De 8 a 168 euros, estas cidades dão vouchers para atrair turistas

Com o turismo a ser fortemente afetado pela pandemia, há várias cidades, tanto cá dentro como lá fora, a oferecerem vouchers para conseguirem atrair turistas. Chegam às centenas de euros.

Numa altura em que o turismo conta os dias para o início do verão, as cidades pensam em formas de dar um impulso ao setor. Espalhadas pelo mundo, são muitas as autarquias que criaram vouchers para oferecer aos turistas, incentivando-os a viajar e a injetar dinheiro nas economias locais. De oito a 168 euros, conheça as ofertas que existem atualmente disponíveis e as que estão planeadas para os próximos meses.

É um tipo de iniciativa que está a ser adotado lá fora, mas por cá houve cidades que já pensaram em algo semelhante. Em junho do ano passado, a Câmara de Óbidos criou a campanha “Óbidos Voucher Card”, em que ofereceu aos visitantes um vale de 15 euros que poderia ser usado nas empresas do concelho. Numa primeira fase foram oferecidos 1.000 vouchers, numa campanha que totalizou 15 mil euros de investimento.

Mas recentemente foram criadas novas iniciativas. Há poucos dias, O Turismo Centro de Portugal anunciou uma parceria com o Continente, a Top Atlântico e a Geostar, chamada “Viagens na Nossa Terra – Descubra o Centro de Portugal”. A ideia é oferecer “escapadinhas” de duas ou mais noites em hotéis da região a preços promocionais. Além disso, quem tiver cartão Continente poderá acumular 20% do valor da reserva em cartão, diz o jornal Notícias de Coimbra.

Esta campanha prevê três valores promocionais: 89 euros para estadias em hotéis de três estrelas, 99 euros para unidades de turismo rural e 109 euros para hotéis de quatro estrelas. Estes preços aplicam-se a estadias de duas noites em quarto duplo, para um máximo de duas pessoas, em regime de alojamento e pequeno-almoço. Os pacotes podem ser comprados na Top Atlântico ou GeoStar e são válidos para reservas até 30 de outubro, excluindo o período entre 1 de agosto e 15 de setembro.

Ainda em território nacional, o município de Ourém lançou a “Campanha 10.001 Noites”, cujo objetivo é dinamizar a hotelaria e a restauração. A iniciativa, que arrancou a 1 de abril e termina a 31 de março de 2022, é exclusiva a turistas nacionais e oferece uma noite extra e um voucher de 10 euros para uma refeição no ato da reserva de uma ou mais noites nos hotéis do concelho.

 

Redmond oferece 100 dólares aos primeiros 500 turistas

No estado norte-americano de Washington, a cidade Redmond, que abriga as sedes da Microsoft, Facebook, SpaceX e Nintendo, está a oferecer vouchers aos turistas. O impacto na economia local, sobretudo na hotelaria, deu-se em março do ano passado, quando estas empresas colocaram os trabalhadores em teletrabalho. E essa tendência manteve-se nos meses seguintes, até que surgiu uma ideia.

De acordo com o The Guardian (conteúdo em inglês), a autarquia criou no mês passado uma iniciativa chamada “You Stay, We Pay” [tu ficas, nós pagamos]. A ideia é oferecer vouchers de 100 dólares (84 euros) aos primeiros 500 visitantes a ficarem hospedados duas ou mais noites num dos hotéis aderentes da cidade. Em duas semanas, reservaram-se 750 das 1.000 noites previstas, tendo sido oferecidos mais de 30 mil dólares (25,2 mil euros).

Colorado também aderiu aos vouchers de 100 dólares

Ainda nos Estados Unidos, no Colorado, o resort Glenwood Springs teve a mesma ideia. Segundo o The Guardian, depois de os hotéis terem sido fechados em abril do ano passado devido à pandemia, a cidade começou a oferecer vales de 100 dólares (84 euros) aos visitantes que marcassem estadias nestes hotéis, que recebem anualmente 1,5 milhões de hóspedes.

Califórnia dá cartões Visa de 100 dólares

Santa Maria Valley, no centro da Califórnia, criou um programa semelhante em fevereiro. Ofereceu aos primeiros 500 visitantes que reservaram uma estadia de pelo menos duas noites num de hotéis da cidade um cartão-presente Visa de 100 dólares (84 euros). A oferta da zona esgotou em dois dias e contou ainda com 2.543 pessoas inscritas na lista de espera, diz o The Guardian, citando a diretora de turismo do Visit Santa Maria Valley.

