Perceção da corrupção em Portugal acima da média europeia

Portugal ocupou, em 2020, a 33.ª posição no Índice de Perceção da Corrupção, que identifica os países percecionados como mais corruptos a nível internacional.

O Índice de Perceção da Corrupção, divulgado esta quinta-feira pela organização não-governamental Transparency International, mostra que Portugal está na 33.ª posição do ranking, sendo assim interpretado como um país mais corrupto do que a média da União Europeia e da Europa Ocidental.

Numa listagem em que a Dinamarca e a Nova Zelândia aparecem como os países detentores de uma maior pontuação, com 88 pontos para um máximo de 100, atribuídos apenas aos países percecionados como “de transparência máxima”, Portugal alcança uma pontuação que fica abaixo do valor médio registado na Europa Ocidental e na União Europeia (a média é de 66 pontos).

Com apenas 61 pontos, Portugal desceu três lugares em comparação com o ranking de 2019, naquela que é a pontuação mais baixa de sempre alguma vez alcançada pelo país. Desde 2012, ano em que foi lançada a primeira edição deste índice, Portugal tem registado variações anuais mínimas nas pontuações indicativas do nível de corrupção que é percecionado no setor público nacional.

Esta “trajetória descendente” do país nesta classificação ocorre, segundo Susana Coroado da Transparency International Portugal, porque “ao longo dos últimos dez anos pouco ou nada tem sido feito pelo combate à corrupção em Portugal“, não existindo uma “estratégia capaz de prevenir e combater eficazmente” a mesma, cuja implementação seria particularmente importante “em contexto de crise pandémica”.

Se a Dinamarca e a Nova Zelândia são vistos, segundo o Índice de Perceção da Corrupção, como os países de maior integridade e transparência, do lado oposto da tabela encontram-se a Síria, com 14 pontos, a Somália e o Sudão do Sul, ambos com 12 pontos.

Alertando para um “quadro sombrio do estado da corrupção a nível global”, o estudo refere que a maioria dos países tem vindo a fazer progressos muito reduzidos ou até mesmo nulos para combater esta realidade durante a última década, o que tem consequências ao nível das pontuações obtidas neste índice de perceção, com mais de dois terços das nações a obter menos de 50 pontos e com a pontuação média a fixar-se nos 43.

A pesquisa mostrou ainda que os países vistos como mais corruptos são precisamente aqueles que estão menos equipados para lidar com crises, como é exemplo paradigmático da pandemia da Covid-19. A análise desenvolvida destacou como os países percecionados como mais transparentes são aqueles que mais investem nas áreas da saúde e onde existe, adicionalmente, uma menor propensão para se violarem as normas e instituições democráticas ou até mesmo o Estado de Direito.

Um combate à corrupção configura-se “de extrema importância no contexto da atual crise pandémica, na medida em que a mesma não só mina a resposta sanitária global à Covid-19, mas contribui para uma crise contínua da democracia”, pode ler-se na pesquisa.

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Centeno afasta recessão no 1.º trimestre igual à do primeiro confinamento

No segundo trimestre de 2020, o confinamento provocado pela pandemia levou a uma queda de 16% do PIB. Portugal está novamente confinado, mas o impacto económico será menor, antecipa Centeno.

O governador do Banco de Portugal (BdP) considera que a economia portuguesa não vai sofrer no primeiro trimestre deste ano, marcado por um novo confinamento, o mesmo impacto do sentido no segundo trimestre de 2020, período marcado pelo primeiro confinamento provocado pela pandemia. Em entrevista esta quarta-feira à RTP3, Mário Centeno adiantou que o quarto trimestre terá sido melhor do que o esperado, o que irá “equilibrar” um pior primeiro trimestre de 2021.

No segundo trimestre de 2020, Mário Centeno ainda era ministro das Finanças e fez parte da resposta orçamental não só de Portugal como da União Europeia enquanto presidente do Eurogrupo. Nesse período, o PIB caiu 16,3%, em termos homólogos, com o então ministro a antecipar uma quebra de 6,5% do PIB por cada mês de confinamento restrito. Quase um ano depois, Centeno é agora governador do Banco de Portugal, instituição que também faz previsões económicas, e mostra mais otimismo em relação ao impacto da pandemia na economia.

A economia tem reagido às sucessivas vagas de pandemia de forma — e vou usar um termo estranho em crise pandémica — bastante positiva“, afirmou Centeno, ex-ministro das Finanças, destacando o aumento dacapacidade de adaptação que as economias têm tido a laborar nestas dificuldades“. O economista notou que “em todos os momentos de desconfinamento, a reação da economia foi automática e foi muito forte“, argumentando que para tal ajudou o facto dos apoios monetários e orçamentais terem sido “muito eficazes”.

“Se compararmos o comportamento da economia em novembro, onde também foram implementadas medidas de confinamento, com o que aconteceu em março, os indicadores de janeiro indicam que não vamos ficar com números desta natureza“, disse Mário Centeno, referindo que, por um lado, a queda das operações em multibanco apresentam uma queda de 20% (superior à de novembro), mas que, por outro lado, o consumo de energia corrigido de temperatura (Portugal passou por uma vaga de frio no início do mês) teve uma variação homóloga “quase nula”.

