Generali obtém autorização da Supervisão para comprar Cattolica

  • ECO Seguros
  • 26 Setembro 2021

Além da autorização para o controlo da Cattolica, operação que depende de validação dos reguladores locais, a Generali recebeu 'luz verde' para deter a CATTRE S.A. e a Vera Financial Dac.

A Assicurazioni Generali SpA (Generali), grupo italiano que em Portugal detém as portuguesas Tranquilidade, Açoreana e LOGO, obteve autorização do organismo italiano de supervisão dos seguros (IVASS), nos termos da oferta de aquisição anunciada em maio passado, para a avançar com a oferta pública de aquisição (OPA) visando alcançar posição de controlo da Società Cattolica di Assicurazioni (Cattolica).

No âmbito da OPA voluntária lançada ao grupo de que já é acionista com 24% do capital social, a Generali deverá desembolsar até cerca de 1,2 mil milhões de euros para adquirir todo o papel e, seguidamente, retirá-la do mercado bolsista, conforme noticiou ECO Seguros.

Na nota que anuncia a autorização da Ivass para a OPA sobre a Cattolica, o grupo italiano indica ter recebido aprovação regulatória para adquirir “controlo indireto” da CATTRE S.A. (Luxemburgo), uma start-up subsidiária da Cattolica dedicada a riscos menos comuns, e da Vera Financial Dac, igualmente filial da Cattolica, mas supervisionada na Irlanda.

No entanto, além depender do organismo de supervisão comportamental dos seguros (Ivass – Instituto per la Vigilanza sule Assicurazioni), a efetividade de certas operações de consolidação (fusão-aquisição) no mercado italiano dependem também de validação da Consob (Commissione Nazionale per le Società e la Borsa), regulador do mercado de capitais. É o caso da aquisição da Cattolica.

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📹 Como o Governo quer travar os preços da luz? Perguntou ao Google, nós respondemos

O Governo prometeu que o preço da luz não vai subir no mercado regulado em 2022. Como tal, criou um pacote de medidas para tentar travar a subida dos preços, a que chamou de "almofadas".

Os preços da eletricidade não param de bater recordes. O aumento está ligado à subida dos preços do gás natural e das licenças de CO2. Mas o Governo quer meter um travão na subida, que ameaça prejudicar a recuperação da economia. Para isso, o Executivo criou um pacote de medidas avaliado em 815 milhões de euros, a que apelidou de “almofadas”. Saiba mais sobre as medidas neste vídeo:

http://videos.sapo.pt/udz4QiUBDF12rJZY0uCv

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António Costa: “Seguramente não foi a minha última campanha eleitoral”

  • Lusa
  • 26 Setembro 2021

O primeiro-ministro disse este domingo que a campanha eleitoral das autárquicas não foi, "seguramente", a sua "última campanha eleitoral", notando que foi recentemente reeleito secretário-geral do PS.

O primeiro-ministro apelou a que “haja uma ampla participação” nas eleições autárquicas que hoje decorrem, qualificando-as como a “grande festa da democracia”, e reiterou que esta não foi “seguramente” a sua “última campanha eleitoral”.

As declarações de António Costa foram feitas aos jornalistas pouco depois de ter votado, às 11h24, no Jardim da Infância n.º2 da escola Parque Silva Porto, na freguesia de Benfica.

Juntando-se ao apelo feito pelo Presidente da República no sábado — que salientou que votar nas eleições autárquicas é mais importante do que nunca para o país recomeçar a viver –, António Costa pediu que haja “uma ampla participação eleitoral nestas eleições”.

“É um momento particularmente significativo da vida do país e, portanto, como o Sr. Presidente da República disse, há um dever acrescido de todos nós participarmos neste momento da vida do país e, portanto, apelo a todos os cidadãos para que o façam”, referiu António Costa.

O primeiro-ministro frisou que as eleições autárquicas são “mesmo a grande festa da democracia”, por não existirem “nenhumas eleições onde tantas e tantos cidadãos tenham que intervir ativamente, candidatando-se, participando, disputando as eleições”.

