Vacinados que testem negativo deixam de precisar de isolamento

  • Lusa
  • 1 Outubro 2021

As pessoas com vacinação completa que tenham tido um contacto de risco deixam de fazer isolamento se testarem negativo à Covid-19, exceto se forem coabitantes com a pessoa que testou positivo.

As pessoas com vacinação completa que tenham tido um contacto de risco deixam de fazer isolamento se testarem negativo à Covid-19, exceto se forem coabitantes e partilharem o mesmo quarto com a pessoa que testou positivo.

Segundo a norma divulgada esta sexta-feira pela Direção Geral da Saúde (DGS), estão obrigados a isolamento os contactos de casos confirmados no contexto de surtos em lares e noutras estruturas para pessoas idosas, unidades de cuidados continuados, de acolhimento de crianças e jovens em risco, cadeias e centros de acolhimento de migrantes e refugiados.

O mesmo acontece para quem resida ou trabalhe em Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) ou noutras respostas similares dedicadas a pessoas idosas, que são igualmente considerados contactos de alto risco e, por isso, sujeitos a isolamento profilático.

Segundo a DGS, “em situação excecionais, a Autoridade de Saúde pode determinar, fundamentada numa avaliação de risco caso a caso, o isolamento profilático a contactos de caso confirmado de infeção por SARS-CoV-2 / covid-19 noutras circunstâncias não previstas na presente norma”.

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Lusíadas junta-se ao Instituto Piaget para promover formação e investigação

Entre os projetos comuns a concretizar estão incluídos seminários, workshops, participação em projetos comunitários, projetos de investigação e eventos científicos.

O Grupo Lusíadas Saúde assinou um protocolo de cooperação com o Instituto Piaget, com o objetivo de potenciar a formação académica, a investigação científica e o desenvolvimento de atividades pedagógicas e culturais em domínios de interesse comum entre as duas instituições.

“É um enorme motivo de orgulho e constitui mais um importante passo para a promoção da saúde. Através desta parceria com o Instituto Piaget, conseguimos aliar o ensino e a investigação académica à prestação de cuidados de saúde de qualidade e isso torna-nos altamente competitivos e distintivos num setor cada vez mais exigente”, refere Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde, em comunicado.

A parceria abrange a elaboração de programas de formação especializada, licenciaturas ou pós-graduações, bem como a colaboração no âmbito da realização de estágios curriculares e profissionais nas áreas da saúde, psicologia, gestão e tecnologias de informação.

Está igualmente previsto o intercâmbio de experiências, conhecimentos e estudos no domínio da investigação e da formação profissional (graduada e pós-graduada), com a criação de grupos mistos de trabalho. Entre os projetos comuns a concretizar estão ainda incluídos seminários, workshops, participação em projetos comunitários, projetos de investigação e eventos científicos.

“Este protocolo vai seguramente permitir o aproveitamento recíproco das potencialidades científicas, técnicas e humanas de cada uma das duas instituições, em benefício direto das comunidades a que cada uma se dirige. Ensino, investigação e saúde são três pilares essenciais para um país que queremos cada vez mais desenvolvido e moderno, e nesta parceria colocaremos o melhor de nós ao serviço dos portugueses”, afirma António Oliveira Cruz, presidente do Instituto Piaget.

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CTT querem “aumentar quota de mercado em Espanha para nível alto”

  • Lusa
  • 1 Outubro 2021

Os correios portugueses querem tornar-se “a empresa de referência para os envios ibéricos” e ambicionam aumentar para “um nível alto” a quota de mercado da operação em Espanha.

Os CTT apontam como objetivo “aumentar a sua quota de mercado em Espanha para um nível alto, de um só dígito (high single digit)” e “aumentar a margem EBIT para um nível médio a alto, de um só dígito (mid-to-high single digit)”.

As metas dos CTT no mercado espanhol passam por “crescer no mercado B2C (Business to Consumer) através de uma rede de distribuição mais eficiente, baseada em operação própria”, assim como por “capturar quota de mercado no B2B (Business to Business), superando os concorrentes através de um modelo de negócio mais competitivo, nomeadamente na sua relação com as franquias”.