Singapura oferece vales de 10 dólares

Em dezembro do ano passado, o Governo de Singapura ofereceu vouchers de 100 dólares (84 euros) aos habitantes com mais de 18 anos para que estes dessem um impulso ao setor turístico. Agora, em abril, de acordo com a Time Out (conteúdo em inglês), arrancou uma nova campanha, com o mesmo objetivo, mas desta vez com vales de dez dólares (8,4 euros). Estes vouchers podem ser usados em mais de 200 hotéis, atrações e passeios.

Austrália do Sul arranca com terceira fase de vouchers até 200 dólares

O estado da Austrália do Sul vai arrancar com uma terceira fase de vouchers para ajudar o turismo. Contudo, ao contrário das iniciativas anteriores, desta vez não será oferecida estadia. De acordo com o site 9News (conteúdo em inglês), os vales serão de 50 dólares (42 euros), 100 dólares (84 euros) e 200 dólares (168 euros) e poderá ser gastos em passeios ou experiências, esperando-se a adesão de 500 empresas. As primeiras edições conseguiram mais de 62 mil estadias e receitas de mais de 32 milhões de dólares (26,9 milhões de euros) para a economia.

Empresários de Malta pedem nova ronda de vouchers

O Governo de Malta arrancou no ano passado com uma ronda de vouchers de 80 euros que poderiam ser gastos em restaurantes, bares e hotéis, e também de 20 euros para outras experiências. Entretanto, para janeiro deste ano, estava agendada uma nova iniciativa semelhante, que acabou adiada devido ao aumento de casos de infeção no país, que ditou o encerramento dos estabelecimentos até 11 de abril. Mas o Governo comprometeu-se a concretizar essa promessa assim que a situação melhorasse. Agora, de acordo com o site Lovin Malta (conteúdo em inglês), os empresários do turismo pedem ao Governo que volte a lançar esta iniciativa, ainda antes de junho.

Escócia planeia voucher de 75 libras

Ainda não aconteceu, mas a proposta já está em cima da mesa. O impacto da pandemia também chegou ao turismo da Escócia e, a tentar uma solução, o Partido Trabalhista Escocês propôs a criação de um voucher de 75 libras (86,7 euros) que deverá ser oferecido a cada habitante e poderá ser usado em negócios não alimentares no país. A ideia seria arrancar com essa iniciativa em junho e estendê-la por seis meses, refere o jornal Holyrood (conteúdo em inglês). Em cima da mesa está ainda a ideia de oferecer uma terceira noite gratuita a quem fizer reservas nos alojamentos turísticos.

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“É um sistema doente”, acusa Moedas sobre Operação Marquês

A reação do social-democrata à decisão instrutória da Operação Marquês foi feita numa altura em que o líder do PSD, Rui Rio, ainda não se pronunciou.

O sistema judicial português está “doente”, na opinião de Carlos Moedas, que reagiu assim à decisão do debate instrutório conhecida esta sexta-feira. No Twitter, o social-democrata que se vai candidatar à Câmara Municipal de Lisboa nas próximas autárquicas, considerou que a democracia “está em causa”.

“Um sistema que dá como comprovado que um ex-PM [primeiro-ministro] é corrupto, mas não o condena enquanto tal, é um sistema doente. Não podemos continuar assim. É a nossa democracia que está em causa“, escreveu Moedas na rede social.

A reação do social-democrata foi feita numa altura em que o líder do PSD ainda não se pronunciou. Rui Rio convocou para este sábado uma reunião da Comissão Permanente do partido para analisar a decisão instrutória da Operação Marquês, na qual juiz Ivo Rosa decidiu pela não pronúncia de Sócrates nos crimes de corrupção de que estava acusado.

Sobre os negócios de construção de 50 mil casas na Venezuela, o juiz referiu que o antigo primeiro-ministro não é referido por qualquer outro arguido e que não existe prova que sustente que tenha tido conhecimento dos termos do acordo de cooperação assinado entre Portugal e Venezuela.