“Independentemente dos resultados, acho que é uma atitude cívica muito relevante e queria saudar […] as praticamente 180 mil pessoas que, no conjunto das listas das assembleias de freguesia, assembleias municipais, câmaras municipais, estão a dar o melhor de si pelo seu país, e acho que isto é muito significativo”, referiu.

António Costa salientou ainda que, durante a pandemia de Covid-19, ficou provado, “mais uma vez”, que “o papel dos autarcas é absolutamente indispensável na vida do país”. “É-o num momento de crise, como é também num momento de reconstrução do país e de superação da crise. Esse é um papel central de todos os autarcas, por isso [é que] estas eleições são tão, tão importantes”, destacou.

Questionado pelos jornalistas quanto às pessoas que não se puderam deslocar este domingo às urnas por estarem em confinamento devido à pandemia de Covid-19, António Costa recusou-se a comentar, salientando que a “administração eleitoral organizou da melhor forma possível” as eleições, “procurando assegurar as formas de voto antecipado de forma a que todos pudessem participar no voto”.

No que se refere às declarações feitas pelo próprio durante a arruada do Chiado, na sexta-feira — onde tinha afirmado que ainda tinha “muitas campanhas pela frente” — António Costa voltou a reiterar que esta não foi “seguramente” a sua “última campanha eleitoral”, salientando que acabou de ser “eleito líder do PS”.

“Estou 200% empenhado naquilo que me compete fazer, que é governar o país, e é esse mandato que me atribuíram os portugueses, e é nisso que estou 200% concentrado em fazer. Quanto ao PS, acabei de ser eleito para um novo mandato, vou cumpri-lo obviamente”, referiu.

As mesas de voto das eleições autárquicas abriram hoje às 8h00 no continente e na Madeira para a escolha dos dirigentes dos municípios e das freguesias para os próximos quatro anos. Nos Açores, as urnas abrem e fecham 60 minutos depois das mesas do continente e da Madeira, devido à diferença horária de menos uma hora.

Mais de 9,3 milhões de eleitores (9.323.688 cidadãos inscritos) podem votar nestas eleições autárquicas, segundo os dados do recenseamento disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI).

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Votaram 20,94% dos eleitores até ao meio-dia, menos do que em 2017

Tinham votado 20,94% dos eleitores até ao meio-dia deste domingo eleitoral. É uma afluência inferior à registada pela mesma hora nas autárquicas de 2017.

Até ao meio-dia deste domingo, tinham votado nestas eleições autárquicas 20,94% dos eleitores recenseados, revelou o Ministério da Administração Interna. É o primeiro indicador provisório da afluência dos portugueses às urnas e está abaixo da afluência de 22,05% registada à mesma hora nas autárquicas de 2017.

As mesas de voto estão abertas desde as 8h00 e só encerram às 20h00. Mais de nove milhões de portugueses são chamados a eleger os órgãos do poder local — câmaras municipais, assembleias municipais e assembleias de freguesia, de onde emanam os presidentes das juntas.

Pelas 17h00, o Ministério da Administração Interna volta a atualizar o indicador de afluência, com a percentagem de eleitores que votaram até às 16h00. Nas autárquicas de 2017, que se realizaram a 1 de outubro desse ano, 44,39% dos eleitores recenseados tinham votado até essa hora.

Há quatro anos, com mais de 9,4 milhões de eleitores inscritos, registaram-se menos de 5,2 milhões de votantes, uma afluência de 54,97%. Ou seja, a abstenção nessas eleições fixou-se em 45,03%.

As eleições autárquicas têm sido as eleições com maior participação dos cidadãos, um facto que pode ser explicado pela proximidade. Este ano, os resultados provisórios só serão conhecidos a partir das 21h00.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h47)

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Do programa aos comentadores, vai ser assim a noite eleitoral nas televisões

  • ECO
  • 26 Setembro 2021

TVI, RTP e SIC planeiam grandes emissões de cobertura eleitoral para a noite deste domingo. Saiba quando começam, quem as comanda e os comentadores que vão estar de serviço.

