ano, é organizado em Lisboa pela AdC e reúne (num modelo misto, presencial e ‘online’), mais de 500 especialistas no combate a cartéis de mais de 50 jurisdições, incluindo EUA, Alemanha e França.

Salientando que “tudo isto ocorre num momento em que muitas famílias e empresas se encontram numa situação de vulnerabilidade financeira”, a presidente da AdC destacou que os organismos competentes têm de “estar empenhados em que os esforços dos contribuintes, famílias e empresas não sejam apropriados de forma indevida pelos membros de um cartel”.

“Como o fazemos? Temos de nos manter focados e atualizados sobre todas as dimensões da aplicação da lei sobre cartéis: prevenção, deteção, investigação e sanções dissuasoras”, sustentou.

De acordo com a líder do regulador, “a luta contra os cartéis está no cerne da aplicação da lei da concorrência”, e por isso a AdC tem mantido “o combate aos cartéis” como a sua “principal prioridade”.

Daqui resultaram, nos últimos cinco anos, sanções a “dezenas de empresas e associações de empresas”, “num total de mais de 900 milhões de euros de coimas aplicadas”, das quais “mais de 80% respeitaram a práticas horizontais ilegais”.

“A concorrência é um catalisador para uma recuperação económica com maior inovação, mais inclusiva e mais resiliente. Por isso, precisamos de mais, não menos, concorrência nas nossas economias”, realçou.

Reiterando que “a aplicação da lei da concorrência e o combate aos cartéis permitem uma recuperação económica mais forte”, Margarida Matos Rosa disse serem muitas as “dimensões em que a recuperação económica e o combate aos cartéis se cruzam”, sendo os cartéis de crise um desses casos.

Outro dos exemplos avançados pela presidente da AdC foram os “cartéis nos mercados de trabalho”, em que “as empresas podem conluiar-se para coordenar as suas estratégias nos mercados de trabalho, nomeadamente ao envolverem-se em acordos de não angariação de trabalhadores e de fixação de salários, ou mesmo coordenar estratégias de despedimento de trabalhadores”.

“Os empregadores devem adotar uma conduta independente e concorrencial. Ao fazê-lo, estarão a contribuir para níveis mais elevados de eficiência e inovação, que são ainda mais essenciais num contexto de recuperação económica”, defendeu.

Outro aspeto que, segundo Margarida Matos Rosa, contribui para uma recuperação económica mais resiliente é o “combate à colusão entre concorrentes na contratação pública”.

“Com os níveis de investimento público a elevarem-se, é fundamental evitar o desperdício de fundos devido à falta de concorrência nos procedimentos de contratação pública. É assim crucial assegurar que os concursos públicos sejam concebidos de forma eficiente, de modo a que promovam a participação do maior número possível de empresas e a concorrência”, disse, acrescentando: “Isto também reduz o risco de se formarem cartéis para o concurso”.

Neste sentido, a AdC disse ter em curso uma campanha de combate aos cartéis nos concursos públicos que “teve já vários resultados positivos, desde um aumento na quantidade e qualidade das informações reportadas até mais procedimentos de contratação pública com desenho mais eficiente”, tendo levado “à abertura de importantes investigações em setores como a manutenção ferroviária, e, mais recentemente, em serviços de segurança e vigilância e dois no setor da saúde”.

Finalmente, a líder da Autoridade da Concorrência apontou como “a investigação e sanção de cartéis em setores com impacto direto nas famílias é particularmente relevante em tempos de crise económica”.

“Na AdC temos sancionado acordos de hub-and-spoke no setor da grande distribuição”, referiu, recordando que o organismo “emitiu quatro decisões sancionatórias sobre este tipo de práticas nos últimos 11 meses” e salientando que “estes esquemas privam os consumidores de mais escolha e melhores preços em muitos bens essenciais”.

Em cima da mesa de debate no Cartel Workshop da ICN, que decorre desta quarta-feira até sexta-feira, estará também a eficácia dos meios de investigação das autoridades de concorrência na sua missão de prevenir e combater os acordos anticoncorrenciais, num contexto em que a tecnologia digital “mudou os modelos de negócio e a forma como as empresas e as autoridades de concorrência trabalham”.

Outro dos temas em discussão será o dos “desafios futuros na aplicação da Lei da Concorrência, com enfoque na era digital”, em que “é importante compreender a utilização de algoritmos e de inteligência artificial, incluindo no combate aos cartéis”.

Margarida Matos Rosa terminou a sua intervenção reconhecendo o “compromisso contínuo” das várias autoridades presentes “na aplicação da lei da concorrência durante a pandemia, incluindo a realização de diligências de busca e apreensão”.

