FCP confirma buscas e diz estar a colaborar com as autoridades

O MP está a investigar o pagamento de comissões superiores a 20 milhões de euros relacionados com transferências de futebolistas e efetuou 33 buscas, entre as quais na SAD do FCP e Banco Carregosa.

A SAD do FCP informou o mercado que foi alvo de um mandato de busca, ao longo do dia de segunda-feira, nas suas instalações, “por suspeitas das entidades judiciais de crimes de abuso de confiança, fraude fiscal e branqueamento de capitais que tiveram a sua génese em movimentos financeiros relativos a transferências de jogadores de futebol”.

O Ministério Público (MP) está a investigar o pagamento de comissões superiores a 20 milhões de euros relacionados com transferências de futebolistas e hoje efetuou 33 buscas, entre as quais na SAD do FC Porto e o Banco Carregosa. Em comunicado, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) refere que na investigação estão “factos ocorridos pelo menos desde 2017 até ao presente, com forte dimensão internacional e que envolvem operações de pagamento de comissões de mais de 20 milhões de euros”.

Ao ECO, fonte oficial do Banco Carregosa confirma as buscas “no âmbito de um inquérito que se encontra em segredo de justiça aberto contra entidades suas clientes, o Banco Carregosa foi hoje objeto de buscas, tendo o Banco prestado a sua melhor colaboração às autoridades que aqui se deslocaram para o referido efeito”.

A SAD do FC Porto diz ainda, em comunicado, que “ colaborou com a equipa de investigadores cujo trabalho visou a apreensão de documentos que pudessem interessar à investigação”.

Em comunicado, o DCIAP acrescenta que as diligências de “visam investigar a suspeita de prática de crimes de fraude fiscal, burla, abuso de confiança e branqueamento, relacionados com transferências de jogadores de futebol e com circuitos financeiros que envolvem os intermediários nesses negócios”. Na execução dos 33 mandados de busca realizados em Lisboa e no Porto, que incluíram a SAD (Sociedade Anónima Desportiva) do FC Porto, uma instituição bancária e diversas residências, “participaram 85 elementos da Inspeção Tributária e da PSP, bem como magistrados do Ministério Público”.

Fonte ligada ao processo confirmou também à Lusa que o DCIAP e a Autoridade Tributária, apoiados por elementos da PSP, fizeram buscas à casa do presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, e às instalações do clube. A mesma fonte indicou que este inquérito é um processo autónomo da operação “Cartão Vermelho”.

A operação de foi avançada pela revista Sábado, que revelou que as buscas envolvem também os empresários de futebol Pedro Pinho e Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente do FC Porto.

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