Catarina Martins apela à rejeição de maioria absoluta do PS nas eleições legislativas
Numa mensagem gravada, Catarina Martins aponta que "só rejeitando a maioria absoluta poderemos encontrar soluções para o SNS e para o salário ou um esforço verdadeiro para derrotar a corrupção".
A coordenadora do BE defendeu esta terça-feira, numa mensagem de Ano Novo, que “só rejeitando a maioria absoluta” do PS será possível encontrar soluções para o Serviço Nacional de Saúde, salários ou “um esforço verdadeiro” contra a corrupção.
“O Governo do PS rejeitou um acordo com a esquerda na saúde e nas regras laborais e preferiu provocar eleições em janeiro. António Costa já explicou porquê: quer a maioria absoluta. Só rejeitando a maioria absoluta poderemos encontrar soluções para o SNS e para o salário ou um esforço verdadeiro para derrotar a corrupção”, sustentou Catarina Martins, numa mensagem em vídeo gravada.
Garantindo que o BE “lutará por essas soluções”, num apelo ao voto para as eleições de 30 de janeiro, na tradicional mensagem de Ano Novo a líder bloquista focou-se em dois temas: corrupção e saúde.
“Chegamos ao fim de mais um ano difícil, marcado pela pandemia mas não só: a detenção de um ex-banqueiro e de um ex-governante, ou a investigação sobre clubes de futebol, revela de novo o mundo das fraudes milionárias, dos dinheiros escondidos em offshores, das conivências”, lamentou.
Para Catarina Martins, é necessário “quebrar bloqueios”, quer “na falta de meios das autoridades judiciárias” ou “nos processos que demoram dez anos a chegar ao julgamento”.
“Precisamos do fim dos ‘offshore’, controlo dos capitais, criminalização do enriquecimento ilícito, fim dos vistos ‘gold’, transparência, responsabilidade. São estas as armas da democracia contra a corrupção e não podemos perder mais tempo. A corrupção é uma ameaça contra toda a gente porque nos rouba recursos, vicia os governos, empobrece Portugal”, defendeu.
A coordenadora do Bloco mostrou-se satisfeita com o sucesso da vacinação contra a Covid-19 no país, apontando que esta “reduziu o impacto da pandemia a cerca de um terço face ao ano passado”, mas ressalvou que a doença “ainda faz vítimas”.
“Apesar deste alívio, os profissionais da saúde estão exaustos e continuam sobrecarregados. Peço-lhe, por isso, que se vacine e que vacine os seus filhos”, apelou.
Catarina Martins insistiu ainda na necessidade de “assegurar ao SNS os profissionais de que precisa, criar as carreiras na saúde, investir nos hospitais e centros de saúde”, advogando que “o SNS é igualdade, é democracia, tem que ter o melhor do país”.
O Presidente da República convocou eleições legislativas antecipadas para 30 janeiro de 2022 na sequência do “chumbo” do Orçamento do Estado do próximo ano, no Parlamento, em 27 de outubro.
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