Fixação de margens máximas nos combustíveis divide atores do mercado energético

  • Lusa
  • 6 Outubro 2021

AdC e Apetro contra, ENSE defende limitação para que se evitem “aumentos injustificados” nos preços dos combustíveis em “situações excecionais”.

A Concorrência reiterou os riscos de distorção concorrencial da fixação de margens máximas para os combustíveis e a APETRO defendeu a sua “inutilidade” e “incoerência”, mas a ENSE validou que se evitem “aumentos injustificados” em “situações excecionais”.

Durante uma audição conjunta na Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, no âmbito da apreciação na especialidade da Proposta de Lei n.º 109/XIV/2.º, que cria a possibilidade de fixação de margens máximas de comercialização para os combustíveis simples, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) salientou, por sua vez, que “as políticas públicas e a fiscalidade devem ser calibradas num contexto de transição energética”, não devendo “ser tomadas decisões que contribuam para dar passos atrás neste caminho”.

Os pareceres pedidos à à Autoridade da Concorrência (AdC), à Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro), à Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) e à ERSE visam criar debate sobre a proposta de projeto de lei (PPL) apresentada pelo Governo e aprovada em 17 de setembro, na generalidade, pela Assembleia da República, com votos contra do CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal e a abstenção de PSD.

Até ao final do dia desta quarta-feira, 6 de outubro, os grupos parlamentares têm de apresentar as suas propostas de alteração à PPL, estando a reunião para votação do texto final marcada para quinta-feira, às 13h30.

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CDS-PP apreensivo com carga fiscal para o OE2022

  • Lusa
  • 6 Outubro 2021

Os centristas manifestaram apreensão face à carga fiscal prevista pelo Governo no âmbito do OE022, referindo não terem saído da reunião com “garantias” de que os portugueses não vão pagar mais IRS.

O CDS-PP manifestou esta quarta-feira apreensão face à carga fiscal prevista pelo Governo no âmbito do Orçamento para 2022 e apontou que o executivo prevê para este ano um crescimento de 4,5%, inferior aos projetados 5,4%.

Estas posições foram transmitidas pelo líder parlamentar democrata-cristão, Telmo Correia, e pela coordenadora da bancada centrista para as questões do orçamentais, Cecília Meireles, na Assembleia da República, após uma reunião com o Governo sobre as linhas gerais da proposta de Orçamento do Estado para 2022.

Perante os jornalistas, Cecília Meireles chegou a referir que o Governo aponta para uma meta de 125% em termos de dívida, mas, depois, não confirmou que esse indicador corresponda ao valor estimado para o próximo ano, remetendo então o esclarecimento da questão para o executivo socialista.

A deputada do CDS-PP e ex-secretária de Estado preferiu antes destacar a vertente do crescimento do produto interno bruto (PIB).

O Governo prevê para este ano um crescimento de 4,5%. Ora, no Orçamento, o que estava previsto era 5,4%. Neste ano, o primeiro trimestre correu de tal forma mal, com os efeitos da pandemia da Covid-19, que não vai ser possível recuperar no resto do ano aquilo que estava previsto no Orçamento e que já tinha sido revisto no programa de estabilidade”, declarou.

Para a deputada do CDS-PP, em suma, “era essencial que a economia portuguesa tivesse crescido mais este ano”.

“Eram necessários estímulos extra, que não passassem pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas pela aposta na iniciativa privada. Isto significa que não é o Estado a decidir, através das entidades públicas, onde põe o dinheiro”, apontou.

Ainda segundo Cecília Meireles, durante a reunião com o Governo, o CDS-PP procurou obter “garantias de que nenhum contribuinte iria pagar mais impostos em 2022 do que este ano e que haveria um alívio generalizado do IRS”.

“Está a falar-se numa revisão de escalões do IRS, que pode significar para alguns – não se sabe quais – mais ou menos impostos. E a questão do englobamento também nos preocupa muito. O CDS-PP pediu esclarecimentos sobre o englobamento, pediu uma garantia ao Governo de quem ninguém paga mais impostos em 2022 do que em 2021, mas não obteve explicações cabais sobre o englobamento”, acentuou.

Perante os jornalistas, Cecília Meireles defendeu “um alívio do IRS e também ao nível do IRC para aumentar a competitividade das empresas portuguesas”. “Mas isso não está em cima da mesa”, criticou.