Num comunicado enviado esta madrugada à CMVM, na sequência da reunião de quinta-feira com analistas e investidores em Madrid sobre a operação de Expresso e Encomendas no mercado espanhol, assume ainda a ambição de se tornar “a empresa de referência para os envios ibéricos”.

Ao nível da rentabilidade, os objetivos dos CTT são “ganhar escala para permitir a diluição dos custos de estrutura e melhorar a alavancagem operacional, melhorar a dinâmica de preços e implementar um conjunto de projetos ibéricos para aumentar a produtividade”.

“Os CTT vão continuar com o desenvolvimento da sua operação de Expresso e Encomendas em Espanha, promovendo a diversificação da base de clientes para pequenas contas B2B mais rentáveis e reduzindo os custos operacionais, por forma a melhorar a rentabilidade e, em simultâneo, continuar a ganhar quota de mercado junto dos clientes B2C”, sustenta a empresa portuguesa.

Segundo salienta a empresa neste comunicado à CMVM, “para os CTT, uma presença ibérica através de uma plataforma líder é fundamental para promover a competitividade da sua oferta, quer em Portugal, quer em Espanha”.

“Ser o líder de mercado e ter a rede Expresso e Encomendas mais capilar em Portugal permite aos CTT Express em Espanha ser o operador mais preparado para gerir fluxos ibéricos, o que, por sua vez, permite consolidar ainda mais a posição de liderança dos CTT em Portugal”, afirma.

Na reunião de quinta-feira com analistas e investidores, os CTT referiram ainda as várias medidas implementadas desde 2019 na sua operação em Espanha, nomeadamente a constituição de uma nova equipa de gestão, o rebranding da marca naquele país e a alteração de um modelo operacional suportado numa rede de franquias para um modelo operacional próprio.

Foram ainda mencionados “o investimento feito em automação e software com vista ao aumento da capacidade disponível e a melhoria da qualidade de serviço e captura de grandes e-tailers (retalhistas online), permitindo ganhos de escala”.

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Isolamento profilático de contactos de baixo risco nas escolas passa a ser mais flexível

  • Lusa
  • 1 Outubro 2021

O uso de máscaras no recreio das escolas deixa de ser obrigatório e as medidas de isolamento profilático de contactos de baixo risco passam a ser mais flexíveis, segundo normas divulgadas pela DGS.

O uso de máscaras no recreio das escolas deixa de ser obrigatório e as medidas de isolamento profilático de contactos de baixo risco passam a ser mais flexíveis, segundo normas divulgadas esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde.

A nova versão do documento “Referencial Escolas – Controlo da transmissão de Covid-19 em contexto escolar” para o ano letivo 2021/2022 resulta de uma revisão efetuada pela Direção-Geral da Saúde ao referencial existente, “à luz dos princípios de evidência (prova) e conhecimento científicos, bem como da evolução do estado vacinal da população e da situação epidemiológica do país”, lê-se no documento publicado no site da DGS.

O referencial determina que “qualquer pessoa com idade superior a 10 anos, e, no caso dos alunos, a partir do 2.º ciclo do ensino básico, independentemente da idade, deve obrigatoriamente utilizar máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica para o acesso ou permanência no interior dos estabelecimentos de educação e/ou ensino”.

Contudo, sublinha a DGS, “esta obrigatoriedade não se aplica nos espaços de recreio ao ar livre, sem prejuízo de ser recomendado o uso de máscara sempre que se verifiquem aglomerados de pessoas”.

Para as crianças que frequentam o 1.º ciclo do ensino básico, independentemente da idade, a utilização de máscara é recomendada para o acesso ou permanência no interior dos estabelecimentos de educação e/ou ensino, como medida adicional de proteção uma vez que estas crianças não se encontram vacinadas.

Também neste caso, a máscara pode ser utilizada nos espaços de recreio ao ar livre perante a presença de aglomerados de pessoas.