A contribuir para o otimismo de Centeno está a revisão em alta do desempenho do quarto trimestre de 2020 — o governador não adiantou número, notando apenas que ficará “em linha” com o terceiro trimestre –, o que permite partir para 2021 com uma “base melhor”. Tal dará para “equilibrar” o facto de o BdP esperar nas suas previsões um crescimento nulo no primeiro trimestre de 2021, que deverá pior do que o esperado por causa do novo confinamento.

Quanto à retirada dos apoios orçamentais, Mário Centeno repetiu o argumento de que as medidas devem ser “temporárias” dada a natureza desta crise, mas alertou que “seria um péssimo sinal se fossem eternizadas”.

Moratórias “não causam nenhum problema aos bancos em 2020, nem em 2021”

O governador do Banco de Portugal reconhece que existe o risco de o país “acordar para uma realidade de malparado” em setembro deste ano quando acabar a vigência das moratórias bancárias, mas dá argumentos para defender que tal não deverá acontecer. As moratórias “neste momento não causam nenhum problema aos bancos em 2020, nem em 2021”, garantiu.

Em primeiro lugar, Centeno refere o aumento da poupança em Portugal, com o total de depósitos bancários a engordar 10% com um crescimento de 7% nas famílias e de mais de 10% nas empresas, o que quer dizer que “foi criada uma almofada financeira para fazer face a eventuais necessidades“. O ex-ministro das Finanças interpreta este aumento da poupança como um sinal de os agentes económicos aprenderam com a última crise, optando por ter “muita precaução”.

Mais: as empresas que recorreram a moratórias têm depósitos no sistema bancário no valor de 20% do crédito em moratória. Mais uma vez, disse Centeno, “do ponto de vista agregado existe uma almofada para dar resposta” ao fim das moratórias uma vez que este “não será um perdão de dívida”. Isto é, em outubro deste ano será preciso voltar a pagar capital e juros aos bancos pelos empréstimos devidos. “Temos de nos preparar todos para isso”, avisou.

Ainda assim, Centeno notou que “a proteção do sistema financeiro é uma preocupação que não deixa de existir”, reconhecendo que o risco de a crise passar a ser financeira está “sempre latente”. Quanto ao endividamento público, o ex-ministro das Finanças considerou que o financiamento da República “está estável e assegurado”, mas mostrou-se preocupado com o “contexto de maior endividamento”, recomendando ao Governo que retome a descida da dívida pública assim que possível.

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António Costa antecipa regresso do ensino a distância

  • ECO e Lusa
  • 27 Janeiro 2021

"Daqui a 15 dias não estaremos perto de regressar ao ensino presencial e não devemos prosseguir a interrupção. Nestas circunstâncias devemos retomar o ensino online", disse o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro afirmou hoje que não acredita que as aulas presenciais possam ser retomadas no espaço de 15 dias face à evolução da situação epidemiológica do país e adiantou que a alternativa será o ensino “online”.

Esta convicção foi transmitida por António Costa no final do programa “Circulatura do Quadrado”, na TVI-24, moderado pelo jornalista Carlos Andrade, com a participação habitual da líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, do antigo dirigente do PSD Pacheco Pereira e do membro do Conselho de Estado António Lobo Xavier.

Não acredito que daqui a 15 dias se regresse ao ensino presencial”, declarou o líder do executivo, que também adiantou que o Governo não repetirá a medida que tomou na sexta-feira passada no sentido de decretar uma interrupção no ano letivo, com compensações nos períodos tradicionais de férias.

“Por isso, devemos retomar o ensino online”, admitiu António Costa.

No programa, após críticas feitas pelo antigo dirigente do CDS António Lobo Xavier às posições assumidas pelo ministro da Educação a propósito da suspensão das aulas presenciais, o líder do executivo saiu em defesa de Tiago Brandão Rodrigues.

Ninguém proibiu ninguém de ter o ensino online”, advogou António Costa, recusando que o seu executivo entre “numa discussão fantasma” e que haja “preconceitos” em relação ao ensino do setor privado.

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Wall Street cede mais de 2% após desilusão com resultados das cotadas

A desilusão dos investidores com os resultados de alguns cotadas abalou os principais índices norte-americanos. Wall Street desceu mais de 2% com o Dow Jones a registar a maior queda em três meses.

A sessão desta quarta-feira foi a pior para o Dow Jones desde outubro e o S&P 500 caiu de tal forma que apagou os ganhos que tinha registados desde o início do ano. Assim se ilustra um dia vermelho em Wall Street, com os principais índices norte-americanos a cair mais de 2% após a desilusão dos investidores com os resultados de algumas cotadas.

O Dow Jones desceu 2,05% para os 30.302,31 pontos, a maior queda diária em três meses, o Nasdaq desvalorizou 2,61% para os 13.270,6 pontos e o S&P 500, que tinha atingido um máximo na sessão anterior, cedeu 2,57% para os 3.750,8 pontos. No caso do S&P 500, a queda foi suficiente para o índice deixar de acumular um ganho desde o arranque de 2021, passando para terreno negativo (-0,1%).