Sejam eleitores comuns, aspirantes da política ou políticos profissionais, muitos portugueses vão passar a noite eleitoral deste domingo colados aos ecrãs das televisões. As principais estações sabem isso e tentarão capitalizar a oportunidade, na esperança de conquistarem a atenção do maior número possível de portugueses.

No universo da Media Capital, a cobertura eleitoral começa às 18h30 na TVI24 e às 20h00 na TVI. A emissão será conduzida pelos jornalistas José Alberto Carvalho, Pedro Mourinho e Sara Pinto.

O quarto canal promete “divulgar uma grande sondagem que vai mostrar em que partido votariam os portugueses se fossem agora as legislativas”, além de projeções à boca das urnas.

A TVI vai estar em direto “das principais cidades do país, das sedes de campanha e nos locais onde se antecipa uma mudança de cor política” e terá como comentadores Sérgio Sousa Pinto, Manuela Ferreira Leite e Miguel Sousa Tavares. O acompanhamento da noite eleitoral prosseguirá “noite dentro” na TVI24.

Na RTP1 e RTP3, a “grande emissão especial” dedicada às eleições autárquicas arranca pelas 19h00, a uma hora do fecho das urnas. Será conduzida pelos jornalistas José Rodrigues dos Santos, Ana Lourenço e Carlos Daniel.

Às 21h00, o canal público tenciona revelar os resultados de seis sondagens à boca das urnas realizadas pela Universidade Católica em algumas das autarquias politicamente mais relevantes: Lisboa, Porto, Coimbra, Amadora, Almada e Figueira da Foz.

A estação contará com a participação na emissão do diretor do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica, Ricardo Ferreira Reis, para ajudar a analisar as primeiras projeções. Promete ainda estar em direto a partir de duas dezenas de concelhos do país e nas sedes partidárias para as primeiras reações às sondagens e resultados eleitorais.

A comentarem os resultados na RTP1 estarão João Soares, Miguel Poiares Maduro, Maria Flor Pedroso e Luísa Meireles.

O Jornal Da Noite da SIC arranca pelas 20h00, mas a emissão especial das autárquicas tem início “oficial” previsto para as 21h00, sob o mote “A Noite que Conta” — as “primeiras grandes eleições no fim da pandemia”.

Nesta “mega operação” televisiva, a SIC e a SIC Notícias “prepararam uma noite especial de cobertura eleitoral” com as “sondagens decisivas, as leituras do que está a acontecer, o melhor tratamento dos resultados e as consequências para o país”.

A comandarem a emissão na estação generalista estarão os jornalistas Rodrigo Guedes de Carvalho, Clara de Sousa e Bento Rodrigues. A comentarem os desenvolvimentos da noite eleitoral vão estar Luís Marques Mendes, Francisco Louçã, José Miguel Júdice e Ana Gomes. A SIC aposta ainda nos comentários do humorista Ricardo Araújo Pereira.

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“Uma derrota em Lisboa penaliza qualquer partido”, admite António Costa

  • ECO
  • 26 Setembro 2021

Urnas fecharam em Portugal continental e na Madeira. Costa rejeita "contaminação" entre autárquicas e negociações do OE. Rio ironiza: "Autárquica contam pouco." Siga a noite eleitoral ao minuto.

Mais de nove milhões de portugueses foram chamados às urnas este domingo, para escolherem as figuras que vão ocupar os cargos do poder político local. Estas eleições autárquicas vão definir a composição executiva das 308 câmaras e assembleias municipais do país, mais as 3.092 assembleias de freguesia e, indiretamente, os respetivos presidentes das juntas.

As mesas começaram a receber os eleitores pelas 8h00 e encerraram às 20h00 em Portugal continental, hora a partir da qual só podem votar os eleitores que já se encontrem na assembleia de voto. O ECO está acompanhar os principais momentos do processo eleitoral neste liveblog.

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Autárquicas são as eleições com menor abstenção. Porquê?

Nem sempre foram das eleições mais participadas, mas passaram a sê-lo em 2017. Nesse ano a taxa de abstenção caiu, em contraciclo com o que aconteceu nos últimos anos nas outras eleições.