“Demonstraram que as autoridades da concorrência são instituições determinadas, dissuasoras e transparentes. Juntos, garantimos um combate aos cartéis robusto durante este período. Mantivemos a perceção dos riscos decorrentes de comportamentos ilegais mais elevada do que as potenciais recompensas”, rematou.

Segundo dados da AdC, em 2021 o regulador aplicou coimas superiores a 120 milhões de euros em oito decisões condenatórias e quatro notas de ilicitude relativas a ‘hub-and-spoke’, cartéis e ‘gun-jumping’ em setores como a saúde e contratos públicos.

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Fintech mais valiosa da Europa chega a Portugal para pagar compras em três prestações

Através da aplicação do banco sueco, os portugueses podem fazer compras online e pagar em três prestações sem juros e taxas de adesão. Só por dia, a Klarna transaciona mais de dois milhões de compras.

A Klarna, que é a fintech mais valiosa da Europa avaliada em 45,6 mil milhões de dólares, acaba de entrar em Portugal e quer revolucionar o pagamento das compras online. Através da aplicação do banco sueco, os utilizadores portugueses podem fazer compras online e pagar em três prestações, sem juros ou taxas. De 35 aos mil euros, os portugueses podem comprar artigos de moda, eletrónica, viagens, desporto, acessórios, jóias, jogos, reservas de hotéis, bilhetes para espetáculos culturais, entre muitos outros.

O head of business development da Klarna em Portugal, Alexandre Fernandes Ribeiro, conta ao ECO que vão lançar em Portugal o produto da Klarna “com mais sucesso – o pague em três”. “Os consumidores portugueses podem comprar online através da aplicação e dividir a compra em três pagamentos iguais, sem juros e sem qualquer taxa de utilização da Klarna”, adianta.

O banco sueco conta com mais de 90 milhões de consumidores, sendo que 18 milhões de pessoas utilizam a aplicação Klarna mensalmente em todo o mundo. A fintech trabalha com mais de 250 mil marcas, incluindo H&M, IKEA, Samsung, Nike, AliExpress, Amazon, Ryanair, EasiJet, Fnac, Media Market, Worten, El Corte Inglês, entre muitas outras. Só por dia transaciona mais de dois milhões de compras.

Os portugueses podem utilizar a app da Klarna para fazer compras em qualquer loja online, independentemente de serem parceiros da Klarna. “Temos uma função na app que se chama shopanywhere. O cliente pode comprar em qualquer marca e fazer a compra através da aplicação”, sublinha Alexandre Fernandes Ribeiro.

“As pessoas merecem uma maneira muito melhor de comprar, pagar e fazer operações bancárias. É uma forma de as pessoas terem mais controlo, mais opções e mais flexibilidade. O nosso objetivo é dar os consumidores portugueses uma forma mais sustentável e mais responsável de fazer compras e pagamentos. De uma maneira fácil, intuitiva e clara”, explica Alexandre Fernandes Ribeiro.

Os consumidores podem pagar com a Klarna Portugal artigos entre os 35 e os 1.000 euros, mas o valor pode ser ligeiramente superior dependendo se o retalhista vende bens de maior valor, como por exemplo móveis ou computadores.

“A Klarna é para qualquer pessoa que queira maior flexibilidade no momento de gerir as suas finanças. O consumo médio, por compra, com a Klarna no sul da Europa é de 65 euros”, realça o head of business development da Klarna em Portugal.

Como funciona o pagamento?

Através da app Klarna, o consumidor escolhe o que quer comprar e no momento de pagar seleciona o botão rosa “pagar com a Klarna”. A Klarna vai perguntar qual o valor da compra – e vai ler o mesmo diretamente do website onde o consumidor está a comprar. O utilizador confirma o valor e a Klarna vai gerar um cartão de crédito de um só uso e pagar o valor na totalidade à marca.

Alexandre Fernandes Ribeiro conta que dentro de aplicação, o consumidor pode gerir o plano de pagamento. “O consumidor pode pagar antes do tempo ou pode adiar o pagamento da prestação por dez dias, sem qualquer taxa“.

Os portugueses podem ainda comprar com a Klarna através dos websites dos parceiros que trabalham diretamente com o banco sueco. O consumidor adiciona o produto ao carrinho e no momento de pagar só tem que carregar no botão “pagar com a Klarna”.

Aplicação KlarnaKlarna

O gestor conta que o banco sueco vai atuar em duas vertentes em Portugal: trazer para Portugal os players globais que já trabalham com a Klarna no estrangeiro, como a Adidas, H&M, Michael Kors, entre outros. E estabelecer parcerias com marcas portuguesas que já trabalham com a Klarna em outros mercados como a Salsa, Parfois, etc. “Estamos também a discutir com outras grandes marcas de consumo para integrar a Klarna”, afirma.

