Associação de grandes empresas faz AG com primeiro-ministro na agenda

CEO e presidentes do conselho de administração de 42 grandes empresas portuguesas reunem-se esta segunda-feira na assembleia-geral da Business Roundtable Portugal.

A Business Roundtable Portugal, uma associação de 42 grandes empresas portuguesas, reúne esta segunda-feira em assembleia-geral, a primeira desde a sua constituição formal em junho. O encontro tem prevista a participação do primeiro-ministro.

Presidentes dos conselhos de administração e CEO vão ouvir o resultado da reflexão já realizada pelos grupos de trabalhos constituídos no seio da associação, com elementos das empresas participantes e especialistas externos, que dão expressão aos três vetores de atividade definidos: pessoas, empresas e Estado. Desta reflexão saíram linhas de ação, que serão também levadas a aprovação pela assembleia-geral.

A reunião magna, que começa ao almoço e se prolonga até ao jantar, tem prevista a participação de António Costa. Um momento que servirá, certamente, para o primeiro-ministro ouvir as preocupações dos empresários neste período de instabilidade política e crescente incerteza económica.

Um misto de think tank e grupo de pressão, a Business Roundtable Portugal (BRP) reúne 42 grandes empresas que em 2020 tiveram receitas acumuladas de 82 mil milhões de euros e empregavam 382 mil trabalhadores. A associação é liderada por Vasco de Mello, chairman do Grupo José de Mello, e tem Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, e António Rios Amorim, CEO da Corticeira Amorim, como vice-presidentes.

“Uma nova ambição para Portugal” foi o mote escolhido pela associação no seu lançamento em junho. A BRP pretende ajudar a colocar Portugal entre os 15 países com maior PIB per capita na União Europeia, através da promoção de políticas que permitam acelerar o crescimento económico do país.

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“Não é por decreto que dizemos às pessoas que têm de ir viver para o interior”, diz Ana Abrunhosa

  • ECO
  • 22 Novembro 2021

"Mais importante do que multiplicar as infraestruturas é permitir que as pessoas tenham acesso aos serviços em tempo útil", diz ministra Ana Abrunhosa sobre a atração de portugueses para o interior.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, considera que atrair novas pessoas para os territórios do interior do país — e, assim, combater a desertificação — passa por garantir “o acesso aos serviços essenciais” nessas regiões. “Não é por decreto que dizemos às pessoas que têm de ir viver para o interior”, sublinhou a responsável, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago) e Antena 1.

“Mais importante do que multiplicar as infraestruturas é permitir que as pessoas tenham acesso aos serviços em tempo útil“, afirmou Ana Abrunhosa, detalhando que a inovação e a tecnologia permitem hoje garantir esses serviços. “Temos de dar respostas ou soluções cada vez mais inovadoras para garantir às pessoas que têm estes bens essenciais“, acrescentou a ministra.

Na mesma entrevista, a responsável assegurou ainda que os descontos nas portagens vão manter-se no próximo ano, isto é, o Governo garante que a redução de 50% nas ex-SCUT irá vigorar em 2022. Ainda assim, Ana Abrunhosa não excluiu que a atualização prevista na lei de 1,83% se aplique também às vias com desconto.

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“Só haverá entendimentos com direita se esquerda não quiser” entender-se, diz Duarte Cordeiro

  • ECO
  • 22 Novembro 2021

"Se houver maioria de esquerda, só não haverá um governo de esquerda se a esquerda não quiser", assegurou o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

“Há várias formas de entendimento à esquerda” após as eleições legislativas de 30 de janeiro, disse o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, numa entrevista no podcast “Perguntar não ofende”.

Citado pelo Expresso (acesso pago), aquele que desde 2019 foi o responsável do Governo pelas negociações com a esquerda no Parlamento, garantiu que o PS não mudou de ideias e vai lutar por uma maioria absoluta. Mas, não a conseguindo, irá falar primeiro com a esquerda para procurar um outro entendimento estável. “Se houver maioria de esquerda, só não haverá um governo de esquerda se a esquerda não quiser”, avisou.

Por outras palavras, o governante admitiu que a direita entrará na equação do PS: “Só haverá soluções que envolvam a direita se a esquerda não quiser”, reforçou. Para Duarte Cordeiro, o PS deve estar atento aos sinais dos eleitores, pois, se das legislativas resultar uma consolidação da direita no hemiciclo, “deve-se voltar a valorizar um caminho, nem que seja estender no tempo” um caminho. “O PS procurará retomar entendimento com [a] esquerda. Se não houver, veremos”, disse.

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Empresas da Zona Franca da Madeira vão ter de devolver mil milhões em ajudas ilegais

  • ECO
  • 22 Novembro 2021

Cerca de 300 empresas da Zona Franca da Madeira vão ter de devolver mil milhões de euros em ajudas que foram concedidas à margem das regras.

A Autoridade Tributária vai exigir a 300 empresas da Zona Franca da Madeira a reposição aos cofres públicos de cerca de mil milhões de euros em ajudas consideradas ilegais, avança o Público (acesso condicionado) esta segunda-feira.

De acordo com o jornal, em causa estão benefícios de IRC concedidos de forma irregular desde 2007. As normas europeias determinam que as sociedades só podem beneficiar de uma taxa reduzida de IRC, caso criem e mantenham um determinado número de postos de trabalho. No entanto, a Comissão Europeia considera que Portugal violou esse compromisso.

As primeiras notificações no sentido da reposição desses incentivos vão seguir para as empresas que, entretanto, fecharam portas, garantindo o Governo que a Autoridade Tributária irá “até ao fim” para recuperar o montante em causa.

