Bolsas norte-americanas abrem divididas. Subida das yields penalizam tecnológicas

Os príncipais índices norte-americanos abriram divididos, com o Dow Jones a subir ligeiramente e o S&P 500 e o Nasdaq a serem penalizados pela subida das yields norte-americanas. 

As bolsas norte-americanas flutuam entre ganhos e perdas, com o Dow Jones a subir ligeiramente e o S&P 500 e o Nasdaq a serem penalizados pela subida das yields norte-americanas.

Na quinta-feira, o presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed) veio garantir que o banco central não tenciona alterar a política monetária atual e que tem os instrumentos necessários para reagir caso a inflação avance para “para níveis acima dos quais estamos confortáveis”. Ao mesmo tempo, Jerome Powell explicou que as pressões associadas à inflação são temporárias e estão relacionadas com as estimativas acima do esperado relativamente à recuperação económica.

Segundo os analistas do Deutsche Bank, citados pela Reuters, as declarações do presidente da Fed vieram trazer “uma nova segurança aos investidores que tinham começado a temer uma subida das taxas de juro no preço dos mercados“.

Contudo, os novos dados económicos alinham com as expectativas do aumento da inflação. Nesta sessão, os investidores digerem os dados sobre o índice de preços no produtor referentes a março, que aumentaram mais do que o esperado. Os dados revelados esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano indicam que o índice de preços ao produtor atingiu os 1% no mês passado, depois de aumentar 0,5% em fevereiro. No acumulado de 12 meses, este indicador atingiu os 4,2%, tratando-se do maior aumento desde setembro de 2011, segundo a Reuters.

Estes dados poderão mexer com as expectativas da evolução da inflação e, consequentemente, das yields de obrigações ao Tesouro norte-americanas As yields das obrigações norte-americanas a 10 anos subiram para 1,68%.

Perante este cenário, o índice de referência S&P 500 perde 0,02% para 4.096,54 pontos, depois de ter batido máximo na sessão anterior, enquanto o tecnológico Nasdaq cai 0,28% para 13.791,13 pontos. Em contrapartida, o industrial Dow Jones ganha 0,19% para 33.567,94 pontos.

Nesta sessão, as cotadas ligadas à tecnologia estão entre as mais penalizadas, na sequência da subida dos juros das obrigações do Tesouro dos EUA. A título de exemplo, a Apple perde 0,15% para os 130,17 dólares, a Alphabet, dona da Google, cede 0,18% para os 2.246,36 dólares, já a Netflix recua 0,61% para 551,19 dólares.

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Governo admite aumentar quotas de avaliação nos serviços públicos com melhores notas

O Governo pretende que a avaliação dos funcionários públicos esteja mais ligada à avaliação das unidades orgânicas que integram, admitindo majorações nas quotas que limitam hoje as progressões.

O Governo quer que a avaliação dos funcionários públicos esteja “cada vez mais ligada” aos resultados das unidades orgânicas que integram e admite, por isso, que nos serviços com melhores avaliações, as quotas — que hoje “limitam” as progressões — sejam majoradas. O secretário de Estado da Administração Pública esteve reunido, esta sexta-feira, com os sindicatos, tendo apresentado, em traços gerais, as alterações que propõe fazer ao sistema integrado de gestão e avaliação de desempenho (SIADAP) dos trabalhadores do Estado.

Aos jornalistas, José Couto explicou que o encontro desta sexta-feira com as estruturas sindicais serviu para apresentar o modelo de redefinição do SIADAP, “com o objetivo de anualizar os ciclos de avaliação de desempenho, simplificar a sequência de etapas de avaliação e reforçar a relação entre os objetivos fixados e a prestação de serviços aos cidadãos”.

De acordo com o secretário de Estado, o Governo quer que os resultados individuais dos funcionários públicos estejam “cada vez mais” ligados aos resultados das unidades orgânicas que integram, estando previsto, nessa linha, que os serviços com melhores notas possam ter um “ganhos de quotas”.

Atualmente, os funcionários públicos (assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos superiores) são alvos de avaliação, em ciclos de dois anos, em sede do SIADAP, mas, independentemente do seu desempenho, apenas uma parte destes pode receber as notas mais altas, isto é, só 25% dos funcionários num serviço podem receber a qualificação de “relevante” e só 5% de “excelente”. São as chamadas quotas de avaliação e têm sido muito criticadas pelos sindicatos, que exigem a sua eliminação.