Sobre as obras da Parque Escolar, considerou que não existe qualquer subjetividade na escolha da proposta vencedora. Já relativamente ao TGV, o juiz relembrou todos os testemunhos que não corroboram também que Sócrates tenha interferido no procedimento concursal e que não existem provas que o ligue a Joaquim Barroca.

Afirmou ainda que existem indícios insuficientes e ausência de prova de que Ricardo Salgado pagou a José Sócrates (os 12 milhões falados na acusação). Assim, Sócrates será julgado apenas por três crimes de falsificação e três de branqueamento de capitais, acusações que Sócrates diz que não são verdade.

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BE avisa que adiar apoios é condenar as pessoas “a uma crise maior”

  • Lusa
  • 10 Abril 2021

A líder do BE não encontra explicação para o facto de Governo decidir “adiar e criar problemas à concretização do que foi aprovado pelo parlamento e promulgado pelo Presidente da República”.

A coordenadora do BE, Catarina Martins, avisou este sábado que adiar o pagamento dos apoios sociais “é condenar a uma crise maior” quem está a sofrer, criticando o Governo por “criar problemas à concretização” do que foi aprovado pelo parlamento.

Catarina Martins discursava no comício de apresentação da candidatura da deputada Beatriz Gomes Dias como cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, que decorreu maioritariamente ‘online’, estando cerca de 40 pessoas presentes fisicamente na Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa.

“Neste momento, em que reafirmamos o nosso compromisso com todas as lutas pela dignidade, pelo apoio social, pela solidariedade, reafirmamos também a nossa exigência de que os apoios sociais cheguem quanto antes a todos os que deles precisam”, exigiu.

A líder do BE não encontra explicação para o facto de Governo decidir “adiar e criar problemas à concretização do que foi aprovado pelo parlamento e promulgado pelo Presidente da República”, referindo-se ao prolongamento dos apoios sociais, um tema que tem marcado o tom das críticas dos bloquistas ao executivo socialista liderado por António Costa.

“Não fechamos os olhos à crise, não adiamos a resposta, não ficamos à espera que passe porque para cada pessoa, para cada família que neste momento está sem rendimentos, que neste momento está a sofrer, adiar o apoio é condenar a uma crise maior”, avisou. Na perspetiva de Catarina Martins, é preciso que estes apoios “cheguem a quem não pode trabalhar por causa da pandemia e a quem nunca teve direitos porque foi sempre condenado à precariedade”.

“Sim, nós queremos outras leis de trabalho, nós não queremos que exista precariedade no país e lutamos por isso todos os dias, mas queremos, já, agora que quem não tem culpa da situação precária em que se encontre não fique sem apoio social no tempo da pandemia”, defendeu.

A exigência do BE, segundo a sua líder, é uma “resposta justa à crise”. “E será isso que diremos todos os dias e que exigiremos todos os dias e é essa a proposta também que construímos em Lisboa”, comprometeu-se, defendendo que “a responsabilidade é agir já e agir com solidariedade”.

As alterações aos apoios sociais aprovados pelo parlamento e que o Governo já anunciou que vai enviar para o Tribunal Constitucional entraram em vigor na quinta-feira e irão refletir-se no pagamento de maio para os trabalhadores independentes e sócios-gerentes.

Nesse mesmo dia, o Conselho de Ministros aprovou uma “cláusula de salvaguarda” para garantir que “ninguém fica a receber um valor inferior” do apoio à redução de atividade devido às alterações aprovadas no parlamento, disse a ministra do Trabalho.

Em causa está o apoio à redução da atividade dos trabalhadores independentes e sócios-gerentes que foi reativado esta ano devido ao confinamento e que foi alterado no parlamento com os votos contra do PS e que o Governo já disse que vai enviar para o Tribunal Constitucional.

Com as alterações, a base de cálculo do apoio passa a considerar o rendimento médio anual mensualizado de 2019 (ano anterior à crise causada pela pandemia) em vez média da remuneração registada como base de incidência contributiva dos últimos 12 meses. Segundo o Governo, esta alteração poderá levar a um aumento da despesa em 40 milhões de euros por mês e implica uma mudança estrutural no sistema informático da Segurança Social.

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📹 Para que servem os Censos? Perguntou ao Google, nós respondemos

Já arrancou a maior operação estatística nacional que quer saber quantas pessoas vivem em Portugal, quem são os habitantes, onde e como vivem.