O que explica este dia vermelho em Wall Street como não se via há meses? A queda é explicada pela desilusão dos investidores face aos lucros de algumas cotadas que divulgaram resultados. É o caso da Boeing, cujas ações desceram mais de 4%, que reportou prejuízos recorde de 11,9 mil milhões de dólares por causa da crise pandémica e a proibição de voo do modelo 737 Max.

A negociação fica também marcada pela decisão da Fed de manter as taxas de juro diretoras perto de zero e de não fazer nenhuma mudança à compra de ativos.

Nas últimas semanas, os índices norte-americanos têm subido à boleia do otimismo com o processo de vacinação e os estímulos orçamentais propostos pela nova administração Biden.

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Agências da rede DS emitiram 10 mil novas apólices em 2020

  • ECO Seguros
  • 27 Janeiro 2021

Apesar das dificuldades da pandemia, a rede DS teve melhor ano de sempre, com a faturação na área dos seguros a crescer 18%. A empresa abriu 11 agências em 2020 e quer abrir mais 25 em 2021.

Num ano atípico marcado pela crise sanitária, a Decisões e Soluções (DS), rede de consultoria imobiliária, intermediação crédito bancário e seguros, manteve o “ritmo de crescimento de uma forma sustentada em todas as suas áreas de atividade, registando um aumento de 21% em comparação com o período homólogo”, anunciou a empresa de aconselhamento e consultoria.

Guida Sousa, Diretora Coordenadora Nacional da rede DS afirma, num comunicado, que 2020 “foi o melhor ano nível de resultados, tendo algumas agências superado o milhão de euros de faturação. Relativamente a 2021, a coordenadora nacional antecipa que seja um ano “de grande crescimento nas áreas imobiliária e de intermediação de crédito”.

Na área de Seguros, a DS assistiu a um “crescimento de 18% na faturação dos agentes, comparando com o período homólogo”. Foram emitidas “cerca de 10.000 novas apólices, o que representa um crescimento de 13% face ao ano anterior”. No ramo Vida, “o crescimento foi de 35% na emissão de novas apólices comparando com o período homólogo, sendo que em 2020 foram emitidas cerca de 3.500 novas apólices”. Também no que diz respeito “aos seguros estratégicos (Vida + Saúde + Acidentes Pessoais + Multirriscos) o crescimento foi de 30% com quase 6.000 apólices emitidas”, detalha a DS em comunicado.

De acordo com Luís Tavares, Diretor Coordenador Nacional da DS na área dos seguros: “no ano de 2020, mesmo com todas as dificuldades derivadas da Pandemia e da recessão económica, os profissionais da DS estão de parabéns, pois foi o melhor ano de sempre e inclusivamente a faturação das agências na área dos seguros cresceu 18% em comparação com período homólogo, o que nos deixa bastante satisfeitos pela adaptação à mudança e reação a uma crise tão profunda”.

Em termos de resultados em 2020, e comparando com o ano anterior, a Decisões e Soluções destaca a área da intermediação de crédito, na qual registou um crescimento na faturação de 72%. O valor médio de cada operação de crédito à habitação foi de 116.370 euros e de crédito pessoal, o valor de 14.850 euros.

O negócio da Mediação Imobiliária registou um crescimento global de 7% no volume de transações realizadas em comparação com período homólogo. O valor médio dos imóveis vendidos foi de 129.320 euros, já o dos arrendamentos foi de 580 euros. Na Mediação de Obras e Construção de Imóveis, o valor médio de cada casa adjudicada foi de 123.950 euros e no caso da mediação de obras, o valor médio das obras adjudicadas foi de 31.950 euros, indica informação da DS.

Em relação às aberturas de novos espaços, “2020 foi um ano igualmente forte, com a abertura ao público de 11 novas agências”, no Montijo, Almeirim, Seixal, Baixa da Banheira, Braga S. Vicente, Loures Infantado, Vila Praia de Âncora, Charneca da Caparica, Faial Horta, Sacavém e Barreiro Fidalguinhos.

Atualmente com 100 agências e 450 mil clientes em todo o país, a DS tem como objetivo para 2021 “manter o crescimento de todas as suas áreas, mantendo a sua política de expansão com a abertura de 25 novas agências e o recrutamento de cerca de 1.000 colaboradores para as funções de direção comercial, gestor de crédito, consultores imobiliários e de seguros, de forma a reforçar a sua rede”.

A empresa realça ainda que durante o período de confinamento a marca manteve a sua atividade em todas as áreas, tendo adotando o sistema de teletrabalho e de formação e apoio à distância, o que lhe permitiu manter os níveis de motivação da rede e consequentemente os seus bons resultados.

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Como evoluem as seguradoras espanholas na internet? Saiba quem lidera

  • ECO Seguros
  • 27 Janeiro 2021

O desempenho online de 72 seguradoras do mercado espanhol foi avaliado em função de diversas áreas, da página web, passando pelas funcionalidades online, tarifação e venda, às apps e redes sociais.

A ARAG, sucursal local da companhia alemã, lidera o mais recente ranking Presencia Online de Entidades Aseguradoras, obtendo uma avaliação de 86% no conjunto de dimensões avaliadas pela Innovación Aseguradora (iA), entidade que produz e publica o estudo semestral em Espanha, agora na sua 29ª edição.

