Desconvocadas todas as greves na Groundforce para final de julho e início de agosto

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

Mais três sindicatos representativos dos trabalhadores da Groundforce retiraram os pré-avisos de greve, fazendo com que não haja nenhuma paralisação prevista até à segunda quinzena de agosto.

Mais três sindicatos representativos dos trabalhadores da Groundforce anunciaram esta segunda-feira que retiraram os pré-avisos de greve, para 31 de julho, 01 e 02 de agosto, fazendo com que não haja nenhuma paralisação prevista até à segunda quinzena de agosto.

Em comunicado conjunto, os sindicatos Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) e dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC) dizem estarem sanadas as divergências que levaram ao aviso prévio de greve para dias 31 de julho e 1 e 2 de agosto bem como ao trabalho suplementar, que assim é retirado”.

Também o Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA), considerou “estarem criadas as condições” para desconvocar a “paralisação total para os dias 30, 31 de julho e 01 de agosto”, por se ter “verificado o pagamento do subsídio de férias referente a 2020 e da anuidade vencida em 2021”, prometido pela tutela.

Já antes, os outros sindicatos representativos dos trabalhadores da Groundforce tinham anunciado a retirada das greves anunciadas para o final deste mês e início de agosto. Mantém-se, no entanto, um pré-aviso de greve para a segunda quinzena de agosto, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP).

A Groundforce comunicou hoje aos trabalhadores que, depois da garantia do Governo de que a TAP irá pagar os serviços de junho antes do processamento salarial, a empresa terá condições para o pagamento atempado dos salários de julho.

Numa mensagem enviada aos trabalhadores pelo presidente do Conselho de Administração da Groundforce, Alfredo Casimiro, a que a Lusa teve acesso, o empresário adiantou que “com a garantia dada pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação de que a TAP efetuará à Groundforce o pagamento devido pelos serviços prestados em junho, antes do processamento salarial de julho, estão reunidas as condições que permitirão à Groundforce assegurar o pagamento atempado e integral dos salários de julho a todos os seus trabalhadores”.

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Governo lança novo concurso para concessão do Hotel Turismo da Guarda

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

Imóvel será concessionado por 50 anos para exploração com fins turísticos, por uma renda mínima anual de 35.317,80 euros.

O Governo vai lançar um novo concurso para a concessão do antigo Hotel Turismo da Guarda, que está encerrado há vários anos e cujo primeiro contrato de concessão teve de ser revogado, foi esta segunda-feira anunciado.

“O imóvel será concessionado por 50 anos para exploração com fins turísticos, por uma renda mínima anual de 35.317,80 euros”, é referido em nota de imprensa enviada pelo gabinete do ministro de Estado, da Economia e Transição Digital. A informação especifica que o espaço será colocado a concurso no âmbito do programa Revive e que o anúncio do concurso aguarda publicação em Diário da República. Esta será uma nova tentativa para que o espaço possa ser recuperado e utilizado, depois de o primeiro contrato de concessão ter sido revogado.

Hotel Turismo da GuardaRevive

“Em maio de 2018, foi assinado contrato de concessão para a recuperação e exploração deste imóvel pelo consórcio composto pelas sociedades MRG Property e MRG – Construction, mas o projeto não avançou, devido a dificuldades financeiras com que o grupo concessionário, entretanto, se defrontou”, aponta o comunicado.

Segundo acrescenta, “o contrato foi revogado, sendo agora lançado novo concurso que pretende dar, finalmente, uma nova vida a este emblemático edifício da cidade da Guarda, projetado em 1936 pelo arquiteto Vasco Regaleira”.

Os investidores interessados terão um prazo de 120 dias para apresentação de propostas que, além da recuperação do imóvel, promovam a sua valorização através da exploração turística e contribuam para atrair turistas para a região e para gerar novas dinâmicas na economia local.

A nota aponta ainda que o Hotel Turismo da Guarda foi um dos 33 imóveis do lote inicial do programa Revive, uma iniciativa dos ministérios da Economia, da Cultura, das Finanças e da Defesa, que conta com a colaboração das autarquias locais e a coordenação do Turismo de Portugal e que pretende recuperar e valorizar património público devoluto e reforçar a atratividade dos destinos regionais.

Em 2019 foi lançada a segunda edição do REVIVE, com a integração de 16 novos imóveis, e já em 2021 foram incluídos 3 novos imóveis de um terceiro lote que será anunciado até ao final do ano. O programa integra, atualmente, um total de 52 imóveis, 22 deles em territórios de baixa densidade.

De acordo com o referido, foi já adjudicada a concessão de 18 destes imóveis, representando mais de 138 milhões de euros de investimento privado na recuperação de património público e rendas anuais na ordem dos 2,4 milhões de euros.