Já o líder parlamentar do CDS-PP preferiu centrar as suas declarações nas questões de fundo de divergência dos democratas-cristãos com o Governo em matéria de política orçamental.

Existem divergências de opção política que são conhecidas e que não se alterarão neste debate orçamental. Logo à partida é possível registar que, mesmo considerando as circunstâncias da pandemia da Covid-19, há uma divergência de fundo em relação àquilo que deve ser o motor da recuperação, o público, ou as empresas”, referiu Telmo Correia.

O presidente da bancada do CDS-PP considerou depois que o Governo dá “apenas incidência ao investimento público, o que é uma divergência de fundo”.

“Ficam-nos preocupações relativas à proteção dos contribuintes, das famílias e de setores específicos dentro do público, como são a saúde e a segurança. Aí há muita coisa por conhecer”, acrescentou.

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Moda portuguesa processa empresa britânica por copiar revista

Uma empresa do Reino Unido é acusada pelos industriais do calçado de “copiar integralmente” a revista Portuguese Soul, dedicada à promoção da moda nacional e que é distribuída em mais de 100 países.

A associação portuguesa do setor do calçado (Apiccaps) avançou com os “procedimentos legais necessários” contra uma empresa de origem britânica, que acusa de “copiar integralmente” a revista Portuguese Soul, criada há uma década para promover a moda portuguesa a nível internacional.

A associação liderada por Luís Onofre diz que “teve conhecimento de que uma empresa sedeada no Reino Unido estaria a promover uma revista idêntica — a Soul Arabia —, que não só integra o mesmo tipo de artigos da Portuguese Soul, como usa um lettering no título exatamente igual” e também imagens e destaques similares aos da publicação portuguesa.

Distribuída atualmente em mais de uma centena de países, a revista coordenada por Paulo Gonçalves é “o esforço combinado de vários dos mais prestigiados profissionais da moda em Portugal e uma montra de muitos talentos”. E tratando-se de uma marca registada a nível nacional e comunitário, a associação diz, numa nota publicada esta quarta-feira, que iniciou “os procedimentos legais necessários, em defesa dos interesses da indústria nacional”.

“A Apiccaps tem a marca Portuguese Soul registada há já 12 anos, pelo que é legítimo que defenda os seus direitos e possa igualmente contribuir para sensibilizar todo o setor para a importância da propriedade industrial e para a necessidade de, a cada momento, as empresas protegerem as suas marcas, os seus produtos e, desse forma, vincarem no plano internacional o caráter inovador do setor”, frisa Mara Moreira.

A responsável do Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial (GAPI) do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal reconhece, citada na mesma publicação, que “estes processos são sempre complexos”. Neste processo contra a empresa britânica, a associação empresarial do calçado tem tido o apoio da AICEP e da Embaixada de Portugal em Londres.

Sapatos portugueses entre os mais caros

De acordo com o World Footwear 2021 Yearbook, o calçado nacional resistiu melhor do que os principais concorrentes internacionais à pandemia de Covid-19. Em volume, os fabricantes portugueses registaram uma quebra de 13,2%, para 66 milhões de pares de sapatos. Isto é, cerca de metade da redução verificada em Itália (-26,8%, num total de 131 milhões de pares) e em Espanha (-26,5%, para 72 milhões de pares).

Quase nove em cada dez pares de sapatos são fabricados na Ásia, com o Vietname e a China à cabeça. Entre os principais produtores mundiais, Portugal continua a registar o segundo maior preço médio por par exportado (24,28 euros), logo a seguir a Itália. A indústria nacional destaca-se sobretudo no segmento específico do couro – ocupa a nona posição, com uma quota de 3,1% – e no calçado impermeável, em que é atualmente o quarto maior fabricante à escala planetária (quota de 3,7%).

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OE2022. Catarina Martins contra ideia de debate orçamental “às décimas de défice”

  • Lusa
  • 6 Outubro 2021

Para a líder do BE, “talvez não seja bom” ter como indicador para o debate orçamental algo “que falha tanto e que diz tão pouco sobre a saúde da economia e sobre a saúde das contas públicas”.