Como é que consumidor sabe se é elegível ou não? O head of business development da Klarna em Portugal conta que a Klarna, através de um algoritmo, consegue perceber em micro segundos, se pode ou não emprestar o dinheiro a determinada pessoa. “Temos muita informação a nível de consumo, de comportamentos do consumidor e através do algoritmo conseguimos identificar se um cliente é elegível ou não para trabalhar com a Klarna”, pormenoriza.

Klarna tem planos ambiciosos para Portugal

Alexandre Fernandes Ribeiro conta que a empresa tem planos ambiciosos para Portugal. Para a fintech mais valiosa da Europa, “Portugal é um mercado chave na Europa”.

“A ideia é começar com um escritório em Lisboa, mas podemos abrir um segundo escritório em outra cidade. Vamos começar com uma equipa pequena de cerca de dez pessoas. No entanto, o objetivo é alargar a equipa nos próximos meses, quer através de contratações locais, quer através de transferências internas”.

O head of business development da Klarna em Portugal realça que a empresa quer apostar em Portugal e no talento português. “A Klarna tem o tamanho e a tecnologia suficiente para criar um campus tecnológico em Portugal. Os planos são muito ambiciosos para Portugal”, levanta a ponta do véu.

Portugal é um país com penetração de cartão de crédito muito baixa (30%, enquanto na Alemanha, por exemplo, a taxa de penetração de cartão de crédito é de 51%). “Isso é um bom dado porque sabemos que os portugueses não gostam de cartões de crédito. Em Portugal, a utilização de cartões de débito está a subir com emissões de 5,6%, enquanto os cartões de crédito estão a baixar com uma tendência inversa de 1,6%, de acordo com um estudo de sistemas e meio de pagamento de 2019 do Banco de Portugal.

“Estes dados mostram-nos que o português está à procura de formas diferentes de comprar. Quer ter acesso a soluções mais inovadoras, mais fáceis, mais digitais. E para isso que chegamos aos portugueses”, realça o head of business development da Klarna em Portugal,

Para o lançamento da Klarna ser possível, trabalharam no projeto cerca de 350 pessoas. Alexandre Fernandes Ribeiro conta que muitos desses colaboradores são portugueses e estão a trabalhar nos escritórios de Estocolmo e Berlim. “Faz parte da nossa vontade trazer os portugueses que estão a trabalhar na Klarna de volta ao seu país”.

Alexandre Fernandes Ribeiro começou a trabalhar em Portugal, em métodos de pagamento na TAP e na Amadeus. Nos últimos anos, passou pela Iberia. Vive em Madrid há seis anos e assume-se como apaixonado por e-commerce, métodos de pagamento e tendências de consumo. Nas experiências anteriores desenvolvia projetos de integração de métodos de pagamento para companhias áreas e agências de viagens.

Head of business development da Klarna em Portugal, Alexandre Fernandes Ribeiro

Quando percebeu que a Klarna tinha planos de expansão para Portugal, decidiu que era o “momento perfeito para juntar-se à empresa a ajudá-la a fazer crescer”. Está na equipa da Klarna há dois meses e em breve vai mudar-se para Portugal para trabalhar diretamente com os parceiros no país. “Estou super feliz por regressar a Portugal”, conclui.

A Klarna foi fundada em Estocolmo, Suécia, em 2005, com o objetivo de tornar mais fácil para as pessoas fazerem compras online. Passados 16 anos é líder global de prestação de pagamentos, serviços bancários e compras.

O banco sueco está presente em 18 mercados, conta com uma equipa com mais de quatro mil funcionários de 100 nacionalidades, e tem como clientes algumas das marcas líderes mundiais, como a H&M, ASOS, IKEA, Adidas, Samsung e Lufthansa.

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DBRS alerta que malparado vai aumentar com retirada de medidas de apoio

Não é certo o impacto da retirada das medidas avançadas devido à pandemia, mas deve levar a um aumento do malparado. A deterioração vai depender da recuperação económica dos países, diz a DBRS.

Os bancos portugueses conseguirar reduzir o crédito não produtivo (em inglês, non-performing loan ou NPL) durante a pandemia, sendo que isto, em conjunto com as provisões feitas, melhorou o rácio de cobertura dos bancos, sinaliza a agência de notação financeira DBRS. Ainda assim, é necessário esperar para ver os efeitos da reversão das medidas de apoio. Além disso, a DBRS nota também que Portugal tem ainda várias moratórias pendentes e é ainda incerto o efeito no crédito.