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Hoje nas notícias: Zona Franca, esquerda e milionários

  • ECO
  • 22 Novembro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Autoridade Tributária vai exigir a 300 empresas da Zona Franca da Madeira a reposição de cerca de mil milhões de euros em ajudas consideradas ilegais. O dia fica ainda marcado pelas declarações de Duarte Cordeiro sobre o pós-eleições legislativas, bem como pela nota de que há milionários portugueses a esconder fortunas em Singapura.

Empresas da Zona Franca da Madeira vão ter de devolver mil milhões em ajudas ilegais

Cerca de 300 empresas usufruíram de benefícios de IRC concedidos de forma irregular na Zona Franca da Madeira, tendo agora de repor esse dinheiro aos cofres do Estado. As primeiras notificações nesse sentido vão seguir para as empresas que já fecharam e o Governo garante que a Autoridade Tributária irá “até ao fim” para recuperar os auxílios prestados desde 2007. Em causa estão cerca de mil milhões de euros que terão de ser restituídos.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

“Só haverá soluções que envolvam a direita se a esquerda não quiser” entender-se

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, que desde 2019 foi responsável pelas negociações com a esquerda no Parlamento, disse no podcast “Perguntar não ofende” que “há várias formas de entendimento à esquerda” após as eleições de 30 de janeiro. Segundo Duarte Cordeiro, o PS não mudou de ideias e vai lutar por uma maioria, mas, não a conseguindo, irá falar primeiro com a esquerda para procurar um outro entendimento estável. Não deixa, no entanto, de avisar que “se houver maioria de esquerda, só não haverá um governo de esquerda se a esquerda não quiser”.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso livre).

Milionários portugueses escondem fortunas em Singapura

Face à alteração das leis do sigilo bancário na Suíça, a Akoya — sociedade gestora de fortunas “apanhada” no caso Monte Branco — transferiu o dinheiro de vários milionários portugueses para Singapura, em 2011. Entre eles, destaca-se o ex-banqueiro Ricardo Salgado, que terá transferido 20 milhões de euros para uma conta da Savoices, uma offshore sob o seu controlo.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Utentes vão saber quais os centros de saúde com vaga

No próximo mês, uma plataforma online vai informar os utentes sobre que centros de saúde têm vagas e quantas estão disponíveis. Neste momento, já há centros de saúde que rejeitam a inscrição de novos utentes e a pressão provocada por adesões e pela carência de médicos de família tem deixado o sistema no limite. De notar que uma das bandeiras do Executivo de António Costa era garantir médico de família a todos os portugueses.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Autovoucher já chegou a quase meio milhão de portugueses

O apoio ao combustível, que reembolsa cinco euros por mês aos consumidores até março, já chegou a quase meio milhão de portugueses. Há 1,27 milhões de cidadãos inscritos na plataforma IVAucher, mas 25% registaram-se após o lançamento do Autovoucher no passado dia 10 de novembro. Desde então, o Governo pagou 489 mil euros em reembolsos, no valor global de 2,4 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

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Paulo Rangel diz que “elevador social” depende de crescimento do país a 3 ou 3,5%

  • Lusa
  • 22 Novembro 2021

Paulo Rangel, candidato à liderança do PSD, defende que o chamado “elevador social” só se tornará uma realidade para as famílias portuguesas se o país atingir uma taxa de crescimento de 3% ou de 3,5%.

O candidato à liderança do PSD Paulo Rangel defendeu este domingo que o chamado “elevador social” só se tornará uma realidade para as famílias portuguesas se o país atingir uma taxa de crescimento de 3 ou 3,5%. Esse foi um dos temas que o eurodeputado abordou num encontro com militantes do distrito de Aveiro, que decorreu no Auditório da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, cuja plateia se revelou insuficiente para os cerca de 250 participantes social-democratas.

Dizendo-se insatisfeito com as taxas de crescimento de 0,5% a 1,25% obtidas com a estratégia de “mera sobrevivência e modo de gestão” do governo socialista, o opositor de Rui Rio à liderança nacional do PSD afirmou: “Não podemos conseguir melhores salários e descongelar carreiras – fazer verdadeiramente o tal elevador social – se não criarmos riqueza. Temos que ir para a casa dos 3% e dos 3,5%”.

Rangel realçou ainda que, quando António Costa chegou ao poder, o estado em que encontrou a nação lhe permitia ter feito mais. “Em 2015, deixámos o país arrumado. [Desde então] Podíamos ter crescido a um ritmo forte. Tínhamos condições financeiras internacionais – pelo menos até 2020 – que não existiam antes, com taxas de muro negativas e tudo a favor de um crescimento grande”, declarou.

O candidato lamenta, por isso, que, seis anos depois, perante “a degradação dos serviços públicos” em geral e face a situações como “o colapso das urgências hospitalares” e “a falta de professores” em particular, o país esteja agora “estagnado, inerte, sem reação, acabrunhado até e, às vezes, indiferente”, motivando pessoas “céticas e tristes, que não veem nenhuma saída no horizonte”.

“Continuamos a pagar impostos altíssimos e o que recebemos em troca são serviços em colapso, que já não cumprem os mínimos. Estamos a penalizar o esforço dos empresários, que são quem cria emprego e quem acaba por, verdadeiramente, criar riqueza, gerando receita e alimentando o investimento público”, sublinhou.

Numa perspetiva internacional, o eurodeputado acrescentou ainda que, em seis anos de governo socialista, Portugal foi ultrapassado “por cinco países da União Europeia” e, se o “declínio continuar, vai chegar a 2025 como o cabo de vassoura da Europa”.