A coordenadora bloquista recusou esta quarta-feira que o debate orçamental se faça “às décimas de défice”, garantindo que quer que as negociações “corram bem”, mas admitindo dificuldade em discutir com o Governo aquilo que é estrutural e não apenas pontual.

Em conferência de imprensa para apresentar as prioridades do BE nas negociações para o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) para alcançar “justiça nas pensões”, Catarina Martins reiterou a ideia defendida no sábado de que não há avanços significativos nas conversações com o Governo socialista sobre o documento.

“Nós queremos que [as negociações] corram bem, temos talvez esta diferença na forma como olhamos o problema”, respondeu aos jornalistas, quando confrontada com as declarações do primeiro-ministro, António Costa, que na terça-feira defendeu que o diálogo com parceiros parlamentares “está a correr bem”, mas não terminará nesta fase.

Segundo a líder do BE, é na parte da negociação “do que é estrutural e não pontual” que o partido tem “tido mais dificuldade”, sendo essa a área mais importante.

Eu teria algum cuidado com a ideia de que um orçamento se debate às décimas de défice. Isso já foi utilizado para fazer uma contração de despesa em Portugal que acabou por contrair a economia e aprofundar mais o défice do que estava esperado”, avisou, recordando que o mandato do antigo ministro das Finanças, Mário Centeno, passou por não executar despesa e depois alcançar um défice ainda menor do que o esperado.

Para a líder do BE, “talvez não seja bom” ter como indicador para o debate orçamental algo “que falha tanto e que diz tão pouco sobre a saúde da economia e sobre a saúde das contas públicas”.

“Eu tendo a ter alguma calma quando se fala de impossibilidades. Acho que há sempre opções políticas e aqui o que nós falamos é de uma escolha política. Queremos encontrar um regime que faça justiça a quem trabalhou mais de 40 anos ou não?”, referiu.

Questionada insistentemente sobre se esta questão das pensões é uma linha vermelha para o partido, Catarina Martins respondeu que o BE faz estas negociações sobre aquilo que acha que é importante.

“O discurso sobre as linhas vermelhas é um discurso sobre intransigência negocial. Não há intransigência negocial, há objetivos e há prioridades e tem de ser uma prioridade em Portugal garantir pensões dignas quem tem mais de 40 anos de carreira contributiva”, afirmou.

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Presidente da CMVM assume cargo internacional de regulação

Gabriela Figueiredo Dias vai ser presidente da IESBA, a entidade independente com sede em Nova Iorque que fixa as regras éticas e deontológicas dos profissionais como contabilistas e auditores.

Gabriela Figueiredo Dias vai liderar um organismo internacional independente que regula as boas práticas e a deontologia dos profissionais de contabilidade, incluindo auditores. A IESBA é uma entidade independente com sede em Nova Iorque que define os ‘standards’ éticos, deontológicos e comportamentais dos profissionais de reporte financeiro.

A ainda presidente da CMVM — que já terminou o mandato e aguarda pela nomeação oficial de Gabriel Bernardino para sair — deverá iniciar funções em janeiro de 2022, mas deverá começar um processo de transição já em meados de novembro. Gabriela Figueiredo Dias vai suceder ao chairman grego.

O que é, afinal, a IESBA? De acordo com informações que constam do site daquela entidade, que pode ser consultado aqui, é organização independente que, assente em princípios de autorregulação, congrega responsáveis de mais de 150 países para definição a nível internacional de padrões comportamentais e éticos a serem adotados pelos profissionais responsáveis pelo reporte financeiro: auditoria, contabilidade, seguros, controlo de qualidade.

Na prática, Gabriela Figueiredo Dias será a reguladora mundial de normas éticas para auditoria e reporte financeiro e chega a esta posição por concurso internacional, a que concorreu em meados do ano. A escolha do presidente desta entidade resulta de uma recomendação de um comité independente e, em função disso, é depois indicado pelos boards do IFAC e aprovado pelo board do PIOB, respetivamente a Associação internacional dos profissionais responsáveis pelo reporte financeiro (auditoria, contabilidade, seguros, controlo de qualidade) e a o regulador transversal a nível mundial que supervisiona os padrões de atuação nas áreas de reporte financeiro (e não só na dimensão ética).