Os Censos já arrancaram, em plena pandemia. Os habitantes de território nacional vão receber cartas para responder ao questionário através da Internet, que pretende perceber quem são as pessoas que residem no país, onde e como vivem. Veja no vídeo para que serve este recenseamento demográfico.

http://videos.sapo.pt/Zn7AncGdnYHreQZalnOr

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“Gostaria que os portugueses ficassem com a sensação que os processos têm um fim em tempo devido”, diz Marcelo

Presidente da República não quis fazer comentários diretos à Operação Marques, na qual o ex-primeiro-ministro é arguido, mas defendeu a celeridade da justiça.

Marcelo Rebelo de Sousa só pretende falar sobre a Operação Marquês quando o processo estiver fechado, negando fazer comentários sobre a decisão do debate instrutório conhecida esta sexta-feira. Em declarações transmitidas pelas televisões a partir de Azeitão, o presidente da República afirmou apenas que gostaria que os processos abertos não fossem além do horizonte do seu mandato.

“Gostaria que o maior número de processos — se fosse possível, todos os processos, que sei que é difícil — vindos do passado ou iniciados neste mandato pudessem ter uma conclusão durante ele. O tempo da justiça é o tempo da justiça, mas todos apreciamos que seja a justiça seja rápida”, disse. “Espero que até ao final deste mandato que acaba de se iniciar, gostaria muito que os portugueses ficassem com a sensação que os processos têm um fim visível em tempo devido, mas não compete ao Presidente da República concretizar como se aplica ao processo A, B, C ou D”.

O chefe de Estado recuou assim pronunciar-se sobre a Operação Marquês. Esta sexta-feira, o juiz Ivo Rosa decidiu pela não pronúncia de Sócrates nos crimes de corrupção de que estava acusado. Sobre os negócios de construção de 50 mil casas na Venezuela, o juiz referiu que o antigo primeiro-ministro não é referido por qualquer outro arguido e que não existe prova que sustente que tenha tido conhecimento dos termos do acordo de cooperação assinado entre Portugal e Venezuela. Sobre as obras da Parque Escolar, considerou que não existe qualquer subjetividade na escolha da proposta vencedora.

Já relativamente ao TGV, o juiz relembrou todos os testemunhos que não corroboram também que Sócrates tenha interferido no procedimento concursal e que não existem provas que o ligue a Joaquim Barroca. Afirmou ainda que existem indícios insuficientes e ausência de prova de que Ricardo Salgado pagou a José Sócrates (os 12 milhões falados na acusação). Assim, Sócrates será julgado apenas por três crimes de falsificação e três de branqueamento de capitais, acusações que Sócrates diz que não são verdade.

“O presidente da República nunca comenta decisões dos tribunais. Não comenta decisões definitivas — aquelas em que já não recurso, transitadas em julgado — e por maioria de razão não comenta um processo que está numa fase ainda muito distante desse momento final. Não pode nem deve comentar o que diz respeito ao poder judicial”, sublinhou Marcelo, acrescentando que “respeita as decisões dos tribunais”.

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Ivo Rosa até mandou investigar o sorteio que deu a Carlos Alexandre o processo do Marquês

Ivo Rosa entendeu que processo devia ter sido distribuído de forma eletrónica ou na presença de um juiz. Só por isso caíram dois crimes da acusação.

Uma das mensagens que, na sexta-feira, o juiz de instrução Ivo Rosa não deixou querer deixar de passar foi a (sua) suspeita de falta de transparência na atribuição do processo da Operação Marquês, inicialmente, ao seu (único) colega de tribunal, Carlos Alexandre.

Por isso, mandou extrair uma certidão de forma a que seja investigado esse sorteio que resultou, entre outras consequências, na detenção de José Sócrates, acompanhada em direto pelas televisões, em novembro de 2014. E que, mais tarde, resultou em prisão preventiva aplicada ao ex-governante socialista, durante quase um ano. Ivo Rosa chegou à conclusão que “poderão estar em causa factos com relevância criminal relacionados com a distribuição de processos neste Tribunal Central de Instrução Criminal no período compreendido entre setembro de 2014 e abril de 2015″, disse o magistrado na decisão instrutória, lida pelo ECO.