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Solução para as moratórias “é positiva” mas faltam “detalhes”, diz CEO do BCP

Miguel Maya considera que as medidas para o fim das moratórias são “positivas” mas pede ao Governo que forneça rapidamente os detalhes para começar a trabalhar com clientes.

O CEO do BCP diz que sabe “muito pouco” — apenas pelos jornais — sobre a solução do Governo para o fim das moratórias e pede mais “detalhes” para poder começar a trabalhar com as empresas em maior dificuldade por causa da pandemia.

No geral, Miguel Maya até considerou as medidas como sendo “positivas”, mas “falta perceber os detalhes, que nestas coisas fazem muita diferença”. As declarações foram feitas na apresentação dos resultados semestrais do banco, que obteve um lucro de 12,3 milhões de euros.

Segundo o gestor, a solução anunciada pelo ministro Siza Vieira “vai ajudar a mitigar os problemas, sobretudo das empresas que estão em maior dificuldade, mas que são economicamente viáveis”. Ou seja, “não resolve todos os problemas, vai resolver parte substancial dos problemas”.

O Governo anunciou que irá conceder garantias públicas até 25% do crédito que está em moratória de empresas dos setores mais afetados pela pandemia, mas com a condição de o banco aceitar uma reestruturação do contrato, através da carência de juros ou prolongamento dos prazos.

Contudo, Maya diz que faltam detalhes concretos sobre a medida. “E são os detalhes que gostaríamos de ter tão cedo quanto possível. É muito importante poder trabalhar com tempo”, destacou. Sem isso os bancos acabarão por dar “soluções standardizadas quando cada cliente tem características diferentes”.

Moratórias em queda

De acordo com os dados avançados pelo banco, havia um total de 7,3 mil milhões de euros de crédito em moratória no final de junho, o que representa uma queda de quase 25% (ou 2,4 mil milhões de euros) em relação ao valor mais elevado.

Deste momento, pouco mais de quatro mil milhões dizia respeito a moratórias de empresas, enquanto outros 3,3 mil milhões eram moratórias de particulares. Em ambos os casos o BCP registou descidas nos montantes acima de 20% face ao máximo.

O BCP diz que 91% do crédito em moratória corresponde a crédito performing, isto é, ainda sem sinal de deterioração. Aliás, pouco mais de 9% estava no stage 3, isto é, no risco mais elevado.

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Ford e Octo aliam-se na afinação do cálculo do risco e preço dos seguros

  • ECO Seguros
  • 26 Julho 2021

A conetividade baseada na versão avançada da telemática italiana beneficiará automobilistas com apólices a preços mais competitivos, garantindo também às seguradoras melhor análise do risco.

A OCTO Telematics (Octo) estabeleceu novo acordo com a Ford Motor Company (Ford) destinada aos veículos conectados da fabricante norte-americana (marcas Ford e Lincoln). A parceria, centrada na solução DriveAbility® Score, visa a otimizar a utilização e vantagens da telemática, com base na recolha e utilização de dados dos automóveis conectados para maior precisão na pontuação de risco e preços de apólices de seguros mais atrativos para os automobilistas.

Kari Novatney, diretora geral de Estratégia de Conetividade e Parcerias da Ford Motor Company, manifestou-se entusiasmada com o potencial da colaboração: “A Octo proporciona às seguradoras mais capacidade de gestão do risco através de comportamentos de condução reais.” Com a parceria, “os clientes da Ford beneficiarão de ampla escolha para contratar prémios de seguro personalizados,” acrescentou.

A nova solução para pontuação da condução combina dados de meteorologia, qualidade do pavimento rodoviário e o histórico de participações de sinistro de uma pool de seguradoras para fornecer tarifas de seguro mais competitivas desde o primeiro quilómetro, conferindo também às seguradoras capacidade acrescida no cálculo preditivo dos custos de sinistralidade. A versão mais recente do OCTO Drive Ability já pontuou mais de um milhão de veículos nos 5 continentes e é adaptável aos requisitos específicos de cada seguradora automóvel, afirma a especialista italiana de telemática.

Fundada em 2002, a Octo transformou-se numa das maiores fornecedoras globais de soluções de telemática e de análises de dados para o setor de seguros de automóveis, gestão de frotas e outros segmentos da mobilidade. Contando muitas dezenas de seguradoras em todo mundo, incluindo companhias portuguesas que adotaram soluções da marca, o software desenvolvido já ultrapassou 5,5 milhões de utilizadores conectados.

A carteira de parcerias globais da empresa italiana inclui, entre outras, a Liberty Mutual, Zurich, Mapfre, Groupama, Audi, Hertz, FCA- Fiat Chrysler, LeasePlan, Renault e Toyota.

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Resolução do BES foi “fraude política”, conclui comissão de inquérito

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

A resolução do BES e a sua capitalização inicial de 4.900 milhões de euros foi "uma decisão que representou uma fraude política", segundo a proposta de alteração dos comunistas aprovada no relatório.