O ECO contactou Gabriela Figueiredo Dias e a IESBA, mas não obteve quaisquer comentários, mas o anúncio oficial desta nomeação deverá ser feita em breve.

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Uns amam, outros odeiam. 3 factos sobre o trabalho remoto para refletir

Embora os dados demonstrem que o trabalho remoto aumentou o número de horas trabalhadas e os níveis de ansiedade e risco de burnout, não há dúvida que os profissionais querem manter o trabalho remoto.

Não é segredo que grande parte dos trabalhadores de todo o mundo não querem abdicar da flexibilidade que ganharam com o trabalho remoto. Menos deslocações entre casa e escritórios, mais tempo com a família, maior flexibilidade de horários e poder trabalhar a partir de qualquer lugar são algumas das vitórias que, sem a pandemia, ainda estavam bem longe na maioria das organizações.

Mas, com os limites entre a vida profissional e a vida pessoal a desvanecerem-se, vêm as horas prolongadas em frente ao computador, a execução de tarefas domésticas durante pausas no horário de trabalho — que deveriam ser, de facto, para descansar e conseguir voltar ao trabalho com um boost de energia — e as videochamadas a partir da mesa onde almoçamos e jantamos com a família ou do sofá onde fazemos uma maratona de séries. Muitos profissionais têm, aliás, manifestado dificuldades em desligar do trabalho.

Com base em estudos e investigações recentes sobre o impacto do trabalho remoto, estes três factos vão ajudá-lo a entender melhor os desafios. E, mais importante ainda, a servir de ponto de partida para colaboradores e empregadores refletirem sobre como lidar com estes desafios, de forma a continuarem a desfrutar das vantagens que os modelos mais flexíveis oferecem.

1. Fazemos intervalos menos frequentes

A sua casa pode ser um lugar onde se sente plenamente concentrado e focado ou um enorme apelo às distrações. Há quem consiga ser mais produtivo em casa e quem prefira ir para o escritório, assumindo não ter as condições necessárias para desempenhar as suas funções a partir de casa. Mas o que dizem os dados sobre a produtividade do trabalho remoto?

Em 2014, a aplicação DeskTime descobriu que quase 10% das pessoas eram mais produtivas quando trabalhavam 52 minutos e faziam, de seguida, uma pausa de 17 minutos. Recentemente, a mesma app repetiu esse estudo para revelar padrões de trabalho durante a pandemia. Desta vez, os investigadores descobriram que o trabalho remoto causou um aumento no tempo de trabalho, com as pessoas mais produtivas a trabalharem, agora, durante 112 minutos e a fazerem uma pausa de 26 minutos.

“Embora as pausas se tenham tornado apenas nove minutos mais longas, os tempos de trabalho mais do que duplicaram. São quase duas horas de trabalho seguidas”, escreve Ieva Sipola, especialista em formatos de trabalho alternativos, num artigo publicado pelo Lifehack (acesso livre, conteúdo em inglês). E acrescenta: “as videochamadas são a principal razão para fazermos menos pausas. As reuniões no pré-pandemia significavam ir para outra sala, esticávamos as pernas e dávamos um descanso do ecrã aos nossos olhos”.

“Esta descoberta faz-nos questionar se trabalhar a partir de casa é realmente uma coisa tão boa para o nosso bem-estar como pensávamos que era. Além disso, neste formato, as pausas já não são um prazer, mas sim um tempo para executar numa tarefa ou para ajudar as crianças com o trabalho escolar”, continua.

2. Aumentamos o risco de burnout

Se, num primeiro momento, as visões otimistas sobre o trabalho remoto reinavam, agora, a balança começa a estar um pouco mais equilibrada. O estudo “The 2021 State of Remote Work”, da Buffer, concluiu que o maior problema dos remote workers é não ser capaz de desligar, seguindo-se as dificuldades de colaboração e solidão. Foi também perguntados aos inquiridos se, com o trabalho remoto, passaram a trabalham mais ou menos. A resposta? 45% admitiram estar, agora, a trabalhar mais do que antes da pandemia; 42% disseram que mantêm o mesmo número de horas de trabalho; e apenas 13% responderam estar a trabalhar menos.

Não é segredo que a ansiedade prolongada pode reduzir a satisfação no trabalho, diminuir o desempenho no trabalho e afetar negativamente as relações interpessoais com os colegas.