Após ter atingido os 47,4% em 2013, a taxa de abstenção das eleições autárquicas caiu para 45% em 2017. Antes disso, tinha existido uma redução da abstenção nas presidenciais de 2013 (53,5%) para 2016 (51,3%), mas já foi revertida este ano para 60,8%. Estes dados fazem das autárquicas, neste momento, as eleições que mais mobilizam os portugueses, mas está por provar se, este ano, conseguirá contrariar o aumento da abstenção que se verificou nos últimos três atos eleitorais nacionais.

O Presidente da República na habitual mensagem transmitida em véspera de atos eleitorais apelou ao voto sublinhando que, hoje, votar nas eleições autárquicas é mais importante do que nunca, para o país recomeçar a viver e a sair das crises sanitária, económica e social. “É um redobrado dever de consciência. Por memória deste ano e meio que não esqueceremos. Por vontade de sair da crise definitivamente e de recomeçar a viver a vida a que todos temos direito”, defendeu o Chefe de Estado.

Os dados mostram que nem sempre foi assim, pelo contrário: as primeiras autárquicas começaram por ser as eleições que menos mobilizaram os portugueses, fixando logo no primeiro ato eleitoral uma taxa de abstenção de 35% em 1977, bem acima dos 8,5% das legislativas de 1975 e dos 24,6% das presidenciais de 1976 — e até acima dos 27,8% das europeias de 1987, naquele que é agora o ato eleitoral que menos mobiliza os portugueses uma vez que é decidido apenas por cerca de 30% dos eleitores.

Depois, a partir da década de 80, as autárquicas acompanharam a evolução da taxa de abstenção das legislativas, ainda que ligeiramente acima. Foi só em 2017 que ficaram abaixo das legislativas de 2019, mas ainda acima das legislativas de 2015. No caso das presidenciais, o padrão é conhecido: maior participação quando é para eleger um novo Presidente e menos quando este se recandidata, mas os respetivos patamares têm sido sempre cada vez maiores. De qualquer das formas, há uma conclusão que se pode tirar: nos mais de 40 anos de eleições, a tendência da taxa de abstenção é de subida.

Sobre 2017, o politólogo António Costa Pinto diz não haver uma razão aparente que justifique a queda da abstenção. “A participação depende muitas vezes de nível de polarização local”, diz ao ECO, referindo a taxa de abstenção depende “fundamentalmente se as eleições são mais competitivas ou não”. Neste caso, “não existe um fator nacional que explique a abstenção”, conclui.

A exceção, se confirmada agora em 2021, poderão ser as autárquicas, aquelas que elegem o poder local que mais próximo está dos votantes. Após a queda da abstenção em 2017, será que mantém a tendência descendente em 2021? A pandemia é uma condicionante, mas cada vez menos, até porque os portugueses já foram às urnas nesta nova realidade em janeiro por causa das presidenciais. A diferença agora é que o processo de vacinação está praticamente concluído, o que poderá contribuir para um menor receio e uma maior participação. Porém, o voto antecipado em mobilidade não está disponível como nas presidenciais, o que poderá contribuir para que haja menos votos.

A previsão de Costa Pinto é que “não deverá haver grande revolução deste ponto de vista: idosos votam mais, jovens votam menos, o clássico”. “Os vencedores antecipados em Lisboa e no Porto poderá aumentar a abstenção“, exemplifica, reforçando o ponto de que “o grande problema da abstenção nas autárquicas é que não tem as mesmas explicações que nas legislativas”.

Tendência da taxa de abstenção é para subir

Fonte: Pordata.

Para 26 de setembro estão inscritos 9.323.688 os cidadãos nos cadernos eleitorais das eleições autárquicas, dos quais 29.814 são estrangeiros (13.924 naturais de Estados-membros da União Europeia e 15.890 de países terceiros, com destaque para Cabo Verde, Brasil, Reino Unido e Venezuela). Haverá 13.821 secções de voto espalhadas pelo país, o que, em média, corresponde a 675 eleitores por mesa.