Mas, para Rangel, exemplo “máximo” entre os falhanços dos últimos anos foi o abandono dos debates quinzenais no Parlamento: “Como é possível ser o PSD a propor isto e a alinhar com o PS? O escrutínio do Governo é um dever da oposição. Nós descemos no ranking [internacional] da democracia e a razão principal foi o fim dos debates quinzenais”.

É por essas e outras críticas que Rangel, por um lado, classifica o governo do PS como sujeito à “lógica do marasmo e da anestesia” e, por outro, culpa Rui Rio pela ausência de uma oposição “forte, firme, visível e audível”. “Se eu for eleito presidente do PSD, aquilo com que podem contar é um projeto, uma visão, um rumo para Portugal nos próximos quatro anos. Não me resigno nem me conformo com a ideia de que não podemos crescer”, declarou.

Quanto às declarações de Rio alegando que Rangel não está preparado para ser primeiro-ministro, o eurodeputado e candidato a novo líder dos sociais-democratas garante: “Ao contrário de outros, eu não estou é preparado para ser vice-primeiro-ministro”. Paulo Rangel disputa em 27 de novembro a liderança do PSD com Rui Rio.

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Regime português para pensionistas estrangeiros é dos mais prejudiciais da UE

  • Lusa
  • 22 Novembro 2021

Relatório do Observatório Fiscal da União Europeia (UE) conclui que o regime português para pensionistas estrangeiros é um dos mais prejudiciais para a concorrência fiscal na região.

O regime português para pensionistas estrangeiros, com uma taxa de Imposto sobre Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) de 10%, é um dos mais prejudiciais para a concorrência fiscal na União Europeia (UE), revela um estudo europeu divulgado esta segunda-feira.

A conclusão é do Observatório Fiscal da União Europeia (UE), um organismo independente sobre fiscalidade comunitária, que indica que “a tendência mais marcante na concorrência fiscal europeia é o aumento do número de regimes de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares que visam as pessoas singulares estrangeiras”, que passaram de cinco em 1995 para 28 atualmente.

“Uma classificação provisória sugere que os mais prejudiciais são os regimes individuais italianos e gregos de elevado património líquido, o regime de elevado rendimento de Chipre e os regimes de pensões de Chipre, Grécia e Portugal”, precisa o Observatório Fiscal da UE. Em concreto, de acordo com a estrutura, “estes regimes têm longas durações, grandes vantagens fiscais e visam apenas indivíduos de rendimentos muito elevados ou não se repercutem numa atividade económica real no Estado-membro”.

Ao todo, estes regimes preferenciais aplicam-se agora a mais de 200 mil beneficiários na UE, estima o organismo independente, que fala em custos fiscais totais para a União Europeia de 4,5 mil milhões de euros por ano. “Esta soma é equivalente ao orçamento do programa Erasmus”, compara o Observatório Fiscal da UE no relatório.

No caso de Portugal, o regime de residentes não-habituais (RNH) foi criado em 2009 e aplica-se a trabalhadores de elevado valor acrescentado, mas também a pensionistas que recebam pensões do estrangeiro, incluindo os portugueses que tenham trabalhado fora e que regressem a Portugal para a reforma.

Reformulado em 2012 e alterado em 2020, o regime do RNH prevê a aplicação de uma taxa de IRS de 10% sobre os rendimentos de pensões estrangeiras, de acordo com a mais recente alteração. O RNH dá também aos trabalhadores com profissões consideradas de elevado valor acrescentado a possibilidade de beneficiarem de uma taxa especial de IRS de 20%. Cada residente não habitual pode beneficiar deste regime fiscal durante um período máximo de 10 anos.

No relatório divulgado esta segunda-feira, o Observatório Fiscal da UE constata que “a concorrência fiscal assume cada vez mais a forma de regimes fiscais preferenciais ou estritamente orientados, para além de cortes gerais nas taxas” ao nível comunitário.

Para inverter estas tendências, a estrutura sugere uma reforma do código de conduta europeu “para o tornar num instrumento vinculativo, e o alargamento do seu mandato à tributação de rendimentos pessoais, bem como a regimes fiscais não preferenciais de tributação de empresas que conduzem a níveis geralmente baixos de tributação das multinacionais”.

Além disso, “na ausência de uma abordagem coordenada – que é sempre a solução ideal –, os Estados-membros poderiam considerar a tributação unilateral dos seus expatriados, o que, sob certas condições, pode atenuar os efeitos dos regimes preferenciais de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares”, sugere ainda. O Observatório Fiscal da UE é gerido pela Escola de Economia de Paris.

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Aumento de contágios “embrulha” negócio da animação de Natal

A subida dos casos de Covid travou a contratação de serviços de animação natalícia, apesar da retoma no setor da iluminação. Empresas descrevem falta de matérias-primas, cabos elétricos ou gruas.

Em Vilar do Pinheiro, no concelho de Vila do Conde, Conceição Amorim estava a fazer contas a um “aumento significativo” nos projetos de decoração para este Natal, depois da redução das encomendas que tinha registado no ano passado devido à situação de pandemia. No entanto, os 96 contratos que acabou por fechar – cerca de metade em Espanha – acabaram por ficar em linha com a performance da anterior época festiva devido ao aumento dos contágios.