Segundo o referencial, “a utilização de máscara deve ser sempre adaptada à situação clínica, nomeadamente nas situações de perturbação do desenvolvimento ou do comportamento, insuficiência respiratória ou outras patologias, mediante avaliação caso-a-caso pelo médico assistente”.

Relativamente, às medidas individuais a aplicar aos contactos, o Referencial estipula que, “após determinação de isolamento profilático e na sequência de maior estratificação do risco, nomeadamente tendo em conta o estado vacinal do contacto, por parte da autoridade de saúde territorialmente competente, os contactos podem vir a interromper o isolamento profilático, retomando a respetiva atividade letiva”.

“Em concordância com a norma n.º 015/2020 da DGS, aos contactos com história de infeção pelo SARS-CoV-2/Covid-19 há menos de 180 dias, não se aplica a realização de testes laboratoriais, o isolamento profilático e a vigilância ativa, estando sujeitos a vigilância passiva durante 14 dias desde a data da última exposição”, salienta à DGS.

O documento estipula ainda regras relativamente a uma testagem inicial, passando a englobar os alunos do 3.º ciclo do ensino básico.

Na definição do universo a testar, ainda que tenha sido considerada a vacinação, em curso, dos jovens e a vacinação, já concluída, da grande maioria dos trabalhadores dos estabelecimentos de educação e/ou de ensino públicos e privados, a DGS entende que a possibilidade de as pessoas vacinadas serem “veículo” de transmissão do vírus justifica a sua testagem em ambiente escolar, nas primeiras semanas do novo ano letivo.

Segundo a DGS, a operação de testagem fica a cargo da área governativa da Educação e responde à determinação da Autoridade de Saúde Nacional, no sentido de realizar “um varrimento inicial de todo o pessoal docente e não docente e dos alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário”.

As Autoridades de Saúde territorialmente competentes reservam a possibilidade de realizar os testes que se revelem necessários tendo em conta a evolução da situação epidemiológica.

“Neste caso, os testes já não serão feitos pela área governativa da Educação, ficando a cargo dos serviços de saúde que os prescreverem”, refere o documento.

Além de medidas individuais, as Autoridades de Saúde podem determinar medidas coletivas, preconizando-se que o encerramento de qualquer estabelecimento só deve ser ponderado em situações de elevado risco.

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Preços do gás tocam os 100€/MWh na Europa, China ordena compra “a qualquer custo”

De acordo com a Bloomberg, na origem deste recorde está a alegada ordem dada pela China às suas empresas estatais para assegurarem as reservas de gás necessárias para o inverno "a qualquer custo".

O preço dos contratos futuros de gás negociados nos mercados holandeses, que servem de barómetro para a Europa, dispararam 2,3% e chegaram ao máximo histórico de 100 euros por MWh na manhã desta sexta-feira, 1 de outubro, antes de caírem depois 4,4% para 93,5 euros. Preços que equivalem a 190 dólares por barril de petróleo, diz a Bloomberg, algo nunca visto nos mercados e mais do dobro do valor do barris de Brent no mesmo dia.

De acordo com a Bloomberg, na origem deste recorde está a alegada ordem dada pela China às suas empresas estatais para assegurarem as reservas de gás necessárias para o inverno “a qualquer custo”, de acordo com fontes próximas.

Esta quinta-feira, os preços do gás natural negociados na Holanda para o próximo mês já tinham batido recordes pelo quinto dia consecutivo, aumentando 13,4% para os 98,23 euros por MWh. Também no Reino Unido o preço do gás aumentou 17,4%. Em ambos os mercados os preços mais do que duplicaram no último mês.

“Esta volatilidade nos mercados mostra que ninguém sabe quão alto os preços do gás podem ir, mas iremos certamente enfrentar tempos desafiantes. A questão é: como travar o aumento da procura se os governos já estão a avançar e a subsidiar os preços do gás, como França”, disse Niek van Kouteren, senior trader da PZEM, uma empresa holandesa de energia, citado pela Bloomberg.