Ieva Sipola

“Horas de trabalho mais longas e menos pausas de qualidade podem afetar dramaticamente a nossa saúde, uma vez que estar sentado muitas horas seguidas e o uso prolongado do computador podem causar tensão ocular, fadiga mental e outros problemas. Estes, por sua vez, podem levar a consequências mais graves, tais como burnout e doenças cardíacas”, escreve Iena Sipola.

Com trabalhadores mais suscetíveis a problemas de ansiedade e stress, a atenção dos líderes perante as suas pessoas deve ser redobrada, de maneira a evitar que os benefícios e flexibilidade do trabalho remoto sejam anuladas por estes perigos. “Os gestores devem estar conscientes dos riscos associados ao aumento da ansiedade dos trabalhadores. Caso contrário, os ganhos de produtividade não serão duradouros. Não é segredo que a ansiedade prolongada pode reduzir a satisfação no trabalho, diminuir o desempenho no trabalho e afetar negativamente as relações interpessoais com os colegas“, explica a especialista.

3. Mas, acima de tudo: “We love remote work”

Apesar de os dados que demonstram que trabalhamos mais horas ou que estamos a aumentar os níveis de ansiedade, não há grande dúvida de que os profissionais gostam de trabalhar remotamente, e querem continuar a ter essa opção. O mesmo estudo elaborado pela Buffer revela que uma maioria esmagadora (97%) dos inquiridos diz que gostaria de continuar a trabalhar remotamente até certo ponto. Horário flexível e a possibilidade de trabalhar a partir de qualquer lugar são os principais benefícios que mencionam.

Também um relatório de McKinsey concluiu que mais de metade dos colaboradores gostaria que a sua empresa adotasse um modelo de trabalho híbrido flexível, alternando entre dias de trabalho no escritório e dias de trabalho remoto. Mais concretamente, mais de metade dos profissionais inquiridos admitem que trabalhar, pelo menos, três dias por semana a partir de casa seria o ideal para eles.

As empresas inteligentes abraçarão esta nova tendência e perceberão que a adoção de modelos híbridos também pode ser uma vitória para elas.

Ieva Sipola

Perante este cenário, as empresas procuram, cada vez mais, encontrar um equilíbrio entre os modelos de trabalho que satisfaçam os seus colaboradores e os que são viáveis para o negócio, ao mesmo tempo que garantem que os riscos associados ao excesso de trabalho e perigo de esgotamento estão acautelados.

“As empresas inteligentes abraçarão esta nova tendência e perceberão que a adoção de modelos híbridos também pode ser uma vitória para elas, para, por exemplo, aceder a talentos em diferentes locais e a um custo mais baixo”, refere.

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56 famílias aderiram aos contratos de arrendamento vitalício em 2020

  • Lusa
  • 6 Outubro 2021

Programa permite que as famílias mantenham a sua residência permanente e vitalícia numa habitação, mediante o pagamento ao senhorio de uma caução e de uma renda mensal.

Cinquenta e seis famílias aderiram em 2020 ao programa que permite contratos de arrendamento vitalício de habitações, uma medida que pretende ser uma alternativa ao arrendamento ou compra de casa própria, anunciou esta quarta-feira o Governo.

O programa, criado no âmbito da chamada Nova Geração de Políticas de Habitação, permite que famílias mantenham a sua residência permanente e vitalícia numa habitação, mediante o pagamento ao senhorio de uma caução e de uma contrapartida por cada mês de duração do contrato.

Segundo o Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em 2020, o primeiro ano de funcionamento deste programa, foram 56 os agregados familiares que aderiram, segundo dados das declarações de rendimentos comunicadas à Autoridade Tributária.

O Direito Real de Habitação Duradoura (DHD) é uma terceira via, além do arrendamento ou da aquisição de habitação própria, já que permite ao inquilino ter o usufruto de uma habitação de forma vitalícia sem precisar de a adquirir. Para isso, inquilino e proprietário têm de chegar a um acordo, segundo o qual o arrendatário paga ao senhorio uma caução, além de uma prestação mensal.

O inquilino terá então direito a usufruir da habitação durante o período que pretender, podendo renunciar a esse direito em qualquer momento. No caso em que esta renúncia ocorra nos primeiros dez anos de contrato, o valor da caução ser-lhe-á restituído.