Os NPL brutos dos bancos portugueses da EBA “diminuíram significativamente entre o quarto trimestre de 2019 e o segundo trimestre de 2021 (-42%), também levando a uma melhoria no rácio de NPL para 4,2% no final do segundo trimestre de 2021 de 6,5% no final do quarto trimestre de 2019″, sinaliza a DBRS, num comentário onde analisou a situação de Itália, Grécia, Espanha, Portugal, Irlanda e Chipre.

Além disso, os bancos portugueses também aumentaram as provisões desde o final do quarto trimestre de 2019, o que, juntamente com a redução do crédito malparado, “resultou na melhoria do rácio de cobertura dos bancos para 58,4% no final do segundo trimestre de 2021, de 50,1% no final do quarto trimestre de 2019”, acrescentam.

A agência de rating nota ainda que, enquanto Espanha, Irlanda, Grécia e Chipre “distribuíram uniformemente os NPLs entre famílias e empresas não financeiras”, nos NPL restantes na Itália e em Portugal as empresas não financeiras têm mais peso. Isto sugere um pipeline inclinado para as pequenas e médias empresas e empréstimos empresariais, em vez dos mutuários individuais, em Itália e Portugal.

Já olhando para as moratórias concedidas, os bancos abrangidos pela EBA em Portugal tinham 73% ainda pendentes no final do segundo trimestre de 2021, seguidos pelos bancos EBA na Itália (23% do total da moratória concedida) e em Espanha (13% do total da moratória concedida) no final do segundo trimestre de 2021.

Para fazer esta análise, a DBRS olhou também para a evolução de métricas chave, prevendo que o desemprego em Portugal tenha uma queda ligeira em 2022. O crescimento da economia portuguesa também será mais elevado no próximo ano, ao contrário dos restantes países analisados. Já nos preços dos imóveis, Portugal encontra-se bastante acima dos restantes países, tendo apresentado uma tendência crescente muito acentuada.

A DBRS conclui assim que a “resposta abrangente dos governos europeus e da CE tem sido até agora eficaz em impedir um aumento nos NPL” nestas jurisdições, no curto prazo. O desemprego e o imobiliário residencial “tiveram um desempenho melhor do que o esperado nestas jurisdições, com aumentos de preços imobiliários portugueses superiores a outras jurisdições”, sublinham.

A agência sublinha ainda que os efeitos da reversão das medidas de alívio ainda terão de ser avaliadas, sendo a expectativa que os NPL aumentem, mas “a deterioração dependerá de vários fatores, incluindo a plena recuperação económica do país”.

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Inflação passa barreira dos 4% na Zona Euro e na UE em outubro

Os preços da energia são os grandes responsáveis pelo agravamento da inflação tendo contribuído com 2,21 pontos percentuais. Portugal tem a segunda taxa de inflação mais baixa da UE.

A inflação na Zona Euro está a acelerar à boleia da subida dos preços da energia, mas Portugal ainda tem a segunda taxa mais baixa (1,8%). A taxa de inflação na área do euro foi de 4,1% em Outubro, mais 0,7 pontos percentuais face ao mês anterior, mas mais 4,4 pontos em termos homólogos, de acordo com os dados do Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, entre os 27 Estados-membros, as taxas de inflação anuais mais baixam foram registadas, em outubro, em Malta (1,4%), Portugal (1,8%), Finlândia e Grécia (2,8% cada). E as mais altas na Lituânia (8,2%), Estónia (6,8%) e Hungria (6,6%). No conjunto da União a taxa de inflação atingiu os 4,4% em Outubro, um valor que compara com os 0,3% registados há um ano. Na Zona Euro, em outuro de 2020 a inflação estava em terreno negativo (-0,3%).

Os preços da energia são os grandes responsáveis pelo agravamento da inflação, tendo contribuído com 2,21 pontos percentuais. Em segundo lugar surgem os serviços com um contributo de apenas 0,86 pontos percentuais. Já a alimentação, álcool e tabaco surgem em último com um contributo de 0,43 pontos.

Caso se excluíssem os preços da energia então a inflação é de 2%, ou seja, dentro do limiar definido pelo Banco Central Europeu. Mas são admitidos desvios temporários e moderados, por isso, Christine Largade já disse ser “muito improvável” o BCE subir juros no próximo ano. “Apesar da atual subida da inflação, as perspetivas para a inflação no médio prazo permanecem moderadas”, disse há duas semanas, tranquilizando os investidores que apostavam numa subida das taxas de referência do BCE para fazer face à escalada da inflação pressionando as yields da dívida da periferia, incluindo Portugal.