Com a “época do inverno” a começar esta sexta-feira, 1 de outubro, são temidas falhas gravas no abastecimento de gás à Europa, onde os depósitos estão neste momento a apenas 75% da sua capacidade, quando já deveriam estar a 90% por esta altura. Os preços ameaçam passar os 100 euros por MWh, um cenário que levou já os analistas do Citigroup a duplicar as suas previsões de preços para o gás natural na Europa e Ásia para o próximo trimestre.

“Os preços do gás natural podem continuar a disparar nas próximas semanas e meses. A forte procura e a falta de resposta do lado do abastecimento estão a condicionar os mercados. Qualquer surpresa pode fazer subir os preços ainda mais alto”, dizem os analistas do Citi.

Esta escalada de preços do gás natural tem atirado o valor da energia elétrica nos mercados para máximos históricos não só na Península Ibérica (esta sexta-feira o preço médio da eletricidade no Mibel está num máximo histórico de 216,01€/MWh), mas também noutros países europeus, como o Reino Unido, onde 10 comercializadoras já fecharam portas mos últimos dois meses, obrigando 1,7 milhões de consumidores a mudar de fornecedor de luz.

Na Alemanha, os preços da energia para o próximo ano já aumentaram 12% para 132 euros por MWh e em França o aumento foi de 10,3% para 135,5 euros, com recordes batidos esta quinta-feira. O Governo de Paris já veio anunciar que irá “bloquear” qualquer novo aumento nos preços regulados do gás e cortar os impostos que recaem sobre a eletricidade.

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Banca deu 1.261 milhões de euros em crédito para a casa em agosto

Montante concedido pelos bancos para comprar casa voltou a aumentar, mantendo-se acima da fasquia dos mil milhões de euros.

A procura por crédito para a casa desceu ligeiramente em agosto, mas manteve-se acima do patamar dos mil milhões de euros. De acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP) publicados esta sexta-feira, os bancos concederam um total de 1.261 milhões de euros em empréstimos para a habitação, elevando o total financiado em 2021 para 9.826 milhões de euros.

Com muitos portugueses de férias, o novo crédito para a casa reduziu-se face ao registado em julho, mês em que tinham sido contabilizados 1.385 milhões de euros. Os novos empréstimos encolheram em 124 milhões de euros, mas foram “mais 407 milhões de euros em relação a agosto do ano passado”, diz o regulador do setor.

Mesmo com a queda registada face a julho, agosto foi o sexto mês consecutivo em que o montante concedido pelos bancos para a compra de casa ficou acima da fasquia dos mil milhões de euros, marca que tinha sido já alcançada no último mês de 2020. No acumulado do ano, o montante total concedido ascende a 9.826 milhões de euros.

Este ritmo de concessão de crédito para a casa acontece num contexto de dinamismo do mercado imobiliário, fomentado pelas baixas taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE). “A taxa de juro média destes empréstimos manteve-se em 0,80%. Esta taxa encontra-se abaixo de 1% desde agosto de 2020″, diz o Banco de Portugal.

Crédito ao consumo também trava

Tal como aconteceu com o crédito para a casa, também o financiamento ao consumo encolheu em agosto. “No segmento de consumo, os bancos emprestaram 413 milhões de euros, montante que representa uma redução de 16 milhões de euros em relação a julho deste ano e um aumento de 50 milhões de euros face a agosto de 2020″.

Juntando o crédito para a casa ao crédito ao consumo, o financiamento concedido pela banca aos particulares ascendeu a 1.861 milhões de euros”, refere o Banco de Portugal.

Menos dinheiro para as empresas

“Em agosto, os bancos reduziram para 2.017 milhões de euros o montante de novos empréstimos a empresas, dos quais 1.207 milhões de euros corresponderam a empréstimos de montante igual ou inferior a um milhão de euros”, nota o supervisor.

Relativamente à taxa de juro média dos novos empréstimos a empresas, esta “manteve-se em níveis historicamente baixos: 1,91% em agosto, valor abaixo do registado em julho de 2021 (2,00%) e em agosto do ano passado (1,98%)”.