Em declarações ao ECO, a presidente da Bee Plan, que intervém nestes projetos desde a criatividade, passando pela projeção, produção, acompanhamento e montagem de cada espaço – e que, a par da decoração costuma complementar a oferta aos clientes com programas de animação –, refere que “com os números da pandemia a crescer novamente, alguns dos projetos que [apresentou] acabaram por ficar em stand-by, nomeadamente aqueles que envolviam animação e a presença física do Pai Natal”.

Com os números da pandemia a crescer novamente, alguns dos projetos que [apresentou] acabaram por ficar em stand-by, nomeadamente aqueles que envolviam animação e a presença física do Pai Natal.

Conceição Amorim

Presidente da Bee Plan

“Em 2021 prevíamos regressar aos números de 2019, mas por questões de prudência, decorrente da evolução negativa da situação pandémica, os espaços infantis foram anulados, bem como algumas animações de dinamização, habituais nesta quadra festiva. A queda de neve, por exemplo, atividade que, por norma, gera elevada afluência de público, saiu das nossas propostas de Natal, de modo a evitar a concentração de pessoas”, relatou a empresária nortenha, que na lista de clientes tem 84 centros comerciais e também alguns hotéis, mercados e câmaras municipais.

Nos 16 centros comerciais geridos pela Sonae Sierra, por exemplo, até 24 de dezembro, em vez do clássico encontro na poltrona dos shoppings, as crianças apenas vão poder ver o Pai Natal em videochamada, através da plataforma Zoom. Recebem um postal com uma dedicatória e um QR Code com um vídeo do “velhinho das barbas” em teletrabalho, tal como no ano passado, em que fez mais de cinco mil chamadas.

Joana Moura e Castro, diretora de marketing da empresa do setor imobiliário que vai às compras no Brasil e na Colômbia, detalhou, citada numa nota de imprensa, que o propósito da dona do Colombo ou do NorteShopping é “evitar contactos físicos” e, adaptando a tradição aos tempos atuais, não “comprometer a segurança das crianças, das suas famílias e do próprio Pai Natal”.

João Amaral, diretor do AM Experience Group.

Também a AM Illumination & Arts, com sede e armazém em Braga, sentiu que, se na área da iluminação a maior parte dos espaços comerciais mantiveram ou até aumentaram os orçamentos em relação aos anos anteriores –- até porque “não podem descurar algo que é uma imagem de marca do seu espaço e que efetivamente tem impacto na atração de footfall” –-, “noutras áreas, nomeadamente da animação, houve algum decréscimo nos orçamentos disponíveis”, reconheceu ao ECO o diretor do grupo, João Amaral.

Espanha começa a iluminar retoma

Fundada há pouco mais de duas décadas por Pedro Martins, numa altura em que trabalhava na Telepizza de Braga e fazia truques de magia enquanto estudava num seminário, a empresa está este ano responsável por 50 projetos relacionados com iluminação, decoração e animação de Natal em Portugal, Espanha e Andorra, tendo conseguido angariar 25 novos clientes à custa do reforço das equipas, que aumentaram o número de briefings recebidos e a capacidade de resposta.

Este Natal, o volume de negócios deve ultrapassar os 2,5 milhões de euros. Quase dobra (+93,3%) a performance na época festiva de 2020 e fica já acima dos 1,9 milhões faturados no Natal de 2019, antes do surgimento do novo coronavírus. “O maior crescimento foi, sem dúvida em Espanha, onde angariámos mais clientes e, portanto, mais projetos”, frisou João Amaral, que aponta como “objetivo alcançável a curto e médio prazo” a expansão fora da Península Ibérica, em particular no resto da Europa e em países de língua oficial portuguesa.

O nosso objetivo é expandir-nos sobretudo para outros mercados europeus e países de língua portuguesa. Acreditamos que é alcançável a curto e médio prazo.

João Amaral

Diretor do AM Experience Group

Com 90% da atividade concentrada no período natalício, a AM Illumination & Arts tem no portefólio alguns projetos conhecidos na cidade de Lisboa, como a estrela que há vários anos é a imagem de marca do Amoreiras – “uma vez mais, estudámos ao pormenor a sua instalação com o cliente” – ou a “Árvore dos Abraços” criada para os Armazéns do Chiado e que venceu um troféu de marketing atribuído pelo International Council of Shopping Centers.

Na lista de clientes, a empresa minhota tem alguns dos maiores operadores ibéricos, como a Klépierre, Mundicenter, CBRE, Merlin Properties, MVGM, Cushman and Wakefield, Savills Aguirre Newman, Sonae RP ou Sonae Sierra; mas também alguns edifícios de escritórios e parques empresariais, a Câmara Municipal de Braga ou o World Of Wine (WoW), em Vila Nova de Gaia.

O grupo especializado em experiências de entretenimento familiar está atualmente a integrar três novos acionistas, que fazem parte da equipa de gestão: João Amaral, Bruno Galvão e Nuno Barbot, que é o atual CEO. Além da empresa de iluminação e decoração, integra outras três áreas: conceção de espetáculos teatrais musicais no gelo (AM LIVE); experiências em pistas de gelo, de aventura e parques de diversão temáticos (AM Fun Play & Ice); e instalações de arte multimédia, exposições e experiências imersivas (AM Immersive & Digital).

Faltam luzes, cabos elétricos e gruas

A atravessar o pico daquela que é a época alta para esta indústria, a AM Illumination & Arts reforçou a equipa com mais uma centena de pessoas. Também a vila-condense Bee Plan, que tem metade do ano um núcleo de 20 pessoas a assegurar a execução do serviço e nos outros seis meses alarga a equipa para 60 pessoas, entre profissionais de engenharia, marketing, design, recursos humanos e artísticos, neste mês de novembro chega a ter mais de 220 trabalhadores, dos quais cerca de 160 afetos à montagem das decorações de Natal.