Um aperto indevido das condições de financiamento não é desejável numa altura em que o poder de compra já está a ser comprimido por maiores contas na energia e nos combustíveis, e representaria um vento contrário sem garantia para a recuperação”, justificou Christine Lagarde.

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Nação unicórnio, nómadas digitais e modelos híbridos. Nova Pessoas chega às bancas

  • Trabalho
  • 17 Novembro 2021

De país startup a nação unicórnio, nómadas digitais, modelos híbridos e semana de trabalho de quatro dias são alguns dos temas da nova edição da Pessoas.

As startups nacionais já levantaram mais de mil milhões de dólares, tanto quanto vale um unicórnio. E já são cinco em Portugal: Farfetch, Outsystems, Feedzai, Talkdesk e, mais recentemente, a Remote. Estará Portugal a cumprir a promessa de se transformar num país hub tech? O que falta para, do país startup, passarmos para a nação unicórnio? Na edição da revista Pessoas de novembro/dezembro, que fizemos a par e passo da Web Summit, fomos tentar descobrir estas respostas, junto de alguns dos fundadores dos unicórnios de ADN português, empreendedores e gestores.

Marcelo Lebre, cofundador, COO e CTO da Remote, conta os planos da empresa que pretende mudar o mundo do trabalho. Até ao final do ano quer estar em 80 países, no próximo ano dar emprego direto a mais de 1.500 pessoas e assegurar cobertura global com os seus serviços. Um longo caminho para o jovem de Anadia que estudou em Aveiro e teve de vir para Lisboa para ter mais oportunidades de trabalho.

“Senti muitas vezes que estava em Londres ou Barcelona. Sentir-me estrangeiro no meu próprio país, de ter forçosamente de ir para uma cidade que me era muito alienígena, não deveria ser obrigatório. É uma coisa que me motiva na Remote, é que eu não tive oportunidade de trabalhar onde queria”, diz.

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Quem tem oportunidade de trabalhar a partir de onde deseja são os nómadas digitais, para quem a casa ou o escritório pode ser qualquer lugar onde esteja o computador portátil e haja uma boa ligação à internet. Estes profissionais viajam enquanto trabalham, não estão presos a um lugar, horário ou, muitas vezes, empregador. Falámos Tadeu Marques, Gergana Yordanova e Raquel Silvestre sobre as suas experiências enquanto nómadas digitais, das oportunidades aos desafios.

Numa altura em que Governos e empresas em todo o mundo estão a testar uma redução na semana de trabalho, fomos ainda tentar perceber, junto de quem já experimentou (ou está nesse processo) em Portugal, quais os resultados dos pilotos. Quais as dificuldades, receios e vantagens que os empregadores veem na semana de trabalho de quatro dias? E como pode ser implementada na prática?

Como as empresas se estão a organizar nos modelos híbridos, retiros ecológicos que são uma atividade de team building, o potencial do talento com dislexia ou as tecnologias que estão a revolucionar o mercado de trabalho são outros dos temas que podem ser encontrados na edição de novembro/dezembro da Pessoas já nas bancas.

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PSD quer Comissão Permanente a reunir uma vez por semana após dissolução

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

Após a dissolução do Parlamento, o líder parlamentar do PDS quer a Comissão Permanente a reunir uma vez por semana.

O líder parlamentar social-democrata defende o funcionamento da Comissão Permanente do Parlamento, a partir da dissolução da Asembleia da República. Adão Silva argumenta que o Governo não está demitido, vai estar em plenitude de funções e não pode deixar de ser fiscalizado pelos deputados, em declarações à Rádio Renascença (acesso livre).

Adão Silva realça que a Comissão Permanente tem diversos poderes atribuídos pela Constituição e que em tempos de pandemia pode ver a sua importância acrescida. Por exemplo, cabe à Comissão Permanente dar seguimento se o Presidente da República eventualmente decretar um novo estado de emergência.

A Comissão Permanente da Assembleia da República, órgão com menos deputados que o plenário e poderes limitados, entrará em funções quando o Chefe de Estado dissolver oficialmente o Parlamento, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022.

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Trevor Noah perguntou “o que produzem em Portugal” e não ficou sem resposta

  • Tiago Lopes
  • 17 Novembro 2021

Humorista falou sobre a alteração ao Código do Trabalho que impede os chefes de contactarem os trabalhadores nas horas de descanso e deixou uma pergunta: “o que produzem em Portugal?”

As mais recentes alterações ao Código do Trabalho, nomeadamente a que impede os empregadores de contactarem os seus trabalhadores no período de descanso, estão a ser notícia um pouco por todo mundo.