Com ARAG a superar a Mapfre, que foi 1ª no ranking anterior (julho de 2020), o pódio do índice agora publicado (2ª edição de 2020) compõe-se com a Mútua Madrileña, em segundo lugar (85%) e, em terceiro, a Seguros Bilbao com 78% de pontuação no conjunto das áreas avaliadas: website; apps; venda de produtos online; redes sociais e blogue).

A ARAG opera em Portugal também através de sucursal. Lançada em 2002, a subsidiária da seguradora alemã desenvolve atividade através de mediadores. Dispondo carteira diversificada de produtos em proteções para particulares e empresas (família; viagem; automóvel; habitação; condomínio, entre outros), a ARAG Portugal concluiu 2019 com cerca de 1,3 milhões de euros em prémios.

O Top10 das seguradoras espanholas com melhor classificação de presença na internet é ainda composto pela Direct Seguros; DKV; Asisa, Mapfre, Generalli, FIATC e Santalucía, revela a 29ª edição do Ranking de Presença Online produzido e divulgado pela Innovación Aseguradora (iA) com patrocínio da RGA re International Ibérica.

Após ter introduzido novos parâmetros ao longo do segundo semestre de 2020, tornando a avaliação mais exigente para as seguradoras, a iA salienta a progressão da Asisa, que subiu 19 posições até ao 6º lugar no índice geral que avalia 72 entidades.

Por categorias, de acordo com a avaliação às páginas web, a DAS Seguros (Ergos-Munich Re) mantém o primeiro lugar que traz do ranking anterior, obtendo agora 97% de classificação, logo seguida da Mapfre e Mútua Madrileña ambas com 93%. De acordo com o relatório, a personalização de cookies é a funcionalidade com crescimento mais forte, registando mais 34% de seguradoras que a adotam, enquanto a disponibilização de um chat online parece ter deixado de ser prioridade, dado que (desde a edição anterior do ranking) três seguradoras eliminaram essa funcionalidade nos seus websites.

Na categoria aplicações móveis (apps), o estudo observa que metade das seguradoras ainda não desenvolveu uma app ou, se o fizeram, não a associaram à página web. Nesta categoria, Asisa e Divina Pastora partilham o primeiro lugar, ambas com 90% de pontuação, seguidas da Direct Seguros, no 3º lugar.

Quanto às vendas online e redes sociais, o número de companhias que disponibilizam simulador de preço/tarifação continua a aumentar, somando agora 51 e a representar cerca de 71% do universo avaliado. Nesta categoria, a DKV e a Direct Seguros partilham a primeira posição com 100% de pontuação.

A DKV, com 89,5%, também é líder na categoria redes sociais, à frente da ARAG (89%), na segunda posição, e da Pelayo, terceira, com 85%. Quando se refere a social media, a IA indica que uma das alterações introduzidas no estudo foi a eliminação do parâmetro localização no Facebook, devido a sucessivos erros relacionados com o chat daquela plataforma. Em compensação, a análise passou a contar com as Stories, do Instagram.

O estudo revela também que, nas contas do Twitter, há mais seguradoras a utilizarem hashtags identificando a empresa/marca. Acresce ainda que o número de seguradoras com ícones de redes sociais vinculadas à respetiva página web aumentou e é agora de 62, mais de quatro quintos do universo analisado.

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Marcelo propõe estado de emergência até 14 de fevereiro

O Presidente da República propôs mais 15 dias de estado de emergência. O decreto abre a porta à contratação de médicos reformados e estrangeiros, o fecho de fronteiras e o ensino à distância.

O Presidente da República propôs à Assembleia da República a renovação do estado de emergência em Portugal até 14 de fevereiro. O decreto mantém as restrições atualmente em vigor, ou seja, o país continua em confinamento geral, com as escolas fechadas.

Porém, este decreto presidencial acrescenta uma alínea nova na proteção de dados pessoais que pode abrir a porta ao ensino à distância, cuja decisão deverá caber ao Governo: “Pode haver lugar ao tratamento de dados pessoais em caso de ensino não presencial e na medida do indispensável à realização das aprendizagens por meios telemáticos“, escreve Marcelo na proposta que envia ao Parlamento para ser discutida e votada esta quinta-feira.

O Governo decidiu, alguns dias depois de ter arrancado o atual estado de emergência, interromper todas as atividades letivas, sem recurso ao ensino à distância como aconteceu no ano letivo anterior. Contudo, essa hipótese está em cima da mesa, tendo o Ministério da Educação já dado indicações às escolas para prepararem o ensino online.

Ainda em relação às escolas, Marcelo Rebelo de Sousa acrescenta um ponto sobre a “liberdade de aprender e ensinar” onde prevê o encerramento das escolas, o que não constava do decreto anterior: “Podem ser impostas pelas autoridades públicas competentes, em qualquer nível de ensino dos setores publico, particular e cooperativo, e do setor social e solidário, incluindo a educação pré-escolar e os ensinos básico, secundário e superior, as restrições necessárias para reduzir o risco de contágio e executar as medidas de prevenção e combate à epidemia, nomeadamente a proibição ou limitação de aulas presenciais, o adiamento, alteração ou prolongamento de períodos letivos, o ajustamento de métodos de avaliação e a suspensão ou recalendarização de provas de exame”, lê-se no novo decreto presidencial da renovação do estado de emergência.