Questão que foi, aliás, levantada pelos arguidos José Sócrates e Armando Vara. Ambos contestaram a distribuição eletrónica e não manual do processo, em setembro de 2014. O juiz Ivo Rosa considerou que o processo devia ter sido distribuído por forma eletrónica ou pelo menos na presença de um juiz e que poderá ter havido uma eventual violação do princípio do juiz natural (juiz legal por sorteio).

Horas mais tarde, já o Conselho Superior da Magistratura garantia que em todos os tribunais, nomeadamente no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), existem regras transparentes sobre atribuição e transição de processos, com respeito pelo princípio do juiz natural.

Segundo adianta o CSM – órgão de gestão e disciplina dos juízes – “na sequência da reforma do Mapa Judiciário de 2014, o CSM deliberou em plenário “estabelecer regras gerais a transparentes no que concerne à transição de processos, com respeito pelo princípio do juiz natural”, que é um dos princípios basilares do processo penal.

“De acordo com essa deliberação, em todos os tribunais, nomeadamente o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), os processos foram atribuídos ao juiz que já os tramitava, sem prejuízo das operações de igualação de pendências”, avança o CSM, antecipando-se assim a eventuais pedidos de esclarecimento que venham a ser solicitados a tal órgão da judicatura acerca da questão levantada no âmbito da fase inicial da “Operação Marquês”.

No final da leitura da decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, já fora do tribunal, o antigo primeiro-ministro José Sócrates reiterou que a distribuição do processo da Operação Marquês ao juiz Carlos Alexandre foi manipulada e viciada”, acusando o Ministério Público de ter “escolhido” aquele juiz a dedo.

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Juiz levanta arresto a casa da rua Braamcamp e apartamento de Paris

  • Lusa
  • 10 Abril 2021

Além do levantamento do arresto de bens imóveis a Sócrates, Carlos Santos Silva e Sofia Fava, o juiz determinou ainda o fim do arresto de várias contas bancárias do ex-administrador da PT Zeinal Bava.

O apartamento da rua Braancamp, em Lisboa, a casa em Paris onde José Sócrates viveu, ambos propriedade de Carlos Santos Silva, e ainda o Monte das Margaridas deixam de estar arrestadas na Operação Marquês, por decisão do juiz de instrução.

No despacho instrutório, proferido na sexta-feira, o juiz Ivo Rosa ordenou o levantamento imediato do arresto de vários bens imóveis dos arguidos, designadamente três casas localizadas em S. Martinho (Sintra), o Monte das Margaridas, em Montemor-o-Novo, adquirido pela ex-mulher de Sócrates Sofia Fava, um apartamento de seis assoalhadas na avenida President Wilson, em Paris, dois imóveis no Cacém e um apartamento de luxo no edifício Heron Castilho, na rua Braamcamp, em Lisboa.

A residência na capital francesa foi comprada por cerca 2,6 milhões de euros por Carlos Santos Silva, amigo de longa data de Sócrates e a quem a acusação dizia ser o “testa de ferro” do antigo primeiro-ministro, que habitou o apartamento quando estudou em França. “Tendo em conta a decisão de não pronúncia relativamente aos crimes ora em causa, quanto aos saldos bancários apreendidos e bens imóveis arrestados, verifica-se que não existem indícios que as quantias e bens imóveis em causa são produto dos crimes de corrupção passiva de titular de cargo político imputados ao arguido José Sócrates”, lê-se no despacho.

Além do levantamento do arresto de bens imóveis a Sócrates, Carlos Santos Silva e Sofia Fava, o juiz determinou ainda o fim do arresto de várias contas bancárias do ex-administrador da PT Zeinal Bava. Mas, em contrapartida, ordenou a Bava a devolução de 6,7 milhões de euros, no prazo de 10 dias, a favor da massa insolvente da empresa ESI/Enterprises, cujo processo de insolvência decorre num tribunal do Luxemburgo.

O juiz considerou que “não existem indícios de que as quantias monetárias apreendidas aos arguidos Zeinal Bava e Henrique Granadeiro são produto” de corrupção passiva, o que faz com que as mesmas “não possam ser declaradas perdidas a favor do Estado”. Na acusação, o Ministério Público requereu que fossem perdidos a favor do Estado os saldos bancários que estavam apreendidos nos autos, objetos e imóveis arrestados, alegando que essas quantias resultavam do produto ou vantagem dos crimes imputados. Zeinal Bava não foi pronunciado por qualquer um dos cinco crimes que estava acusado.