Trevor Noah, o sucessor de Jon Stweart no The Daily Show, abordou o tema num dos seus mais recentes monólogos humorísticos, onde disse que “se os portugueses passarem a trabalhar menos isso poderá fazer com que o resto do mundo possa ter acesso a menos… cães de água? O que eles fazem, mesmo, lá em Portugal?”, questionou o humorista.

O apresentador do The Daily Show termina o vídeo a dizer que esta alteração ao Código do Trabalho é um bom exemplo das diferenças entre a grande maioria dos países da Europa quando comparada com a realidade americana no tema do trabalho, ironizando que uma vitória laboral nos Estados Unidos resume-se aos funcionários da Amazon “poderem escolher entre garrafas de vidro e plástico para urinar.”

Como já é hábito nestas situações, o humor do apresentador rapidamente chegou ao Twitter, onde centenas de utilizadores apressaram-se a dar exemplos naquilo em que Portugal produz e é bom.

A Feedzai, uma das cinco empresas unicórnio em Portugal, não quis deixar o apresentador sem respostas, lembrando “que há uma tecnologia desenvolvida em Portugal que ajuda a proteger quatro dos cinco maiores bancos na América do Norte.”

Outro utilizador lembra que “aqui em Portugal nós produzimos o melhor vinho, um azeite realmente bom, sapatos e roupa para marcas de luxo, alguns dos melhores jogadores de futebol do mundo e uma comida fantástica.”

Há também quem faça questão de lembrar que Portugal é um dos países mais seguros do mundo e que tem a melhor taxa de vacinação contra a Covid-19.

Há ainda quem não tenha gostado muito do humor do apresentador sul-africano: “Para alguém que considerei estar bem informado, revelou (ou fingiu) um desconhecimento de um país apenas pelo humor fácil”, escreveu um utilizador no Twitter.

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Europa é o único continente onde as mortes por Covid-19 estão a aumentar

  • Lusa
  • 17 Novembro 2021

A Europa registou um aumento de 5% nas mortes por Covid-19 na última semana, enquanto no resto dos continentes o número de óbitos permaneceu estável ou diminuiu, revela a OMS.

A Europa registou um aumento de 5% nas mortes por Covid-19 na última semana, enquanto no resto dos continentes o número de óbitos permaneceu estável ou diminuiu, de acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o documento, publicado esta quarta-feira, na América, as mortes por esta causa diminuíram 3%, na região do Pacífico Ocidental – que inclui a China – caíram 5% e no Mediterrâneo Oriental 14%.

No sul e no leste da Ásia, que inclui a Índia, as mortes no contexto da pandemia aumentaram 1% e em África subiram 3%.

Globalmente, foram registadas 50 mil mortes adicionais, de acordo com as notificações de todos os países recebidas pela OMS, um número que se manteve estável.

O número de infeções aumentou 6% globalmente. Por região, o aumento foi de 8% na Europa e na América, enquanto em África foram relatados menos 33% de casos.

O número de infeções em todo o mundo subiu para 252 milhões em 23 meses, desde que o vírus começou a circular intensamente na China.

Na Europa, a incidência de casos por 100.000 habitantes foi muito maior (230) do que em qualquer outra região. Na América, foi de 74 casos por 100.000 habitantes.

Os países com mais casos na última semana foram Estados Unidos, Rússia, Alemanha, Reino Unido e Turquia.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.105.488 mortes em todo o mundo, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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“Ninguém deve ir trabalhar com sintomas”, avisa Mariana Vieira da Silva

"O importante desde já é todos tomarmos as medidas necessárias: a utilizaçao de máscara, manter as distâncias, ter um cuidado especial em eventos com mais gente" e fazer testes, aconselhou a ministra.

A ministra da Presidência defende que as pessoas devem voltar a ser mais cuidadosas e na sua vida adoptar medidas como o uso de máscara ou evitar ajuntamentos, para além de fazer testes, mas sobretudo “ninguém deve ir trabalhar com sintomas” de gripe ou constipação.

O primeiro-ministro já disse que disse que não prevê a necessidade de decretar novamente o estado de emergência, mas está agendada para sexta-feira uma reunião com especialistas em saúde pública no Infarmed e depois serão tomadas decisões. “Temos de ouvir os especialistas e depois tomar decisões”, disse Mariana Vieira da Silva em declarações à RTP3, esta quarta-feira.

A minstra recordou que o Executivo sempre sublinhou que caso a situação se agravasse haveria um conjunto de medidas que poderiam regressar. Mas para já o importante é as pessoas alterarem já alguns dos seus comportamentos e serem mais cautelosas. “Nas nossas vidas cada um de nós deve ter novamente mais cuidados, porque sabemos que os casos estão a crescer. Assim evitar ajuntamentos, ser cuidadoso quando se está em grupos, fazer testes e ninguém deve ir trabalhar com sintomas porque aquilo que noutro tempo poderia parecer uma constipação ou uma gripe agora pode não ser”, lembrou a responsável.