Quanto ao fecho de fronteiras, o texto do decreto presidencial é reforçado face à versão anterior, “suspendendo ou limitando chegadas de certas origens”. Anteriormente, o decreto permitia apenas os “controlos fronteiriços de pessoas e bens, incluindo controlos sanitários e fitossanitários em portos e aeroportos, com a finalidade de impedir a entrada em território nacional ou de condicionar essa entrada à observância das condições necessárias a evitar o risco de propagação da epidemia ou de sobrecarga dos recursos afetos ao seu combate”.

Caberá ao Governo determinar no regulamento do estado de emergência quais os locais de origem que serão afetados, tal como já anunciou para o Brasil a partir de sexta-feira, por exemplo, e o prolongamento da proibição para o Reino Unido. No entanto, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta quarta-feira que é necessário “evitar a todo o custo” a criação de “novas barreiras à circulação interna ou à circulação externa” da União Europeia, no contexto da pandemia.

Marcelo prevê contratação de profissionais de saúde estrangeiros

Numa altura em que se fala cada vez mais de Portugal recorre à ajuda externa por causa do momento crítico que o Sistema Nacional de Saúde vive, o novo decreto presidencial também prevê que possam ser contratados profissionais de saúde estrangeiros para a prestação de cuidados de saúde, assim como reformados e reservistas.

Podem ser mobilizados para a prestação de cuidados de saúde quaisquer profissionais de saúde reformados e reservistas ou que tenham obtido a sua qualificação no estrangeiro“, lê-se no decreto presidencial.

Novo decreto passa a referir medidas já tomadas pelo Governo

O novo decreto presidencial prevê também algo que foi anunciado já durante este estado de emergência, mas que não constava no decreto presidencial anterior, que é a cobrança imediata das multas pela violação das regras. “Quando haja lugar à aplicação de contraordenações, é permitida a cobrança imediata das coimas devidas pela violação das regras de confinamento“, escreve o Presidente da República.

O mesmo se aplica à proibição de campanhas publicitárias que promovam deslocações: “Podem ser proibidas as campanhas publicitárias a práticas comerciais que, designadamente através da divulgação de saldos, promoções ou liquidações, visem o aumento do fluxo de pessoas a frequentar os estabelecimentos que permaneçam abertos ao público, suscitando questões de respeito da liberdade de concorrência”, lê-se no novo decreto presidencial.

(Notícia atualizada às 21h49 com mais informação)

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Idoneidade: Conheça as 27 perguntas que a ASF vai fazer aos distribuidores de seguros

  • ECO Seguros
  • 27 Janeiro 2021

O passado e presente dos corretores e mediadores vai ser mais escrutinado pela ASF, passam a ser requisitos semelhantes aos já exigidos aos responsáveis e compradores de seguradoras.

Vão aumentar as exigências quanto a idoneidade dos profissionais de seguros ligados à mediação, no momento em que a Regulamentação do Regime Jurídico da Distribuição de Seguros e de Resseguros entrar em vigor no próximo dia 25 de fevereiro. Este diploma (Norma Regulamentar N.º 13/2020-R,) elaborado pela ASF, entidade supervisora do setor segurador, foi publicado em 26 de janeiro e entra em vigor 30 dias depois.

O diploma que foi objeto de consulta pública e era conhecido desde o final do ano passado, regulamenta as grandes linhas apresentadas na Lei n.º 7/2019 e entre outros temas desenvolve os aspetos de idoneidade para corretores, mediadores, adquirentes de participações em sociedades de mediação, equiparando as exigências às de todo o setor.

No preâmbulo da NR afirma-se que se procuraram “procedimentos de avaliação equiparados aos aplicáveis às empresas de seguros e de resseguros mas adaptados, à luz do princípio da proporcionalidade, à realidade dos corretores de seguros e mediadores de resseguros”. O que já se exige e fiscaliza em administradores e altos responsáveis por seguradoras, bem como a quem pretende adquirir participações em companhias é extensível, à escala devida, a mediadores e empresas mediadoras.

Com esta definição que engloba mediador de seguros, de resseguros e de seguros a título acessório, a lei consagra um regime equivalente ao previsto no regime jurídico de acesso e exercício a atividade seguradora e resseguradora. Os requisitos estendem-se em matéria de avaliação de participações qualificadas, ou seja a pessoas ligadas a aquisições ou diminuições de partes de capital em empresas de distribuição de seguros.

Quais os crimes a que o supervisor está atento

Quanto a idoneidade, a Norma Regulamentar apenas desculpa erros ao volante: “São considerados irrelevantes os processos relativos à condução de veículos”, lê-se.

Pelo contrário, considera especialmente relevantes os crimes contra o património, falsificação e falsidade, crimes contra a realização da justiça, os cometidos no exercício de funções públicas, crimes fiscais e os especificamente relacionados com o exercício de uma atividade financeira e com a utilização de meios de pagamento.

A todos estas falhas a NR junta os crimes previstos no Código das Sociedades Comerciais.

As 27 perguntas em que uma resposta positiva vai precisar de ser bem explicada

Todos os candidatos a mediadores e a gerir sociedades de mediação terão de responder não a 27 perguntas para que o processo de aprovação da sua idoneidade pela ASF siga sem contratempos. No entanto, uma resposta satisfatória não impede o Supervisor de se informar pelo seu lado, a respeito dos proponentes.