A comissão de inquérito ao Novo Banco aprovou uma proposta do PCP de alteração ao relatório referindo que a resolução do BES e a sua capitalização inicial, de 4.900 milhões de euros, foi “uma fraude política”.

“Uma decisão que representou uma fraude política, uma vez que foi dito aos portugueses que seria possível resolver o banco com 4,9 mil milhões de euros, sabendo-se que o passivo da ‘holding’ era superior a 12 mil milhões de euros”, pode ler-se na proposta de alteração do PCP ao relatório, hoje aprovada com votos favoráveis de PS, BE e PCP, e votos contra do PSD, CDS, PAN e IL.

De acordo com o texto dos comunistas, a decisão da medida de resolução ao BES e de criar o Novo Banco, em 03 de agosto de 2014, “foi uma decisão que, pelas suas implicações, também responsabiliza o Governo”, à data liderado por Pedro Passos Coelho (PSD/CDS-PP).

A proposta de alteração refere ainda que o compromisso de reprivatização do Novo Banco de forma rápida “representou um constrangimento à tomada de outras opções no futuro, uma vantagem negocial para eventuais compradores, e o início de um processo que levou à situação em que os portugueses são chamados a pagar a limpeza dos ativos tóxicos, assumindo os prejuízos sem que usufruam dos benefícios de ter um banco ao serviço do país”.

Porém, foi aprovada uma proposta do PSD que recorre a uma citação do antigo vice-governador do Banco de Portugal (BdP) Pedro Duarte Neves na comissão de inquérito dizendo que havia regras de “usar o mínimo dos fundos públicos que sejam precisos”.

“Portanto, foi nessa base que se convergiu para os 4,9 e não os 5,5 mil milhões de euros“, pode ler-se na citação incluída pelo PSD, numa proposta aprovada com os votos favoráveis de PSD, BE, CDS-PP, PAN e IL, e contra de PS e PCP.

Foi também aprovada por unanimidade uma proposta do BE relativa às declarações públicas no momento da resolução, quer por parte do XIX Governo (PSD-CDS/PP), quer por parte do Governador do Banco de Portugal (BdP), “que asseguraram que esta decisão não imporia qualquer ónus aos contribuintes”.

“De acordo com o Tribunal de Contas, estas afirmações aumentaram a opacidade na comunicação do impacto da resolução do BES na sustentabilidade das finanças públicas“, pode também ler-se na proposta do BE.

Os deputados aprovaram ainda uma proposta do PSD que vinca que o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho “rejeitou liminarmente” auxiliar o Grupo Espírito Santo (GES), à data liderado por Ricardo Salgado.

Numa proposta que refere que o antigo líder do BES e GES reuniu com Passos Coelho, com o ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, pelo antigo vice-primeiro-ministro Paulo Portas, pela ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque e pelo ex-secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro Carlos Moedas, é referido que o antigo chefe do Governo alegou publicamente que “empresas privadas não financeiras deveriam ser tratadas como qualquer outra empresa privada”. A proposta foi aprovada com votos a favor de PSD, BE, CDS-PP, PAN e IL, e contra de PS e PCP.

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Portuguesa MDS é única corretora ibérica no Top250 mundial

  • ECO Seguros
  • 26 Julho 2021

Presente em 120 países através da participada Brokerslink, a líder portuguesa na corretagem de seguros assume posição destacada entre as 30 maiores europeias do setor.

A MDS é o único grupo português e ibérico entre as 250 maiores empresas de corretagem de seguros do mundo. A multinacional liderada por José Manuel Dias da Fonseca ocupa a 141ª posição no ranking mundial referente a 2020, com uma receita estimada em 79,4 milhões de dólares, “refletindo o desempenho nos vários mercados onde está presente a nível global,” anunciou a empresa referenciando o ranking da Insuramore.

Os 250 maiores brokers mundiais geraram receitas de 91,4 mil milhões de dólares em 2020, com destaque para o maior mercado: o norte-americano. O ranking da consultora internacional conta com 26 brokers (corretores) americanos no Top 50, sendo 112 na lista dos 250 maiores, “e 55 brokers europeus, dos quais 28 de origem francesa e 11 de origem alemã”, refletindo a dimensão dos respetivos mercados. A MDS “ocupa uma posição de destaque no top 30 europeu, sendo o único broker da Península Ibérica neste ranking,” salienta o grupo de corretagem de seguros e resseguro.

No Top 250 estão incluídos 10 grupos chineses, “um mercado que tem exibido elevadas taxas de crescimento e com enorme potencial, fruto do desenvolvimento da economia e o aumento do rendimento disponível da classe média,” acrescenta a corretora portuguesa.