Acresce que estas são as eleições em que mais portugueses participam ativamente: em 2021 são 12.370 listas candidatas espalhadas por 308 câmaras e assembleias municipais e 3.092 freguesias, o que envolve milhares de portugueses como candidatos ou apoiantes numa eleição que, mesmo nos partidos maiores, é mais descentralizada do que as restantes. O envolvimento tende, por isso, a ser maior, até por serem pessoas mais próximas e conhecidas dos eleitores.

Desta vez, os eleitores terão mais uma hora para votar do que é habitual: o ato eleitoral começa às 8 horas da manhã e apenas acaba às 20 horas da noite. “Depois desta hora, só podem votar os eleitores que se encontrem na assembleia de voto”, de acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Será que este este alargamento pode levar a uma redução da abstenção? “Sim, poderá ter efeito, mas é residual”, considera António Costa Pinto. “Há 3 tipos de abstencionistas: o estrutural (o que não vota há muito tempo), o segundo que é o que sabe que o partido que está mais próximo dele não vai ganhar e o terceiro que é o que hesita entre o partido que vai ganhar e o que é mais próximo dele“, descreve o politólogo.

Esse alargamento do horário também significa que as primeiras sondagens à boca das urnas apenas serão divulgadas às 21h, após o fecho das urnas nos Açores. E é das ilhas que também vem uma exceção à regra da tendência de subida da taxa de abstenção. A taxa de abstenção nas regionais da Madeira em 2019 baixou de 50,3% (2015) para os 44,5%. Nos Açores, nas primeiras eleições em Portugal que se realizaram durante a pandemia, os eleitores mostraram uma maior adesão, tendo a taxa de abstenção baixado de 59,2% (2016) para 54,6% (2020).

Taxa de abstenção baixou nos dois últimos atos eleitorais na Madeira e Açores

Fonte: Pordata.

 

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Investimentos em projetos sustentáveis dispararam com a pandemia

  • Capital Verde
  • 26 Setembro 2021

Nuno Brito Jorge, CEO e cofundador da GoParity, diz que durante a pandemia as pessoas começaram a procurar escolhas de investimento mais sustentáveis. Plataforma quer chegar aos 10 milhões em 2021.

A GoParity, plataforma de financiamento colaborativo por empréstimo (crowdlending) para projetos sociais e ambientais, atingiu, de janeiro a agosto deste ano, um número de investimentos igual ao angariado nos três anos anteriores (3,8 milhões de euros). Desde o início de 2021, a plataforma apresenta um investimento médio mensal de perto de meio milhão de euros e foi no mês de abril que o pico foi atingido, com 616 mil euros investidos, seguindo-se o mês de agosto, com 570 mil euros.

Durante o mesmo período, o número de investidores também aumentou em 50%. Ao todo, a GoParity tem agora 14 mil investidores e 7,6 milhões de euros em investimento desde a sua abertura. Apesar de haver 65 nacionalidades entre os investidores, a maior parte são portugueses, espanhóis, italianos, brasileiros e holandeses. À data, todos eles já receberam de volta mais de 1,8 milhões de euros.

Até ao final do ano, a plataforma espera atingir os 10 milhões de euros em investimento sustentável e voltar a duplicar o valor nos primeiros seis meses do próximo ano. Quanto ao número de investidores, a GoParity conta ver a sua comunidade crescer para os 20 mil investidores até dezembro.

Este aumento na aposta em sustentabilidade coincidiu com o período pandémico e, de acordo com Nuno Brito Jorge, CEO e cofundador da GoParity, não se trata de uma coincidência. O responsável considera que foi precisamente durante a pandemia que as pessoas começaram a ter uma maior consciência ambiental e, consequentemente, a procurar escolhas mais sustentáveis .

“Existe um antes e um depois do embate da pandemia. Apesar de tudo o que trouxe de mau, mudou para melhor a forma como nos relacionamos (e o valor que damos) uns com os outros e com o planeta em que vivemos”, realçou o responsável.

A crescente aposta na área sustentável fez aumentar o impacto ambiental e social dos projetos financiados pela GoParity, uma vez que conseguem evitar a emissão de 21 mil toneladas de dióxido de carbono todos os anos (o equivalente à capacidade de absorção de quase 1 milhão de árvores) e já impactaram positivamente 52 mil pessoas em nove países do mundo.