Em 2017, o MP juntou à acusação um pedido de indemnização a favor do Estado de 58 milhões de euros que deveria ser pago por Sócrates, Ricardo Salgado, Carlos Santos Silva, Armando Vara, Henrique Granadeiro e Bava, entre outros arguidos. Quanto ao antigo administrador da PT, a acusação defendia que Bava deverá ressarcir o Estado em perto de 16,7 milhões de euros relacionados com uma verba que lhe tinha sido transferida para a aquisição de ações da PT quando esta empresa fosse privatizada.

José Sócrates, inicialmente acusado de 31 ilícitos, vai a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos, os mesmos pelos quais Carlos Santos Silva está pronunciado. Dos 28 arguidos do processo, foram pronunciados apenas cinco, tendo sido ilibados, entre outros, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o empresário Helder Bataglia e o ex-administrador do Grupo Lena Joaquim Barroca. Dos 189 crimes constantes na acusação, só 17 vão a julgamento, mas o procurador Rosário Teixeira, responsável pelo inquérito, já anunciou que vai apresentar recurso da decisão do juiz para o Tribunal da Relação de Lisboa.

(Notícia atualizada dia 11 de abril, às 17h10)

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Rui Pinto terá tido acesso a três mil pastas na sociedade PLMJ

  • Lusa
  • 10 Abril 2021

Ricardo Negrão - ex-diretor informático da PLMJ - foi ouvido como testemunha na 33.ª sessão do julgamento, na quinta-feira, no Tribunal Criminal de Lisboa.

O criador do site Football Leaks, Rui Pinto, terá tido acesso a aproximadamente três mil pastas no ataque informático à sociedade de advogados PLMJ, no final de 2018, segundo o antigo director informático do escritório de advocacia disse em julgamento.

Ouvido como testemunha na 33.ª sessão do julgamento, na quinta-feira, no Tribunal Criminal de Lisboa, após um interregno de quase dois meses e meio devido à pandemia de covid-19, Ricardo Negrão destacou o “impacto” da intrusão nos sistemas da PLMJ e assumiu que a investigação conduzida não conseguiu aferir a extensão completa dos dados que possam ter sido alegadamente consultados pelo arguido.

“Detectámos que tinham sido acedidas de forma indevida várias caixas de correio. Talvez umas 25, inclusive a minha. Tinha sido identificado um conjunto vasto de computadores. Não conseguimos ter a certeza do que foi retirado das cerca de três mil pastas, mas houve um conjunto de 120 ficheiros que foram acedidos. [As pastas] teriam mais de dez mil ficheiros, mas não tenho o número presente”, disse.

Entre os 120 ficheiros comprovadamente visualizados, Ricardo Negrão revelou que estariam documentos em segredo de estado, aludindo ao caso do antigo espião Jorge Silva Carvalho. Todavia, explicou que as perícias realizadas não permitiram atribuir a autoria dos acessos a uma pessoa em concreto. “A única coisa que conseguimos apurar é que foram usadas as credenciais do [técnico] externo. Associá-las a uma pessoa? Não conseguimos”, admitiu.

Na inquirição conduzida pela procuradora do Ministério Público, Marta Viegas, o ex-director informático da PLMJ confirmou que a “porta de entrada” no sistema foi através de “um email de phishing” enviado para a advogada Paula Martinho da Silva, que o remeteu então para o apoio informático, onde o técnico externo Luís Fernandes acabaria por inserir as suas credenciais de acesso que permitiram a intrusão.

Rui Pinto, de 32 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 7 de Agosto, “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de protecção de testemunhas em local não revelado e sob protecção policial.

 

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Referendo para decidir sobre CPAS marcado para dia 30 de Junho

Bastonário dos advogados marcou esta sexta-feira a data do referendo que vai votar se é possível ou não advogados passarem a escolher o seu regime de previdência.

Já há data — 30 de junho — para a realização do referendo de advogados que vai decidir o sistema de previdência dos mais de 35 mil advogados. Ou seja: manter a atual Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) como obrigatória ou poder optar entre esta ou o regime geral da Segurança Social. Em Assembleia Geral, realizada no dia 26 de março, os advogados aprovaram eletronicamente o referendo, numa reunião em que votaram 5465 advogados: 3523 advogado a favor (71%) e 1384 contra (28%).