A Brokerslink, empresa global de corretagem da qual a MDS é fundadora e acionista de referência e que está presente em mais de 120 países, conta com vários representantes no ranking. A receita agregada desta rede de brokers totaliza 3,45 mil milhões de dólares, “o que colocaria a Brokerslink na 5ª posição do Top250 mundial”, considera.

Em 2020, a MDS confirmou a liderança destacada em Portugal, com receitas superiores a 37,5 milhões de euros na corretagem de seguros, dos quais cerca de 29 milhões por conta da sociedade MDS Corretor de Seguros S.A..

Segundo assinala ainda o comunicado da empresa, “todas as unidades da MDS em Portugal registaram desempenhos positivos, com a maioria das empresas a apresentar um crescimento de dois dígitos das receitas e um nível de retenção de cliente superior a 90%.”

Na área de mediação e corretagem de seguro e resseguro, o grupo MDS integra em Portugal as empresas MDS Corretor de Seguros, MDS Auto, Moneris Seguros, Buzzee Insure (MDS Expat), Accive Insurance (MDS Accive); Iberosegur (MDS Special Insurance), MDS Link Solutions, Win Broker, MDS RE e
RS Reinsurance Solutions.

De acordo informação da plataforma Insuramore, os 20 maiores grupos do setor ordenados por receita total, composta por comissões e fees (honorários de prestação de serviços), somam 52% de quota mundial e, em termos combinados, representam cerca de 48% do mercado global, por sua vez estimado em cerca de 117,8 mil milhões de dólares em 2020.

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Sonangol declara vitória em braço de ferro com Isabel dos Santos pela Esperaza, acionista da Galp

A petrolífera estatal angolana será "reintegrada como acionista única" da Esperaza Holdings, que detém, indiretamente, 15% da petrolífera portuguesa Galp Energia.

A Sonangol anunciou esta segunda-feira que é “acionista única” da Esperaza Holdings BV, a empresa que detém, indiretamente, cerca de 15% da Galp Energia através da holding Amorim Energia. A declaração de vitória prende-se com uma alegada decisão arbitral num processo que colocava frente a frente a Sonangol e a empresária Isabel dos Santos desde 2019.

De acordo com a Sonangol, a empresária Isabel dos Santos reclamava 40% da Esperaza, ações que, na visão da Exem, tinham “alegadamente” sido “cedidas pela Sonangol”. Essa posição, associada à Galp Energia, vale hoje 700 milhões de dólares, pelas contas da Sonangol.

Num comunicado, a petrolífera estatal angolana indica agora que a justiça determinou a anulação da transação.

“O Tribunal Arbitral Internacional, sob os auspícios do Instituto de Arbitragem da Holanda, determinou, no passado dia 23 de julho, sentença final a favor da Sonangol na sequência do litígio, iniciado em 2019 pela Exem Energy BV, sociedade veículo sem outros ativos sedeada no exterior do país, de propriedade de Isabel dos Santos, que pretendia legitimar uma alegada transferência de ações na Esperaza Holding BC da Sonangol para aquela sociedade”.

“O litígio dizia respeito à participação de 40% em posse da Exem alegadamente cedidas pela Sonangol na Esperaza Holdings, o veículo através da qual a petrolífera nacional [angolana] fez, em 2006, um grande e bem sucedido investimento na empresa portuguesa de petróleo e gás Galp”, acrescenta a Sonangol.

Assim, “em resultado da decisão do Tribunal Arbitral, a Sonangol será reintegrada como acionista única (100%) da Esperaza Holdings BV”, declara a empresa na mesma nota.

Na sequência destas informações, o ECO contactou a representante da empresária Isabel dos Santos em Portugal, no sentido de obter um comentário acerca das mesmas. Encontra-se a aguardar resposta.

A Esperaza controla 45% da Amorim Energia, em conjunto com a Power, Oil & Gas Investments BV (35%) e a Amorim Investimentos Energéticos SGPS (20%). Este veículo detém, por sua vez, 33,34% da Galp Energia, sendo o maior acionista da petrolífera portuguesa.

Segundo a Sonangol, “após análise às provas documentais e condução de uma audiência probatória de sete dias, o Tribunal Arbitral concluiu que a transação pela qual a Exem Energy BV pretendia adquirir sua participação na Esperaza Holdings BV estava contaminada por ilegalidade, permitindo aos seus proprietários influenciar o controlo direto da petrolífera nacional, para colher em seu favor vantagens financeiras extraordinárias em detrimento da primeira e, consequentemente, do Estado angolano”.

“Com base nas conclusões factuais, o Tribunal declarou a transação nula e sem efeito e que a Sonangol seja considerada a legítima proprietária de 100% da Esperaza Holdings BV”. Por fim, segundo a Sonangol, a Exem foi condenada a “arcar com os custos totais despendidos pela Sonangol no decurso do processo de arbitragem”.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h51)

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Portugal negoceia compra de vacinas com Hungria, Itália e Bulgária

  • Lusa
  • 26 Julho 2021

Portugal vai comprar vacinas da Janssen e da AstraZeneca à Hungria, Itália e Bulgária, confirmou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.