Nuno Brito Jorge revelou, ainda, que estes números têm tendência a aumentar, já que há cada vez mais projetos à procura de financiamento alternativo: “Já temos projetos em fila de espera que representam um total de investimento de sete milhões de euros, mas a nossa comunidade atual ainda não tem capacidade para absorver este investimento. O nosso grande foco agora vai ser atrair mais investidores para a plataforma: fazer crescer a nossa comunidade e tornar as finanças de impacto no novo normal”.

A GoParity também pretende apostar numa nova versão da aplicação móvel e num maior acesso a financiamento a empresas do terceiro setor.

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Presidente da República apela à participação nestas autárquicas. Votar “é mais importante do que nunca”

  • Lusa
  • 25 Setembro 2021

O Presidente da República apelou à participação nas eleições autárquicas deste domingo, salientando que votar "é mais importante do que nunca" para o país recomeçar a viver. Urnas abrem às 8h00.

O Presidente da República considerou este sábado que votar nas eleições autárquicas de domingo é mais importante do que nunca para o país recomeçar a viver e a sair das crises sanitária, económica e social.

Este apelo ao voto foi feito por Marcelo Rebelo de Rebelo de Sousa numa mensagem ao país, na qual agradeceu “o sentido de sacrifício dos autarcas de todas as sensibilidades, no poder ou na oposição, ao longo do último ano e meio” de pandemia de Covid-19, recordando aqueles que morreram “ao serviço das populações”.

Na habitual mensagem presidencial transmitida em véspera de atos eleitorais, o chefe de Estado deixou um “veemente apelo” aos eleitores – um apelo que dirigiu como Presidente da República, “mas também como português” — para que votem no domingo, afirmando que “é mais importante do que nunca”.

“É um redobrado dever de consciência. Por memória deste ano e meio que não esqueceremos. Por vontade de sair da crise definitivamente e de recomeçar a viver a vida a que todos temos direito”, defendeu.

Na sua mensagem, o Presidente da República assinalou que estas serão as décimas terceiras eleições locais da democracia portuguesa, mas “as primeiras marcadas por três crises ao mesmo tempo: a da pandemia, a da economia e a da sociedade”.

“Nós sabemos que a memória das pessoas é, frequentemente, curta. Mas, desta vez, não esquecemos nem esqueceremos. Até ao início de maio, vivíamos em estado de emergência. Em junho, em estado de calamidade”, observou.

O chefe de Estado lembrou também que as restrições por causa da Covid-19 permaneciam no país “quando as eleições foram convocadas, em julho, e as candidaturas apresentadas, em agosto”.

“E muitas dessas restrições duraram até à própria campanha eleitoral, em setembro. À medida que a notável aventura coletiva da vacinação ia ganhando o combate contra a pandemia — mérito do pessoal da saúde, de instituições e serviços básicos, de autarcas, das Forças Armadas e da maioria esmagadora dos portugueses”, apontou.

Neste contexto, o chefe de Estado realçou em seguida que as eleições autárquicas envolvem “centenas de milhares de candidatos para 3.092 assembleias de freguesia, 308 assembleias municipais e mais 308 câmaras municipais.

“Para a coragem cívica de todas e de todos que se empenharam em longas e difíceis campanhas, vai o nosso acrescido reconhecimento. Só quem foi candidato a autarca em tempos muito, muito mais simples – eu sei do que falo – pode entender bem o que é fazer campanha numa situação como esta”, frisou.

Marcelo Rebelo de Sousa deixou depois um rasgado elogio à ação dos autarcas em geral ao longo do período de pandemia.

“Para o sentido de sacrifício dos autarcas de todas as sensibilidades — no poder ou na oposição — ao longo do último ano e meio, vai a nossa profunda gratidão. Em especial, para aqueles que nos deixaram ao serviço das populações. Foram excecionais a acorrer a casos dramáticos, tantas vezes sem meios, sem tempo, para tamanhas urgências. Em casas, em lares, em escolas, em locais de trabalho e em unidades de saúde”, referiu.