“A análise por classe de montante mostra que a taxa de juro dos novos empréstimos de montante inferior ou igual a 1 milhão de euros subiu para 2,22% e a taxa de juro dos empréstimos de montante superior a 1 milhão de euros desceu para 1,46%”, conclui o Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 11h24 com mais informação)

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Dívida pública cai pelo segundo mês para 273,6 mil milhões

O endividamento das administrações públicas baixou 1.000 milhões de de euros em agosto, atingindo os 273,6 mil milhões. Redução deveu-se sobretudo ao reembolso de títulos de dívida.

A dívida pública caiu pelo segundo mês seguido em agosto, depois do pico registado em junho. O endividamento das administrações públicas baixou 1.000 milhões de euros naquele mês, atingindo os 273,6 mil milhões na ótica de Maastricht (a que interessa a Bruxelas), mostram os dados do Banco de Portugal.

Esta redução deveu-se sobretudo ao reembolso de títulos de dívida no valor 1,3 mil milhões de euros, explica o banco central. Ainda assim, o aumento dos empréstimos obtidos ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência no montante de 400 milhões de euros travou uma queda maior. O financiamento concedido por este mecanismo – que está no centro do pacote europeu “Next Generation EU” – destina-se a apoiar a recuperação económica dos países da União Europeia da crise provocada pela pandemia de Covid-19.

A dívida pública tem vindo a subir progressivamente desde o início da pandemia, com o Governo a ter de lançar apoios massivos para mitigar o impacto na economia, nomeadamente através do lay-off, apoios à retoma ou as linhas de crédito com garantia pública.

Dívida cai pelo segundo mês

Fonte: Banco de Portugal

Entretanto, depois de ter atingido o valor mais elevado de sempre em junho, nos 277,5 mil milhões de euros, parece estar agora em rota descendente, numa altura em que a economia está praticamente reaberta após os confinamentos e começam a chegar os fundos da bazuca europeia para relançar a economia.

Importa ainda sublinhar que a dívida pública caiu apesar do reforço da chamada almofada financeira. Os dados do Banco de Portugal revelam que os depósitos das administrações públicas aumentaram 2,2 mil milhões de euros. Ou seja, “deduzida desses depósitos, a dívida pública diminuiu 3,2 mil milhões de euros para 251,5 mil milhões“, adianta o banco central.

(Notícia atualizada às 11h25)

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Agricultores podem produzir um terço da energia que precisam a partir do sol

As empresas do setor agrícola têm potencial para produzir cerca de 114 GWh/ano em eletricidade limpa e evitar a emissão de mais de 28 toneladas de CO2, diz a EDP.

Um estudo realizado pela EDP, em parceria com a CAP – Confederação de Agricultores de Portugal, junto de mais de 2.100 empresas do setor agrícola, revelou que estas podem poupar até 40% na eletricidade com energia solar. Para isso, bastaria utilizar cerca de 21 hectares por todo o país, entre terrenos agrícolas, coberturas de edifícios e de parques de estacionamento.

Desta forma, as empresas do setor agrícola analisadas têm potencial para produzir cerca de 114 GWh/ano em eletricidade limpa e evitar a emissão de mais de 28 toneladas de CO2 por ano, refere a EDP em comunicado.

A elétrica celebrou recentemente uma parceria com a CAP – Confederação de Agricultores de Portugal com vista a melhorar a eficiência energética das empresas do setor agrícola. Para realizar o estudo, a EDP analisou os padrões de consumo energético, a distribuição geográfica e as condições de cada terreno para a instalação de painéis solares e calculou o potencial solar do setor agrícola nacional, concluindo que existem já condições para que muitos agricultores possam produzir até um terço da energia de que necessitam a partir desta fonte renovável.

“Para o setor, este é um passo significativo para reduzir a dependência da rede elétrica, podendo representar uma poupança mensal de até 40% com eletricidade. Encontrar formas de controlar os custos com energia e aumentar a produção renovável é cada vez mais importante para o setor, já que desde o final do século passado duplicou a energia elétrica necessária para o ciclo produtivo da agricultura”, refere a EDP no mesmo comunicado.