“Em execução da deliberação da Assembleia Geral de 26 de Março passado, que aprovou a realização de um referendo sobre o sistema de previdência dos Advogados, o Conselho Geral deliberou marcar a data do mencionado referendo, a ter lugar por voto eletrónico, para o próximo dia 30 de Junho de 2021″, segundo comunicado da OA.

A discussão sobre o regime de previdência social dos advogados tem sido recorrente ao longo dos anos, mas face ao período de estado de emergência que o país enfrentou, intensificou-se. Durante este período os tribunais estiveram encerrados impedindo que os advogados tivessem direito a qualquer apoio social por parte da CPAS.

Uma vez que os advogados não descontam para a Segurança Social, mas antes para a CPAS, estes profissionais não têm direito aos apoios do Estado. Face à pandemia Covid-19, a OA por várias vezes alertou a direção da CPAS para a adoção de algumas medidas, de forma a garantir o apoio aos beneficiários. Ainda assim, a Caixa de Previdência recusou-se a isentar os associados.

“Esta circunstância tornou ainda mais evidente a incapacidade da CPAS em se configurar como um verdadeiro regime de previdência e proteção social. O descontentamento geral dos advogados em relação à sua Caixa de Previdência culminou com o pedido de convocação daquela assembleia geral extraordinária”, nota o grupo de advogados dinamizadores do referendo.

Estudo sobre a sustentabilidade

A CPAS tem uma sustentabilidade em que apenas os advogados com mais de 45 anos sabem que a CPAS ainda estará ativa aos 60 anos. Segundo o relatório do Grupo de Trabalho que estudou a sustentabilidade da CPAS — que abarca cerca de 35 mil beneficiários — concluiu-se que este mesmo sistema de previdência rem uma sustentabilidade por 15 anos.

Segundo o mesmo documento — que ainda não está finalizado mas cujas conclusões o ECO/Advocatus teve acesso e que conta com membros da Ordem dos Advogados e da própria CPAS — as dívidas das contribuições para este sistema de previdência, entre março e Julho de 2020, ultrapassaram os 600 mil euros. A CPAS fez ainda 125 acordos de pagamento das contribuições em prestações neste período –– para que os advogados pagassem a contribuição a prestações — data que corresponde ao primeiro confinamento, na sequência da pandemia.

De acordo com o mesmo documento, entre maio e junho de 2020, foram aceites 538 pedidos de advogados que pediram para reduzir o escalão, de forma a pagar um valor mais baixo de contribuição e 611 pedidos de pagamento em prestações. Atualmente, no mínimo, qualquer advogado tem de pagar 251 euros à CPAS, independentemente do valor que ganhem ao final do mês. Mas houve também 200 advogados que pediram a redução de escalão que não foram aceites por não preencherem os requisitos necessários, na sua maioria beneficiários já com dívida de contribuições e também alguns beneficiários reformados ou com inscrição cancelada ou suspensa.

Apesar de vários advogados terem solicitado a suspensão do pagamento das contribuições, cujo valor mínimo é de 251,38 euros, devido à quebra de rendimentos causada pela pandemia, a CPAS apenas aprovou um Regulamento que estabeleceu medidas excecionais e temporárias como a possibilidade de diferimento de contribuições (pagamento em prestações) ou de redução do escalão contributivo.

 

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Economia italiana só vai recuperar da pandemia no final de 2022

  • Lusa
  • 10 Abril 2021

Confindustria prevê uma "recuperação gradual" do PIB italiano a partir do segundo semestre deste ano, fixando um aumento de 4,1% em 2021 e de 4,2% no ano seguinte.

A economia italiana só deverá recuperar do “turbilhão” causado pela pandemia no final de 2022, uma previsão que dependerá da campanha de vacinação no país e na Europa, indicou este sábado a Confederação Geral da Indústria Italiana (Confindustria). O centro de estudos daquela associação prevê uma “recuperação gradual” do produto interno bruto (PIB) italiano a partir do segundo semestre deste ano, fixando um aumento de 4,1% em 2021 e de 4,2% no ano seguinte.

Contudo, os economistas da Confindustria não falam em “crescimento”, mas estimam que estes dados “preencham o turbilhão aberto em 2020 pela pandemia” causada pelo novo coronavírus. Estas previsões, sublinham, estão “condicionadas” pela evolução da vacinação em massa em Itália e na Europa, dada a possibilidade de o vírus “estar efetivamente controlado nos próximos meses”.