Segundo Presidente da República, nos períodos de maior incidência da Covid-19, os autarcas conseguiram descobrir “material de proteção sanitária, testes, ventiladores, improvisaram espaços de isolamento profilático, serenaram emigrantes, ajudaram infetados, apoiaram desempregados e insolventes, choraram mortos e deram força a vivos”.

“É isto ser-se autarca. E, ser-se autarca, numa crise, na saúde, na economia e na sociedade. Para quem vier a ser eleito, tendo a missão essencial de recuperar da mais inesperada e abrupta crise do último século, vai a nossa exigente esperança”, acrescentou.

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Utentes com direito a vacina gratuita da gripe serão convocados por SMS ou telefone

  • Lusa
  • 25 Setembro 2021

Os utentes do Serviço Nacional de Saúde elegíveis para a toma gratuita da vacina contra a gripe vão ser convocados por SMS, telefonema ou carta das unidades de saúde, por idade decrescente.

Os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) elegíveis para a toma gratuita da vacina contra a gripe vão ser convocados por SMS, telefonema ou carta das unidades de saúde, por idade decrescente.

De acordo com a norma da Direção-Geral da Saúde (DGS), hoje publicada, as Administrações Regionais de Saúde (ARS) em conjunto com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) devem fazer o “mapeamento das pessoas elegíveis em cada região, de acordo com os critérios definidos” para integrar a vacinação gratuita.

“Os pontos de vacinação do SNS, após a validação e atualização das pessoas elegíveis, e consoante a sua capacidade instalada para vacinação, procedem ao agendamento da vacinação e à convocatória das pessoas, de acordo com os grupos prioritários definidos na presente norma e respeitando o critério de precedência por grupo etário decrescente, e, quando clinicamente fundamentado, a gravidade clínica das patologias definidas”, lê-se no documento da DGS.

O agendamento e convocatória realizam-se através do envio de SMS pelas unidades de saúde ou SPMS; ou através de um telefonema ou envio de carta pelas unidades de saúde.

“Para as pessoas não abrangidas pela vacinação gratuita no SNS, a vacina contra a gripe é dispensada nas farmácias comunitárias através de prescrição médica, com comparticipação de 37%”, esclarece ainda a norma da DGS, que refere também que as receitas médicas com prescrição da toma da vacina são válidas até 31 de dezembro.

Sobre a relação com a Covid-19, a norma determina que a “vacina contra a gripe deve respeitar um intervalo mínimo de 14 dias em relação à administração da vacina contra a Covid-19”.

A primeira fase da vacinação gratuita contra a gripe arranca na próxima segunda-feira e abrange pessoas em “determinados contextos” como lares, rede de cuidados continuados, profissionais do SNS e grávidas.

A DGS já havia adiantado que este ano a vacinação contra a gripe se inicia mais cedo devido à situação de pandemia.

“Em 2021, em contexto de pandemia Covid-19, mantêm-se medidas excecionais e específicas no âmbito da vacinação gratuita contra a gripe, nomeadamente o início mais precoce, a vacinação faseada e a gratuitidade para os profissionais que trabalham em contextos com maior risco de ocorrência de surtos e/ou de maior suscetibilidade e vulnerabilidade”, sublinha a DGS.

Segundo a autoridade de saúde, a primeira fase da vacinação gratuita destina-se a pessoas em determinados contextos, incluindo residentes, utentes e profissionais de estabelecimentos de respostas sociais, doentes e profissionais da rede de cuidados continuados integrados e profissionais do Serviço Nacional de Saúde e também as grávidas.

Na segunda fase, serão integrados os outros grupos-alvo abrangidos pela vacinação gratuita, destacando-se pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e pessoas portadoras de doenças ou outras condições previstas na norma da vacinação contra a gripe 2021/22, como doentes crónicos ou imunodeprimidos.

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Merkel apela ao voto em Laschet pelo “futuro” da Alemanha

  • Lusa
  • 25 Setembro 2021

A chanceler alemã, Angela Merkel, apelou ao voto, em nome do "futuro" da Alemanha, no conservador Armin Laschet, na última reunião antes das legislativas.