Diferente este ano foram os “significativos constrangimentos” provocados pela falta e pelo aumento do preço das matérias-primas e dos transportes. “Sentimos grande escassez de materiais, nomeadamente luzes, cabos elétricos e outros materiais técnicos, e ao mesmo tempo assistimos à subida dos preços na ordem dos 30%. Os camiões e as gruas, de que necessitamos para executar os projetos, também sofreram aumentos significativos, notando-se também algum desinvestimento neste tipo de maquinaria”, descreveu a empresária.

Decoração de Natal no shopping Cidade do Porto.

No shopping Cidade do Porto, situado na zona da Boavista, as restrições no acesso a vários materiais obrigaram mesmo a empresa a transformar aquela decoração natalícia, que começou a ser pensada logo no início do ano, num “exercício artístico sustentável”. Por exemplo, sem plumas e penas no mercado para cobrir pavões, anjos e pássaros, teve de utilizar materiais reciclados, na maioria reutilizados, como alumínio, rede metálica, tapetes de ioga ou flores e vegetação artificial.

A pouco mais de um mês do final do ano, Conceição Amorim, que tem como sócios Conceição Lopes, Renato Silva e Sofia Silva, prevê uma faturação idêntica à de 2020, a rondar os 2,2 milhões de euros. No ano passado, com a pandemia de Covid-19 a impossibilitar a presença da empresa noutros mercados, como a França e o Cazaquistão, as vendas tinham caído perto de 30% em termos homólogos.

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Negócios Estrangeiros abre vaga para técnico superior em Islamabad. Paga 212,24 euros brutos

Ministério dos Negócios Estrangeiros justifica os valores com base nas tabelas salariais definidas por lei. Negociação de novas tabelas com o sindicato do setor foi adiada com o chumbo do OE2022.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) abriu um novo processo de recrutamento de funcionários para os Serviços Periféricos Externos (SPE) do ministério, que contempla 102 vagas para embaixadas, postos consulares, missões e representações. Uma das vagas é para um técnico superior na embaixada de Portugal em Islamabad, a capital do Paquistão. Oferecem uma remuneração mensal de 212,24 euros brutos. E não é a única oferta abaixo do salário mínimo nacional, a ser discutido neste momento com os parceiros sociais (para os 705 euros). Em Lima, o assistente técnico contratado irá auferir 633 euros brutos. Em contrapartida, na NATO, um assistente técnico ganhará 2.048,64 euros brutos. São as tabelas salariais definidas por Lei, justifica o MNE. A negociação para a revisão dos montantes com o Sindicato do setor foi adiada com o chumbo do OE2022.

“O vencimento base indicado em cada aviso corresponde à posição remuneratória de entrada por carreira e país, como consta dos decretos regulamentares nº 3/2013, de 8 de maio, que aprova as tabelas remuneratórias dos trabalhadores recrutados para exercer funções nos serviços periféricos externos (SPE) do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e nº 1/2017, de 27 de fevereiro, que fixa as remunerações dos trabalhadores recrutados para exercer funções nos SPE do MNE no Panamá, no Cazaquistão e na Guiné Equatorial”, explica o MNE quando contactado pela Pessoas.

“Esses valores refletem, ainda, as atualizações decorrentes dos aumentos decretados para a função pública, bem como, quando aplicável, o respeito pela norma imperativa de ordem pública local que fixe um salário mínimo nacional”, acrescenta.

Negociações adiadas

O valor remuneratório proposto para a posição em Islamabad decorre das tabelas salariais determinadas por um decreto-lei de 2013. Até à entrada em vigor desse diploma, “quem entrasse ao serviço dos postos consulares e missões diplomáticas de Portugal no estrangeiro ganhava montantes dignos, negociados anualmente até 2009”, afirma Rosa Teixeira Ribeiro, secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores Consulares, Missões Diplomáticas e Serviços Centrais (STCDE), à Pessoas.

No Paquistão, por exemplo, “um país com condições de vida extremamente difíceis e com um quotidiano pesado, por causa de todos os constrangimentos naquela sociedade, a remuneração inicial era de 857 euros para um auxiliar de serviço, 1.628,30 euros para um assistente técnico e 2.828,10 euros para um técnico superior”, relembra.

O Governo PSD-CDS “entendeu rever as tabelas salariais, diminuindo drasticamente a remuneração em 70% dos países, sendo a remuneração do Paquistão uma das mais escandalosas, pois a primeira posição remuneratória, a do assistente de residência passou para 80,50 euros, um assistente operacional para 89,85 euros, um assistente técnico para 124,64 euros e um técnico superior para 176,82 euros”. Ou seja, a quebra salarial para um técnico superior foi de 93,75%.

Veja aqui as tabelas remuneratórias dos SPE do MNE.

Reuniões entre o Governo PS e o sindicato para negociar a revisão destas tabelas salariais ocorreram em finais outubro de 2020, janeiro e julho deste ano, adianta Rosa Teixeira Ribeiro. “Tínhamos reunião agendada para dia 29 de outubro passado, para, pensávamos nós, dar início à negociação da revisão das tabelas salariais quando fomos confrontados com o chumbo da proposta do Orçamento de Estado para 2022 e, embora o ministro tenha mantido a reunião, indicou dever adiar a questão da revisão das tabelas salariais, pois haveria um impacto orçamental, e nada podíamos tratar relativamente à revisão das tabelas enquanto não houvesse orçamento”, esclarece.