O próximo passo inclui agora estudos individuais para cada um dos agricultores analisados, que podem optar por investir nas suas próprias centrais ou escolher um modelo em que a gestão e a manutenção são asseguradas pela EDP Comercial, sem necessidade de investimento. Neste primeiro estudo, o período médio de retorno deste investimento é de cerca de seis anos.

Além do setor agrícola, a EDP está a fazer diagnósticos a outros setores de atividade económica, de forma a calcular o potencial solar de cada um deles.

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ERSE avança com medidas extraordinárias para evitar falências de comercializadores de energia

O regulador admite "o risco de uma saída de operadores do mercado, de forma potencialmente desordenada". As medidas propostas estarão em vigor até ao fim do primeiro semestre de 2022.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos anunciou a criação de um conjunto de medidas extraordinárias para os setores da eletricidade e gás natural, que estarão em vigor até junho de 2022, e que têm como objetivo minimizar os efeitos adversos da recente escalada dos preços grossistas no mercado nacional.

Esta sexta-feira, 1 de outubro, o preço médio no Mibel atingiu um recorde de 216,01 euros por MWh. A ERSE fala em “preços historicamente elevados”, mais de três vezes superiores aos que se registavam no início de 2021 e nos anos anteriores.

A ERSE não fala para já de falências de comercializadores, mas admite “o risco de uma saída de operadores do mercado, de forma potencialmente desordenada”. Diz também que a volatilidade de preços impacta de forma muito negativa a atividade das empresas do setor energético, sobretudo as que fazem a ponte entre os mercados grossista e retalhista, e que os instrumentos de mitigação dos riscos são “insuficientes”.

De acordo com o regulador, o objetivo destas medidas (com um enfoque temporal de curto prazo) é assegurar uma “maior flexibilidade da operação de comercialização em mercado”. Para os consumidores não estão implicados quaisquer custos ou riscos acrescidos, adverte a ERSE.

“As medidas propostas permitem evitar eventuais problemas com a saída de comercializadores do mercado, bem como assegurar o acesso mais facilitado ao aprovisionamento de energia. Preservam a concorrência no mercado da energia, limitando eventuais impactes adversos sobre a liberalização do setor mediante uma adequada contenção de eventuais riscos sistémicos”, diz a ERSE em comunicado. As medidas extraordinárias foram hoje enviadas aos operadores dos setores da eletricidade e gás, para “audiência de interessados”.

Em Portugal ainda não foram reportadas falências de comercializadores de energia por causa dos preços anormalmente altos nos mercados grossistas, o que já aconteceu noutros países europeus. No Reino Unido, 10 comercializadoras já fecharam portas mos últimos dois meses, obrigando 1,7 milhões de consumidores a mudar de fornecedor de luz.

Estas são as medidas extraordinárias propostas pela ERSE:

  • Saída controlada e programada de comercializadores sem viabilidade económica da sua operação, evitando a quebra operacional decorrente de insolvências. Os clientes destes comercializadores passam a ser abastecidos pelo comercializador de último recurso (SU Eletricidade);
  • Os comercializadores mais expostos passam a ter acesso a mecanismos de cobertura dos riscos de preço de aprovisionamento na comercialização de eletricidade, por recurso a energia produzida pelos produtores renováveis. No âmbito dos leilões de Produção em Regime Especial serão oferecidos produtos de dimensão e maturidade temporal mais reduzidas, dedicados para comercializadores de pequena dimensão e limitados à quantidade de energia não contratualizada através de contratos bilaterais;
  • Rápida adaptação do conjunto de obrigações relativas à gestão de garantias, em particular nos agentes comercializadores que procedam pro-ativamente a uma adaptação da sua operação em mercado (redução de carteira de fornecimentos).

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José Luis Díaz é o novo vice-presidente da Cipher para mercado ibérico

O profissional irá liderar o crescimento da empresa em Portugal e Espanha, reportando a Jorge Hurtado, diretor-geral da Cipher para a região EMEA.

A Cipher, a unidade de negócio de cibersegurança da Prosegur, nomeou José Luis Díaz como o novo vice-presidente para os mercados português e espanhol. Nesta posição, o profissional irá liderar o crescimento da empresa nestes mercados, reportando a Jorge Hurtado, diretor-geral da Cipher para a região EMEA.