A chanceler alemã, Angela Merkel, apelou este sábado ao voto, em nome do “futuro” da Alemanha, no conservador Armin Laschet, na última reunião antes das legislativas, que podem virar a página de 16 anos de governo do seu partido.

“É sobre o seu futuro, o futuro dos seus filhos e o futuro dos seus pais, e é apenas a cada quatro anos que têm a oportunidade de decidir a nível federal quem deve moldar esse futuro, em Berlim”, disse a ainda chanceler num encontro em Aachen, ao lado do candidato democrata-cristão, Armin Laschet, que está ligeiramente à frente, nas sondagens, do rival social-democrata Olaf Scholz.

Os eleitores alemães vão no domingo às urnas para escolher os deputados do Bundestag, a câmara baixa do parlamento federal, em eleições legislativas que porão fim à era Merkel.

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Scholz promete boas relações com Portugal se for eleito chanceler da Alemanha

  • Lusa
  • 25 Setembro 2021

Olaf Scholz, candidato do SPD a chanceler da Alemanha, promete que o país manterá uma boa cooperação com o sul da Europa, nomeadamente com Portugal, se for eleito no domingo.

Olaf Scholz, líder dos sociais-democratas alemães (SPD), e candidato a chanceler nas eleições de domingo, disse este sábado à Lusa que deseja manter uma boa cooperação com o sul da Europa, nomeadamente com Portugal, caso venha a ser eleito.

“Obviamente vamos ter uma boa cooperação com os primeiros-ministros de Portugal e Espanha. São bons amigos meus. Vou também trabalhar com a Itália. É o que eu vou fazer”, disse à agência Lusa Olaf Scholz, após o último comício dos social-democratas antes das eleições legislativas.

Scholz, referiu ainda que, nos últimos anos, ajudou a estreitar as relações entre os países do bloco europeu. “Congratulo-me por ter ter promovido, como vice-chanceler, uma melhor cooperação ao nível da União Europeia. Entre o norte e sul, o leste e o ocidente”, disse ainda à Lusa o vice-chanceler e ministro das Finanças do governo de coligação que de acordo com as sondagens pode vencer as eleições legislativas.

Do ponto de vista internacional, Scholz sublinhou que vai manter boas relações com o Reino Unido recordando que como autarca de Hamburgo convidou o então primeiro-ministro britânico David Cameron a visitar a cidade. “O Reino Unido é importante para o desenvolvimento da Europa e temos de trabalhar juntos como amigos”, apesar do Brexit, afirmou Olaf Scholz.

“Espero que os representantes políticos britânicos compreendam que o progresso da União Europeia vai continuar”, acrescentou sublinhando que, se for eleito chanceler, vai continuar a fazer do bloco europeu uma potência.

“A Alemanha é um grande país europeu e a grande tarefa para todos nós é garantirmos uma União Europeia forte. Tal como já fiz no passado vou continuar a trabalhar de forma dura para no sentido de uma Europa ‘soberana’. Vou apoiar a parceria transatlântica e a cooperação com a NATO”, afirmou.

A última sessão de campanha de Olaf Scholz terminou na cidade de Potsdam, capital do Estado de Brandemburgo, nos arredores de Berlim, onde reside o atual vice-chanceler. Visto que é representante político dos residentes do distrito de Bornstedt, em Potsdam, pelo SPD, respondeu às perguntas dos militantes e simpatizantes social-democratas residentes na zona.

Durante uma hora e meia, Scholz respondeu a perguntas sobre a crise sanitária, políticas relativas à modernização e digitalização, e repetiu aos eleitores as propostas sociais que apresentou recentemente sobre o aumento do salário mínimo e habitação.

Bornstedt é uma zona operária no limite de Potsdam tendo o líder dos social-democratas alemãs entrado na praça onde decorreu a ação de campanha ao som da música operária italiana “Bella Ciao” composta no século XIX e transformada em hino dos resistentes contra os fascistas e nazis, durante a II Guerra Mundial (1939-1945).

Os participantes cantaram a versão da canção revolucionária em alemão. Scholz, de camisa branca, sem casaco, limitou-se a sorrir.

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