O Comissário Europeu da Economia, Paolo Gentiloni, que assistiu este sábado à apresentação do relatório, considerou estes dados “consistentes” com os que estão a ser trabalhados por Bruxelas e que serão apresentados em maio. Por outro lado, uma “importante contribuição” para esta recuperação será a chegada dos fundos europeus destinados ao país, 209.000 milhões de euros em subvenções e empréstimos.

De facto, sem a ajuda do fundo de recuperação da União Europeia (Próxima Geração UE), a recuperação do PIB italiano seria 0,7% menor em 2021 e 0,6% inferior em 2022, de acordo com o relatório.

Quanto à economia global, a recuperação será “assimétrica” e o seu boom será impulsionado pelos Estados Unidos e pela China. Na Europa, o colapso da economia italiana tem sido “mais forte e a sua recuperação mais lenta do que o esperado”. Esta situação aumentou o fosso com as referidas potências e com os maiores países europeus, como a Alemanha, a Finlândia e os Países Baixos.

A razão fundamental desta “fraqueza” italiana é que um dos setores mais afetados pela crise sanitária tem sido o turismo, que representa 13% do PIB do país e tem sido sobrecarregado por restrições impostas às viagens e à mobilidade.

Uma melhoria da situação global e o aumento da procura ajudariam Itália a aumentar as suas exportações, que caíram 13,8% em 2020, com a eclosão da crise, acrescenta o relatório. De acordo com as estimativas da Confindustria, Itália aumentará as exportações em 11,4%, ainda este ano, e em 6,8% no próximo ano.

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Há mais seis mortos e 601 casos de Covid-19 em Portugal

Desde o início da pandemia o país soma 826.928 casos e 16.910 óbitos por Covid-19. Em termos regionais, o Norte passou a concentrar o maior número de novas infeções com 35% do total do país.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 601 novos infetados com SARS-CoV-2, elevando o número total de casos para 826.928. O boletim epidemiológico deste sábado dá também conta de um total de 16.910 óbitos, seis dos quais nas últimas 24 horas. O Rt nacional mantém-se acima de 1: em 1,02.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 466 (-20) estão internados em unidades hospitalares, dos quais 119 (-9) nos cuidados intensivos. O número de pessoas sob vigilância das autoridades de saúde aumentou em 535 para um total de 17.407.

O número de recuperados está atualmente nos 784.208, mais 685 pessoas face ao balanço anterior. Portugal regista assim 25.810 casos ativos de infeção (menos 90 do que na sexta-feira).

Em termos regionais, o Norte passou a concentrar o maior número de novas infeções — 216, ou seja, 35% do total do país — e contabiliza dois mortos. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com 153 novos casos e três óbitos. No Centro, houve 64 infeções e um morto, enquanto nas restantes regiões não se registaram quaisquer mortes.

Os dados da DGS mostram que o valor do Rt mantém-se em 1,02 tanto a nível nacional como no continente, o que significa que cada pessoa infetada contagia, em média, uma pessoa. Relativamente à incidência da doença, a média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias em Portugal está em 65,7. No continente, o valor é mais reduzido (63,8 casos por 100 mil habitantes).

(Notícia atualizada)

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Um IRC mínimo global pode evitar a “corrida para o abismo”?<span class='tag--premium'>premium</span>

Com a chegada da administração Biden, há a expectativa de acordos na fiscalidade internacional. É o caso de um IRC mínimo obrigatória a pagar pelas multinacionais. O que está em causa?

Uma taxa mínima mundial de imposto sobre os lucros das empresashá muito que é discutido entre os países, mas foi em 2019 que a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) deu um passo em frente com uma proposta e uma consulta pública a nível mundial. Agora, com a mudança na administração norte-americana, esta reforma parece ter pernas para andar: as declarações de Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, foram bem recebidas em várias países europeus. Porém, o assunto é complexo e não parece haver uma solução simples nem o consenso global necessário para que seja eficaz.A proposta da OCDE chama-se “Global Anti-Base Erosion”("Contra a erosão da base tributável") ou “GloBE” e já tinha como objetivo definir uma taxa mínima para o imposto sobre os lucros das

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