Esta sexta-feira, José Couto disse, contudo, ver “com muita dificuldade” a possibilidade dessas quotas virem a ser eliminadas, no âmbito da revisão do SIADAP, como pedem os sindicatos, mas admitiu que possam vir a ser majoradas, em certos serviços. “O que pretendemos é que a avaliação de um serviço se possa repercutir na distribuição de quotas que este serviço detenha“, adiantou o secretário de Estado da Administração Pública, em declarações aos jornais, à saída da reunião desta sexta-feira com os sindicatos.

De notar que, uma vez que as qualificações ditam a atribuição dos pontos que guiam as progressões na carreira, essas limitações à atribuição das notas mais altas (que equivalem a mais pontos para progressão) significam hoje que a generalidade dos trabalhadores leva dez anos progredir, período que o secretário de Estado frisou ser muito longo, defendendo a aceleração dessas progressões.

Na perspetiva de José Couto, hoje o SIADAP é, além disso, um sistema pesado, que precisa de ser simplificado. Aliás, disse o responsável, para que seja anualizado — como propõe agora o Ministério da Administração Pública e consta do programa do Governo — é preciso mesmo fazê-lo. O secretário de Estado salientou, por outro lado, que o SIADAP deve ser não apenas um sistema de avaliação, mas também de motivação e para isso a imediatez trazida pela anualização é fundamental.

Questionado sobre quando terão efeitos práticos as alterações agora discutidas, José Couto explicou que a negociação irá prolongar-se ao longo de 2021 e atirou que “não faz sentido que os ciclos de avaliação sejam interrompidos”. O ciclo atual iniciou-se este ano e dura até ao final de 2022. “2023 seria a data de entrada e vigor”, disse, por isso, José Couto, não descartando a negociação deste ponto com os sindicatos. A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) exige, por exemplo, que o sistema revisto entre em vigor já em 2022.

Num outro ponto, o secretário de Estado admitiu que as alterações que vierem a ser feitas no SIADAP venham a ter repercussões na tabela remuneratória única (TRU), em linha com o que a ministra da Administração Pública já tinha adiantado ao ECO. No início do ano, Alexandra Leitão revelou, a esse propósito, estar a ponderar criar níveis intermédios na TRU para acompanhar a anualização do sistema de avaliação.

Esta sexta-feira, José Couto rematou dizendo que, com este processo, o Governo quer criar um sistema sustentável e não um sistema que deixe os funcionários públicos felizes por hora, mas leve a congelamentos no futuro. “Não vale a pena estar a construir paraísos que depois se transformam num inferno”, afirmou.

FESAP quer que revisão não seja só “operação de cosmética”

O líder da FESAP, José Abraão, defende que a revisão do SIADAP, cuja negociação está em curso, não deve passar “só por uma operação de cosmética”. “O atual sistema de avaliação não serve. Se é para por remendos, certamente que continuará a não servir”, frisou o sindicalista, em declarações aos jornalistas.

Sobre a majoração das quotas para os serviços com melhores avaliações, José Abraão lembrou que, até 2013, os serviços considerados excelentes beneficiavam de uma majoração nesse sentido. Nesses casos, em vez de apenas 25% dos trabalhadores poderem receber as notas mais elevadas, 35% podiam recebê-lo. O líder da FESAP notou, contudo, que o Governo ainda não disse se pretende repetir o modelo do passado ou colocar em cima da mesa uma solução diferente.

De qualquer modo, o sindicalista está preocupado com esta proposta e com o reforço do impacto da avaliação dos serviços na própria avaliação dos trabalhadores, que o Governo propõe. “Não podemos aceitar que a avaliação dos serviços tenha implicações negativas nas avaliações dos trabalhadores”, defende. “Isso agravaria as injustiças e desigualdades”, acrescenta.

Aos jornalistas, José Abraão disse ainda que ficou por esclarecer se a anualização do sistema significa que os trabalhadores passarão a progredir de cinco em cinco anos, ao invés de dez em dez anos, recebendo a nota de “adequado”. “Os termos da aceleração das progressões vai ser objeto de negociação”, adiantou.

Também a Frente Comum e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) lançaram críticas às propostas apresentadas, em linhas gerais, pelo Governo. A Frente Comum defende a revogação do SIADAP, o que choca com a proposta do Governo. O STE mostra-se preocupado com o foco da avaliação dos trabalhadores em fatores mais subjetivos e insiste na reivindicação do fim das quotas.

(Notícia atualizada às 15h50)

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Há 29 concelhos na zona laranja da “bússola” do desconfinamento. Veja como está o seu

Há 29 municípios com incidências da Covid-19 superiores a 120 casos. São mais três que na segunda-feira. Quatro concelhos que estavam em risco de travar desconfinamento, saíram da zona de risco.

Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) há 29 concelhos na zona laranja da “bússola” do desconfinamento, zona na qual há a possibilidade de o desconfinamento ser travado. Nestes concelhos, nos últimos 14 dias tiveram mais de 120 casos por 100 mil habitantes. O número representa menos três face aos dados de segunda-feira.

Machico, na Madeira, deixou de ser o pior concelho (passando de 500 para 470 casos por 100 mil habitantes esta sexta-feira). Agora, o município com maior incidência do país é o Alandroal (Alentejo), com 581 casos por 100 mil habitantes. Além destes dois, existem mais sete concelhos com uma incidência superior a 240 casos.

No lado oposto, existem mais de 50 concelhos com 0 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Quanto aos 19 concelhos que estavam em risco de travar o desconfinamento, segundo anunciou o primeiro-ministro, quatro saíram da zona de risco. São eles: Borba, Cinfães, Figueiró dos Vinhos e Soure. Os restantes 15 (Alandroal, Albufeira, Beja, Figueira da Foz, Lagoa, Marinha Grande, Penela, Vila do Bispo, Vimioso, Carregal do Sal, Moura, Odemira, Portimão, Ribeira de Pena e Rio Maior) poderão ficar de fora da próxima fase do desconfinamento se a situação pandémica não melhorar.

Rt subiu para 1,02

Além da incidência, uma das variáveis que define a fase de desconfinamento em que o país se encontra é o Rt (risco de transmissibilidade) que subiu para 1,02 segundo o boletim desta sexta-feira. Segundo o Governo, acima de 1 o desconfinamento seria repensado.

A “bússola” do desconfinamento, chamada pelo Governo de “matriz de risco”, mostra a incidência da Covid-19 em função do Rt: para o desconfinamento poder prosseguir no país, com a retoma do ensino secundário e superior presencial e serviço de mesa no interior dos cafés e restaurantes a 19 de abril, é preferível que a incidência esteja abaixo de 120 e o Rt abaixo de 1. De acordo com os dados desta sexta-feira, apenas o primeiro critério é cumprido (65,7 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e 63,8 no continente).

De notar que esta situação não significa que o Governo pare o desconfinamento em todo o país, mas sim que terá de ser repensado ou até mesmo travado, mas apenas em algumas zonas.

Matriz de risco de 9 de abril de 2021

Veja em que escalão está o seu concelho

Risco extremo ( > 960 casos)

Nenhum concelho

Risco muito elevado (480-960 casos)

Alandroal
Nordeste

Risco elevado (240-480 casos)

Machico
Moura
Barrancos
Odemira
Portimão
Rio Maior
Vila Franca do Campo

Risco moderado (120-240 casos)

Carregal do Sal
Vimioso
Penela
Lagoa
Vila do Bispo
Beja
Marinha Grande
Miranda do Corvo
Albufeira
Santana
Vila Franca de Xira
Ribeira de Pena
Paços de Ferreira
Almeirim
Porto de Mós
Figueira da Foz
Ponta Delgada
Porto Moniz
Santa Cruz
Penalva do Castelo

Risco reduzido (0-120 casos)