Por outro lado, o senhorio tem a vantagem de deixar de ser responsável por obras de conservação ordinária do prédio e pelo pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que passam a estar a cargo do morador.

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Lisboa confinou bem mais do que Cascais, mostram dados de mobilidade

  • ECO
  • 6 Outubro 2021

Projeto da NOS e da Nova SBE usou dados agregados de utilização dos telemóveis e algoritmos. Segundo estado de emergência foi bem menos severo para lojas e restaurantes.

Quais os setores mais e menos afetados pelo confinamento? E como evoluiu a mobilidade entre o primeiro e o segundo estado de emergência? São duas questões a que um projeto da NOS e da Nova SBE sobre os municípios de Lisboa e Cascais, divulgado esta quarta-feira, dá resposta. Mostra também que na capital o confinamento foi bem maior.

Uma das conclusões que salta à vista é a redução bem menos acentuada na frequência do comércio e restaurantes durante o segundo estado de emergência, que vigorou entre novembro de 2020 e abril de 2021. Segundo o estudo, que recorreu a dados agregados de utilização dos telemóveis analisados através de algoritmos, a quebra na contagem de pessoas em lojas e restaurantes em Lisboa passou de 80% no primeiro estado de emergência para 39% no segundo. Na categoria “comércio”, a redução baixou de 75% para 39%. No “lazer indoor” passou de 73% para 42%.

Em Cascais observou-se uma tendência semelhante. A quebra no comércio passou de 64% para 18%. Nas lojas e restaurantes a evolução foi de 61% para 24% e no lazer indoor, que inclui museus, monumentos, casinos ou cinemas, de 61% para 6%.

Os números evidenciam também que o impacto do confinamento foi maior em Lisboa do que em Cascais. A quebra da contagem de pessoas na capital foi de 65 a 80% durante o primeiro estado de emergência e de 30 a 45% entre novembro de 2020 e abril de 2021. Já em Cascais foi de 45 a 65% entre março e abril de 2020 e de apenas 15 a 25% no segundo estado de emergência.

Os dados mostram ainda que a redução da mobilidade na categoria saúde passou de 72% para 29% em Lisboa e de 56% para 17% em Cascais.

Segundo o comunicado conjunto das duas entidades, o estudo usou dados recolhidos e tratados pela NOS de modo agregado, salvaguardando a privacidade, que foram introduzidos numa plataforma de tratamento de informação. A equipa multidisciplinar da Nova SBE Data Science Knowledge Center desenvolveu os indicadores e algoritmos necessários.

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Preço da eletricidade bate todos os recordes ao disparar para 288,53€/MWh

O valor mais caro de sempre da energia elétrica no Mibel, na negociação intradiária, rebentou já todos os anteriores máximos históricos e atingiu 319€/MWh.

O preço da eletricidade no mercado grossista ibérico vai bater esta quinta-feira todos os anteriores recordes. No Mibel, o preço por MWh vai chegar à marca de 288,53 euros. Um valor bem acima dos 228,59 euros por MWh fixados para esta quarta-feira, 6 de outubro.

O preço médio para o dia de amanhã resulta assim do intervalo entre o preço máximo na negociação intradiária, que entre as 20h e as 21h chegará a um valor nunca antes visto de 319,03€/MWh, e um mínimo de 249,08 euros por MWh por volta das cinco da manhã.

Com oito recordes batidos tanto no mês de agosto como no mês de setembro, outubro (que acabou de começar), promete não ficar atrás, com os preços grossistas já bem acima da marca dos 200€/MWh e sem dar quaisquer sinais de alívio.

Ao sétimo dia do mês de outubro, este é já o terceiro máximo histórico no Mibel:

  • 1 de outubro – 216,01 euros por MWh
  • 6 de outubro – 228,59 euros por MWh
  • 7 de outubro – 288,53 euros por MWh

Preços estão em alta por toda a Europa

No entanto, os preços altos não se fizeram sentir apenas na Península Ibérica. De acordo com o site Energy Live, no mesmo dia em que o MWh estiver a valer um máximo histórico de 288,53 euros em Portugal e Espanha, outros países enfrentarão valores ainda mais elevados, já acima do patamar dos 300 euros por MWh: 327,44€/MWh na Sérvia; 307,72€/MWh na Itália; 306,99 €/MWh na Croácia e Eslovénia; 302,54€/MWh nos Países Baixos e Bélgica; 302,53€/MWh na Alemanha; e 301,7€/MWh na Áustria.