As perguntas colocadas a quem quer aceder à indústria seguradora em Portugal são:

  • Alguma vez foi condenado, em Portugal ou no estrangeiro, em ação cível ou processo-crime?
  • Alguma vez uma empresa, foi condenada, em Portugal ou no estrangeiro, em ação cível ou processo-crime por factos praticados enquanto exerceu funções de administrador, diretor ou gerente, de direito ou de facto, ou foi por si dominada?
  • Corre ou correu termos em algum tribunal, em Portugal ou no estrangeiro, ação cível ou processo-crime contra si?
  • Corre ou correu termos em algum tribunal, em Portugal ou no estrangeiro, ação cível ou processo-crime contra alguma empresa por factos praticados enquanto exerceu funções de administrador, diretor ou gerente, de direito ou de facto, ou foi por si dominada?
  • Alguma vez foi condenado, em Portugal ou no estrangeiro, em processo de contraordenação ou processo administrativo análogo por factos relacionados com o exercício de atividade na área financeira?
  • Alguma vez uma empresa foi condenada, em Portugal ou no estrangeiro, em processo de contraordenação ou processo administrativo análogo por factos relacionados com o exercício de atividade na área financeira praticados enquanto exerceu funções de administrador, diretor ou gerente, de direito ou de facto, ou foi por si dominada?
  • Corre ou correu termos, em Portugal ou no estrangeiro, processo de contraordenação ou processo administrativo análogo, por factos relacionados com o exercício de atividade na área financeira contra si?
  • Corre ou correu termos, em Portugal ou no estrangeiro, processo de contraordenação ou processo administrativo análogo contra uma empresa por factos relacionados com o exercício de atividade na área financeira praticados enquanto exerceu funções de administrador, diretor ou gerente, de direito ou de facto, ou foi por si dominada?
  • Alguma vez foi condenado, em Portugal ou no estrangeiro, pela prática de infrações às regras legais ou regulamentares que regem a atividade de distribuição de seguros ou de resseguros, a atividade seguradora ou resseguradora, bem como a atividade das entidades gestoras de fundos de pensões, das instituições de crédito e das sociedades financeiras e das normas que regem o mercado de valores mobiliários?
  • Alguma vez uma empresa foi condenada, em Portugal ou no estrangeiro, pela prática de infrações às regras legais ou regulamentares que regem a atividade de distribuição de seguros ou de resseguros, a atividade seguradora ou resseguradora, bem como a atividade das entidades gestoras de fundos de pensões, das instituições de crédito e das sociedades financeiras e das normas que regem o mercado de valores mobiliários, por factos praticados enquanto exerceu funções de administrador, diretor ou gerente, de direito ou de facto, ou foi por si dominada?
  • Corre ou correu termos, contra si, em Portugal ou no estrangeiro, processo pela prática de infrações às regras legais ou regulamentares que regem a atividade de distribuição de seguros ou de resseguros, a atividade seguradora ou resseguradora, bem como a atividade das entidades gestoras de fundos de pensões, das instituições de crédito e das sociedades financeiras e das normas que regem o mercado de valores mobiliários?
  • Corre ou correu termos, em Portugal ou no estrangeiro, processo pela prática de infrações às regras legais ou regulamentares que regem a atividade de distribuição de seguros ou de resseguros, a atividade seguradora ou resseguradora, bem como a atividade das entidades gestoras de fundos de pensões, das instituições de crédito e das sociedades financeiras e das normas que regem o mercado de valores mobiliários, contra uma empresa por factos praticados enquanto exerceu funções de administrador, diretor ou gerente, de direito ou de facto, ou foi por si dominada?
  • Alguma vez foi declarado insolvente, em Portugal ou no estrangeiro?
  • Alguma vez foi declarada a insolvência ou correu processo de recuperação, insolvência ou liquidação, em Portugal ou no estrangeiro, de uma empresa de que tenha sido administrador, diretor ou gerente, de direito ou de facto, por si dominada ou em que tenha sido ou seja titular de uma participação qualificada?
  • Corre termos, em Portugal ou no estrangeiro, algum processo de insolvência contra si?
  • Corre termos, em Portugal ou no estrangeiro, algum processo de recuperação, insolvência ou liquidação em relação a empresa em que seja ou que tenha sido administrador, diretor ou gerente, de direito ou de facto, ou em relação a empresa por si dominada ou anteriormente dominada, ou em que tenha sido ou seja titular de uma participação qualificada?
  • Alguma vez foi despedido, cessou o vínculo ou foi destituído de um cargo que exija uma especial relação de confiança?
  • Alguma vez foi sancionado por violação de regras disciplinares, deontológicas ou de conduta aplicáveis ao exercício da sua atividade profissional?
  • Alguma vez lhe foi recusado, cancelado ou revogado, em Portugal ou no estrangeiro, pelas autoridades de supervisão competentes, o registo do exercício de funções em instituição de crédito, sociedade financeira ou instituição financeira, empresa de seguros ou de resseguros, mediador de seguros, de resseguros ou de seguros a título acessório ou sociedade gestora de fundos de pensões?
  • Alguma vez, em Portugal ou no estrangeiro, foi efetuada por outra autoridade de supervisão uma avaliação sobre a sua idoneidade na qualidade de proposto adquirente ou de membro do órgão de administração de uma instituição financeira?
  • Alguma vez, em Portugal ou no estrangeiro, foi efetuada por outra autoridade competente, no âmbito de um setor não financeiro, uma avaliação sobre a sua idoneidade?
  • Alguma vez lhe foi recusado, revogado ou objeto de cancelamento ou cessação de registo, autorização, admissão ou licença para o exercício de uma atividade comercial, empresarial ou profissional, por autoridade de supervisão, ordem profissional ou organismo com funções análogas, ou inibido do exercício de um cargo por entidade pública?
  • Alguma vez, em Portugal ou no estrangeiro, foi declarada a oposição das autoridades competentes a que tomasse ou mantivesse uma participação em sociedade civil ou comercial?
  • Alguma vez, em Portugal ou no estrangeiro, foi proibido de exercer funções de administrador ou gerente de uma sociedade civil ou comercial ou de nela desempenhar funções por autoridade judicial, autoridade de supervisão, ordem profissional ou organismo com funções análogas?
  • Alguma vez, em Portugal ou no estrangeiro, foi incluído em menções de incumprimento na central de responsabilidade de crédito ou em quaisquer outros registos de natureza análoga?
  • Alguma vez, em Portugal ou no estrangeiro, foi judicialmente destituído ou foi confirmada judicialmente a destituição por justa causa de membro do órgão de administração de qualquer sociedade comercial?
  • Alguma vez, em Portugal ou no estrangeiro, foi condenado por danos causados a uma sociedade comercial, aos seus sócios, credores sociais ou a terceiros enquanto administrador, diretor ou gerente?