Monchique
Almada
São Vicente
Ribeira Brava
Golegã
Funchal
Aguiar da Beira
Póvoa de Varzim
Trofa
Valongo
Estarreja
Câmara de Lobos
Moita
Peso da Régua
Vila Nova da Barquinha
Cinfães
Amadora
Sintra
Torres Vedras
Figueiró dos Vinhos
Lisboa
Lamego
Vila Nova de Famalicão
Paredes
Ponta do Sol
Ponte da Barca
Resende
Elvas
Murtosa
Porto
Oeiras
Santa Comba Dão
Santo Tirso
Silves
Sobral de Monte Agraço
Borba
Amarante
Aljezur
Alpiarça
Espinho
Barreiro
Mira
Faro
Gondomar
Mértola
Arganil
Peniche
Caminha
Loulé
Montemor-o-Velho
Albergaria-a-Velha
Arcos de Valdevez
Melgaço
Setúbal
Lagoa [R.A. Açores]
Valença
Vila de Rei
Almodôvar
Pedrógão Grande
Chaves
Odivelas
Leiria
Matosinhos
Montijo
Cascais
Seixal
Valpaços
Góis
Aveiro
Ílhavo
Torre de Moncorvo
Alcácer do Sal
Loures
Viana do Castelo
Vieira do Minho
Vila Verde
Ansião
Barcelos
Benavente
Tavira
Alenquer
Bombarral
Celorico de Basto
Lousã
Palmela
Redondo
Soure
Alcochete
Coimbra
Vila Nova de Gaia
Amares
Mêda
Penacova
Sesimbra
Vagos
Abrantes
Arraiolos
Chamusca
Lourinhã
Olhão
Fafe
Mafra
Serpa
Mourão
Ovar
Boticas
Maia
Penafiel
Penedono
Braga
Oliveira de Azeméis
Entroncamento
Oliveira do Hospital
Vila do Conde
Paredes de Coura
Tábua
Coruche
Tondela
Vila Nova de Cerveira
Montalegre
Nisa
Ponte de Sor
Vale de Cambra
Vila Flor
Alter do Chão
Mação
Vila Real de Santo António
Belmonte
Cantanhede
Alvaiázere
Reguengos de Monsaraz
Ribeira Grande
Castro Verde
Oliveira do Bairro
Sines
Alijó
Covilhã
Monção
Póvoa de Lanhoso
São João da Pesqueira
Grândola
Marco de Canaveses
Ponte de Lima
Santa Maria da Feira
Sardoal
Tomar
Arruda dos Vinhos
Cabeceiras de Basto
Guimarães
Lousada
Montemor-o-Novo
Vinhais
Cartaxo
Ourém
Pampilhosa da Serra
Vizela
Aljustrel
Alcanena
Esposende
Felgueiras
Mirandela
Santarém
Sousel
Trancoso
Macedo de Cavaleiros
Nazaré
Vouzela
Oliveira de Frades
Pombal
Porto Santo
Sernancelhe
Viana do Alentejo
Bragança
Vila do Porto
Alcobaça
Armamar
Caldas da Rainha
Portel
Santiago do Cacém
Sátão
Tabuaço
Torres Novas
Castro Marim
Estremoz
Lagos
Terras de Bouro
Cadaval
Castro Daire
Portalegre
Proença-a-Nova
Águeda
Campo Maior
Castelo Branco
Ferreira do Zêzere
São Pedro do Sul
Tarouca
Mortágua
Évora
Mealhada
Moimenta da Beira
Viseu
Calheta [R.A. Madeira]
Sabugal
Sever do Vouga
Fundão
Gouveia
Guarda
Nelas
Óbidos
Vila Real
Anadia
Sertã
Batalha
Castelo de Paiva
Condeixa-a-Nova
Arouca
Baião
Mangualde
São João da Madeira
Angra do Heroísmo
Alcoutim
Alfândega da Fé
Almeida
Alvito
Arronches
Avis
Azambuja
Calheta [R.A. Açores]
Carrazeda de Ansiães
Castanheira de Pêra
Castelo de Vide
Celorico da Beira
Constância
Corvo
Crato
Cuba
Ferreira do Alentejo
Figueira de Castelo Rodrigo
Fornos de Algodres
Freixo de Espada à Cinta
Fronteira
Gavião
Horta
Idanha-a-Nova
Lajes das Flores
Lajes do Pico
Madalena
Manteigas
Marvão
Mesão Frio
Miranda do Douro
Mogadouro
Mondim de Basto
Monforte
Mora
Murça
Oleiros
Ourique
Penamacor
Pinhel
Povoação
Sabrosa
Salvaterra de Magos
Santa Cruz da Graciosa
Santa Cruz das Flores
Santa Marta de Penaguião
São Brás de Alportel
São Roque do Pico
Seia
Velas
Vendas Novas
Vidigueira
Vila da Praia da Vitória
Vila Nova de Foz Côa
Vila Nova de Paiva
Vila Nova de Poiares
Vila Pouca de Aguiar
Vila Velha de Ródão
Vila Viçosa

(Notícia atualizada às 15h18)

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Costa recusa-se a comentar desenvolvimento da Operação Marquês

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

Após a visita que fez ao Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, o primeiro-ministro afirmou não ter "nada para acrescentar em relação àquilo que disse há seis anos" sobre o processo judicial.

O primeiro-ministro recusou-se esta sexta-feira a comentar cenários sobre o desenvolvimento do processo judicial “Operação Marquês”, que envolve o antigo líder socialista José Sócrates, dizendo que já respondeu há seis anos e que agora nada tem a acrescentar.

“Sobre essa matéria tive a oportunidade de responder já há seis anos. E ainda não tenho nada para acrescentar em relação àquilo que disse há seis anos”, declarou António Costa.

António Costa fez esta curta declaração no final de uma visita de mais de uma hora por todos os espaços em que estão a decorrer obras de restauro e de conservação no Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, em que esteve acompanhado pela ministra da Cultura, Graça Fonseca.