Preços do gás disparam 60% e fazem eletricidade bater recordes

O disparo nos preços grossista da eletricidade na Península Ibérica surge no mesmo dia em que os preços do gás voltaram também a aumentar nos mercados europeus, com um salto de 60% em apenas dois dias, de acordo com a Bloomberg.

Nos Países baixos, os contratos futuros de gás que servem de barómetro para toda a Europa aumentaram 40% na manhã desta quarta-feira para um recorde de 162,13 euros por MWh, depois de terem fechado a subir 20% no dia anterior. Ao início da tarde o preço estava já nos 131,10 euros por MWh. No Reino Unido, os preços do gás aumentaram 39%.

Comissão Europeia quer reforma do mercado

“Este choque de preços é um aviso e não pode ser ignorado. Está a ferir os nossos cidadãos e as famílias mais vulneráveis. Está a enfraquecer a competitividade e a trazer pressão inflacionária. Se não for resolvido, arrisca-se a comprometer a recuperação económica da Europa”, disse a comissária europeia da Energia, Kadri Simson no seu discurso inicial.

Com os preços do gás natural em máximos históricos e os preços da eletricidade nos mercados grossistas a aumentarem 200% nos primeiros nove meses do ano, a Comissão Europeia revelou que vai propor até ao final do ano uma reforma do mercado europeu de gás. O objetivo é rever as questões de armazenamento e de segurança de abastecimento no continente.

O anúncio foi feito pela comissária europeia da Energia, Kadri Simson, perante o Parlamento Europeu, numa altura em que as reservas de gás estão abaixo dos 75%, o valor mais baixo da última década.

“É à justa, mas deverá ser o suficiente para o inverno”, disse a comissária na apresentação da Comissão Europeia sobre as soluções europeias para o aumento dos preços da energia para empresas e consumidores — através da eficiência energética e das energias renováveis — e a necessidade de combater a pobreza energética, na sessão plenária do Parlamento Europeu.

Dos Estados-membros surgiram também outras propostas como, por exemplo, formas de aquisição conjunta de reservas de gás de emergência, sendo que a comissária da Energia garante que as mesmas estão a ser analisadas.

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Conselho Superior da Magistratura vai abrir inquérito sobre fuga de Rendeiro

O Conselho Superior da Magistratura diz "que não tem competência para sindicar decisões judiciais" mas que vai averiguar o que se passou no caso da fuga do ex-líder do BPP.

O Conselho Superior da Magistratura “determinou a abertura de um processo de averiguações para efeitos de apuramento de eventual responsabilidade disciplinar”, disse em comunicado relativamente à fuga de João Rendeiro.

No dia 28 de setembro, João Rendeiro, condenado a dez, cinco e três anos de prisão efetiva em três processos distintos — um deles já transitado em julgado desde o dia 17 de setembro –– escreveu no seu bloque pessoal que estava “no estrangeiro e não vou voltar”.

Mais de uma semana depois, o Conselho Superior da Magistratura (CSM) — órgão que fiscaliza os magistrados judiciais — vem dizer que, “o Conselho Superior da Magistratura não tem competência para sindicar decisões judiciais”, mas que, “considerando as várias notícias veiculadas nos últimos dias pela comunicação social e algumas declarações prestadas em vários canais televisivos todas relacionadas com os processos em que é arguido João Rendeiro”, decide assim abrir um processo de averiguações.

João Rendeiro, ex-presidente do Banco Privado Português (BPP), 24 horas deste ‘anúncio de fuga’ tinha sido condenado a mais uma pena de três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada.

O ex-banqueiro teria de se apresentar a tribunal no dia 1 de outubro, para conhecer novas medidas de coação, mas avisou que estava “no estrangeiro e não vou voltar”. Terá fugido agora para um país sem acordo de extradição com Portugal.