Portugal tem em curso um processo negocial com a Hungria, Itália e Bulgária para a compra de mais vacinas para a Covid-19, das farmacêuticas Janssen e AstraZeneca, adiantou esta segunda-feira o Governo, sem especificar quantas ou quando chegam.

Numa visita à Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, onde esta segunda-feira foi reaberto o balcão Nascer Cidadão, para registo dos recém-nascidos, que tinha sido encerrado devido à pandemia de Covid-19, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, confirmou o processo negocial em curso.

Segundo o deputado socialista Marcos Perestrello, em declarações no domingo à CMTV, as negociações seriam para a aquisição de 600 mil vacinas e Espanha estaria incluída entre os países com os quais Portugal estaria em diálogo, algo que Lacerda Sales não confirmou.

Não tenho conhecimento e não me parece que haja aquisições a Espanha. Há sim aquisições à Hungria, à Itália e estamos agora em processo de negociação com a Bulgária para o processo de aquisição de diferentes vacinas, quer da Janssen, quer da AstraZeneca nalgumas situações”, disse o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, recordando que Portugal já tinha também adquirido 290 mil vacinas à Noruega.

Lacerda Sales não se comprometeu com um número total de vacinas a comprar, mas explicou que parte representam uma compra adicional, outras serão devolvidas aos países que agora as adiantarem quando Portugal receber as doses em atraso por parte dos fornecedores.

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Ageas Seguros promove 2ª edição do Prémio Inovação em Prevenção

  • ECO Seguros
  • 26 Julho 2021

O prazo de candidaturas termina a 15 de novembro. A entrega dos prémios que distinguem as empresas com melhores práticas na área de prevenção e segurança acontecerá em março de 2022.

A Ageas Seguros, em parceria com outras entidades, acaba de lançar a 2.ª edição do Prémio Inovação em Prevenção. Depois do sucesso da 1.ª edição, a Ageas Seguros, “quer continuar a reconhecer e incentivar as boas práticas empresariais mais inovadoras na área da prevenção e segurança”.

Alexandra Catalão, Ageas Seguros, declarou: “Estamos muito entusiasmados por lançar esta 2.ª edição do Prémio Inovação em Prevenção. O objetivo principal da Ageas Seguros é continuar a premiar boas práticas empresariais com foco na prevenção e gestão de risco, e assim promover a existência de um ecossistema de melhorias significativas que contribuem para a eficácia na gestão das empresas.

O Prémio divide-se em quatro categorias: Pessoas; Património; Ambiente e Melhor Projeto de Inovação em Prevenção. O júri, presidido por José Gomes, da Ageas Seguros, é composto ainda por membros das entidades parceiras (Ordem dos Economistas, ISQ e revista Exame) e de entidades externas.

As empresas elegíveis para esta edição devem ser do setor privado; ter um número de colaboradores igual ou superior a dez; e o volume de negócios deve ser superior ou igual a 5 milhões de euros, até ao limite máximo de 50 milhões de euros.

As empresas interessadas, podem candidatar-se até ao dia 15 de novembro de 2021, no site da Ageas Seguros. A entrega dos prémios está prevista para março de 2022, em data a anunciar.

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Maya quer BCP “saudável” para não estar no “menu” dos outros bancos

CEO do BCP destacou a importância de ter um banco "saudável" e "preparado" para poder sentar-se à mesa para discutir eventual aquisições e para não estar no "menu" da concorrência.

O CEO do BCP diz que não está a planear qualquer aquisição. Ainda assim, Miguel Maya repetiu a ideia de que pode analisar qualquer operação que esteja no mercado, mas para isso precisa de ter o banco “saudável” para se poder sentar à mesa e discutir e também para não estar “no menu” dos concorrentes.

“Não estamos a planear o que quer que seja além do crescimento orgânico do banco”, disse o gestor na conferência de imprensa de resultados.

“Temos a clara consciência que há uma agenda para consolidação na Europa” e que a qualquer momento pode surgir uma operação, acrescentou Miguel Maya aos jornalistas esta segunda-feira. “Mas [comprar um banco] não faz minimamente parte dos nossos planos”, rematou.

Por outro lado, o líder do BCP sublinhou que se quer estar em condições para poder olhar para algum dossiê é “preciso estar saudável” e ter o banco com condições “para estar à mesa e não no menu”.

Neste sentido, Miguel Maya disse que a intenção do banco é no sentido de “estar preparado para tomar decisões a cada momento”.

Em relação a eventuais alienações — o banco também está presente na Polónia e Moçambique –, o CEO do BCP teve um discurso semelhante: não tem planos para alienar qualquer negócio internacional, mas se surgir uma boa proposta irá analisar.