O juiz Ivo Rosa marcou esta sexta-feira a leitura da decisão instrutória, pela qual se vai saber quem vai a julgamento e por que crimes fica pronunciado, sendo, contudo, passível de recurso para o Tribunal da Relação.

No âmbito da Operação Marquês, o ex-primeiro ministro José Sócrates está acusado desde 2017 de 31 crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, num processo com 28 arguidos e que já dura há sete anos.

Às 19 pessoas/arguidas foram imputados 159 crimes, de um total de 189, nomeadamente corrupção passiva e ativa, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada, falsificação de documento, abuso de confiança e peculato e posse de arma proibida.

As empresas estão acusadas de corrupção ativa, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada.

Na fase de inquérito foram efetuadas mais de duas centenas de buscas, inquiridas mais de 200 testemunhas e recolhidos dados bancários sobre cerca de 500 contas, em Portugal e no estrangeiro.

O processo, um dos mais mediáticos de sempre da justiça portuguesa e que pela primeira envolve acusações de corrupção a um ex-chefe do governo, começou a ser investigado em julho de 2013 e reuniu extensa prova documental e digital, da qual fazem parte mais de três mil documentos em suporte de papel e 13.500 milhões de ficheiros informáticos.

A fase de instrução, que termina esta sexta-feira, foi pedida por 19 dos arguidos e começou em 28 de janeiro de 2019. Um ano e três meses depois, em março de 2020, teve início o debate instrutório, que terminou em 2 de julho.

O processo é composto por 146 volumes, 56.238 folhas, às quais se juntam 4.895 folhas entregues na fase de instrução, que teve mais de 39 horas de alegações.

Na fase de instrução foram realizados 11 interrogatórios a arguidos e inquirição de 44 testemunhas, o que perfaz mais 133 horas.

A acusação do Ministério Público foi elaborada por sete procuradores, é composta por 11 volumes [5.036 folhas], 14.084 segmentos de factos e 189 crimes, dos quais 31 ilícitos penais atribuídos ao ex-primeiro-ministro.

O crime de branqueamento de capitais é o que tem mais expressão no processo com a imputação de 86 crimes, seguida por fraude fiscal (35), falsificação de documentos (34) e corrupção ativa (11).

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Reveja a leitura da decisão instrutória da Operação Marquês pelo juiz Ivo Rosa

  • ECO
  • 9 Abril 2021

Ivo Rosa, juiz, anunciou esta sexta-feira a decisão instrutória da Operação Marquês. O magistrado revelou quais os arguidos que vão a julgamento, sendo que Sócrates não vai ser julgado por corrupção.

O juiz Ivo Rosa anunciou esta sexta-feira a decisão instrutória da Operação Marquês, um dos casos mais mediáticos da Justiça portuguesa, que tem entre os principais arguidos o antigo primeiro-ministro José Sócrates. O magistrado, a partir do Campus de Justiça, leu uma súmula da decisão. Reveja aqui:

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Há mais cinco óbitos e 694 casos de Covid-19. Rt está em 1,02

  • ECO
  • 9 Abril 2021

Desde o início da pandemia o país soma 826.327 casos e 16.904 óbitos por Covid-19. O número de recuperados está atualmente nos 783.523.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 694 novos infetados com SARS-CoV-2, elevando o número total de casos para 826.327. O boletim epidemiológico desta sexta-feira dá também conta de um total de 16.904 óbitos, cinco dos quais nas últimas 24 horas. Rt nacional sobe para 1,02.

Do número total de infetados, a esmagadora maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que 486 (-9) estão internados em unidades hospitalares, dos quais 128 (+6) nos cuidados intensivos. Há mais de 16 mil pessoas sob vigilância das autoridades de saúde.

O número de recuperados está atualmente nos 783.523, mais 628 pessoas face ao balanço anterior. Portugal regista ainda 25.900 casos ativos de infeção.

Boletim epidemiológico de 9 de abril

A região de Lisboa e Vale do Tejo concentrou a maioria das novas infeções registadas nas últimas 24 horas. Dos 694 novos casos registados nas últimas 24 horas, 234 foram nesta região: 33,7% do total do país.

Os dados da DGS mostram que o valor do Rt subiu para 1,02 a nível nacional e manteve-se no mesmo nível no continente, o que significa que cada pessoa infetada contagia, em média, uma pessoa.

Relativamente à incidência da doença, a média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias em Portugal subiu para 65,7. No continente, o valor é mais reduzido (63,8 casos por 100 mil habitantes).