 

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SportTV volta a deter direitos da Fórmula 1 entre 2022 e 2024

  • Lusa
  • 6 Outubro 2021

A SportTV recuperou os direitos da prova "rainha" do automobilismo mundial, na posse da Eleven Sports entre 2019 e 2021.

As três temporadas do campeonato do mundo de Fórmula 1 entre 2022 e 2024 vão ser transmitidas em Portugal pela SportTV, anunciou a operadora.

A SportTV recupera os direitos da prova “rainha” do automobilismo mundial, na posse da Eleven Sports entre 2019 e 2021.

Além do campeonato do mundo de Fórmula 1, o acordo garante também os direitos de transmissão das provas de Fórmula 2, Fórmula 3 e Porsche Supercup, refere o comunicado.

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Com 100 mil no bolso, jovens põem em depósitos. Mas também em ações

Inquérito à literacia financeira dos mais novos, realizado pela CMVM, revela maior apetência dos jovens por produtos com mais risco que os mais velhos.

O que faria com 100 mil euros? Esta foi a questão colocada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a milhares de jovens no inquérito à literacia financeira dos mais novos, no âmbito da Semana Mundial do Investidor, com a segurança dos depósitos a ser a preferência. Mas também há uma “fatia” que revela apetência pelo sobe e desce do mercado acionista, ou seja, pelo risco.

“Os jovens escolheriam investir 23% dos 100 mil euros euros em ações, um produto com mais risco, e 39% em depósitos”, sendo a percentagem colocada nestes produtos de baixo risco “mais baixa quando comparada com o grupo de idade superior”, revela o inquérito, realizado entre 2020 e o início de 2021, que teve como objetivo caracterizar o perfil do investidor e do não investidor nacional.

As obrigações, o ouro e os fundos de investimento seguem-se na lista de aplicações desta poupança, com alocações de 12%, 11% e 10% dos 100 mil euros, respetivamente, segundo o inquérito realizado pelo regulador do mercado de capitais português.

Se nesta alocação virtual nota-se uma maior apetência por ativos de risco, no mundo real o resultado não é muito diferente. “Mesmo que a grande maioria detenha depósitos (77,8% contra 81,7% entre os mais velhos), uma parte considerável detém produtos mais voláteis“, diz a CMVM. Entre eles estão ações, fundos de investimento e depósitos estruturados.

“Neste sentido, em relação ao resto dos inquiridos detêm três vezes mais produtos estruturados (3,6% contra os 1,1% dos inquiridos mais velhos), seis vezes mais derivados (2,4% contra 0,4%) e mais do dobro dos produtos associados a criptoativos e crowdfunding (4,8% contra 2% entre os mais velhos)”, nota o regulador.

Tendo em conta a “emergência de ativos transacionados de forma digital, que são especialmente atrativos para faixas etárias mais jovens, reforça a importância de promover iniciativas que sensibilizem este grupo para os riscos inerentes ao investimento e para a importância da ponderação adequada de diferentes alternativas de investimento”.

Informação financeira? É na internet

No inquérito realizado aos jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos, constata-se que “apesar de terem níveis de escolaridade superiores, os jovens evidenciam níveis de literacia financeira semelhantes aos dos mais velhos (5,7 questões corretas entre os mais jovens contra 5,8 questões certas dos mais velhos, num total de 10 questões)”.

Entre as questões colocadas estão o significado de juros compostos ou o de decréscimo seguido de crescimento de valor. “Apenas 47% dos jovens acertou no cálculo para estimar o efeito de juros compostos e só 34% acertou no valor final de um investimento sujeito a um choque negativo de 50% seguido de uma valorização de 80%”, nota a CMVM. E quanto à Euribor, só 21% sabe o que é esta taxa que é utilizada como indexante na maioria dos contratos de financiamento para a compra de habitação.

Estes conhecimentos, ou falta deles em alguns casos, podem ser atribuídos às fontes a que os jovens recorrem para obterem informação. O inquérito revela que “a internet é a fonte de informação a que mais recorrem os jovens (utilizada por 60% dos jovens contra 43% dos mais velhos) e que cerca de um em cada 10 não procura informação sobre produtos e questões de natureza financeira (11% contra 15% registados entre os de idade superior)”. Só 16% dos jovens recorre a aconselhamento financeiro, contra 26% do resto dos inquiridos.

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