“É nossa obrigação estar atento e ouvir o mercado. Se aparecerem propostas, cá estaremos para elas”, referiu. Foi isso que aconteceu com a venda do banco na Suíça por mais de 100 milhões de euros, em que surgiram propostas não solicitadas e que o BCP considerou positivo desfazer-se da operação.

Dividendos à espera de maior visibilidade sobre a Polónia

Em relação a dividendos, Miguel Maya adiantou que o banco enfrenta um “dossiê complexo” na Polónia, em relação ao caso dos empréstimos em francos suíços que obrigou o banco a por de lado mais de 200 milhões de euros para riscos legais. E a fraca visibilidade sobre o rumo que este processo poderá tomar está a condicionar a política de dividendos, notou o CEO do BCP.

“Vamos esperar pelos resultados de setembro, vamos ter maior visibilidade sobre os dossiês mais complexos e o mais complexo é o dossiê dos francos suíços e, nessa altura, voltaremos a fazer essa reflexão, sabendo que é muito importante pagar dividendos“, disse Miguel Maya.

O banco também apresentou a estratégia até 2024 e, desta vez, não incluiu qualquer objetivo para os dividendos — contrariamente ao plano anterior em que previa atingir um payout de cerca 40% até 2021.

“Não nos comprometemos neste momento com um payout, sabemos que a relevância dos dividendos é grande. Em seu momento, quando tivermos maior visibilidade sobre as coisas, podemos incorporar alguma ambição sobre esta matéria”, prometeu Miguel Maya.

BCP colabora com autoridades na investigação a Berardo

Questionado sobre o que foi fazer à Polícia Judiciária (PJ) em final de junho e a relação com a investigação a José Berardo, Miguel Maya disse que não comenta mas acrescentou que o banco colabora com as autoridades.

“Não vou comentar o que vou fazer a nenhum sítio, o BCP colabora neste e em todos os processos. Em todos os processos o BCP tem uma postura de colaboração correta com as autoridades“, afirmou o presidente executivo do BCP.

Sobre as dívidas de Berardo ao BCP, disse apenas que em todos os casos o banco “promove todas as atuações no tempo e com a intensidade adequada para fazer prevalecer os seus interesses e recuperar o máximo do crédito”.

Quanto ao período em que André Luís Gomes, principal advogado de José Berardo, foi administrador não executivo do BCP, Miguel Maya afirmou que aquele nunca participou na gestão dos processos de crédito.

Já questionado sobre se o BCP não se sente enganado por ter tido um administrador que dificultou o acesso do banco às garantias dos créditos concedidos pelo cliente José Berardo, disse não comentar mas que o “banco tem vindo a tomar todas as medidas para recuperar esta exposição”.

“Estamos em tribunal, ao estarmos em tribunal é que sabemos que houve coisas que não foram feitas com aquilo que deveria ter sido feito e com base no estipulado nos contratos. O banco tem esses processos em tribunal e procurará fazer prevalecer os seus direitos até às últimas consequências, naturalmente tendo sempre em consideração a questão do tempo que pondera nas decisões”, disse.

Segundo o Ministério Público (MP), entre 2006 e 2009, Berardo e as suas empresas contrataram quatro operações de financiamento que terão causado “um prejuízo de quase mil milhões de euros” à CGD, ao Novo Banco e ao BCP.

 

(Notícia atualizada às 19h25)

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África do Sul. Só seguradora pública cobre danos de desobediência civil e pilhagens

  • ECO Seguros
  • 26 Julho 2021

Seguradora de capitais públicos e pouco conhecida fora do país, é a única vocacionada para cobrir os prejuízos causados pela violência na África do Sul, onde residem muitos portugueses.

Os incidentes violentos que, neste julho, aconteceram em cidades da África do Sul, após a detenção do antigo Presidente Jacob Zuma, envolveram desordem pública, vandalismo e pilhagens sobretudo em zonas urbanas das províncias do Gauteng (que integra a cidade de Joanesburgo e a capital Pretória), onde vivem muitos portugueses, e do Kwazwlu-Natal (região da cidade portuária de Durban), atingiram propriedade privada e comércio local, com destruição e roubo de bens, também fecho inevitável de lojas de grandes retalhistas como Mr Price e Tiger Brands, estabelecimentos de ensino e farmácias.

Embora as perdas (económicas e seguradas) estejam ainda por avaliar, os distúrbios – desobediência civil, pilhagens e destruição, afetaram milhares de pequenos negócios –, informou uma associação empresarial (Business Unity South Africa). Mas, a Sasria – seguradora de capitais públicos – já afirmou estar em situação financeira confortável para assumir a fatura.

África do Sul: Distúrbios e violência nas ruas, com saques a estabelecimentos e destruição, causaram danos por estimar. (Imagem @Lusa) .