“Sabemos que, de facto, a revisão das tabelas tem impacto orçamental, só pode ter uma vez que temos de corrigir injustiças flagrantes, dignificar a profissão, de modo a que se torne uma carreira atrativa, que seja apelativa para os melhores. Há consenso entre MNE e STCDE em relação à revisão das tabelas, mas ainda não entramos no cerne da questão”, afirma a secretária-geral do sindicato do setor, acrescentando que o STCDE defende que, “no mínimo, deve ser garantido o salário mínimo português a quem trabalha ao serviço do Estado Português no estrangeiro”.

Não aceitamos a ideia de que os trabalhadores devam ser pagos pelo salário mínimo local, que geralmente se destina a pessoal não qualificado. Além de mais, o custo de 1.300 trabalhadores, ao serviço de cinco milhões de portugueses no estrangeiro, é uma gota de água no orçamento“, defende.

Posição em país que obriga a precauções extremadas

Nos termos atuais o candidato que for colocado na embaixada de Portugal no Paquistão irá auferir um salário mensal bruto de 212,24 euros brutos (sendo o valor anual global ilíquido de 2.971,36 euros), a que soma 3,83 euros, de subsídio de refeição por dia de trabalho efetivo.

Irá exercer “funções correspondentes à categoria de técnico superior, da carreira de técnico superior, de natureza consultiva, de estudo, planeamento, programação, avaliação e aplicação de métodos e processos de natureza técnica e ou científica, que fundamentam e prepararam a decisão; elaboração, autonomamente ou em grupo, de pareceres e projetos, com diversos graus de complexidade, e execução de outras atividades de apoio geral ou especializado nas áreas de atuação comuns, instrumentais e operativas dos órgãos dos serviços; funções exercidas com responsabilidade e autonomia técnica (…)”, lê-se no aviso de abertura de procedimento concursal, publicado no Portal Diplomático.

Além disso, presta funções num país em que o risco de terrorismo e violência política é elevado, tendo já havido vários ataques terroristas contra as autoridades de segurança paquistanesas, mas também contra instalações hoteleiras, lugares de culto, espaços de encontros desportivos, universidades e espaços frequentados por cidadãos estrangeiros. Perigo que ainda se mantém, como adverte o próprio Governo português, na zona de “Conselhos aos Viajantes”.

Além das agora habituais recomendações relativas à Covid-19, o Governo português alerta ainda os cidadãos que viajem para o Paquistão, para cuidados adicionais: “na sequência das operações empreendidas pelas Forças Armadas e de Segurança, a situação do Paquistão melhorou muito face a anos anteriores. Contudo, tal não significa que a possibilidade de ataques terroristas não possa recrudescer, tanto a nível de casos isolados, como em série“, pode ler-se.

Estas são algumas das recomendações que constam do Portal Diplomático:

  1. “Os portugueses que se desloquem ao Paquistão devem previamente fazer o registo da sua viagem através da aplicação Registo Viajante”; “As deslocações fora dos centros urbanos que se deverão evitar, que tenham lugar à noite, nomeadamente por via rodoviária, deverão ser organizadas por uma agência de viagens que, nomeadamente, garanta todas as condições de segurança (escolta, eventualmente policial, etc.)”;
  2. “Mesmo nos centros urbanos, as deslocações deverão ser acompanhadas por locais, ou mesmo, vigiadas por Forças de Segurança, públicas ou privadas”;
  3. “Durante a estadia, o viajante deverá manter-se a par das condições de segurança locais, informando-se junto do sítio de alojamento/esquadras da polícia sobre normas aconselhadas para saída das instalações”;
  4. “Em Islamabad e outros centros urbanos, devem evitar-se idas e permanência em locais onde decorram manifestações públicas ou se verifiquem grandes ajuntamentos de pessoas suscetíveis de originar tumultos. A assistência a espetáculos em recintos fechados só deverá ter lugar em locais onde se verifique existir um controlo rigoroso no acesso (o que poderá não ser o caso de salas de cinema em centros comerciais, por exemplo)”.

Outras ofertas para os SPE do MNE

Apesar de a vaga para Islamabad ser, de facto, a que oferece um salário mais curto, também o assistente técnico que for contratado para a embaixada portuguesa em Lima, no Peru, deverá receber um valor inferior ao salário mínimo estabelecido em Portugal. Este profissional deverá receber 633 euros brutos (sendo o valor anual global ilíquido de 8.862 euros), ao qual acresce o montante de 3,92 euros, correspondente ao subsídio de refeição por dia de trabalho efetivo.

Já a vaga para a embaixada de Portugal em Windhoek (Namíbia), para o posto de trabalho na categoria de técnico superior, já oferece um salário mensal de 944,91 euros brutos. E no consulado-geral de Portugal em Hamburgo, na Alemanha, o assistente técnico que assumir o cargo receberá 1.947,91 euros brutos por mês, uma diferença de 1.023,45 euros quando comparado com o salário anual bruto do candidato ao posto de trabalho em Islamabad.

A vaga para assistente técnico para exercer funções na Delegação Portuguesa junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (DELNATO), em Bruxelas, é das que oferece a remuneração mais elevada: 2.048,64 euros brutos por mês, valor ao qual acrescem 5,46 euros de subsídio de refeição por dia.

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5 coisas que vão marcar o dia

CNN chega a Portugal. INE mede o pulso ao país digital. É ainda o dia de conhecer as contas do Zoom, e o Banco de Portugal atualiza os dados do endividamento da economia.