(Notícia atualizada às 14h16 com mais informação)

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Regulador avalia casos de coágulos antes de vacina da J&J chegar à UE

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

A Agência Europeia do Medicamento anunciou uma investigação sobre casos de coágulos sanguíneos após toma da vacina da Johnson & Johnson contra a covid-19.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) anunciou esta sexta-feira ter iniciado uma investigação sobre casos de coágulos sanguíneos após toma da vacina da Johnson & Johnson contra a covid-19, antes de o fármaco estar disponível na União Europeia (UE).

Em comunicado, o regulador europeu informa que o seu Comité de Avaliação dos Riscos em Farmacovigilância (PRAC) iniciou uma revisão “para avaliar relatórios de eventos tromboembólicos […] em pessoas que receberam a vacina Janssen contra a covid-19” nos Estados Unidos.

Autorizada pela EMA a 11 de março passado, esta vacina de dose única ainda não está a ser utilizada em nenhum Estado-membro da UE, mas o regulador europeu espera que isso aconteça “nas próximas semanas”, tendo já começado esta análise com base em casos registados nos Estados Unidos: quatro situações graves de coágulos sanguíneos invulgares, uma das quais fatal.

Segundo a agência europeia, os relatórios apontam para um “sinal de segurança”, não sendo para já claro se existe uma associação causal entre a vacinação com a vacina da Janssen contra a covid-19 e estas situações. “O PRAC está a investigar estes casos e decidirá se poderá ser necessária uma ação regulamentar, que normalmente consiste numa atualização da informação sobre o produto”, adianta a EMA.

Foi aliás isto que o regulador europeu fez relativamente à vacina da AstraZeneca contra a covid-19 (agora denominada Vaxzevria), após ter concluído esta semana existir “possível relação” entre a sua administração e a formação de “casos muito raros” de coágulos sanguíneos.

Apesar de tais riscos, a EMA insistiu nos benefícios do fármaco, dada a gravidade da pandemia, e comparou estes eventuais efeitos secundários com os da toma de contracetivos hormonais como a pílula. Nessa investigação, o PRAC verificou que os casos muito raros de coágulos de sangue ocorreram, principalmente, em mulheres com menos de 60 anos de idade, no prazo de duas semanas após a vacinação com a Vaxzevria.

Segundo a EMA, foram registados 62 casos de trombose do seio venoso cerebral e 24 casos de trombose venosa esplâncnica até 22 de março, bem como 18 mortes, num universo de cerca de 25 milhões de vacinados na UE, Espaço Económico Europeu e Reino Unido.

Ainda relativamente à vacina da AstraZeneca, a EMA dá conta esta sexta-feira em comunicado que está a avaliar casos de síndrome de derrame capilar (doença rara mais conhecida como Clarkson) após a toma deste fármaco contra a covid-19. “Cinco casos desta doença muito rara, caracterizada por fuga de líquido dos vasos sanguíneos causando inchaço dos tecidos e queda da pressão arterial, foram relatados na base de dados EudraVigilance”, um sistema para a notificação de suspeitas de efeitos secundários, explica o regulador.

A agência europeia adianta, contudo, que “nesta fase ainda não é claro se existe uma associação causal entre a vacinação e os relatos de síndrome de derrame capilar”, sendo necessária uma “investigação mais aprofundada”. Dada a vacinação a grande escala contra a covid-19, de milhões de cidadãos, o regulador europeu está a acompanhar eventuais efeitos secundários, que normalmente se manifestam em menor escala devido à também dimensão mais pequena da vacinação.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE pela EMA: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria e Janssen (grupo Johnson & Johnson, que estará em distribuição em meados deste mês de abril).

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Costa anuncia 244 milhões do PRR para a cultura e 1% das obras públicas para arte

  • Lusa e ECO
  • 9 Abril 2021

Pedro Siza Vieira já tinha revelado que versão final do PRR teria um capítulo dedicado á cultura. Conselho de Ministros do próximo dia 22 será dedicado à cultura "de forma transversal".

O primeiro-ministro anunciou, esta sexta-feira, que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) terá de forma autónoma 244 milhões de euros destinados à cultura e que 1% do investimento global em obras públicas vai reverter para a arte.

Estas medidas foram anunciadas por António Costa no final de uma visita de mais de uma hora por todos os espaços em que estão a decorrer obras de restauro e de conservação no Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, em que esteve acompanhado pela ministra da Cultura, Graça Fonseca.