“O importante desde já é todos tomarmos as medidas necessárias: a utilizaçao de máscara, manter as distâncias, ter um cuidado especial em eventos com mais gente, os testes estão disponíveis, nomeadamente o autoteste, para controlar este crescimento”, acrescentou Mariana Vieira da Silva.

Sem levantar a ponta do véu sobre quais poderão ser as medidas de conteção que o Executivo poderá vir a tomar, a minsitra da Presidência explicou que a avaliação está a ser feita agora. “Sabemos que a situação na Europa evoluiu e temos de olhar para os números das linhas vermelhas e ver se ainda estão atuais. É esse trabalho que vamos começar a fazer na sexta-feira”, explicou.

Sobre a violência doméstica, que é um crime público, a ministra diz que o que existe em termos de legislação é suficiente tendo em conta as alterações que foram introduzidas ao longo dos últimos anos, nomeadamente a base de dados criada em agosto entre todos os agentes envolvidos. “O entrave agora é que todos os intervenientes ajudem conjuntamente na prevenção e numa justiça célere e justa”.

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PS e PSD passam insolvência pessoal para três anos

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

O PS e o PSD já chegaram a acordo nas alterações à lei que regula as insolvências e recuperação de empresas. Mudanças devem aplicar-se não só aos novos casos, mas também aos já em curso.

O PS e o PSD já chegaram a acordo nas alterações à lei que regula as insolvências e recuperação de empresas, que são discutidas esta quarta-feira no Parlamento. Com este consenso, as pessoas que se apresentem à insolvência passam a ter três anos em que ficam limitadas na vida financeira, fincando livre das dívidas no final (atualmente são previstos cinco), avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

O Governo tinha apresentado um conjunto de alterações ao Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, sendo que o PS e o PSD acabaram por depois apresentar um texto comum com alterações à proposta original para garantir a viabilização. Para as famílias, prevê-se, também a possibilidade de serem apreendidos ou vendidos bens que tenham, no final, com o valor entregue aos credores, para evitar situações de enriquecimento sem causa.

As novas regras devem aplicar-se não só aos novos casos, mas também aos já em curso. Já para as empresas que queiram avançar com um Processo Especial de Revitalização (PER), é agora previsto um período de quatro meses (prorrogáveis por mais um) durante o qual podem negociar um plano com os credores e terão suspensas as execuções de dívidas.

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Nas notícias lá fora: Regras orçamentais da UE, Volkswagen e Times Square

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

Primeiro-ministro grego confiante que regras orçamentais na UE vão mudar. Volkswagen quer acompanhar Tesla nos elétricos e celebração de Ano Novo regressa a Times Square mas só para pessoas vacinadas.

O primeiro-ministro grego está confiante de que a União Europeia vai rever as regras do défice e da dívida na sequência da pandemia de Covid-19. No ramo automóvel, a Volkswagen quer acompanhar a Tesla na produção de elétricos. Inflação no Reino Unido sobe para máximo de dez anos. A celebração de Ano Novo regressa a Times Square mas só para pessoas vacinadas contra a Covid-19. Conheça estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional esta quarta-feira.

Financial Times

Primeiro-ministro grego confiante que regras orçamentais vão mudar

O primeiro-ministro grego está confiante de que a União Europeia vai rever as regras do défice e da dívida na sequência da pandemia de Covid-19, dando assim mais margem de manobra para o Governo grego investir. Em entrevista ao Financial Times, Kyriakos Mitsotakis disse que “haverá uma mudança no enquadramento e não nos será prejudicial. Qualquer melhoria ser-nos-á favorável”. A Comissão Europeia lançou uma consulta sobre a forma de reformar as regras em torno do Pacto de Estabilidade e Crescimento antecipando aquilo que se espera ser um debate aceso entre as capitais europeias até que ponto essa revisão deve ir. As regras para que os Estados-membro cumpram um limite de 3% de défice e de 60% da dívida pública foram suspensas no ano passado na sequência da pandemia de Covid-19, mas tudo aponta para que sejam reinstauradas em 2023.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Volkswagen quer acompanhar Tesla nos elétricos