A South African Special Risk Insurance Association (Sasria) é uma seguradora com 42 anos, nascida poucos anos depois dos acontecimentos do Soweto (localidade dos arredores de Joanesburgo), em 1976, quando morreram mais de 170 pessoas, muitos jovens, numa ação policial desencadeada para conter a revolta contra o regime de segregação racial (apartheid), que vigorava no país.

“Estamos bem capitalizados e dispomos de um resseguro adequado que nos coloca em posição confortável para responder a estes sinistros,” afirmou numa entrevista Fareedah Benjamin, diretora operacional de seguros na Sasria Ltd, reforçando ainda que a empresa dispõe de robustez financeira três vezes superior ao exigido por regulamentos em requisito de capital mínimo.

À medida que alguma calma regressa às ruas, pessoas e empresas confrontam-se com prejuízos, antecipando-se que os danos ascendam a milhares milhões de rands. Embora companhias como a Old Mutual e a Santam possam pagar por algumas apólices que cobrem sinistros como interrupção de negócio, as seguradoras privadas recusam assumir coberturas para categorias de risco associado aos violentos protestos de rua.

Por isso, o grosso das compensações recairá sobre esta companhia, considerada pouco conhecida fora do país. A seguradora de capital público, que gere ativos estimados em cerca de 8,5 mil milhões de rands (perto de 500 milhões de euros), será mais uma vez, quem pagará os danos resultantes dos protestos políticos e manifestações que, na África do Sul, facilmente redundam em violência de rua e pilhagem de lojas.

Entretanto, os comerciantes que na última semana sofreram perdas de exploração, danos em estabelecimentos e perdas de mercadorias, serão ressarcidos rapidamente desde que o valor reclamado não exceda o milhão de rands (cerca de 58,3 mil euros ao câmbio corrente). As perdas de montante mais elevado já supõem apuramento mais demorado.

Segundo declarações de Fareedah Benjamin, dentro de dois meses e após análise das participações de sinistro, relatórios das autoridades e peritagens, a companhia já terá ideia mais clara sobre os montantes a desembolsar.

Os seguros da Sasria, não sendo vendidos diretamente ao público, são em geral incluídos nas apólices emitidas no momento em que consumidores adquirem bens e serviços. Os saques e roubos, por exemplo, não são – por si mesmo, enquanto atos isolados – suscetíveis de cobertura e objeto de compensação. Mas, decorrendo de uma situação ativa de perturbação da ordem pública, evento de agitação civil, como aconteceu, a companhia estatal assegura pagamento das indemnizações.

330 mortos, 150 escolas danificadas, milhares vacinas Covid-19 destruídas

Além dos danos causados em propriedade privada e equipamento público, cerca de 150 escolas foram vandalizadas na onda de violência que abalou a África do Sul, indicaram as autoridades do país, que corrigiram o número de mortos, em menos sete, para 330.

“Centros e instituições educativas foram vandalizados e saqueados”, disse a ministra do Ensino básico da África do Sul, Angie Motshekga. Segundo a Lusa, que cita a agência Efe, o custo total estimado dos danos ao sistema educacional, causados durante os distúrbios nas duas províncias, ascende a 300 milhões de rands (mais de 17 milhões de euros).

137 colégios sofreram danos relacionados com os incidentes na província de KwaZulu-Natal e 11 em Gauteng, província que já sofreu a vandalização de um total de 43 escolas, desde o início do ano. Durante os distúrbios, foram destruídos nas escolas, balneários, instalações hidráulicas, sistemas de abastecimento de água, instalações elétricas e vedações. Foram igualmente saqueados computadores e equipamentos de cozinha, enquanto salas de aula e edifícios administrativos foram incendiados.

Os distúrbios também provocaram a perda de 47.500 doses de vacinas contra a Covid-19, na sequência do saque de mais de 120 farmácias nas províncias de KwaZulu-Natal e de Gauteng, 71 das quais funcionavam como pontos de vacinação. Entretanto, sobre o fecho da penúltima semana de julho, o número de mortos foi revisto de 337 para 330.

A onda de violência começou após a detenção do ex-Presidente Jacob Zuma, de 79 anos. O ex-presidente do ANC está preso desde 7 de julho no Centro Correcional de Estcourt, a cerca de 150 quilómetros da sua residência, em Nkandla (KwaZulu-Natal), por desrespeito ao Tribunal Constitucional.

Não podemos dizer que ataques semelhantes não serão tentados no futuro, nem que aqueles que procuram dividir-nos cessarão seus esforços”, disse o Presidente Cyril Ramaphosa, nas celebrações do 18 de julho, Dia Internacional Nelson Mandela, Nobel da Paz e antigo Presidente. Por estes dias, coincidindo com o pico da violência, foram contabilizadas cerca 3 400 detenções.