Defesa e explicações são possíveis

O responder afirmativamente uma ou mais perguntas, não condena quem pretende ter funções de responsabilidade na indústria seguradora logo à partida. Tem possibilidade de se justificar e atualizar quanto a factos e evolução de eventuais processos.

Conforme a pergunta pode explicar ou comunicar:

  • Os factos que motivaram a instauração de um processo judicial;
  • O tipo de crime ou de ilícito;
  • A data da condenação;
  • A pena ou sanção aplicada;
  • O tribunal ou entidade que condenou ou sancionou;
  • O tribunal ou entidade em que corre o processo, a fase do processo ou o seu desfecho;
  • A denominação das empresas envolvidas em processo de insolvência, de recuperação, ou de liquidação;
  • A natureza do domínio por si exercido ou da participação qualificada detida;
  • As funções exercidas;
  • A identificação da autoridade competente que realizou a anterior avaliação sobre a sua idoneidade (apresentando o documento comprovativo do resultado dessa avaliação);
  • O fundamento da recusa, revogação, cancelamento ou cessação do registo, autorização, admissão ou licença ou inibição para o exercício de uma atividade comercial, empresarial ou profissional;
  • As razões que motivaram o despedimento, a cessação do vínculo, a destituição ou o processo disciplinar;
  • O fundamento da proibição de agir na qualidade de administrador ou gerente de uma sociedade civil ou comercial ou de nela desempenhar funções;
  • O fundamento da oposição à aquisição ou manutenção de participação;

O Supervisor, segundo a NR, terá em consideração o ponto de vista sobre os factos em causa por parte da pessoa cuja idoneidade esteja em avaliação.

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Rui Guerreiro assume liderança da área Affinity na Aon Portugal

  • ECO Seguros
  • 27 Janeiro 2021

O novo responsável da área afinidade na Aon acumula perto de 30 anos de experiência no setor segurador, enriquecida com funções de gestão na Zurich e BNP Paribas Cardiff.

A Aon, empresa líder em serviços profissionais nas áreas do risco, reforma e saúde, acaba de reforçar a sua equipa em Portugal com a contratação de Rui Guerreiro, para assumir as funções de Executive Director e Head of Affinity.

Rui Guerreiro, Head of Affinity (Aon Portugal): “O modelo de negócio Affinity é um dos principais eixos da oferta integral com que a AON se posiciona no mercado.”

Especialista na gestão de programas de seguros e serviços para coletivos e grupos de afinidade, acumulando quase 30 anos de experiência no setor segurador, Rui Guerreiro já desempenhou diversos cargos de gestão, tendo iniciado o seu percurso na Zurich, onde durante 11 anos assumiu a gestão de clientes e a gestão da área de Affinity.

Nos últimos 18 anos, colaborou com outra seguradora, a BNP Paribas Cardif, empresa na qual foi responsável por áreas como o marketing e vendas e, mais recentemente, enquanto Head of Partner Strategy da região ibérica.

Sobre a estratégia prevista pela Aon para a área de Affinity, Rui Guerreiro explica: “O modelo de negócio Affinity é um dos principais eixos da oferta integral com que a AON se posiciona no mercado e apoia os seus clientes. Queremos dar um impulso à contribuição desta área no mercado português, criando em conjunto com os nossos parceiros soluções de proteção que façam face às novas exigências dos tempos atuais e que vão ao encontro das necessidades emergentes.”

O novo Head of Affinity da Aon em Portugal é pós-graduado em gestão de seguros e banca pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa, e licenciado em relações públicas e publicidade pelo Instituto Superior de Novas Profissões.