A Volkswagen tenciona duplicar o número de colaboradores na secção de energia, lançar uma nova tecnologia de pagamento no próximo ano e fazer mais alianças para enfrentar a Tesla. Uma das apostas da Volkswagen é a expansão da rede de carregamento rápido. Para conseguir acompanhar a Tesla e melhorar a performance, a Volkswagen contratou Elke Temme, veterano da indústria energética, que passou quase duas décadas nas empresas alemãs de energia RWE e Innogy. Até junho, a Volkswagen regressou aos lucros com as vendas de eléctricos a duplicarem.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago, conteúdo em inglês)

CNBC

Inflação no Reino Unido sobe para máximo de 4,2%

A inflação no Reino Unido subiu 4,2% em outubro, para um máximo de 10 anos. Já em setembro registou uma subida de 3,1%. O Banco de Inglaterra espera que a inflação aumente ainda mais na primavera de 2022. “O salto na taxa de inflação em outubro, para a taxa mais alta desde dezembro de 2011, foi impulsionado principalmente pelo aumento de 12,2% no limite de preços por defeito do Ofgem”, disse Samuel Tombs, o economista chefe do Reino Unido, referindo-se ao aumento dos preços do gás.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Contribuições em Espanha pesam menos que na UE, mas empresas pagam mais

Os empregadores espanhóis pagam 1,7 pontos percentuais a mais em contribuições em percentagem do PIB quando comparado com os 27 Estados-membros, enquanto os trabalhadores pagam 2,6 pontos a menos. De acordo com os últimos dados disponíveis para 2019 do Relatório da Comissão Europeia sobre Tendências Fiscais na UE, o peso das contribuições em Espanha no seu conjunto (contribuições dos empregadores e dos trabalhadores) é equivalente a 12,1% do PIB, quase um ponto a menos do que o peso destes pagamentos na UE-27 (13,1%).

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

The New York Times

Celebração de Ano Novo regressa a Times Square mas só para pessoas vacinadas

As famosas celebrações de Ano Novo em Time Square, em Nova Iorque, vão voltar a ter multidões, mas os participantes terão de apresentar um comprovativo da vacinação completa contra a Covid-19. São esperadas centenas de milhares de pessoas para ver a famosa bola de cristal iluminada que desce ao ritmo das 12 badaladas no Ano Novo. Mas, todos os participantes com cinco ou mais anos deverão apresentar certificado de vacinação completa contra a Covid-19 e aqueles que não podem ser vacinados por problemas de saúde terão de apresentar um teste negativo. Na passagem de ano de 2020 para 2021 não houve multidões e as ruas ficaram praticamente vazias após os apelos das autoridades para ficarem em casa e assistirem à contagem decrescente na televisão.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso livre, conteúdo em inglês)

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Adaptar Turismo: 1.061 empresas pediram 19,6 milhões em apoios ao Governo

Adaptar Turismo tem uma dotação de dez milhões de euros, mas os apoios pedidos pelas mais de mil candidaturas são o dobro.

O Governo disponibilizou cinco milhões de euros para ajudar as empresas do turismo, através do programa Adaptar, mas em poucas horas a dotação esgotou-se, levando a um reforço de mais cinco milhões de euros. Mas nem esses dez milhões de euros são suficientes para dar resposta às mais de mil empresas que se candidataram a estes apoios públicos, cujos apoios pedidos são quase o dobro das verbas disponíveis.

De acordo com dados adiantados ao ECO por fonte oficial do Ministério da Economia, nas pouco mais de 48 horas que o Adaptar Turismo esteve a receber candidaturas, foram 1.061 as empresas do setor do turismo que se candidataram.

Ao todo, estas pequenas e médias empresas pediram ao Estado 19,6 milhões de euros em apoios, adiantou a mesma fonte, um valor que representa o dobro da dotação de dez milhões de euros que o Adaptar Turismo tem.

As candidaturas ao Adaptar Turismo abriram a 21 de outubro, estando disponíveis cinco milhões de euros. Contudo, de acordo com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), essa verba foi esgotada em poucas horas, o que levou o Governo a disponibilizar mais cinco milhões de euros para o programa.

Mas nem esses dez milhões de euros parecem suficientes para dar resposta às necessidades do setor, como mostram os números adiantados por este Ministério. Na altura em que as candidaturas abriram, a AHRESP alertou para o facto de ser “absolutamente essencial” haver um “reforço significativo” do programa.

O ECO questionou o Ministério de Siza Vieira quanto ao número de candidaturas que foram ou ainda serão aprovadas, bem como quanto às intenções do Governo em avançar com um novo reforço, mas até ao momento de publicação deste artigo não obteve qualquer resposta.

O Adaptar Turismo é destinado a micro, pequenas e médias empresas que desenvolvam atividades económicas no setor turístico, visando visa ajudar na adaptação e no investimento nos estabelecimentos. Prevê um apoio máximo de 20 mil euros a fundo perdido.

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