“Neste contexto de selva digital, onde a cibersegurança é uma pedra angular dos processos de transformação, as empresas que sobrevivam serão apenas aquelas que se rodeiem dos melhores talentos. É por isso que acreditamos que a visão e a experiência que José Luis traz serão um fator chave para aproveitar as oportunidades do mercado, e que a sua contribuição para o plano de crescimento em Espanha e Portugal será decisiva” afirma Jorge Hurtado, em comunicado.

José Luis Díaz é engenheiro de telecomunicações e tem um MBA da IESE Business School. Tem também uma vasta experiência no setor da cibersegurança, incluindo o seu papel como vice-presidente da Capgemini Inventari. Com mais de 18 anos de experiência, o executivo desenvolveu a sua carreira profissional em empresas como PwC, EY ou Indra.

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Indústria da Zona Euro abranda com crise nas cadeias de abastecimento

  • ECO
  • 1 Outubro 2021

Problemas nas cadeias de abastecimento globais já está a passar a fatura à indústria manufatureira da Zona Euro. Manteve forte crescimento em setembro, mas quebrou de forma acentuada.

A indústria manufatureira da Zona Euro manteve-se em forte crescimento em setembro, apesar de ter travado devido aos problemas nas cadeias de abastecimento.

O índice de compras dos gestores da manufatura da IHS Markit afundou para 58,6 no mês passado em relação aos 61,4 registados em agosto, tendo ficado ligeiramente abaixo da estimativa rápida inicial de 58,7.

Leituras acima do 50 apontam para crescimento da atividade, que foi o que aconteceu em setembro, ainda que o índice tenha registado uma quebra acentuada que o economista-chefe da IHS Markit associa às dificuldades que se continuam a verificar nas cadeias de abastecimento mundiais.

“Enquanto a indústria manufatureira da Zona Euro cresceu a um ritmo robusto em setembro, o crescimento enfraqueceu significativamente com os produtores a reportarem cada vez mais problemas na cadeia de abastecimento”, referiu Chris Williamson.

Os problemas de abastecimento continuam a causar estragos em grandes áreas da indústria manufatureira europeia, com atrasos e escassez a serem relatados a taxas não observadas em quase um quarto de século e não mostrando sinais de qualquer melhoria iminente”, acrescentou.

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Inflação na Zona Euro acelera para 3,4%, um máximo de 2008

  • Lusa
  • 1 Outubro 2021

Crescimento dos preços dos combustíveis catapultou a inflação na área do euro que atingiu, em setembro, o nível mais elevado desde 2008.

A taxa de inflação anual da zona euro volta a subir em setembro, para os 3,4%, puxada pelo crescimento dos preços dos combustíveis, segundo uma estimativa rápida do Eurostat. Atingiu assim o nível mais elevado desde 2008.

A inflação anual acelerou em setembro pelo terceiro mês consecutivo, fixando-se nos 3,4% nos países da moeda única, que se comparam com os 3,0% do mês anterior e os -0,3% homólogos.

Entre as principais componentes da inflação da zona euro, o gabinete de estatísticas da União Europeia (UE) estima que a energia tenha a taxa anual mais elevada em setembro (17,4%, contra 15,4% em agosto), seguida dos bens industriais excluindo energia (2,1%, contra 2,6% em agosto), alimentação, álcool e tabaco (2,1%, contra 2,0% em agosto) e serviços (1,7%, contra 1,1% em agosto).

A inflação anual está a subir na Zona Euro e UE desde julho, mês em que ultrapassou a meta dos 2,0%, tanto na Zona Euro quanto na UE.

Em julho, o Banco Central Europeu (BCE) informou que a sua nova estratégia contempla um objetivo de inflação simétrica de 2% a médio prazo, uma meta mais flexível, admitindo desvios temporários e moderados.

O objetivo de inflação definido pelo BCE até agora era uma taxa próxima, mas ligeiramente abaixo de 2%.

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