O dia começa com o arranque da emissão obrigacionista do Sporting. Ao fim da manhã, o Banco de Portugal (BdP) e o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgam dados sobre a economia e a sociedade. É ainda dia de conhecer as contas do Zoom. À noite, desaparece a TVI24 para dar lugar ao novo canal CNN Portugal.

BdP mede o pulso ao endividamento

O BdP atualiza os dados do endividamento da economia, excluindo o setor financeiro. A nova informação diz respeito a setembro deste ano. No mês passado, o banco central revelou que o endividamento da economia nacional diminuiu 263 milhões de euros em agosto, fixando-se em 763,9 mil milhões de euros.

INE faz raio-X ao Portugal digital

O INE publica dois importantes conjuntos de dados relativos à utilização de tecnologias da informação e da comunicação pelas famílias e pelas empresas. Estes inquéritos anuais permitem medir o pulso à adoção de tecnologia no país, designadamente a quantidade de portugueses que usam internet e fazem compras em linha. Em novembro de 2020, o INE concluiu que 84,5% dos agregados familiares em Portugal tinham ligação à internet em casa. Além disso, a percentagem de utilizadores de comércio eletrónico registou “o maior aumento da série iniciada em 2022”, um crescimento de sete pontos percentuais face a 2019: 44,5% das pessoas dos 16 aos 74 anos fizeram encomendas pela internet nos 12 meses anteriores à entrevista.

Arranca emissão de dívida do Sporting

Foi na quinta-feira que a SAD dos “leões” anunciou a intenção de avançar uma emissão de obrigações com o objetivo de se financiar em até 30 milhões de euros. O período de subscrição de títulos de dívida do Sporting começa às 8h30 de hoje e decorrerá até 6 de dezembro. O clube oferece uma taxa de juro fixa bruta de 5,25% ao ano, paga em duas parcelas, e as obrigações vencem em 2024.

Zoom apresenta resultados

2020 foi o ano da pandemia, mas também o ano do Zoom. A plataforma de videoconferências disparou em popularidade, à medida que milhões de empresas e organizações em todo o mundo enviaram os respetivos trabalhadores para casa, em teletrabalho. A empresa apresenta os resultados relativos ao terceiro trimestre de 2021 (que, contabilisticamente, a empresa considera ser o terceiro trimestre de 2022). Os investidores farão zoom nas contas da empresa, em busca de sinais que permitam medir a sustentabilidade do negócio. A fasquia está alta: no terceiro trimestre de 2020, os lucros da empresa engordaram de 2,2 milhões para 198,6 milhões de dólares e as receitas mais do que quadruplicaram, ascendendo a 777,2 milhões de dólares.

CNN chega a Portugal e acaba TVI24

22 de novembro de 2021 ficará para a história do grupo Media Capital como o dia em que a TVI24 saiu de cena, para dar lugar à CNN Portugal. A empresa que detém a TVI estabelecer um acordo com a Warner Media para trazer para o mercado português a marca de informação com origem nos EUA. Na sexta-feira, durante uma apresentação com jornalistas, o empresário Mário Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Media Capital e seu principal acionista, disse que foi o próprio que desafiou a CNN a vir para Portugal, e não o contrário. (Mário Ferreira também é acionista do ECO.)

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Reputação das empresas atrai o melhor talento. Eles querem criar um código de boas práticas

Para criar o Corporate Code for Reputation Excellence, o Rep.Circle vai ouvir gestores e empresas de diversos setores de atividade. Trabalho arranca em 2022.

Daqui a sete meses o Rep.Circle, o centro de conhecimento para a reputação corporativa da Lift Consulting, quer ter fechado um código de boas práticas que ajude as empresas a dar músculo à sua reputação, ajudando-as a atrair o melhor talento ou investidores. E para criar o Corporate Code for Reputation Excellence vão ouvir gestores e empresas de diversos setores de atividade. As reuniões começam no início do próximo ano.

“Pretende ser um guia sobre o que as empresas vão ter de fazer (para ter uma boa reputação), para os gestores conseguirem gerir as suas empresas neste ecossistema de reputação, beneficiando desse mesmo ecossistema”, explica Salvador da Cunha, CEO da Lift, consultora de comunicação que, em 2019, criou Rep.Circle – The Reputation Platform, à Pessoas.

O esqueleto do documento foi desenhado pelo Rep.Circle com a participação do seu Conselho Consultivo — que, nos seus 11 elementos conta com nomes como António Saraiva (CIP), Cristina Campos (Novartis Portugal), Isabel Vaz (Luz Saúde) ou Pedro Castro e Almeida (Santander Portugal) — organizado em sete pilares: Propósito, Empatia, Inovação, Sustentabilidade, Transparência e Métrica. O ambiente de trabalho é um desses pilares.

“As empresas não tendo uma boa reputação não têm sequer o talento à procura delas. Hoje em dia há uma competição muito grande por bom talento, especialmente nas áreas de engenharia e de development, aquelas empresas que estão a crescer mais rápido e que precisam de muita gente a trabalhar com eles”, destaca Salvador da Cunha.

Há aqui um conjunto de dimensões de reputação que são uma espécie de imã que atraem o bom talento, os bons clientes, os bons investidores.

Salvador da Cunha

“É um tema que preocupa cada vez mais os gestores portugueses. Quem diz talento, diz governance, inovação, sustentabilidade e responsabilidade social e liderança. Há aqui um conjunto de dimensões de reputação que são uma espécie de imã que atraem o bom talento, os bons clientes, os bons investidores”, reforça.

“Muitas vezes as empresas nem têm noção”, da importância da reputação da companhia junto dos stakeholders, realça o gestor. “Empresas que não têm employer branding e querem ser as melhores marcas para trabalhar, às vezes, nem sabem o que têm de fazer para lá chegar”, diz.