No final da visita, perante os jornalistas, o líder do Executivo adiantou também que o Conselho de Ministros do próximo dia 22 será dedicado à cultura “de forma transversal”, sendo aprovado o estatuto dos trabalhadores deste setor.

Já o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse na terça-feira que a versão final do PRR a submeter à Comissão Europeia iria ter “um capítulo específico” dedicado à cultura e garantiu que iria haver uma grande “preocupação” do Governo quanto à “importância” do setor.

Durante a consulta pública, a ausência de uma referência direta à cultura — um dos setores mais afetados pela pandemia — gerou duras críticas ao Governo, mas o argumento foi sempre que o PRR não era o instrumento próprio para acudir os setores em crise. “Os setores mais afetados terão resposta estrutural aos seus problemas que foram agravados pela crise pandémica”, garantiu por inúmeras vezes o ministro do Planeamento. “Mas, para mitigar os severíssimos efeitos que se abateram sobre estes setores temos outros instrumentos [que não o PRR] que estão no terreno e se vão sendo ajustados”, precisou Nelson Souza, na conferência do ECO sobre fundos europeus.

Já no Parlamento, em fevereiro, o ministro, que tem a tutela dos fundos comunitários, explicava que “o PRR não é destinado ao curto prazo, mas sempre que for possível responderá aos dois objetivos” e “não tem uma afetação ex ante nem territorial”. Nelson de Souza respondia assim às questões do PSD, que o confrontou com o facto de o plano visar responder à crise mas não ter referências aos turismo ou à cultura.

“Esses setores terão acesso transversal às medidas definidas ao longo do programa”, explicou o responsável. “Os trabalhadores do setor do turismo podem ter acesso aos programas de formação. Ou as empresas podem candidatar-se aos programas de eficiência energética. E o mesmo se aplica à cultura”, sugeriu. “A cultura terá uma resposta adequada ao longo das linhas transversais do programa”, garantiu. Isto porque “o PRR não está desenhado em linhas setoriais”, acrescentou.

Mas a dias de apresentar o documento a Marcelo Rebelo de Sousa — está agendado para 16 de abril — houve mais reajustamentos, de forma a satisfazer as exigências da Cultura.

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Inspeção do BCE obrigou Novo Banco a registar perdas de 533 milhões

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

Uma inspeção do BCE ao Novo Banco obrigou ao registo de perdas por imparidade no valor de 317 milhões de euros e com a desvalorização de imóveis no valor de 216 milhões.

Uma inspeção do Banco Central Europeu (BCE) ao Novo Banco obrigou ao registo de imparidades de 533 milhões de euros, 317 milhões dos quais relativos a imparidades e 216 relativas à desvalorização de imóveis, segundo a auditoria da Deloitte.

De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, e que contém informação rasurada devido a restrições de confidencialidade, “o Novo Banco registou perdas de 317 milhões de euros em 2019 relativas a exposições abrangidas” pela on-site inspection (OSI, inspeção no local) feita pelo BCE.

A inspeção foi realizada “com o objetivo de avaliar a gestão de colaterais, NPL [crédito malparado] e ativos recuperados, tendo sido identificadas pelo supervisor necessidades adicionais de imparidade para crédito”.

O relatório do BCE tinha detetado 394 milhões de euros inicialmente, valor que foi atualizado pelo Novo Banco e registado nos 317 milhões, segundo a auditoria.

No total, e além da inspeção do BCE, foram registadas imparidades relativas a crédito a clientes de 711 milhões de euros, também influenciadas, por exemplo, pela carteira de crédito malparado Nata II, “que implicou uma perda de 84 milhões de euros”.

Na inspeção do BCE foram também “identificadas necessidades de desvalorização de imóveis no valor de 216 milhões de euros”, registadas pelo Novo Banco em 2019.

Quanto a imóveis, as perdas totalizaram 491 milhões de euros, incluindo as operações de venda de crédito malparado Sertorius e Albatros, que geraram perdas de 234 milhões de euros, e 83 milhões de euros de um fundo de investimento imobiliário.

O Novo Banco registou ainda uma perda adicional de 95 milhões de euros “resultante da diferença entre a valorização indicada no relatório OSI e a que decorreu do seu processo de reavaliação”.

Outros fundos não identificados pela auditoria geraram perdas de 191 milhões de euros, incluindo a aplicação de um hair-cut (corte na dívida) de iliquidez ao valor do ativo patrimonial líquido divulgado pelas gestoras dos fundos, “o que implicou uma perda de 158 milhões de euros”.

