Editoras adiam lançamentos de livros, algumas sem nova data à vista
Grupo Leya, Bertrand Editores, Porto Editora e Relógio d’Água são algumas das editoras que reagendaram o seu calendário. Grupo Almedina e Gradiva mantêm atividade.
A maioria das editoras adiou os lançamentos de livros previstos para o início do ano, em consequência das novas medidas de confinamento para combate à pandemia de Covid-19, que obrigou ao fecho das livrarias e à paragem do setor.
O grupo Almedina e a Gradiva são as editoras que mantêm inalterado o seu trabalho na área da edição. Assim, a Almedina prepara-se para lançar, no dia 28, o terceiro volume de “O Terceiro Reich em Guerra”, de Richard J.Evans, e “Os Meninos do Caminho de Ferro”, de E. Nesbit, ao passo que a Gradiva mantém o lançamento, a 26 de janeiro, de “Estrela Negra a Pairar. Ocultismo e poder na era de Trump”, de Gary Lachman.
Já a Bertrand fez saber que, “em resposta às medidas impostas pelo novo confinamento”, decidiu “adiar a publicação de novos livros previstos a partir de 21 de janeiro, com retoma de lançamentos dependente do término deste período de recolhimento”. O lançamento de novidades estará suspenso nas próximas quatro semanas.
Apesar desta suspensão, “mantém-se a atividade dentro da maior normalidade possível, sustentada por uma forte componente de trabalho remoto, para garantir que o plano editorial será retomado o mais rápida e eficazmente possível quando terminar o confinamento”, acrescentou.
O grupo editorial LeYa decidiu também suspender a publicação das suas novidades, justificando a decisão “face às restrições à atividade comercial anunciadas, no âmbito do novo confinamento”. Entre as novidades editoriais da LeYa para este mês, contavam-se “Da Meia-Noite às Seis”, de Patrícia Reis, “Rio Profundo”, de Shusako Endo, “1984”, de George Orwell, “O Triunfo dos Porcos”, de George Orwell, todos editados pela Dom Quixote.
A Porto Editora também alterou o seu alinhamento editorial previsto para os primeiros meses e decidiu apostar em “títulos fortes na área da não ficção”, até março, como é o caso de “Como evitar um desastre climático”, de Bill Gates (lançamento a 16 de fevereiro). A editora não chegou a apresentar o seu plano editorial para o primeiro semestre, anunciando logo no dia 12 de janeiro que cancelava o evento marcado para apresentar as novidades literárias.
“Assim que a normalidade possível for retomada, reagendaremos o evento de apresentação do nosso plano editorial para os meses seguintes”, destaca o grupo editorial.
A Relógio d’Água foi outra editora a rever o seu planeamento editorial, depois de ter publicado, logo no inicio do mês, “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro”, de George Orwell, e de se preparar para lançar ainda o romance gráfico de “A Quinta dos Animais”, do mesmo autor. Os livros adiados “serão publicados logo que as livrarias reabram”, o que a editora espera que seja já no próximo mês.
O grupo Penguin Random House adiou um mês as novidades previstas para o final de janeiro e início de fevereiro, entre as quais se incluem os livros de José Gardeazabal, Constança Cordeiro Ferreira, Dale Carnegie e Eddie Jaku. Todavia, se o confinamento se mantiver nas condições atuais, as datas serão novamente reavaliadas.
O grupo 2020 também se viu forçado a adiar as saídas previstas para os dias 25 de janeiro e 08 de março: “Ao todo, são mais de 50 livros que vamos ter de dividir por saídas ao longo do ano ou, eventualmente, ter de adiar algumas para 2022”.
A Guerra e Paz também repensou o seu plano editorial para janeiro e decidiu adiar para fevereiro a publicação de “Woke, Guia para a justiça Social”, de Titania MCGrath, e “Por onde aquele rio corre”, de Sílvio A. Abrantes.
“Caso o dever cívico de confinamento profilático seja renovado no mês de fevereiro o plano será novamente revisto. Vivemos tempos de incerteza, nos quais o planeamento tem de ser refeito, praticamente, semana a semana”, afirmou a editora.
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