“A reputação, como um todo, é muito importante para as pessoas. O comportamento do CEO, se é ou não empático, low ou high profile, se é arrogante ou humilde, é muito determinante para o talento querer ir para lá trabalhar”, afirma.

“Felizmente para as pessoas, infelizmente para as empresas, quem escolhe para onde quer ir trabalhar são os miúdos, que estão a impor as regras, à séria”, refere, lembrando o ambiente competitivo em diversos setores para a conquista do talento, em áreas onde disponibilidade de talento é escassa.

Para as empresas há que ganhar a ‘guerra da reputação’ — e com isso capacidade de atração. “Não tenho só de ser conhecido, tenho de ter familiaridade e os meus stakeholders têm de gostar de mim. Não há outra forma de gerir empresas hoje em dia“, acredita. “E familiaridade é saber se as empresas pagam ou não bem, se têm diversidade, se são abertas às questões de género, se têm ou não administradoras nos seus boards“, argumenta. Pilares que constam no código de boas práticas que querem desenvolver.

Código produzido em cocriação com empresas

O código será criado, pilar a pilar, numa “mecânica colaborativa”, com as empresas e gestores, explica Suzana Rocha Pereira, head of content marketing & reputation da Lift. “Vamos convidar empresas e gestores, de preferência já com algum trabalho desenvolvido, e que já tenham boas práticas naquele pilar, a nos ajudarem criar”, continua.

Serão criados grupos de trabalho, entre 6 a 10 pessoas, para desenvolver o guia em cada um dos pilares. “Já temos muitas dessas personalidades identificadas”, diz sem revelar nomes.

O facto de as empresas aderirem (ao código) não as tornam automaticamente bem reputadas, torna-as preocupadas com o tema e sensíveis a gerir a empresa para a boa reputação.

Salvador Cunha

O Código final deverá lançado daqui a sete meses, sendo subscrito pelas empresas que se identificarem com ele. “O facto de as empresas aderirem (ao código) não as torna automaticamente bem reputadas, torna-as preocupadas com o tema e sensíveis a gerir a empresa para a boa reputação”, ressalva Salvador da Cunha.

A ideia não é certificar empresas, mas que adiram às boas práticas e ao código. Se quiserem que se faça a medição da sua reputação, podemos fazer isso (através da Lift), mas aí não será o Rep.Circle — que não tem intuitos comerciais –, mas as empresas podem medir a sua reputação e saber o que fazer para melhorá-la”, diz.

Estudos sobre transparência e corrupção, atração e retenção de talento, transformação digital e propósito estão previstos para 2022 com a chancela do Rep.Circle.

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241 funcionários da Segurança Social aprendem seguros e poupança no local de trabalho

  • ECO Seguros
  • 21 Novembro 2021

ASF, Banco de Portugal e CMVM estão a dar Formação Financeira no Local de Trabalho. 241 colaboradores da Segurança Social sabem agora mais sobre seguros, orçamento familiar, poupança e crédito.

Adotar comportamentos adequados é que os supervisores financeiros (BdP, ASF e CMVM) estão a promover junto de públicos específicos. Assim, entre os dias 29 de outubro e 8 de novembro decorreu a 3.ª edição do curso “A Formação Financeira no Local de Trabalho,” contando com a participação de 98 colaboradores do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O programa de formação é composto por cinco grandes áreas temáticas: seguros, orçamento familiar, contas e meios de pagamento, poupar e investir e crédito. Desde o seu lançamento, em maio de 2021, o curso contou já com a participação de 241 colaboradores dos diferentes organismos que integram a SGMTSSS, quantifica a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Com duração aproximada de 8 horas, o curso é ministrado totalmente à distância, através da plataforma de e-learning Todos Contam e enquadra-se no âmbito do protocolo de colaboração celebrado em dezembro de 2020, entre o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros e a Secretaria Geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (SGMTSSS), para promover formação financeira no local de trabalho.

Protocolo entre SGMTSSS e Supervisores do setor financeiro

Em dezembro de 2020, os supervisores financeiros (BdP, ASF e CMVM) e a SGMTSSS assinaram um protocolo de colaboração, com o objetivo de promover a formação financeira dos trabalhadores dos vários organismos que integram aquele Ministério.

O protocolo “pretende contribuir para elevar o nível de conhecimentos financeiros dos trabalhadores do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e promover a adoção de comportamentos financeiros adequados”, assegurando, simultaneamente, a partilha de experiências e a reflexão conjunta acerca da estratégia de promoção da formação financeira neste contexto.

A formação financeira no local de trabalho tem vindo a ganhar relevância, na medida em que “os adultos em idade ativa constituem o grupo que, com maior probabilidade, irá contrair créditos, contratar seguros, investir e poupar para a reforma”, explica a ASF.

A formação financeira no local de trabalho assume relevância para as estratégias nacionais de literacia financeira e tem vindo a ser reconhecida pela International Network on Financial Education da OCDE (OCDE/INFE), que considera o local de trabalho “espaço adequado para a implementação de programas de formação financeira que auxiliem os trabalhadores a fazer uma efetiva gestão dos seus recursos financeiros”.

Neste sentido, esclarece ainda a autoridade “a promoção de iniciativas de educação financeira no local de trabalho contribui, segundo a OCDE/INFE, para a criação de ambientes de trabalho mais saudáveis e trabalhadores mais motivados, com os inerentes benefícios que daí advêm para as entidades empregadoras”.

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