Na Aon Portugal, Rui Guerreiro será igualmente responsável pelas soluções Inspiring Benefits, focadas em dois eixos para o segmento corporate, benefícios para os colaboradores e fidelização de clientes.

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ANECRA alerta para risco de aumento de falências

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2021

Associação reconhece esforço do Governo, mas diz que medidas "devem ser urgentemente reajustadas e melhoradas tendo em vista as reais necessidades dos diferentes operadores económicos".

A Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA) manifestou, esta quarta-feira, o seu apoio às medidas propostas pela Confederação do Comércio para enfrentar a crise económica e alertou para o risco de aumento de falências de empresas.

“A ANECRA enquanto a maior e mais antiga associação do setor automóvel português, apoia firmemente as medidas propostas pela CCP (…), dada a situação extremamente grave que o nosso tecido empresarial enfrenta, em particular o setor automóvel”, afirmou a associação num comunicado à imprensa.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) pediu na segunda-feira ao Governo medidas de apoio na área fiscal, alertando para o eventual encerramento de “muitas empresas” afetadas pelas novas restrições de combate à pandemia de covid-19.

A CCP, a cuja direção a ANECRA pertence, divulgou um documento com dez propostas ao Governo, entre elas, um regime especial de pagamento em prestações dos impostos sobre o rendimento (IRS, IRC) sem vencimento de juros e necessidade de apresentação de garantia.

Na sua nota de imprensa, a ANECRA considerou que “existe um elevadíssimo risco do disparo de falências de empresas e de desemprego em larga escala e um Pacote de Medidas Governamentais que, não obstante os seus méritos, devem ser urgentemente reajustadas e melhoradas tendo em vista as reais necessidades dos diferentes operadores económicos”.

No entanto, a ANECRA reconheceu “os méritos de muitas das medidas implementadas” pelo Governo, considerando que “são um esforço importante no sentido de tentar minorar os efeitos absolutamente devastadores sobre a economia portuguesa”.

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Rio não vai mudar estratégia nem fazer “discurso violento à direita” para ganhar votos

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2021

"Não podem esperar que um líder do PSD desate com um discurso radical à direita. Eu não estou na política a qualquer preço, para qualquer discurso", disse o líder do PSD, após a reunião com o CDS.

O presidente do PSD, Rui Rio, assegurou hoje que não vai mudar de estratégia face aos resultados das presidenciais de domingo nem fazer um discurso violento à direita para captar mais votos nesse espaço político.

No final de um encontro com o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, na sede nacional dos sociais-democratas, Rio foi questionado se os resultados das presidenciais – em que o líder do Chega, André Ventura, alcançou o terceiro lugar e 11,9% dos votos – poderiam obrigar a uma mudança de estratégia do centro-direita.

“Se estão à espera que vá fazer agora um discurso à direita e violento para ir tentar captar uns votos que vêm com esse discurso violento à direita, esse não é o discurso do PSD, muito menos o meu. Teria então o PSD de ter um líder diferente para se colocar lá à direita. Era capaz era de perder os votos moderados… “, respondeu Rio.

O líder social-democrata admitiu que pode haver “pormenores de ordem tática” a acertar, mas assegurou que “a estratégia e a ideologia não mudam”.

Não podem esperar que um líder do PSD desate com um discurso radical à direita. Eu não estou na política a qualquer preço, para qualquer discurso. Temos um espaço e o nosso espaço é, sobretudo, ao centro”, acrescentou.

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Porto dá mais tempo para famílias se candidatarem aos apoios às rendas e prolonga prazo até 15 de fevereiro

A Câmara do Porto alargou o período de candidaturas ao programa municipal de apoio à renda até 15 de fevereiro. A iniciativa, que já vai na sua nona edição, tem uma verba de 750 mil euros.

A Câmara do Porto quer ajudar mais famílias a suportar as despesas com as rendas e decidiu alargar o período de candidaturas do programa “Porto Solidário” até 15 de fevereiro. A autarquia destaca que é uma iniciativa que “se dirige a todas as famílias residentes na cidade que atravessam dificuldades financeiras”.

“Há agregados com um ou mais desempregados, que viram o seu rendimento mensal sofrer um rude golpe, e o Porto Solidário pode ser uma janela de oportunidade para aliviar o peso desta despesa fixa, ao conceder um apoio à renda (ou à prestação bancária) de caráter temporário, por um prazo de 24 meses”, explica a autarquia através do seu portal.

O programa municipal de apoio à renda já vai na nona edição e conta com uma verba de 750 mil euros comparticipada totalmente pelo município do Porto. Os interessados podem candidatar-se ao programa através do site da empresa municipal, da linha telefónica 228 330 000 ou através da Junta de Freguesia da área de residência.

Para além de preencher o formulário de inscrição, os interessados devem juntar ao formulário da candidatura um conjunto de documentos, tais como, o cartão de cidadão, a última declaração de IRS, elementos que demonstrem exercício de atividade laboral: dois últimos recibos de vencimento, contrato de arrendamento, último recibo da renda, entre outros.

No final de 2020, este programa municipal da autarquia portuense ajudou cerca de mil famílias a pagar a renda mensal ou a prestação bancária de habitação permanente.

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