Também foram anulados 138 milhões de euros de ativos por impostos diferidos devido a prejuízos fiscais reportáveis, algo que não teve efeito no rácio de capital do Novo Banco em 2019, “pois foi compensada por uma redução de igual montante nas deduções prudenciais”.

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Governo admite aumentar quotas de avaliação na Função Pública

Nas "linhas gerais" partilhadas pelo Governo com os sindicatos da Função Pública, admite-se um "eventual aumento" das quotas da avaliação, de acordo com o STE.

Apesar das críticas dos sindicatos, o Governo quer manter as quotas que ditam hoje que apenas uma fatia dos funcionários públicos podem ter as notas mais elevadas do sistema de avaliação do desempenho (SIADAP). Ainda assim, no documento partilhado com os representantes dos trabalhadores, o Executivo admite um “eventual aumento” dessas quotas, não detalhando para quanto, avançou a líder do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, em declarações aos jornalistas.

O SIADAP prevê, atualmente, que a cada dois anos os funcionários públicos (assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos superiores) são alvo de avaliação, mas, independentemente do seu desempenho, apenas uma parte destes pode receber as notas mais altas, isto é, só 25% dos funcionários num serviço podem receber a qualificação de “relevante” e só 5% de “excelente”.

São as chamadas quotas, que têm sido muito criticadas pelos sindicatos, já que, como as qualificações ditam a atribuição dos pontos que guiam as progressões na carreira, essas limitações significam que a generalidade dos trabalhadores leva dez anos progredir.

Os representantes que representam os trabalhadores da Administração Pública defendem que estas quotas devem ser eliminadas, mas o Governo não tem mostrado disponibilidade para tal.

Esta sexta-feira, iniciaram-se as negociações sobre o sistema de avaliação e o Executivo mantém essa posição, no documento partilhado com os sindicatos, admitindo, ainda assim, segundo o STE, um “um eventual aumento das quotas, não se sabe para quanto”.

Ao ECO, o líder da Frente Comum, Sebastião Santana, já tinha indicado que o Governo pretende manter as quotas, mas admite revê-las, serviço a serviço, o que não satisfaz esta estrutura sindical.

No quadro desta revisão do SIADAP, o Governo tem também intenção de anualizar o sistema, simplificando-o, além de reforçar o impacto da avaliação dos serviços na avaliação dos próprios trabalhadores, o que os sindicatos contestam.

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Sócrates vai a julgamento por crimes de lavagem de dinheiro e falsificação de documentos

O juiz Ivo Rosa anunciou a decisão instrutória que ditou quem vai a julgamento e por que crimes no âmbito da Operação Marquês. José Sócrates é o principal arguido.

Após dois anos e sete meses do início do debate instrutório, o juiz Ivo Rosa, responsável pela fase de instrução, apresentou o veredicto final desta fase processual: José Sócrates, ex-primeiro-ministro e o principal arguido, não vai a julgamento por qualquer dos corrupção de que era acusado pelo Ministério Público.

Ao longo de mais de três horas, o juiz Ivo Rosa leu uma súmula da decisão a partir do Campus de Justiça. E o ECO foi acompanhando os principais momentos neste liveblog.

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Vodafone manifesta “perplexidade” com intenção da Anacom de mudar regulamento do 5G

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

A Vodafone manifestou "perplexidade" face à decisão da Anacom de iniciar um procedimento para alterar o regulamento do leilão do 5G, de forma a acelerar o fim do processo.

A Vodafone Portugal manifestou “perplexidade” sobre a mudança de regras do leilão do 5G “a meio de um jogo que envolve milhões de euros”, considerando a atitude da Anacom “prepotente e desrespeitadora dos princípios básicos de estabilidade”.

Na quinta-feira, no 60.º dia de licitação principal, a Anacom anunciou que “decidiu iniciar um procedimento de alteração do respetivo regulamento” para acelerar o leilão de quinta geração (5G).

Foi com “perplexidade” que a Vodafone Portugal, liderada por Mário Vaz, “recebeu ontem [quinta-feira] a notícia de intenção revelada pela Anacom de mudar as regras do leilão 5G a meio de um jogo que envolve milhões de euros e cujos resultados são da maior importância para os operadores e para o país”, refere a operadora, em comunicado. “É mais uma vez a prova da total falta de competência do regulador nacional”, critica a Vodafone Portugal.

“Não podemos, por isso, deixar de considerar a atitude do regulador prepotente e desrespeitadora dos princípios básicos de estabilidade, previsibilidade e respeito pela liberdade de atuação dos licitantes em função de legítima utilização de regras de um jogo por si estabelecidas”, afirma.

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