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“Encerrar Matosinhos foi difícil”. Galp cria grupo de trabalho para estudar futuro dos terrenos da refinaria

  • Capital Verde e Lusa
  • 26 Julho 2021

"Estamos em contacto com as autoridades locais e a falar sobre o futuro daquele excelente ativo imobiliário, no coração de uma cidade vibrante", disse o CEO, Andy Browm, na call com analistas.

“Encerrar Matosinhos foi difícil para a Galp”. A garantia foi dada esta segunda-feira pelo CEO da empresa, Andy Brown, numa call com investidores e analistas para apresentar os resultados do primeiro semestre de 2021.

“Já encerrámos completamente as operações em Matosinhos, à exceção da cogeração. Estamos em contacto com as autoridades locais e a falar sobre o futuro daquele excelente ativo imobiliário, no coração de uma cidade vibrante. Vamos ter lá um parque logístico, uma fábrica de lubrificantes, mas estamos em diálogo com as autoridades para ver o que vai nascer ali”, disse Andy Brown.

Já o CFO da Galp, Filipe Silva, deu conta na mesma call que a Galp registou provisões no valor de 200 milhões de euros quando anunciou o fecho de Matosinhos, “o que inclui a descontaminação, o descomissionamento da refinaria”, mas não o o valor do terreno, “porque está em aberto, para discussão, para que fins será usado”.

“É um exercício delicado descomissionar a refinaria, mas tudo está a correr conforme planeado”, disse Filipe Silva.

No mesmo dia, a petrolífera anunciou a criação de um grupo de trabalho que vai estudar a criação de uma plataforma para endereçar os desafios da transição energética em Matosinhos.

Este grupo, que terá a coordenação de Rodrigo Tavares, integra vários quadros da Galp, peritos nacionais e internacionais – como Ana Lehmann, Adélio Mendes ou Falk Uebernickel – , e prevê a colaboração de stakeholders de âmbito local, nacional e internacional. As conclusões serão reveladas em tempo oportuno.

“Reforçamos que a Galp vai continuar a sua presença em Matosinhos, presença essa já assegurada com a manutenção de um parque logístico”, disse a Galp em comunicado.

No dia em que foi conhecido o estudo encomendado pela Câmara de Matosinhos à Universidade do Porto para avaliar os impactos socioeconómicos do fecho do complexo petroquímico no concelho, a Galp garantiu que irá analisar os resultados e partilhar oportunamente os seus comentários com a Câmara Municipal de Matosinhos.

“A Galp reconhece os impactos regionais desta decisão e tem estado empenhada e disponível para procurar as melhores soluções para o futuro das instalações, das pessoas e do concelho”.

Segundo o estudo encomendado pela autarquia de Matosinhos à Universidade do Porto, o encerramento da refinaria de Matosinhos, “no cenário de não existirem alternativas para o complexo de refinação da Petrogal, estima-se a perda de 1.600 postos de trabalho em Matosinhos e de 5.000 na Área Metropolitana do Porto”.

O estudo sugere a criação de um Centro Tecnológico da Energia e do Mar, a ser constituído por um laboratório para a energia e para o mar, uma incubadora de empresas, hospedaria de laboratórios industriais e um parque de pilotos industriais, adianta o estudo.

“Esta solução criará mais emprego, mais sustentabilidade e mais valor acrescentado do que a refinaria agora encerrada, permitindo a criação de um ecossistema de inovação e desenvolvimento, liderado por instituições âncora como universidades e grandes empresas”, refere o estudo.

O objetivo é, acrescenta, que este centro seja “um viveiro para novos recursos e novas ideias em áreas como a mobilidade inteligente ou a valorização energética de resíduos”.

A Galp desligou a última unidade de produção da refinaria de Matosinhos em 30 de abril, na sequência da decisão de concentrar as operações em Sines.

A petrolífera justificou a “decisão complexa” de encerramento da refinaria de Matosinhos com base numa avaliação do contexto europeu e mundial da refinação, bem como nos desafios de sustentabilidade, a que se juntaram as características das instalações.

Após ter decidido o encerramento da refinaria, a Galp encetou conversas individuais com os 401 trabalhadores em causa, chegando a acordo com mais de 40%.

“Dentro desses, mais de 100 continuarão a sua atividade, quer no parque logístico de Matosinhos, que manterá as suas funções de abastecimento ao mercado de combustíveis do Norte do país, quer por via da mobilidade interna para as áreas das renováveis, inovação, novos negócios e também para a refinaria de Sines”, adiantou à Lusa, em maio, o administrador da Galp Carlos Silva.

Por outro lado, mais 30% do total dos trabalhadores da refinaria de Matosinhos irão manter-se, pelo menos, até janeiro de 2024, no âmbito das operações de desmantelamento e descontinuação.

O Estado é um dos acionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.

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